Com a decisão do Ministério Público de São Paulo, nesse mês de junho, em suspender a proibição da distribuição das sacolas plásticas, logo elas retornarão as ruas. Para facilitar a vida do consumidor, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) propôs a venda de três tipos de sacolas: as de papel, recicladas e biodegradáveis. Mas a inovação mesmo está na ideia de compensar o valor que foi gasto pelo consumidor na compra da sacolinha no supermercado.
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por Redação EcoD
Em previsão inicial feita pela Apas, as sacolas custariam entre R$ 0,07 e R$ 0,25. Ao optar por uma dessas, a compra será discriminada no tíquete do caixa e, na próxima vez em que se dirigir ao estabelecimento, o consumidor poderá devolver essa sacola, independentemente do seu estado de conservação, e então receber integralmente o dinheiro que pagou.
O presidente da Apas, João Galassi, explicou que com essa atitude o consumidor e os supermercados estarão contribuindo para a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, estimulando a Logística Reversa. Segundo ele, os supermercados ficariam responsáveis por dar a destinação correta para as sacolinhas que forem devolvidas pelo consumidor.
“Hoje, 90% das compras são feitas com as sacolas reutilizáveis. Mas, quando esqueço a minha sacola ou quando, de repente, a dona de casa está passando e resolve adquirir algum produto, precisa de uma opção mais em conta, que não a onere. Nesse caso, a dona de casa não precisa de outra sacola reutilizável. Ela precisa de uma opção”, explicou o presidente da Apas, a Agência Brasil.
A ideia foi apresentada ao Ministério Público e ao Procon, mas antes disso a Apas já vinha estimulando os supermercados a adotar essas medidas de forma imediata. “Estamos sugerindo que os supermercados comecem a se organizar para promover tanto a questão de ter uma alternativa de baixo custo e que não agrida tanto o meio ambiente quanto a de implantar, de imediato, a política reversa. O objetivo é que o consumidor possa colaborar com o meio ambiente e ter a compensação financeira dessas sacolas que foram adquiridas naquele momento em que não houve o planejamento da compra”, afirmou Galassi.
Conscientizar o consumidor
Para conseguir bons resultados, a Apas pretende fazer campanhas para conscientizar o consumidor, desestimulando o uso de sacolas plásticas. Segundo a associação, desde abril, deixaram de ser distribuídos 1,1 bilhão de sacolas plásticas em São Paulo.
“Quando há o processo de conscientização e de substituição de sacolas descartáveis por reutilizáveis tem-se uma redução drástica do número de sacolas descartáveis no meio ambiente, que tanto prejudicam nossas cidades e as pessoas”, acrescentou Galassi.
De acordo com Galassi, estudos feitos pela associação mostram que a cobrança pelo uso das sacolas descartáveis tem desestimulado o consumidor a adquiri-las. Galassi ressaltou que as sacolas descartáveis nunca são gratuitas: antes da proibição, eram distribuídas gratuitamente, mas o custo de sua produção era embutido no preço dos produtos comercializados nos supermercados.
* Com informações da Agência Brasil.
** Publicado originalmente no site EcoD.