Expansão da fronteira agropecuária pode ter efeito negativo no Cerrado.

A expansão da fronteira agropecuária está impactando diretamente o bioma Cerrado. O tema será debatido em encontro que acontecerá na próxima segunda-feira (31), no Ministério do Meio Ambiente. A reunião será pautada por um diagnóstico estratégico elaborado pelo Departamento de Zoneamento Territorial (DZT), que buscou identificar os principais vetores condicionantes do uso e ocupação do bioma, além de levantar e mapear os programas, planos e políticas públicas que induzem a dinâmica territorial.

 

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2014/03/31/103981-expansao-da-fronteira-agropecuaria-pode-ter-efeito-negativo-no-cerrado.html

 

A principal finalidade é orientar a tomada de decisões sobre iniciativas e ações governamentais na região. No contexto do Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Cerrado, tendo como horizonte os anos de 2022 a 2030, o MMA está elaborando cenários prospectivos.

Commodities – “O aumento da demanda por commodities brasileiras e a necessidade de diversificação da matriz energética nacional a partir da expansão dos agrocombustíveis, resultarão na expansão da fronteira agropecuária, alterando significativamente a escala e o perfil da produção e impactando diretamente o desenho das redes logísticas e o estágio de conservação dos recursos naturais”, destacou o coordenador da Gerência de Zoneamento Ecológico-Econômico do DZT, Bruno Abe Saber Miguel. “Nessa perspectiva, o Cerrado terá seu território especialmente disputado e impactado, demandando um planejamento que possa responder a essa dinâmica por meio de estratégias que pressuponham o uso racional de seus recursos.”

A partir da consolidação do diagnóstico estratégico serão elaborados cenários tendenciais e alternativos preliminares para o Cerrado. Esses cenários serão objetos de uma série de oficinas nos estados da região para seu aprimoramento, validação e incorporação no MacroZEE do bioma. “Dentre as variáveis relevantes para a elaboração dos cenários, serão consideradas, principalmente, as tendências de uso da terra, os fluxos econômicos e populacionais, a localização das infraestruturas e a circulação da informação, as taxas de desmatamento e as necessidades de proteção e conservação ambiental (água, solo, fauna e flora)”, acrescentou Miguel. “Também serão utilizados como parâmetros os próprios cenários já existentes de mudanças climáticas.”

O MacroZEE do bioma Cerrado constitui ação estratégica do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado) e conta com o apoio financeiro da Iniciativa Cerrado Sustentável (GEF Cerrado) em sua elaboração. (Fonte: MMA)

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