17.11.2021
[NOTA DO WEBSITE: notícia das mais importantes dos últimos tempos. Por que? Por ser a Organização Mundial do Comércio, antigo GATT, o verdadeiro santuário, templo, de onde nasce toda prática da ideologia do capitalismo, do neoliberalismo. É nesse palácio que se plasma aquilo que tem de mais representativo como destruição ambiental, ecocídio, etnocídio, miséria global, fome e todo o cinismo ‘comercial’ planetário. Assim, eles, todos os crentes e adeptos dessas ideologias, reconhecerem que o comércio internacional tem um vínculo com a destruição da Vida no Planeta, mostrando que os responsáveis pela emergência climática que vivemos tem verdadeira face, verdadeira, que ‘timidamente’ se mostra para todos nós, nua e crua.]
A relação entre comércio internacional e desmatamento foi formalmente reconhecida pela Organização Mundial do Comércio (OMC), informa o Valor. Em seu Relatório do Comércio Mundial publicado ontem (16/11), a OMC reconhece que o comércio é responsável por diversas fontes de risco de desmatamento, tais como expansão agrícola, criação de gado, extração de madeira, mineração, extração de petróleo, construção de barragens e desenvolvimento de infraestrutura.
O que certamente não consta no relatório da OMC é o uso de agrotóxicos para acelerar o desmatamento da floresta e abrir espaço para a soja e o gado. A prática, denunciada pela Agência Pública em levantamento feito em parceria com a Repórter Brasil, tem sido utilizada nos últimos dez anos e serviu para devastar pelo menos 30 mil hectares de vegetação nativa, de acordo com os casos que caíram na fiscalização do IBAMA. Pelos dados de multas, Mato Grosso lidera o ranking das florestas envenenadas.
Entre as substâncias usadas estão agrotóxicos que faziam parte do Agente Laranja, o desfolhante que norte-americanos despejaram sobre o Vietnã durante a guerra, e o clorpirifós, banido nos EUA por estar associado a problemas de desenvolvimento neurológico, principalmente em crianças.
A exemplo da Guerra do Vietnã, os agrotóxicos são despejados por aviões em grandes quantidades sobre a Amazônia e outros biomas.
A destruição ambiental para abertura de pastos está levando muitos consumidores a procurarem outras opções de proteína. A mais recente novidade é a carne de vegetais impressa em 3D que, segundo O Globo, caiu no gosto de muita gente na alta gastronomia europeia. Ela é produzida pela pela startup israelense Redefine Meat, a qual, segundo seu diretor executivo, só não vende mais por limitação da capacidade de produção.
Em tempo: Um guia reúne informações para gestores públicos a respeito dos incentivos econômicos que podem ser utilizados na conservação das florestas remanescentes, na recuperação de áreas degradadas e no aperfeiçoamento da produtividade rural. A edição é uma iniciativa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), no âmbito do Observatório do Código Florestal (OCF) e pode ser baixada no site da Eco21, que deu a notícia.