O Resumo da História.
- Como resultado da uma reação generalizada de consumo, muitas empresas têm partido para colocar logo o emblemático “BPA-free” (nt.: ‘livre de bisfenol A) em seus produtos de plástico – indo de garrafas e copos infantis de canudinho a garrafas de água reutilizáveis – no sentido de agradar os consumidores preocupados com a saúde e que procuram produtos sem estes contaminantes;
- Muitas estão simplesmente trocando por outro bisfenol, o Bisfenol S (nt.: é a mesma estrutura química de dois fenóis com um enxofre entre eles, por isso S, de sulfur como é chamado o enxofre na nomenclatura química) que está agora sendo detectado na urina humana em concentrações nos níveis similares àqueles do BPA;
- A pesquisa sugere que o BPS tem características similares de mimetizador hormonal como o BPA, mas parece ser significativamente menos biodegradável e mais estável ao calor e é foto-resistente, o que significa que ele pode causar muito mais danos à saúde e ao ambiente por longo tempo;
- Se estás interessado em evitar muitos químicos tóxicos em teus alimentos e tuas bebidas (nt.: refrigerantes, cervejas e outros enlatados), escolhe embalagens de vidro em vez de plásticas, especialmente quando eles vêm em produtos que estarão em contato com estes alimentos e bebidas ou naqueles produtos destinados a mulheres grávidas, crianças e bebês.
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2012/06/20/bpa-free-plastic-still-toxic.aspx?e_cid=20120620_DNL_art_2
By Dr. Mercola
Em resposta às demandas pelos questionamentos dos consumidores para eliminar o BPA dos produtos de consumo, muitos fabricantes simplesmente passaram a empregar uma substância química diferente, mas igualmente tóxica e talvez ainda mais do que o BPA, chamada bisfenol-S (BPS).
Podem ser ‘BPA-Free’, mas e sobre o BPS?
O BPA, um subproduto plástico estrogênico usado para a manufatura das resinas plásticas de policarbonato, pode lixiviar para os alimentos ou bebidas de embalagens ou frascos plásticos que os contém. O BPA é identificado como um composto mimetizador de estrogênio desde o início da década de trinta do século XX e é conhecido como sendo particularmente perigoso para mulheres grávidas, crianças e bebês. De fato, nesta época esta substância foi utilizada como um estrogênio artificial não só para engordar aves e bovinos, mas como uma forma estrogênica de reposição hormonal para mulheres com necessidades orgânicas. Foi somente nos anos 40 que a Bayer e a General Electric usaram o BPA para endurecer as resinas de policarbonato e fazer a resina epóxi.
Tornou-se então uma das substâncias químicas com o mais alto volume de produção do mundo e vem sido apontada, cada vez mais, pela mídia como sendo suspeito de gerar disfunção nos hormônios em nossos corpos.
O Canadá, em setembro de 2010, declarou o BPA como uma substância tóxica, mas até o momento nenhum outro país lhe seguiu, embora o BPA tenha sido banido das mamadeiras na Europa e nos EUA. Em resposta à ampla rejeição dos consumidores, no entanto, muitas companhias arrolaram seus produtos plásticos como “BPA-free”, indo de garrafas e copos infantis de canudinho a garrafas reutilizáveis de água, significando que estavam agradando aqueles consumidores conscientes em termos de saúde que procuram evitar produtos contaminados.
Infelizmente, isto pode ser exatamente um estratagema, já que estudos mostram um outro bisfenol, o bisfenol-S, tem se mostrado na urina humana nos níveis de concentração muito similares aos do BPA.i Sugere que muitos fabricantes simplesmente trocaram um bisfenol por outro.
O BPS pode ser menos conhecido, mas não o torna menos tóxico.
