Emissões nacionais caíram 36,7% entre 2005 e 2012, apontam ONGs.

Print Friendly, PDF & Email

Levantamento feito por uma rede de organizações ambientais do país, e que analisou as emissões de gases de efeito estufa do entre 1990 e 2012, aponta que entre 2005 e 2012 a quantidade de gases liberados no país caiu 36,7%.

 

 

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2013/11/08/99811-emissoes-nacionais-cairam-367-entre-2005-e-2012-apontam-ongs.html

 

 

A redução foi puxada pelo setor de mudanças do uso do solo, que engloba índices de desmatamento. A diminuição foi de 68% em sete anos, segundo o estudo.

Os números são paralelos ao levantamento do governo federal divulgado este ano, que analisou as emissões até 2010 e constatou queda de 38,7% desde 2005.

No entanto, os números alternativos apontaram alta de 7,9% na quantidade de gases-estufa liberada pelo país ao analisar os últimos 22 anos, enquanto que as informações oficiais estimaram queda de 10,5% entre 1990 e 2010.

Os dados foram levantados pelo Observatório do e fazem parte do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), plataforma on-line lançada nesta quinta-feira (7).

Seu objetivo, segundo Tasso Azevedo, consultor de e clima e principal coordenador do sistema, será garantir informações claras sobre as emissões de gases nacionais, com atualização anual, além de ampliar a capacidade de entendimento da sociedade civil sobre como lidar com os gases-estufa lançados pelo país.

A plataforma analisou as emissões brutas, sem contabilizar dados de sequestro de carbono por meio de em pé – metodologia utilizada pelo governo federal para realizar o inventário nacional de emissões. Paralelo aos dados do governo, o estudo utilizou informações dos inventários nacionais lançados anteriormente.

Apesar de queda, número é alto – Segundo o Seeg, em 2005 as emissões nacionais foram de 2,34 bilhões de toneladas de CO2 equivalente.

Já em 2012, a estimativa caiu para 1,48 bilhão de toneladas de CO2 equivalente (medida que soma emissões de ao menos seis gases poluentes, como o metano, o dióxido de carbono e óxido nitroso).

Os índices dos dois anos analisados foram maiores que as emissões nacionais de 1990, quando o país registrou 1,39 bilhão de toneladas de CO2. No mundo, entre 90 e 2012, as emissões cresceram 37% e passaram de 38 bilhões de toneladas de CO2 equivalente para 52 bilhões de toneladas.

Em 2012, mudanças no uso da terra (que incluem desmatamento) foi o setor que mais emitiu gases. Agropecuária foi o segundo setor que mais emitiu, seguido da , processos industriais e resíduos sólidos.

A área de energia foi a que registrou maior crescimento de emissões nas últimas duas décadas. O total passou de 193 milhões de toneladas de CO2 em 1990 para 436 milhões de toneladas em 2012, crescimento de 126% em 22 anos.

“Apenas nos últimos dois anos, as emissões do setor energético aumentaram 13%, graças ao maior consumo de gasolina (+34%) e redução do consumo de álcool (-30%). Além disso, foram acionadas usinas termelétricas (movidas a carvão) por conta da seca no Nordeste. Nos tornamos menos eficientes nessa parte e estamos fazendo com que as emissões cresçam mais rápido do que a nossa ”, explicou Azevedo.

Ele explicou ainda que o setor deve aumentar ainda mais suas emissões se o país não crescer a participação de fontes renováveis na matriz energética.

Queda no desmatamento – A redução de emissões na mudança de uso da terra é resultado de políticas voltadas ao combate do desmatamento ilegal no país, principalmente na , bioma que mais teve retração de emissões.

Dados do sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontaram que o desmate no bioma entre agosto de 2011 e julho de 2012 foi de 4.571 km², menor índice desde que foram iniciadas as medições, em 1988.

No entanto, Azevedo disse que a quantia ainda é alta e faz do Brasil o país que mais desmata florestas no mundo.

A intenção das ONGs ligadas ao sistema de emissões é apresentar as informações para os ministério do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Casa Civil, Fazenda, além da pasta de Desenvolvimento.

Inventário Nacional – Em junho, o Ministério da Ciência divulgou que entre 2005 e 2010 as emissões brasileiras de gases de efeito-estufa caíram 38,7%. No período, os gases emitidos pelo país caíram de 2,03 bilhões de toneladas de CO2 equivalente para 1,25 bilhão de toneladas de CO2 equivalente.

Segundo o governo, o resultado fez o país atingir em cerca de 62% sua meta total de corte de emissões projetadas para 2020. Este compromisso foi assumido de forma voluntária em 2009, durante a Conferência das Nações Unidas sobre , a COP 15, realizada em Copenhague.

Na época, o Brasil prometeu diminuir ao longo desta década entre 36,1% e 38,9% do total de emissões nacionais. O redutor ficaria dividido em cinco grandes setores: energia, processos industriais, agropecuária, mudança de uso da terra e florestas, e tratamento de resíduos.

Segundo o relatório, a queda foi impulsionada pela redução do desmatamento em florestas (-76,1%), principalmente na Amazônia. Em contrapartida, houve alta das emissões dos setores de energia (+21,4%), processos industriais (5,3%), agropecuária (5,2%) e resíduos sólidos (16,4%).

O inventário mostrou ainda uma modificação no ranking dos setores que mais emitem gases-estufa no Brasil. Em 2005, quando foi elaborado o primeiro inventário nacional, o setor de florestas era responsável por 57% das emissões nacionais. Desde 2010, desmatamentos, queimadas e alterações no uso da terra são responsáveis por 22%. (Fonte: G1)

Gosta do nosso conteúdo?
Receba atualizações do site.
Também detestamos SPAM. Nunca compartilharemos ou venderemos seu email. É nosso acordo.