PREOCUPAÇÕES DOS PFCs SOBRE A SAÚDE. Em
um novo trabalho de laboratório, cientistas detectam que baixas doses
de PFOA danificam os animais da pesquisa — em níveis estimados no
sangue mais baixos do que aqueles encontrados em algumas crianças.
O governo iniciou análises em profundidade do risco humano nos estudos
de laboratório recebidos da 3M em maio de 2001. E agora com riscos
calculados tão altos para a saúde humana, ao governo é proposto pleitear
tributações rápidas e especiais. O
estudo mais recente da indústria mostra alterações no peso dos órgãos
— muitas vezes um forte sinal e dano à função do órgão — entre os
animais de laboratório expostos ao PFOA no ventre e no início da adultez.
[Efeitos no peso do órgão: males | females]. Algumas crianças e adultos têm mais PFOA
em seu sangue do que os níveis estimados para os animais neste estudo.
Sob o constrangimento imposto pela EPA, 3M e DuPont estão manejando
quantidades de dados, sem precedentes, sobre saúde e segurança — para
iniciar, algo como 50.000 páginas valiosas. Três
de quarto tumores causados pelo PFOA estão em crescimento na população,
incluindo testículos, mama, fígado e próstata. O PFOA também causa
hipotiroidismo em estudos de laboratório, condição conectada ao dano
no cérebro fetal. O hipotiroidismo atinge 4,6% dos americanos, na
maioria mulheres [1]. Em algumas pessoas na
população, os níveis de PFOA agora parecem estar na média conhecida
como os que danificam animais. As novas descobertas da EPA e o alto risco
para os humanos.
A EPA aprofundou suas análises quanto ao risco humano pelas exposições
ao PFOA numa fórmula em um novo estudo maior e financiado pela 3M
em 2002. Neste estudo sobre reprodução de ratos os cientistas os expuseram
ao PFOA desde a fase uterina ao início da adultez. Encontraram danos
nos órgãos dos animais expostos às mais baixas doses testadas [2].
[Efeitos reprodutivos em: males | females] View footnotes from
graphic (nt.: ver notas do rodapé sobre o gráfico) Na
dose mais baixa testada, os níveis de PFOA no sangue materno foi de
aproximadamente 40 partes por bilhão (ppb), a prole foi menor ao nascer
e nas ratas fêmeas adultas expostas no útero (geração fêmea F1) decresceu
seu ganho de peso do corpo em algumas ocasiões na adultez jovem [2].
Em três de quatro doses testadas, começando com o sangue materno,
aproximadamente com 120 ppb, na geração F1 adulta de ratas decresceu
o crescimento da glândula pituitária [2].
Ela é chamada muitas vêzes de “glândula mestre” porque no corpo secreta
hormônios que regulam muitos dos processos orgânicos, tais como o
de crescimento, o do cuidado materno, o da reprodução e o do metabolismo.
Quando as fêmeas F1 deram à luz aos seus próprios filhotes (chamados
geração F2), um grande número deles foram “encontrados mortos ou presumivelmente
canibalizados” [2]. Isto sugere que o cuidado
materno pode ter sido alterado, talvez pelo dano à glândula pituitária.
Alternativamente, as mães F1 podem ter ignorado ou canibalizado as
crias porque a prole F2 não ser saudável. Os
trabalhadores da 3M envolvidos com a produção do PFOA apresentavam níveis tipicamente
acima de 1 ppm e tão alto como 114 ppm detectado em um dos trabalhadores
testados. A DuPont não revela rapidamente os níveis de PFOA presente
no sangue de seus trabalhadores, apesar de um documento tornado público
em recente litígio e marcado como “Pessoal e Confidencial”, mostrar
que duas de oito mulheres testadas na fábrica da indústria em Washington,
no ano de 1981, apresentavam níveis de PFOA no sangue mais alto do
que 1 ppm. Uma declaração interna de risco da DuPont recentemente
publicada mostra que a população que bebeu água com 3 ppb de PFOA
por seis anos, a expectativa é acumular níveis de 1 ppm no sangue.
