Presidente de Nestlé: «A água não é um direito; devería ter um valor de mercado e ser privatizada».

Peter Brabeck-Letmathe, um empresário austríaco que desde 2005 exerce o cargo de presidente do grupo Nestlé, considera que se deveria privatizar o fornecimento da água para que, como sociedade tomássemos consciência de sua importância e acabássemos com o descalabro que se produz nos dias de hoje.

 

http://nuevamentes.blogspot.com.br/2013/04/presidente-de-nestle-el-agua-no-es-un.html?spref=fb

 

Algumas palavras que provocam um certo mal estar, especialmente se se leva em conta que a Nestlé é a líder mundial na venda de água engarrafada. Um setor que lhe reporta 8% de seus ganhos totais, que em 2011 aumentaram até os 68.580 milhões de euros.

No entanto, Brabeck partiu com estas e outras críticas para destacar que pelo fato de que para muita pessoas haja a percepção de a água é gratuita faz com que em muitas ocasiões não se dê o devido valor que ela tem e acabam provocando um desperdício. Assim, defende de que os governos deveriam garantir que cada pessoa disponha de 5 litros de água diariamente para beber e outros 25 litros para sua higiene personal, mas o restante do consumo se teria que administrar seguindo critérios empresariais.

Apesar da rejeição que suas teses provocam, faz tempo que as defende sem constrangimento, em entrevistas como esta que aparece na mídia e em que critica as  ONGs que sustentam de que a água deveria ser um direito fundamental.

Em sua opinião, a água deveria ser tratada como qualquer outro bem alimentício e ter um valor de mercado que viesse estabelecido pela lei da oferta e da procura (!!!). Só desta maneira, destaca, empreenderíamos ações no sentido de limitar o consumo excessivo que se dá nestes momentos. Grande alma caritativa tem o senhor Peter Brabeck-Letmathe.

 

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, novembro de 2013.