Do mesmo jeito que os fabricantes de alimentos rotularam as gomas de mascar, como sendo “fat-free” (nt.: livre de gordura), ou seja, de que é bom para consumir enquanto permanece silenciosa sobre as enormes quantidades de açúcar que elas contém, os fabricantes de plásticos podem legalmente fazer parecer que seus produtos são seguros por rotulá-los “BPA-free”, mesmo que eles possam conter BPS ou outro químico tóxico similar, que não são mencionados. Mais mentiras das corporações que podem, pela omissão, prejudicar nossa saúde.
No caso do BPS. existem razões de que ele é exatamente tão perigoso para a saúde humana e possivelmente ainda mais do que o BPA, embora a pesquisa não seja ainda tão abundante como com aquela molécula do que com esta. Escrevendo para o periódico Toxicolgy in Vitro, cientistas afirmam:ii
“Em 2011, a Comissão Européia restringiu o uso do Bisfenol A em mamadeiras infantis. Em resposta a esta restrição, o Bisfenol S é agora empregado como um composto das resinas plásticas como substituto para estes produtos. Uma das maiores preocupações que levou à restrição do Bisfenol A era sua fraca atividade estrogênica. Pelo emprego de ensaios de transativação altamente padronizadas de Bisfenol A e Bisfenol S mostram potencial comparável”.
Não somente faz com que o BPS pareça ter características de mimetizador hormonal como o BPA, mas a pesquisa sugere que ele é na verdade significativamente menos biodegradável e mais estável ao calor e é foto-resistente do que o BPA. Já o GreenMedInfo relata:
“…enquanto os regulamentadores esperam os fabricantes promovem seus produtos com etiquetas “BPA-Free!”, ao mesmo momento que voluntariamente lhes reformulam mesclando BPS, sendo evidente agora de que esta molécula pode realmente ter efeitos piores para a saúde humana e ambiental, igualmente ..
“… a inabilidade relativa do BPS à biodegradar-se, indica: 1) uma vez absorvido pelo corpo humano, pode se bioacumular por períodos de tempo mais longos; 2) possivelmente é mais persistente no ambiente, tornando as exposições externas a ele e seus muitos metabólitos, muito maiores do que possivelmente àquelas ocorridas com o mais rapidamente degradável BPA. Em outras palavras, seu potencial de dano será muito pior durante seu tempo de vida, não diminuindo, sendo este o argumento comum dado para a suposta ‘segurança’ do BPA”.
Exatamente Quantas Substâncias Químicas Estão à Espreita em Nossos Plásticos ‘BPA-Free’?
Se estávamos imaginando que o produto etiquetado como “BPA-Free” pudesse ser uma medida de proteção contra a ingestão de tóxicos plásticos não intencionalmente, agora torna-os claro que os testes feitos com os plásticos que usam esta etiqueta não foram conduzidos sob as condições do mundo real, ou seja, de os produtos passarem pela máquina de lavar louça ou por aquecê-los no microondas.
Em um estudo que simulava o uso no “mundo real”, 95% de todos os produtos plásticos testaram positivamente para a atividade estrogênica, significando que eles ainda podem gerar disfunção hormonal mesmo se forem etiquetados como ‘BPA-free’. Ainda mais desconcertante for a descoberta de que os plásticos BPA-free em alguns casos lixiviavam mais BPA do que os que não eram BPA-free.iii
Em alguns casos, em vez de na verdade removerem o BPA de seus produtos, os fabricantes somente tinham retirado uma percentagem dele, o que significa que continuamos sendo expostos a ele, somente que agora em quantidades secretas. A verdade é que há uma sopa de letrinhas de substâncias tóxicas em quase todos os produtos que entramos em contato, feitos de resinas plásticas para a linha de produtos feitos de PVC para conservar água até os alimentos enlatados que estão em latas com uma lâmina plástica que contém BPA. Esta substância está nos tíquetes e recibos de papel térmico, todo o papel utilizado no mundo parafazer papel moeda e aqueles selantes que nossos dentistas insistem em colocar em nossos dentes e de nossos filhos, também são fontes primárias de exposição ao BPA.