O PFOA foi encontrado nestes níveis em suprimentos de água potável
perto das indústrias e das fábricas da DuPont. A
EPA classifica o PFOA como carcinogênico em animais, causando tumores
testicular, pancreático, mamário e de fígado em ratos [3].
Trabalhadores expostos ao PFOA têm elevados riscos de morrer tanto
do tratamento como de sua busca de tratamento para cânceres do pâncreas
e do trato reprodutivo masculino, incluindo aqueles dos testículos
e da próstata. O câncer testicular, de mama e do fígado cresceram
nos EUA durante os últimos 10 ou 25 anos. O câncer de fígado sozinho
cresceu numa média estimada de 4,7% por ano entre 1992 e 1999 [4]. Cinco
estudos mostraram que o PFOA altera os hormônios da reprodução em
machos, causando aumento nos níveis de estrogênios e regulação anormal
da testosterona. [5-9] O aumento nos níveis do estrogênio foi encontrado em trabalhadores
expostos [10, 11] . O PFOA, em ratos, altera
o crescimento da próstata, dos testículos, epidídimos e nas vesículas
seminais. Onze
estudos mostram que o PFOA ou químicos que se degradam ao PFOA, danifica
a glândula tiróide. Em 2002, macacos expostos ao PFOA, por um mês,
desenvolveram uma tiróide subativa, uma condição chamada de hipotiroidismo.
O hipotiroidismo afeta, estimativamente, 4,6 por cento de norte-americanos
[1], na sua maioria mulheres. O hipotiroidismo
pode prejudicar o desenvolvimento cerebral, levando a escutar menos,
prejudicando o desenvolvimento intelectual e o próprio crescimento. Quatro
órgãos ou tecidos do sistema imunológico e, pelo menos, nove tipos
de células que regulam as funções imunológicas são atingidos pelo
PFOA [34-37]. Até aqui os cientistas têm falhado
em encontrar a dose do PFOA que não danifique o sistema imunológico. Até
agora, cinco diferentes caminhos têm sido identificados que podem
explicar como o PFOA causa câncer e outros tipos de toxicidade. Entre
eles Inclui-se a toxicidade mitoncondrial; disfunção da membrana celular
que resulta num decréscimo da comunicação celular; proliferação dos
peroxisomas; aumento dos níveis de estrogênio e decréscimo dos de
testosterona; e decréscimo dos níveis de hormônio da tiróide. Câncer. O
governo federal considera o PFOA como carcinogênico – causando tumores
no fígado, pâncreas, testículos e glândula mamaria em ratos [3]
[p. 6]. Três de cada um destes quatro cânceres têm aumentado na população
dos EUA em anos recentes. Câncer de mama atinge uma em oito mulheres.
A incidência de câncer testicular tem crescido em certas partes do
globo nas últimas décadas e é agora o tipo mais comum de câncer em
homens entre 15 e 35 anos [12]. Em
estudos de dois anos, patrocinados pelas 3M e DuPont, nenhum dos 80
ratos no “grupo controle” desenvolveu tumor testicular ou pancreático;
em contraste, estes tumores foram detectados em oito dos 76 (11%)
ratos expostos ao PFOA [3, 9 pg. 75]. Num
estudo conduzido por dois anos, pela 3M, o PFOA dobrou a incidência
de tumores mamários em animais de laboratório expostos [13]. A
3M também tem observado problemas com este tipo de cânceres entre
seus empregados. Em vários estudos sobre a saúde de seus funcionários,
a 3M tem reportado aumentos das médias de mortes ou exigências de
cuidados com câncer de próstata, testicular e do pâncreas ou outras
enfermidades [14-16]. Estes estudos com trabalhadores
envolvem tão pouca gente que os crescimentos são muitas vezes considerados
estatisticamente fracos. Todavia, as consistências dos cânceres entre
os trabalhadores e os estudos de laboratório são impressionantes.
