‘Mundo corporativo não sabia o que era sustentabilidade’, diz executivo.

“Há 20 anos o mundo corportativo não tinha a menor ideia do que era sustentabilidade. Hoje, todos os empresários aqui reunidos têm departamentos e estratégias de sustentabilidade em suas empresas e fazemos coisas fabulosas. Todos esses líderes estão integrados de verdade em sustentabilidade em todos os seus processos”, disse na tarde desta terça-feira (19) Peter Bakker, presidente do Conselho Empresarial Mundial para o , no Dia de Negócios, reunião de empresários num hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

 

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/06/20/84539-mundo-corporativo-nao-sabia-o-que-era-sustentabilidade-diz-executivo.html

 

 

Ele disse que os eventos no Rio em torno do tema são um momento importante em que “governos têm que concordar com um documento e o mundo corporativo tem que mostrar seu comprometimento”, mas, para ele, não se trata apenas de um momento pois “práticas de sustentabilidade têm que se integrar na maneira como conduzimos nossos negócios atualmente”.

Georg Kell, diretor-executivo Pacto Global das Nações Unidas, que realizou no mesmo hotel da Barra um evento que congregou 1.400 executivos e empresários, disse que é a primeira vez que o mundo dos negócios está presente de forma maciça num evento em torno da sustentabilidade.

“A Rio- 92 já teve a presença de alguns representantes do setor privado, e outras conferências também, mas nada se compara como que está acontecendo aqui”, disse ele.

Peter Bakker ressaltou que na reunião do Pacto Global, os emrpesários firmaram 200 compromissos sobre temas relacionados à sustentabilidade.

“Agora não se trata de discutir esses compromissos, mas debater como desenvolvê-los. Temps que discutir o que podemos melhorar em nossas áreas e como trabalhar de forma coordenada com diferentes setores para desenvolver melhores formas de uso de recursos naturais, como a água, ou como melhorar o diálogo com os governos”, disse.

Kris Gopalakrishnan, presidente da Infosys, assegurou que o progresso em sustentabilidade nos negócios serão os maiores possíveis.

“Alguns setores da iniciativa privada estão impacientes pelos avanços dos governos. Em nenhuma circunstâncas devemos esperar pelos governos para fazer a coisa certa. Sustentabilidade corporativa é um compromisso sério e vai ser desenvolvida. E o mundo dos negócios quer que os governos façam progresso”, disse.

Já Vania Somavilla, diretora-executiva de Recursos Humanos, Saúde & Segurança, Sustentabilidade e Energia da Vale, disse que o importante é aumentar ainda mais a conscientização sobre os conceitos de sustentabilidade.

“No setor privado, temos o consumidor como principal elemento; em relação aos governos, são os eleitores. Temos que educar a população em relação à sustentabilidade para que ela peça mais”, disse ela.

Vania contou que a Vale opera em áreas remotas, que não têm serviços essenciais, mas a empresa mantém seu padrão.

“Isso educa as pessoas a agirem da mesma forma. Temos a licença formal para operar e temos a licença social, para nós tão importante quanto a formal. E aprendemos a fazer isso, mesmo cometendo erros.
Trabalhamos em áreas pobres e remotas usando o conceito de dividir valores. Começamdo minimizando impactos, depois, compensando impactos e evoluímos para o modo de agir de dividir valores. É o único modo de trabalhar”, disse. (Fonte: G1)