Mas novamente, o BPA não é o único culpado. É porque tem sido simplesmente o mais altamente divulgado entre todos. No entanto ainda há também o Bisfenol AB e AF, o Bisfenol B e o BP, o Bisfenol C, o Bisfenol E, F, G, M, S, P, PH, TMC e, pasmem, tem também um Bisfenol Z. E cada um deles pode estar na mamadeira ou no copo de canudinho infantil de nosso filho BPA-free. Infelizmente.
Quem está Cuidando do negócio do “BPA-Free”?
Agora que os produtos BPA-free estão começando a inundar o mercado, ficamos interessados em ver o quão pouco, na verdade, temos de acesso sobre o que realmente estes novos plásticos levam dentro de si e o quão pouco do que sabemos vem diretamente dos fabricantes. O Atlantic reportou:iv
” … em razão do sistema de regulamentação dos produtos químicos nos EUA recair primeiramente nas informações fornecidas pelos fabricantes, nós sabemos relativamente muito pouco sobre estes novos plásticos.
“… Sob a Lei de Controle de Substâncias Tóxicas (nt.: originalmente em inglês “Toxic Substances Control Act”/TSCA), a lei norte-americana que regulamenta o comércio de substâncias químicas, é totalmente permissível que seja lançado um novo material para produção de alto volume sem revelar sua identidade química exata ou qualquer informação sobre sua toxicidade. Isto torna impossível para o público avaliar a segurança do produto independentemente das alegações do fabricante. E atualmente, alám das políticas da EPA (nt.: Agência de Proteção Ambiental dos EUA) e da FDA (nt.: Administração de Medicamentos e Alimentos dos EUA) de apoiar alternativas ‘seguras’ para produtos de interesse comercial como o BPA, nenhuma agência federal norte-americana realiza testes de segurança sobre novos materiais destinados para produtos de consumo antes deles estarem à disposição no mercado”.
Ou seja, existe um vale-tudo quanto às atitudes quando se relaciona às substâncias químicas usadas em incontáveis produtos de consumo. Até que este sistema mude – se é que vai mudar um dia – nossa melhor dica em termos de segurança é evitarmos produtos plásticos tanto quanto possível.
O Vidro é Uma das Melhores Alternativas.
Se estivermos interessados em evitar miríades de químicos tóxicos lixiviando em nossos alimentos e bebidas, escolhemos os vidro sempre acima do plástico. Especialmente se esta resina estiver em contato direto com os alimentos e as bebidas ou quando for especificamente para mulheres grávidas, crianças e nenês. Isto aplica-se também a alimentos enlatados que a maior fonte de exposição ao BPA (e possivelmente a outros químcos). Assim, sempre a qualquer hora que pudermos, escolhermos alimentos envasados em vidros em lugar de enlatados ou, melhor, optar por alimentos frescos. Outra boa idéia é dispensar os brinquedos plásticos para nossas crianças, elegendo, em vez disso, aqueles feitos com materiais de madeira ou tecido naturais.
Para ser sincero, provavelmente em pouco tempo não iremos eliminar nossa exposição ao BPA, ao BPS e tóxicos similares (já que eles estão no nosso ar, água e alimentos também), mas certamente podermos reduzir nossa exposição dramaticamente ao fazermos escolhas conscientes como as que foram descritas acima.
Referências:
- iEnvironmental Science & Technology June 7, 2012
- iiToxicol In Vitro. 2012 Aug;26(5):727-31
- iii Environmental Health Perspectives March 2, 2011 (Epub Ahead of Print)
- ivThe Atlantic April 13, 2011
Tradução livre feita por Luiz Jacques Saldanha, julho de 2012.
hola necesito informacion sobre este tema del plastico . trabajo en una fabrica recicladora de plastico que daños puedo tener
Buen dia. Donde eres? Luiz.
Buen dia, donde eres? Luiz.