Enquanto a causa e efeito conectada entre cânceres humanos e exposição
ao PFOA não estão estabelecidos, os crescimentos nestes cânceres,
combinada à contaminação ubíqua de PFOA no sangue humano dá o que
pensar. Câncer de Mama. Entre
as meninas nascidas agora, uma em oito tem a expectativa de ter câncer
de mama e uma em 32 morrer por isto [4]. O
câncer de mama em mulheres cresceu numa média de 1,1 por cento por
ano entre 1992 e 1999 [4]. Entre aquelas que
têm 65 e mais jovens, a incidência de câncer de mama aumentou 1,4
por cento por ano [4]. Se esta tendência continuar,
as netas das mulheres que hoje não jovens poderão se enfrentar com
uma chance de uma em quatro de desenvolver câncer de mama [17,
18]. Câncer Testicular. Conforme
o atual ritmo, a incidência de câncer testicular duplicará em torno
de uma e meia gerações (39 anos). Nos EUA a incidência de câncer testicular
aumentou 41,5 por cento, entre 1973 e 1996, uma média de 1,8 por cento
ao ano [17, 18]. Enquanto as médias de câncer
testicular continuam a descrer em homens mais velhos (65 e acima),
o câncer testicular permanece como o mais comum entre homens jovens,
com o mais alto diagnóstico entre homens de 30 e 34 anos. Câncer de Próstata. As
médias do câncer de próstata cresceram 4,4 por cento ao ano, entre
1973 e 1992 ou mais do que duplicando o risco em uma geração. Desde
1992, a incidência havia declinado, mas ainda é 2,5 vezes a média
de 1973. Parte deste crescimento pode ser explicada pela melhor detecção,
mas o aumento desta inclinação também está acompanhado pelo aumento
da mortalidade – que a melhor detecção não pode explicar. O câncer
de próstata é agora o mais comum entre hoemns norte-americanos e o
segundo mais letal [17, 18]. Os estudos dos trabalhadores mostram o crescimento
das médias do desenvolvimento e morte de certos cânceres. Os
trabalhadores da 3M expostos a altos níveis de perfluorcarbonos, do
tipo PFOA, parecem estar nos mais altos riscos quanto a cânceres do
sistema reprodutivo masculino [14, 15]. Estudos sobre mortalidade entre os trabalhadores da
3M junto a Cottage Groove, na fábrica de MN (nt.: estado de Minnesota), foi constatado
que os trabalhadores da Divisão Química com dez ou mais anos de trabalho
eram 3,3 vezes mais propensos a morrer de câncer de próstata quando
comparados ao trabalhadores que não trabalham com a produção de PFOA
[14]. Nos dois outros trabalhos, um conduzido
em Cottage Groove, MN, e outro na fábrica da 3M em Decatur, Alabama,
detectou-se que trabalhadores expostos tinham elevado risco para morrer
de câncer de próstata ou de freqüentar médicos por razões associadas
com quem tem câncer de próstata [15, 16]. Enquanto o câncer de próstata é bastante comum entre
homens velhos – um em cinco ou seis desenvolverão esta doença – somente
um entre trinta morrerão desta enfermidade e 50% dos homens com este
tipo de câncer irão morrer depois da idade de 79 anos [4].
A 3M escolheu não estudar a incidência de câncer entre os trabalhadores,
mas em vez disso estudou a causa da morte. A média da idade da morte
dos homens que trabalham na divisão química da 3M foi de 54.2 anos
[14]. Enquanto
estes dois estudos não reportam um risco estatisticamente elevado
como fez Gilliland et al., as descobertas são consistentes entre os
estudos com trabalhadores e também com animais que mostram ser a próstata
o órgão alvo do PFOA [2]. Trabalhadores nas duas fábricas da 3M estão também mais
propensos a morrer ou buscar um tratamento com câncer de pâncreas
ou quaisquer outros tipos de câncer do trato reprodutivo masculino,
incluindo câncer testicular e de próstata [15, 16].
