PFAS: A aspersão gerada nos Oceanos emite mais ‘forever chemicals’ do que as indústrias, segundo estudo

Explosão das ondas oceânicas.

https://www.theguardian.com/environment/2024/apr/19/ocean-spray-PFAS-study

Tom Perkins

19 de abril de 2024.

[NOTA DO WEBSITE: Nada está mais claro, nos tempos de hoje, o que é a expressão do Capitalismo Indigno escrachado na contaminação incontrolável e, ainda aparentemente, invencível dos PFAS que ironicamente são mais conhecidos como ‘forever chemicals‘. Ou seja, químicos eternos! Exatamente: ETERNOS! E o crime corporativo é tão escandaloso que tanto a corporação 3M como a sua ‘geradora’ DuPont, sabiam desde priscas eras que todas as moléculas que se une, artificialmente, os elementos CARBONO e FLÚOR, algo terrível se está legando para o futuro. Pois é o futuro que agora é presente que estamos sendo assolados. Todos os seres do Planeta, incluindo os que ainda nem nasceram. Essa é a demonstração da arrogância e da pretensão do Supremacismo Branco Eurocêntrico que se imagina acima da Vida e da Morte, desde que ‘salvemos’ o DINHEIRO!! Entendem porque a Dra. Theo Colborn chamou seu livro de ‘Our Stolen Future‘ – Nosso Futuro Roubado! Imaginamos como deve estar, onde estiver, triste olhando para os Criminosos que transitam impunes pelos Red Carpets dos salões do Mundo].

A investigação sobre a liberação de “químicos eternos/forever chemicals”, levanta preocupações sobre a contaminação e a exposição humana ao longo das costas marítimas do Mundo.

As ondas oceânicas que batem nas costas do mundo emitem mais PFAS no ar do que os poluidores industriais do mundo, descobriu uma nova investigação, levantando preocupações sobre a contaminação ambiental e a exposição humana ao longo das costas.

O estudo mediu os níveis de PFAS liberados pelas bolhas que estouram quando as ondas quebram, espalhando aerossóis no ar. Descobriu-se que os níveis de pulverização marítima eram centenas de milhares de vezes mais elevados do que os níveis na água.

A pulverização contaminada provavelmente afeta as águas subterrâneas, superficiais, a vegetação e os produtos agrícolas perto das costas que estão longe das fontes industriais de PFAS, disse Ian Cousins, pesquisador da Universidade de Estocolmo e principal autor do estudo.

“Há evidências de que o oceano pode ser uma fonte importante [de emissões atmosféricas de PFAS]”, disse Cousins. “Está definitivamente impactando o litoral.”

Ondas atingem a praia de Sausalito, no norte da Califórnia. Fotografia: Justin Sullivan/Getty Images

Os PFAS são uma classe de 15.000 produtos químicos utilizados em dezenas de indústrias para tornar os produtos resistentes à água, às manchas e ao calor. Embora os compostos sejam altamente eficazes, eles também estão associados ao câncer, doenças renais, defeitos congênitos, diminuição da imunidade, problemas hepáticos e uma série de outras doenças graves.

São apelidados de “químicos eternos” porque não se decompõem naturalmente e são altamente móveis uma vez no ambiente, pelo que se movem continuamente através do solo, da água e do ar. Os PFAS foram detectados em todos os cantos do globo, desde ovos de pinguins na Antártica até ursos polares no Ártico.

Os investigadores de Estocolmo descobriram há vários anos que os PFAS provenientes da rebentação das ondas oceânicas são libertados no ar em torno das linhas costeiras e podem viajar milhares de quilômetros através da atmosfera antes de os produtos químicos regressarem à terra.

A nova pesquisa analisou os níveis da pulverização marítima à medida que as ondas quebram, testando amostras do oceano entre Southampton, no Reino Unido, e o Chile. Os níveis dos produtos químicos foram mais elevados no hemisfério norte em geral porque é mais industrializado e não há muita mistura de água através do equador, disse Cousins.

Não está claro o que as descobertas significam para a exposição humana. A inalação de PFAS é um problema, mas a quantidade de produtos químicos inalados e as concentrações no ar mais distantes das ondas ainda são desconhecidas.

Pesquisas anteriores não revisadas por pares encontraram uma correlação entre níveis mais elevados de PFAS em amostras de vegetação e a proximidade do oceano, disse Cousin, e sua equipe está realizando um estudo semelhante.

Ele disse que os resultados mostraram como os produtos químicos são surfactantes poderosos que se concentram na superfície da água, o que ajuda a explicar por que se movem do oceano para o ar e a atmosfera.

“Pensamos que os PFAS iriam para o oceano e desapareceriam, mas eles circulam e voltam para a terra, e isso pode continuar por muito tempo no futuro”, disse ele.

Tradução livre, parcial, de Luiz Jacques Saldanha, abril de 2024.