Finalmente é verão e o tempo quente convida para um churrasco ao relento. Depois de um inverno duro, estamos seguros de que todos irão aproveitar as oportunidades para explorarem o sol com seu calor e seus raios! Em honra ao tempo do calor, podem ir estocando todos os utensílios descartáveis de ‘isopor’ como pratos, copos, talheres e outros. Existem muitas razões para dispensar os produtos descartáveis e entre eles, aqueles feitos de espuma expandida (nt.: imagina-se o o que farão: a Nestlé, o McDonalds e todos os outros, com seus copinhos de café e outros feitos de espuma!!).
http://saferchemicals.org/2014/05/26/styrene-and-styrofoam-101-2/
Posted May 26, 2014 by Alesia Lucas in Find Safer Products, Mind the Store
Por que evitar o material de espuma de estireno, ‘isopor’ ou ‘estiropor’?
Este produtos de espuma contêm a resina plástica, o químico estireno, que foi conectado (linked to) ao câncer, à perda de visão e audição, enfraquecimento da memória e da concentração, e a efeitos sobre o sistema nervoso…e a lista segue… O que acontece quando se come alimentos ou líquidos quentes em copos e pratos feitos de ‘isopor’? O monômero ou a substância estireno se libera (leaches out) da espuma de estireno e entra direto em nosso corpo.
O estireno é este tal químico problemático e está incluso numa lista negra de produtos perigosos e por isso estamos encorajando de que os varejistas abandonem os produtos feitos com ele.
Como muitos químicos, sabemos sobre seus efeitos à saúde pela exposição dos trabalhadores. Efeitos prolongados (prolonged effects) da exposição crônica do estireno que muitos trabalhadores da indústria enfrentam, são: depressão, dores de cabeça crônicas, fatiga e fraqueza, e efeitos menores sobre as funções dos rins e do sangue. O Departamento do Trabalho, a Agência de Saúde e Segurança Ocupacional e a EPA estão conscientes dos efeitos negativos do estireno (nt.: vale ressaltar que este texto é de maio e ainda não tinha sido emitido o parecer da Academia Nacional de Ciência dos EUA, agora em julho de 2014, com o definitivo enquadramento do estireno como carcinogênico humano), mas ainda não limitaram com sucesso seu emprego. Esta é uma das muitas razões da necessidade de uma reforma política tanto na Agência de Saúde e Segurança Ocupacional como na lei sobre substâncias tóxicas no sentido de proteger nossa força de trabalho norte americano.
- Estireno: um subproduto do petróleo que pode ser encontrado nos produtos plásticos, em resinas plásticas e em espumas como o ‘isopor’. É um químico tóxico que é usado para fazer um polímero, o poliestireno. Estojos de CDs e DVDs, embalagens de produtos alimentícios, malas e bagagens. Se mencionarmos seu nome, em algum produto este químico deve estar.
- Poliestireno (polystyrene): Criado da polimerização do monômero estireno, formando-se o polímero poliestireno que é leve , isolante e que pode se apresentar tanto na forma líquida como sólida.
- Espuma de estireno ou ‘Isopor’: É na verdade uma espuma de poliestireno expandida (nt.: em inglês – “extruded polystyrene foam/EPS”), mas que denominamos (nt.: no Brasil) de ‘isopor’ (nt.: marca registrada da Knauf) e nos EUA de ‘Styrofoam’. Ela é feita do ‘isopor’ e é empregada em muitas utilidades como prancha de surf, barcos, sacos de grãos como feijão e, claro, copos e pratos descartáveis.
Impactos ambientais.
Em 1986 a agência ambiental dos EUA, a EPA, liberou um relatório relacionando de que o processo de fabricação do poliestireno (polystyrene manufacturing process) como sendo o quinto processo industrial criador de resíduos prejudiciais. 57, cinquenta e sete, subprodutos químicos são liberados durante a fabricação do polímero poliestireno, poluindo o ar, a água e as comunidades que vivem perto dos complexos industriais.
Como se o impacto sobre a saúde pública do poliestireno não fosse suficiente, seus efeitos ambientais estão muito bem documentados. Leva 500 anos para se decompor e ocupa de 25 a 30% dos aterros de lixo globais. Além disso, nossos lagos, vias navegáveis e os oceanos estão sofrendo graças ao lixo do ‘isopor’. Existem 57 subprodutos químicos (57 chemical by-products) liberados durante a fabricação do estireno, poluindo nosso ar e nos mananciais hídricos. O ‘isopor’ faz algum tempo que não é fabricado com o gás CFC (notório químico que destrói a camada de ozônio), mas ainda usam o gás HFCs (hidrofluorocarbonos) e que estão também conectados à agressão à camada de ozônio (ozone layer) e afetando o aquecimento global (global warming) (nt.: ver – https://nossofuturoroubado.com.br/corporacoes/detectados-na-atmosfera-quatro-novos-gases-prejudiciais-a-camada-de-ozonio).
(Photo Credit: calonda via photopin cc)
Onde o estireno é encontrado?
O estireno não é só encontrado em produtos de espuma expandida.
Plástico, borracha sintética, carpetes e mesmo em embalagens de amendoim todos eles têm traço (traces) de estireno. Então nossas chances de exposição vêm de uma grande variedade de fontes. De acordo com a agência norte americana que trata da saúde e da segurança ocupacional (according to OSHA), aproximadamente 90.000 trabalhadores que estão fabricando botes, tubos e chuveiros estão potencialmente exposto ao estireno no processo de fabricação.
Existem alternativas?
Sempre recomendamos que as pessoas optem por pratos, copos e utensílios reutilizáveis antes de comprarem produtos descartáveis. Isso reduz tanto os resíduos e lixos como reduzir a exposição de todos a contaminação com químicos tóxicos.
Alternativas seguras incluem: pratos de bambu e outros utensílios reutilizáveis, papéis reciclados e algumas resinas plásticas originárias de milho, por exemplo. De acordo com a Fundação ‘Earth Resource’ (according to Earth Resource), em cada tonelada de consumo de papel 100% reciclado podemos poupar:
- 12 árvores;
- 500 quilos de lixo sólido;
- 1.560 quilowatts de energia (2 mês de energia elétrica pela média de consumo doméstico dos EUA);
- 3.800 litros d’água;
- 1.976 libras de gases de efeito estufa (700 quilômetros de viagem na média de um carro dos EUA);
- 2.300 metros cúbicos de espaço de aterro de lixo;
- 18 quilos de vários químicos tóxicos (HAPs, VOCs e AOXs combinados);
- 1.600 quilos de petróleo.
O que se pode fazer.
O estireno é muito difícil de reciclar, assim muitos estão optando evitar completamente o produto. Muitas escolas e cidades estão banindo os produtos feitos de ‘isopor’ e muitos varejistas estão começando a oferecer produtos biodegradáveis.
Podemos evitar os copos e as embalagens de ‘isopor’ que são identificados usualmente com o número 6 no símbolo de reciclagem no fundo das embalagens e a sigla PS. Quando se for adquirir alimentos por telefone, perguntar se eles oferecem opção sem ‘isopor’ e encoraje o restaurante a trocar as embalagens de entrega, por feitas de papel. Da mesma forma quando for comprar em supermercados, quitandas e bares, selecionar itens que sejam sem embalamento de ‘isopor’ ou com materiais livres de estireno.
Idealmente, nós não precisaríamosestar procurando por químicos tóxicos escondidos nos produtos que compramos.
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2014.