Nem o câncer de pâncreas ou testicular [e tão comum em homens como
o câncer de próstata e a probabilidade de morrer destas doenças não
são altos: em tempo de vida, o risco de morrer de câncer de pâncreas
é em torno de um para 87 e para o câncer testicular está mais ou menos
em um para 5.000 [4]. De novo, a 3M estudou
a causa da morte e não a incidência da doença. Em razão de que morrer
destes tipos de câncer não é comum, este foi o maior problema porque
o aumento dos riscos destas doenças foi notado. Se o PFOA é o causador
destes efeitos nos trabalhadores, um estudo muito maior do que os
que foram conduzidos pela 3M é necessário para detectar efeitos estatisticamente
significativos. No entanto, os padrões da doença são marcadamente
consistentes em estudos com animais]. Todos
os estudos com trabalhadores conduzidos pela 3M e pela DuPont tiveram
falhas significativas que impediram interpretações conclusivas dos
resultados dos estudos. As falhas nos estudos dos trabalhadores podem
tender a obscurecer a habilidade dos cientistas de discernirem os
efeitos sobre a saúde, oriundos da exposição, tornando convincentes
muitas das descobertas dos danos à saúde em vários estudos com trabalhadores.
Por exemplo, em alguns estudos a 3M classifica os trabalhadores em
categorias de expostos e não baseada na ocupação do ofício para ver
se havia diferenças em doenças entre estes trabalhadores [14-16, 19]. Ainda em 1996, autores de um estudo parcialmente
financiado pela 3M concluiu que a contaminação pelo PFOA entre todos
os trabalhadores foi tão ubíqua que a história de seu ofício não poderia
ser utilizado como uma medida de exposição: Nós esperamos que o grupo de trabalhadores
que foi selecionado para o grupo dos não expostos baseando-se na história
de seus ofícios tivesse os níveis totais de flúor no soro similares
à população em geral. Entretanto, nós detectamos que o grupo de trabalhadores
não era de não expostos, tinha níveis de 20-50 vezes maiores do que
os níveis reportados para a população em geral. Nós concluimos que
a história do ofício não era um parâmetro de medida para a exposição.
Hipotiroidismo. Em
onze estudos conduzidos entre 1978 e 2002, os cientistas documentaram
danos à glândula tiróide em macacos e outros animais de acordo com
a exposição ao PFOA e químicos que se degradavam até o PFOA [13,
20-26]. O dano incluiu efeitos celulares sobre a tiróide e
hipotiroidismo, uma condição caracterizada pelos baixos níveis de
hormônios da tiróide. Eles controlam o crescimento e o metabolismo
e críticos no desenvolvimento do próprio cérebro. O
câncer da tiróide e o hipotiroidismo são as preocupações atuais em
termos de saúde humana. Há uma estimativa de que 10 milhões de pessoas
nos EUA têm hipotiroidismo [27]. A condição
é de particular importância em mulheres grávidas porque os hormônios
da tiróide são críticos para o desenvolvimento do cérebro do próprio
feto. Pequenas reduções nos níveis do hormônio da tiróide da mãe durante
a gravidez podem estar associados com a redução do QI em crianças.
