Plástico: Em detalhes gráficos: Bocados de microplástico

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Microplastic

Fontes de microplásticos (que se transformam em nanoplásticos e mesmo menores).

https://hakaimagazine.com/videos-visuals/in-graphic-detail-mouthfuls-of-microplastic/

Spoorthy Raman
01 de agosto de 2024

[NOTA DO WEBSITE: Para aqueles negacionistas que ainda duvidavam de como estamos sendo ‘nutridos’ por microplásticos (e nanoplástico e partículas talvez ainda menores), esta matéria irá arrasar com quaisquer deles. Infelizmente! Abaixo está a situação atual das populações em todo o Globo. Tragicamente, como demonstrado, a via mais intensa é através da alimentação com peixes. Este é o resultado de todos os plásticos que acabaram chegando no grande escoadouro planetário, os oceanos. E agora? Não comer mais peixes? Este é o legado das corporações, que tiveram sua origem na química sintética, gestada por primeiro nos países europeus, destacadamente Inglaterra, França e Alemanha, e hoje espalhada por todo o planeta. Quando então levantamos que são organismos que fazem parte de uma máfia criminosa, poderemos ser taxados de exagerados, injustos e cruéis. Mas com estes resultados sobre os microplásticos e, pior, a ainda manutenção destes empreendimentos, qual conclusão se poderia chegar?].

É insípido, inodoro e nutricionalmente desprovido, mas comido todos os dias. Quase todo mundo no planeta consome involuntariamente — por meio de alimentos, água e até mesmo ar. Quanto? Depende da geografia.

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A produção de plástico aumentou 240 vezes nas últimas décadas. Com o tempo, esses plásticos se degradam em pedaços cada vez menores que se infiltram no ar, no solo e na água. Para determinar quanto microplástico as pessoas têm comido, bebido e respirado, pesquisadores da Universidade Cornell em Nova York analisaram alimentos, água e ar em 109 países.

De acordo com o estudo, as pessoas na Ásia, África e Américas estão agora comendo e respirando seis vezes mais microplástico, em média, do que em 1990.

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Pesquisadores analisaram alimentos, água e ar em 109 países e descobriram que as pessoas na Ásia, África e Américas estão absorvendo seis vezes mais microplástico do que em 1990. Gráfico cortesia de Zhao and You

As maiores taxas de consumo de microplásticos na dieta estão no Sudeste Asiático, com a Indonésia no topo da lista com 15 gramas — cerca de três colheres de chá — ingeridos ou bebidos por pessoa por mês. A Malásia vem em segundo lugar com 12 gramas por mês. Nesses dois países, o consumo de microplásticos aumentou 59 vezes entre 1990 e 2018. Pessoas em outros países do Sudeste Asiático, como Filipinas e Vietnã, estão logo atrás com cerca de 11 gramas ingeridos e bebidos por mês.

Mais de 70 por cento do microplástico nas dietas do Sudeste Asiático vem de frutos do mar, dizem os pesquisadores, pois o microplástico se acumula a partir de embalagens importadas, lixo, coleta de lixo precária e falta de aterros sanitários revestidos. Equipamentos plásticos usados ​​para moer e embalar grãos refinados também adicionam microplástico às dietas das pessoas em muitos países asiáticos.

Entre os países que inalam mais microplásticos transportados pelo ar, China e Mongólia lideram a lista, com pessoas respirando cerca de 2,8 milhões de partículas por pessoa por dia. O microplástico transportado pelo ar — composto de partículas minúsculas que normalmente têm menos de um milímetro de diâmetro — acaba em grande parte na atmosfera pela fabricação industrial e atividade urbana.

Os autores do estudo argumentam que a única maneira de livrar nossa comida e ar do microplástico é erradicar a poluição plástica — a meta ambiciosa de um tratado global sobre plásticos em andamento. Os pesquisadores pedem aos governos que incentivem a remoção de plástico dos oceanos e rios e gerenciem melhor os resíduos por meio de aterros sanitários selados. O estudo prevê que, se 90% dos resíduos plásticos fossem eliminados dos corpos d’água, a quantidade de microplástico ingerido e inalado no Sudeste Asiático seria reduzida pela metade.

Editado por Marina Wang

Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2024

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