A Grã-Bretanha está lançando uma ampla pesquisa para averiguar se celulares e outras tecnologias sem fio afetam o desenvolvimento mental de crianças. O estudo – financiado por governo e indústria – vai monitorar 2.500 crianças de 11 e 12 anos. Testes de sua capacidade cognitiva – como habilidades de pensamento, memória e atenção – serão feita e, depois, repetidos em 2017 para comparação.
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2014/05/21/105448-gra-bretanha-lanca-megaestudo-para-avaliar-riscos-de-celular-a-criancas.html
Segundo a Organização Mundial de Saúde, pesquisas nesta área são de ‘máxima prioridade’. Mais de 160 escolas secundárias ao redor de Londres vão receber convites para inscrever alunos para o estudo. Os pesquisadores dizem que ‘muito pouco’ se sabe sobre o impacto que essas tecnologias têm sobre as crianças. Grande parte da investigação sobre o uso de celulares tem se concentrado em adultos e, em particular, no risco de câncer no cérebro. Nenhuma evidência de dano foi identificada até a agora. No entanto, o serviço de saúde britânico, o NHS, aconselha que crianças com menos de 16 anos usem telefones celulares apenas quando for essencial.
Escolhas melhores – A teoria dos pesquisadores é de que o cérebro das crianças pode ser mais suscetível por ainda estar em desenvolvimento. Esta pesquisa – liderada pelo Imperial College London – vai colocar essa ideia à prova, analisando dados das operadoras e questionando as crianças e seus pais sobre o uso de telefones celulares e dispositivos sem fio, como tablets. A faixa etária de 11 a 12 anos é particularmente importante porque muitas crianças ganham celulares nessa idade na Grã-Bretanha, quando iniciam o ensino secundário. Cerca de 70% de integrantes desse grupo de idade possuem um celular.
Segunda a pesquisadora que lidera o estudo, Mireille Toledano, o conselho aos pais é baseado no princípio da precaução, dado que não há qualquer conclusão ainda sobre se os celulares causam ou não danos. Ela diz que o estudo é importante para que o governo possa adotar políticas melhores e pais e filhos tenham mais informações para fazer suas escolhas.
(Fonte: G1)