Em artigo, o presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), Gerson Teixeira, analisa os dez anos da implementação das sementes transgênicas no Brasil. Nele, o pesquisador deixa alguns pontos claros em relação as consequências dessa tecnologia: maior dependência, aumento do monocultivo, maior utilização de agrotóxicos e diminuição da produtividade.
Tudo começou, como observa Teixeira, a partir do contrabando das sementes transgênicas pela empresa Monsanto, até então proibidas de serem utilizadas no Brasil.
Dado o fato consumado, esses produtos passaram a ser liberados no país sob os argumentos de “redução dos custos, produtividade crescente, diminuição do uso de agrotóxicos, e tantas outras vantagens que dominantemente passaram a se expressar na realização, em nosso país, de lucros gigantescos pelas grandes corporações globais da agroquímica”.
O resultado verificado foi completamente o oposto. Em ‘homenagem aos profetas das supostas virtudes técnicas e socioambientais desse evento científico’, o autor trata mais especificamente sobre dois ‘cantos da sereia’: redução do uso de agrotóxicos e o aumento da produtividade.
Só para se ter uma ideia, o crescimento dos agrotóxicos no Brasil nos últimos dez anos se deu em torno de 190%, enquanto no resto do mundo esse crescimento foi de 90%.
Já a produtividade da soja no Brasil, por exemplo, cresceu apenas 4% na última década, ante os 31% de crescimento entre as safras de 1992/2003.
Abaixo, faça o download e confira o artigo na íntegra.
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ABRA – TRANSGENICOS – HOMENAGEM AOS 10 ANOS – DEZ 2013.pdf | 854.66 KB |