Num
trabalho feito em 1998 na fábrica de Cottage Groove, MN, a 3M encontrou
evidências de alteração nas regras do hormônio da tiróide em seus
trabalhadores. A equipe medica detectou aumentos significativos na
estimulação dos hormônios da tiróide (TSH)(nt.: thyroid stimulation
hormone) em trabalhadores com altos níveis de PFOA no sangue [10, 11]. Altos níveis de TSH são um sinal de um tiróide subativa
o que resulta em baixos níveis de hormônio da tiróide; a glândula
pituitária no cérebro secretará TSH extra como um sinal para estimular
a produção de hormônio da tiróide. Os cientistas da indústria encontraram
uma tendência a um decréscimo nos níveis do hormônio da tiróide em
cada grupo de animais expostos ao PFOA num estudo com macacos em 2002,
[20] e aumenta o dano celular na glândula tiróide de ratos expostos
aos químicos que se degradam até o PFOA [20-26]. As alterações celulares são as do mesmo tipo
causadas pelo prolongado estado de hipotiroidismo e estão também
associadas com o desenvolvimento de tumores da tiróide em roedores
[29,
30]. A DuPont nunca testou se os químicos que
se degradam até o PFOA causam tumores. Três
novos estudos mostram que compostos que se degradam até o PFOA no organismo também atingem a tiróide. Apesar da
informação detalhada tenha sido definida como CBI (Confidential Business Information)
(nt.: Informação Confidencial
de Comércio) e retirado de arquivo público [23] , apresentações feitas pela DuPont à EPA
indicando que a tiróide era o alvo para todos os telômeros fluorados
testados, incluindo aqueles conhecidos que degradam até o PFOA [25] . A DuPont interpretou estes efeitos como
“respostas fisiológicas não adversas”, mas sob esta rubrica de “CBI” privilégio que providencia a negação de informações sobre determinado
tipo de efeitos constatados [23]. Uma
glândula tiróide sub-ativa em adultos pode levar à fadiga, depressão,
ansiedade, inexplicável ganho de peso, perda de cabelo e baixa libido.
Mais sério, entretanto, são os efeitos da disfunção dos hormônios
da tiróide para e desenvolvimento do feto e da criança. Fetos, nenês
e crianças são os que experimentam as alterações mais significativas
nos níveis dos hormônios, podendo sofrer retardo mental, perda da
fala e da audição, desenvolvimento anormal dos testículos ou déficit
na coordenação motora. Em crianças mais velhas, a depressão dos níveis
de hormônios da tiróide está associada com baixa motivação para o
aprendizado e desordens com déficit de atenção [31,
32]. A
indústria esforça-se para obscurecer e minimizar as descobertas sobre
a tiróide. Tanto a 3M como a DuPont continuam a subestimar os efeitos
dos PFCs sobre a tiróide. Em um estudo feito em cooperação na maioria
por cientistas da indústria, os pesquisadores afirmam que “não havia
alterações relacionadas ao APFO [PFOA] na bioquímica clínica, hormônios
ou análises de urina e mesmo efeitos hematológicos” em macacos. Mais
tarde em um artigo, os cientistas incluíram uma tabela mostrando que
as exposições ao PFOA levam a um significativo decréscimo nos níveis
hormonais os autores também reportam que os hormônios da tiróide retornam
a ser mais normais depois da exposição ao PFOA ser interrompida [20]. Similarmente,
em 1998, os cientistas da 3M publicaram um estudo que incluiu uma
tabela mostrando que os trabalhadores com altos níveis de PFOA no
sangue apresentavam incrementos estatisticamente significativos de
no TSH (nt.: sigla em inglês Thyroid-stimulating Hormone/Hormônio Tiroestimulante,
produzido pela hipófise), uma forma de medir-se o hipotiroidismo
[11] . E mais ainda, falharam na discussão a estas
descobertas no sumário resultados ou na seção de discussão do estudo. A DuPont recentemente apresentou dados para
a EPA mostrando que seus compostos fluortelômeros afetam a tiróide,
mas interpretam estes efeitos como “respostas fisiológicas não adversas”
e provê detalhes não específicos dos efeitos da tiróide, citando estes
dados como “Confidential Business Information” [23]. A
3M responsabilizou-se, há pouco tempo, por uma avaliação abrangente
dos efeitos do PFOA ao feto. Inexplicavelmente, entre os muitos estudos
definitivos sobre saúde, eles negligenciam avaliar, de qualquer maneira,
a tiróide [2], mesmo que os PFCs estejam tão claramente conectados ao
dano sobre esta glândula em outros estudos, além do PFOA ter sido
detectado como causador de hipotiroidismo em macacos. Problemas do sistema imunológico. Em
estudos de laboratório o PFOA causa toxicidade para quatro órgãos
ou tecidos do sistema imunológico e em, pelo menos, nove tipos de
células que regulam a função imunológica [2, 33,
37]. O PFOA há muito tempo se sabe que danifica o sistema imunológico,
mas em estudo mais recente os cientistas detectaram que a exposição
ao PFOA nos primeiros momentos da vida é mais lesiva do que na fase
adulta. O baço e o timo, ambos críticos para a função imunológica,
mostraram estar atrofiados entre animais expostos no útero e durante
os primeiros tempos da adultez. A atrofia do baço ocorre na dose mais
baixa testada. Em
estudo mais antigo da indústria, cada dose testada danificava o baço,
uma glândula onde maturam células especializadas chamadas de células
B, produzindo então antibióticos fundamentais para combater doenças.
