Número de famílias despejadas em 2013 cresce 76% na Amazônia.

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Barragens para usinas , mineração, grilagem de terras, extração de madeira e monoculturas (, , dendê, eucalipto) avançam sobre terras indígenas, quilombolas e de outras comunidades camponesas. A continua sendo considerada colônia, fonte de recursos naturais a serem explorados pelo resto do e do mundo. Na Amazônia, em 2013, se concentraram 20 dos 34 assassinatos, 174 das 241 pessoas ameaçadas de morte, 63 dos 143 presos, e 129 dos 243 agredidos em conflitos no campo no Brasil.

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por Comissão Pastoral da Terra

capa2013 200 Número de famílias despejadas em 2013 cresce 76% na Amazônia

Das Populações Tradicionais que, em 2013, foram vítimas de algum tipo de , 55% se localizavam na Amazônia. 89% da superfície total das áreas em conflito, de todo o Brasil estão na Amazônia Legal.

São 5.530.036 hectares do total de 6.228.267 hectares de terra envolvidos em disputa.Diferentemente do restante do Brasil, onde o número de famílias expulsas diminuiu em relação a2012, (passaram de 1.388 para 1.144), e o de despejos judiciais, (de 7.459, para 6.358), naAmazônia ocorreu o inverso: o número de famílias expulsas cresceu em 11%, passaram de 472 para525 e o de famílias despejadas em 76%, passaram de1.795 para 3.167.

Acre, Tocantins e Amapá que, em 2012, não registraram nenhuma família despejada, em 2013, registraram respectivamente 676, 625 e 118 famílias despejadas.No Pará o número cresceu de 193 para 710, 274%.

Estes despejos assinalam para o crescimento do papel repressivo do Estado na região.Despejos e
expulsões, juntos, aumentaram 63% em 2013.

Também teve crescimento acentuado de 126% o número de famílias com casas destruídas,passando de 503, em 2012, para 1.186, em 2013 e as com bens destruídos 19%, passando de 570 para 676.

O Acre destacou-se pelo aumento de 1.038% em relação ao número de casas destruídas.Passou de 26 para 296.Também no Acre, a atuação de pistoleiros ou de milícias armadas mais que quadruplicou: de 90 famílias afetadas por ações de pistoleiros em 2012, este número saltou para 380, em 2013.

Enquanto o número de famílias envolvidas em conflitos por terra diminuiu, de modo geral, em todos os estados da Amazônia, passando de 92.113 para 87.016, o Acre e o Tocantins são exceção: no Acre, o número passou de 3.310 famílias, em 2012, para 5.036, em 2013, um aumento de 53%; no Tocantins, o aumento foi de 153%, de 1.456 famílias envolvidas em 2012, para 3.682, em 2013.

O mesmo se deu em relação ao número de pessoas vítimas de alguma forma de violência, no conjunto dos Conflitos no Campo (terra, água, trabalho). Em 2012, 317.078 pessoas, em 2013, 223.346.

O Acre passou de 16.550 pessoas envolvidas para 25.193, 52% a mais. No Tocantins, o número quase dobrou, passou de 11.401 para 21.401,um aumento de 88%.

* Publicado originalmente pela Comissão Pastoral da Terra.

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Anversos da crença (João Marino)

Não vislumbro um futuro humano plástico,
Mas muito plástico no futuro desumano.
E não falo de monturos,
Falo de montanhas de plástico impuro.
Falo de futuro suástico, inseguro, iconoclástico. Plásticos grandes e pequenos, moles e duros,
Que se amontoam.
Nanoplástico que se respira,
Que se bebe e se come,
Se adoece, se morre e se consome.
Presente fantástico de futuro hiperplástico,
Plástico para sempre,
Para sempre espúrio, infértil e inseguro.
Acuro todos os sentidos
E arrepio em presságios.
Agouros de agora,
Tempos adentro,
Mundo afora.
Improvável um futuro fúlguro!
Provavelmente escuro e obscuro.
Assim, esconjuro e abjuro!