ClimaInfo, 29 de abril de 2024.
[NOTA DO WEBSITE: Apesar das publicações que nosso website vem fazendo nos últimos meses mostrado o verdadeiro crime que a presença das resinas plásticas têm trazido para os seres vivos do Planeta, incluindo os seres humanos. Não temos mais dúvidas: as corporações colocam sempre o DINHEIRO acima não só da saúde, mas da vida de todos. No texto aqui colocado, demonstra que os CEOs, diretores e seus famigerados lobbistas, tornam tanto as corporações petroagroquímicas como as processadoras de alimentos ultraprocessados, em criminosas corporativas. O choque com os interesses da Vida e da sobrevivência até de seus descendentes pouco se importam. O negócio é o negócio, o resto é besteira e baboseira de ‘desocupados’ que são contra o ‘progresso’. No entanto, se esses cidadãos, que normalmente são recebidos pelos governos de todos os países do planeta, com tapetes vermelhos e toda a pompa e circunstância, são venais, cada um de nós deve ser responsável e consequente consigo e com todos, incluindo a eles. Devemos banir então nós, definitvamente, sempre que for possível e até impossível, os plásticos de nossa existência, de nosso cotidiano].
Enquanto isso, rodada de negociações do tratado global contra poluição plástica chega ao último dia com lobby de petroleiras e proposta de “crédito de plástico”.
De cada 100 resíduos plásticos recolhidos na natureza entre 2018 e 2022, 12 estampavam as marcas “Coca-Cola”, “PepsiCo”, “Nestlé”, “Danone” e “Altria/Philip Morris International”. Como apenas metade do lixo plástico recolhido no período teve sua marca identificável, o percentual de responsabilidade dessas grandes empresas dobra e chega a 24%.
Os números são do estudo “Global producer responsibility for plastic pollution”, publicado na Science Advances. A análise foi feita por pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, Austrália, Filipinas, Nova Zelândia, Estônia, Chile, Suécia, Canadá e Reino Unido.
Uma equipe de voluntários recolheu e pesquisou mais de 1.870.000 itens de resíduos plásticos em 84 países ao longo desses cinco anos. A maior parte do lixo recolhido consistia em embalagens descartáveis para alimentos, bebidas e produtos de tabaco, explica o Guardian.
Do total recolhido, quase 910 mil artigos tiveram sua marca identificável. E eles vinham de um total de 56 empresas multinacionais, com cerca de um quarto dessa parcela distribuindo-se por apenas Coca-Cola (11%), PepsiCo (5%), Nestlé (3%), Danone (3%) e Altria/Philip Morris International (2%), detalham DW e Um só planeta.
“Nosso estudo sublinha o papel fundamental que tem a responsabilidade corporativa na hora de abordar a contaminação plástica”, observa uma das autoras da pesquisa, Lisa Erdle, do Instituto 5 Gyres. “Nós, enquanto indivíduos, não somos responsáveis pela crise do plástico: a responsabilidade de tomar medidas decisivas recai sobre essas 56 empresas globais”, reforçou.
Enquanto isso, os negociadores dos países reunidos em Ottawa, no Canadá, na quarta e penúltima rodada de negociações da ONU para intermediar um acordo global para a poluição por plásticos (INC-4, sigla em Inglês de Intergovernmental Negotiating Committee), que termina nesta 2ª feira (29/4), são pressionados por grandes corporações. Uma delas é a petroleira estadunidense Exxon, que liderou uma reação da indústria petroquímica contra os planos de limitar a produção de plásticos antes dessas negociações.
Assim como ocorreu na COP28, em Dubai, em novembro passado, ativistas ambientais denunciaram a presença crescente de lobistas da indústria do petróleo nas conversas sobre poluição plástica em Ottawa, informa a Exame. Os 196 lobistas da indústria química e de combustíveis fósseis superaram em número todas as delegações que se reuniram na capital canadense.
E não para por aí. De acordo com o Financial Times, empresas faziam lobby para que créditos pela redução da poluição por plásticos sejam permitidos no tratado, apesar das preocupações de grupos ambientais de que isso financiará soluções como a queima de resíduos.
A Danone – a 4ª dos “top 5” de lixo plástico do estudo acima – é um dos grupos que explorou “créditos de plástico” para pagar pela recuperação de dezenas de milhares de toneladas do resíduo na Indonésia, auxiliada pelo registro de compensações ambientais e pelo grupo de certificação Verra. Mas suspendeu seus planos, após reclamações de residentes sobre poluição e doenças decorrentes das operações de resíduos, de acordo com documentos obtidos pela Unearthed, unidade de investigação da Greenpeace.