A glândula timo parece particularmente sensível aos químicos da família
dos PFCs. Alojada atrás do esterno e acima do coração em humanos,
ela desempenha um papel crítico na imunidade, fabricando as células
T que reconhecem e destroem bactérias, vírus e células cancerosas.
Pelo menos um dos químicos da família dos PFCs (o PFDA) induz a glândula
a se decompor até um ponto onde os cientistas não conseguem mais localizá-la
no animal: “ Os tecidos da timo não foram mais detectados na maioria
dos ratos tratados”. [38]. Mesmo que o PFOA
demonstrou não levar a glândula timo ao completo desaparecimento,
estava conectado à atrofia da glândula em animais dosados no útero
e durante o início de sua existência, em doses que não causariam efeitos
na timo em animais expostos durante sua adultez [2]. Num
simpósio em 1995 sobre os impactos na imunidade nas fases iniciais
da vida, uma declaração consensual de diversos painéis de cientistas
indicou a significância dos danos ao sistema imunológico já na tenra
idade: “A capacidade a respostas imunológicas durante toda a vida
determinada muito cedo em mamíferos, já durante o desenvolvimento
pré-natal e no início da existência pós-natal” [39]. Muitos químicos imunotóxicos produzem mais danos severos
ou de longa duração quando ocorrem exposições bem cedo na vida dos
seres [40]. No feto e no início da vida, o
timo é um instrumento que estimulao crescimento e o desenvolvimento
do sistema imunológico. O tipo de dano observado ao timo com o PFOA
pode induzir um decréscimo permanente na função imunológica, resultando
em grande disposição a infecções e doenças, incluindo o câncer. Vários
estudos científicos nos laboratórios da Universidade de Estocolmo
e do Karolinska Institute na Suécia observaram
em detalhes os efeitos do PFOA no sistema imunológico. Detectaram
que ele fazia decrescer o número de células imunológicas em todas
as sub-populações que eles estudaram — oito no total — tanto no timo
como no baço [35, 37]. Yang et al. também
detectaram danos do PFOA na função das células imunológicas, um fenômeno
que faz como se as células não tivessem habilidade para estabelecerem
respostas imunológicas adequadas às células estranhas, parecendo ser
ima munossupressão [34]. Poucos
dos efeitos do PFOA sobre as células do sistema imunológico são devidos
à ativação do receptor (nt.: Peroxisome Proliferating
Activating Receptor-alpha ou
sua sigla em inglês PPARa) que media vários outros efeitos tóxicos
do PFOA. Ele é tido como um mecanismo mais ativo em roedores do que
em humanos. Quando os cientistas alimentam camundongos com o PFOA,
nos quais a capacidade para este mecanismo foi geneticamente removido,
muitos dos efeitos nas células do timo permanecem, reforçando a relevância
dos estudos de laboratório para humanos e aumentando a preocupação
quanto às exposições no útero e na tenra idade em humanos expostos
ao PFOA. Em
trabalhadores, o aumento dos níveis de PFOA no sangue está associado
ao incrementode células brancas do sangue (leucócitos) [10],
sugerindo que os trabalhadores estão sob estresse da infecção ou da
doença [41], demonstrando haver consistência
com um quadro de pobreza na função imune. Problemas na reprodução, defeitos de nascimento. O
PFOA é mais tóxico aos fetos e às crianças do que aos animais adultos.
Por exemplo, o PFOA causa morte em ratos jovens em doses que não afetariam
a sobrevivência dos pais. Muito
da preocupação da EPA sobre
o PFOA origina-se dos resultados de um estudo pago pela 3M e feito
em 2002 sobre a reprodução de ratos [2]. Neste
estudo, ratos adultos foram dosificados com PFOA antes e durante o
acasalamento, no período da prenhez, no período da lactação até que
a prole tivesse sido desmamada e ainda por três meses de vida. Posteriormente
a prole foi dosificada com PFOA e deixada procriar. Nesta linha, a
EPA pode observar se o PFOA
faria decrescer a fertilidade assim como se a exposição precoce na
vida ao PFOA causaria toxicidade ao desenvolvimento. O
estudo sobre a reprodução dos ratos demonstrou que o PFOA era mais
tóxico para os animais jovens [2]. Ratos expostos
ao PFOA no útero, muitas vezes morriam ao serem desmamados no grupo
com mais alta dose mesmo que a mortalidade não afetasse os ratos adultos
em mesmas doses. Também um maior número de órgãos foram afetados pelo
PFOA em ratos machos adultos expostos no útero na mais baixa dose
de PFOA comparada com ratos machos adultos não expostos durante a
vida fetal. Em
ratos machos expostos somente durante a adultez, o peso de dois órgãos
(fígado e rins) foram aumentados na dose mais baixa. O peso de quatro
órgãos foi alterado nos machos adultos expostos ao PFOA no útero;
tendem a ter decréscimo no peso corpóreo e aumento significativo do
peso do fígado, dos rins e do sêmen ao mesmo tempo em que decréscimo
no peso do baço. As mudanças no peso dos órgãos são utilizadas como
peso bruto da toxicidade e muitas vezes indica prejuízo da função
do órgão. Um
estudo de 1982 financiado pela 3M também mostra que o PFOA é mais
tóxico para coelhos expostos no útero do que na adultez [42].
Neste estudo, os fetos de coelhos tiveram aumento nas anormalidades
de seus esqueletos numa dose que não causou nenhum efeito à mãe. A
DuPont testou e detectou PFOA no sangue de mulheres trabalhadoras
da fábrica em Parkersburg. A companhia seguiu e documentou os resultados
da gravidez em trabalhadoras expostas. Duas de sete crianças nascidas
de mulheres trabalhadoras da fábrica entre 1979 e 1981 apresentaram
defeitos de nascimento. Uma tinha um olho “não terminado” e um defeito
no duto lacrimal e o outro com a narina e o olho defeituosos. Em 1981
50 mulheres foram readmitidas na fábrica. Somando-se
ao efeito de ser causador de tumor testicular, o PFOA também gera
muitos outros efeitos no sistema reprodutivo masculino. Inclui-se
o aumento no tamanho dos testículos, dos epidídimos e das vesículas
seminais [2], além no decréscimo da próstata
em ratos [2, 6]. Nas fêmeas o PFOA causa tumores
mamários e efeitos celulares nos ovários [13]. No
início de 1992, os cientistas da DuPont começaram a publicar materiais
declarando como o PFOA causava tumores testiculares e outros efeitos
danosos no aparelho reprodutivo masculino (eles não estudaram os efeitos
sobre a glândula mamária e nos ovários). Primeiro eles detectaram
que o PFOA aumenta os níveis de estradiol no sangue (a forma mais
importante de estrogênios em humanos e roedores) nos ratos machos.
Eles também detectaram que o PFOA afeta a regulação da testosterona,
tendendo a decrescer seus níveis no sangue e alterando sua produção
nas células dos testículos [5], efeitos que
são provavelmente devidos a uma “lesão nos testículos” [10]. Um
estudo subseqüente publicado pelos cientistas da DuPont, em 1995,
mostrou que o PFOA aumentou os níveis de estrogênio pelo aumento da
atividade da aromatase do fígado, uma enzima que converte testosterona
em estradiol [5]. Biegel et al. também detectaram
que o PFOA incrementa os níveis nos testículos de uma proteína produzida
em grandes quantidades pelas células do câncer chamada “transforming
growth factor-alpha” (TGFa)
[5]. Enquanto os cientistas da DuPont não
tinham estudado as ratas fêmeas tanto quanto os ratos machos, outros
estudos mostravam que o estradiol estimula a liberação da proteína
TGF-a nas células mamárias. Em
razão dos altos níveis de estrogênios serem um fator de risco para
o tipo de tumor testicular causado pelo PFOA, a EPA
sugeriu que a indução dos tumores da célula Leydig, um tipo de tumor
testicular, pelo PFOA pode ser por mediação endócrina, possivelmente
pela elevação prolongada do estrogênio [6]. O
aumento de estradiol e o decréscimo da testosterona podem ser detectados
nos trabalhadores que são altamente expostos da fábrica da 3M que
produz PFOA em Cottage Groove, MN. [10, 11].
Três estudos nas duas fábricas da 3M confirmaram que trabalhadores
expostos parecem mais provável que morram ou necessitem tratamento
para cânceres do trato reprodutivo masculino [14-16]. Next Page: PFCs in Water,
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65530-71-4); poly(difluoro-methylene), alpha-fluoro-omega[2-(phosphonooxy)
ethyl]-, diammonium salt (CAS# 65530-72-5); poly(difluoromethylene),
alpha, alpha’- [phosphinicobis(oxy-2,1-ethanediyl)bis [omega-fluoro-],
ammonium salt (CAS# 65530-70-3); isopropyl alcohol (CAS# 67-63-0);
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toxicity study: Mixture of poly(difluoro-methylene), alpha-fluoro-omega
[2-(phosphonooxy) ethyl]-, monoammonium salt (CAS# 65530-71-4); poly(difluoro-methylene),
alpha-fluoro-omega[2-(phosphonooxy) ethyl]-, diammonium salt (CAS#
65530-72-5); poly(difluoromethylene), alpha, alpha’- [phosphinicobis(oxy-2,1-ethanediyl)bis
[omega-fluoro-], ammonium salt (CAS# 65530-70-3); isopropyl alcohol
(CAS# 67-63-0); and water (CAS# 7732-18-5) (Telomer B Phoshate). US
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of a 2-week inhalation toxicity study in rats for n-diiodoperfluoro-alkanes
mixture (no CAS); hexadecafluoro-1,8-diiodooctane (CAS 335-70-6);
1,1,2,2,3,3,4,4-octafluoro-1,4-diiodobutane (CAS 375-50-8); 1,6-diiodo-perfluorohexane
(375-80-4); diiodofluoro chemical (?) (CAS Number 65975-18-0); non-HPV
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No. 0681TB0398. Notas
de pé de página para o gráfico informacional 40 ppb (1 mg/kg/dia) Crescimento decrescente; 120 ppb (3 mg/kg/dia) 370 ppb (10 mg/kg/dia) 1,000 ppb (30 mg/kg/dia) [b] Baseado em ratas adultas em fase de lactação
3 semanas depois de terem parido. [c] Efeitos percebidos em ratos machos adultos
expostos no útero. Ratos machos adultos têm níveis mais altos no soro
de PFOA do que ratas fêmeas adultas e não está claro se o maior número
de efeitos constatado na prole adulta de machos comparado ao pai nunca
exposto no útero é devido a contaminação ser na fase precoce da vida.
Nota: Ratos controle tinham níveis de PFOA no sangue abaixo do nível
de quantificação (5.3 ppb). Next Page: PFCs in Water,
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