Resumo da história.
- Em países do terceiro mundo, a exposição à luz solar é frequentemente utilizado para auxiliar a tornar a água segura, mas este processo de desinfecção natural pode levar em qualquer parte de seis a 48 horas (dependendo da cobertura de nuvens e assim por diante);
- Pesquisadores descobriram que adicionar suco de limão à água e então expô-la à luz solar faz este método de desinfecção mais poderoso, reduzindo significativamente os níveis de, por exemplo, E. coli em exatos 30 minutos;
- Processo de desinfecção natural como este pode ter um impacto extremamente benéfico aos países que não têm acesso imediato ao tratamento da água potável; e
- Nos EUA, a maioria das estações de tratamento de água municipais usam cloro como desinfectante que acaba criando subprodutos (nt.: disinfection byproducts/DBPs) conectados com o câncer, problemas reprodutivos e outros riscos à saúde; um sistema de filtragem de toda a casa é o jeito mais fácil para evitar estes riscos.
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2012/08/23/natural-water-filter-system.aspx
By Dr. Mercola
Está estimado que metade dos leitos dos hospitais no mundo são ocupados por pessoas que ficaram doentes em razão da água contaminada. De fato, mais de 1 bilhão de pessoas (ou em torno da 1/6 da população do mundo) não têm acesso à água potável segura, e milhões em países em desenvolvimento morrem a cada ano por doenças relacionadas à água.1
Nos países do tereceiro mundo, a exposição à luz do sol muitas vezes é usada para ajudar a tornar a água segura, mas este processo natural de desinfecção pode ser feito em qualquer local de seis a 48 horas (dependendo da cobertura de nuvens e outros aspectos).
Novos pesquisadores da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health e da Johns Hopkins School of Medicine detectaram que com um simples toque, poderiam tornar este método de desinfecção mais poderoso para não mencionar que será muito mais rápido …
Suco de Limão e Luz Solar Podem Auxiliar a Tornar a Água Segura
Quando os pesquisadores agregaram suco de limão ou mesmo pasta de limão à água que havia sido contaminada com vários tipos de bactérias e virus, e então exposta à luz solar, os níveis tanto de E. coli como do virus bacteriofago MS2 ficaram significamente menos quando comparados somente ao sistema solar.2 Kellogg Schwab, PhD, MS, autor senior do estudo, disse:3
“Os resultados preliminares deste estudo mostram que a desinfecção da água combinada com o uso de citros pode ser efetiva na grande redução dos níveis de E. coli em exatos 30 minutos, um tempo de tratamento na mesma paridade com a ebulição e outros métodos de tratamento domésticos da água. Além disso, os 30 mililitros de suco por 2 litros d’água equivalem em torno de meio limão Tahiti (nt.: nome científico Citrus latifolia ou Persian lime em inglês) por garrafa, uma quantidade que possivelmente não será proibitivamente cara ou terá algum sabor desagradável“.
O ‘Norovirus’ (nt.: diferentemente de outros vírus causadores de gastroenterites – como o rotavírus -, o norovírus afeta com frequência indivíduos adultos) em água de beber não reduziu significativamente usando a técnica de suco de limão/luz solar. Assim esta não é uma solução perfeita. Entretanto, os limões são facilmente disponíveis na maioria dos países tropicais, assim como constantemente há luz solar. Desta forma, esta descoberta poderá ainda ter um impacto extremamente benéfico nos países que não tenham imediato acesso à desinfecção da água de beber.
Podemos ficar surpresos de reconhecer, no entanto, que nossa água de beber pode estar ainda contaminada mesmo se vivamos num país desenvolvido. Além isso, muitos dos “modernos” processos de desinfecção usados nos EUA e outros países desenvolvidos, criam seu próprio conjunto de problemas …
Quem Já Ouviu sobre os Subprodutos dos Tratamentos?
Parte da atração dos processos naturais de desinfecção como a exposição à luz solar e suco de limão é que eles não apresentam efeitos colaterais prejudiciais – ao contrário o processo de cloração usado pela maioria das municipalidades dos EUA.
Se recebemos a água da hidráulica da municipalidade, a substância química principal usada para desinfectar a água da torneira em nossas casas é o cloro. Enquanto a administração local que é responsável pela água tratada rapidamente nos assegura de que não há relativamente nenhum perigo por ser a água clorada, o que simplesmente não é o caso já que os níveis de suprodutos clorados da desinfecção (nt.: nomeclatrura em inglês com sua sigla – chlorine disinfection byproducts/DBPs) que são produzidos por este processo, são perigosos e alarmantes.
Não há na verdade nível seguro para muitos dos contaminantes detectados na água de beber, incluindo metais pesados, agrotóxicos, herbicidas, hormônios ALÉM DOS subprodutos clorados do tratamento. Entretanto, eles persistem em quantidades variadas.
Os governos estão muito mais preocupados em fornecer água que não nos mate por causa da diarréia (isto é o que se faz em muitos dos países do terceiro mundo) e sem dúvida, este processo faz um trabalho efetivo quanto a isso, apesar de alguns microorganismos (cistos e parasitas) sobreviverem ao processo de cloração (criptosporidium e Giardia, por exemplo), podendo levar a surtos isolados da doença e mesmo matar aquelas pessoas que estão com o sistema imunológico debilitado.
Se nunca ouvimos falar antes destes DBPs, precisamos prestar bastante atenção como constatar que de estes subprodutos, e não o cloro, sãos responsáveis por quase todos os efeitos tóxicos da água clorada. O cloro por si próprio é relativamente inofensivo, mas seus efeitos colaterais, ao produzir os DBPs, são os que causam paticamente todos os problemas.
Como se observa, os DBPs são mais do que 10 mil vezes mais tóxic0 d0 que o cloro, e fora todos os outros contaminantes e tóxicos presentes na nossa água tratada, tais como o flúor e a miscelânea de medicamentos e fármacos, os DBPs podem ser os piores absolutos do grupo dos contaminantes.
Os DBPs mais comuns formados quando o cloro é empregado, são:
- Trihalometanos (THMs)
- Ácidos Haloacéticos (HAAs)
A agência norteamericana U.S. Environmental Protection Agency/EPA leva estes perigosos THMs — que são medidos em partes por bilhão (ppb) — muito seriamente e regulamenta estes compostos. A média máxima anual de THMs nas estações de água tratada não pode exceder 80 ppb, já a média anual máxima de HAAs permitida pelas regulamentações da EPA é de 60 ppb.
No entanto, mesmo que eles sejam permitidos, idealmente seria melhor se fossem nível zero. Estes níveis vem sendo regulamentados ajustando-os para baixo durante os anos, em função do progresso da ciência e ganham uma apreciação mais profunda de suas verdadeiras toxicidades. Mas, o que torna estes DBPs tão tóxicos?
Os Subprodutos da Desinfecção Podem Causar Câncer, Problemas Reprodutivos e Muitos Mais.
Os THMs estão no Grupo Câncer B dos carcinogênicos, significando que eles vêm mostrando causar câncer em animais de laboratório. Os DBPs têm sido também conectados a problemas reprodutivos tanto em animais como em humanos. Os estudos com seres humanos sugerem que o tempo de vida consumindo água tratada com cloro pode mais do que dobrar o risco de cânceres de bexiga e no reto em certos indivíduos.
Um destes estudos detectou que homens que fumam e consomem água tratada com cloro por mais de 40 anos enfrentam o dobro do risco de câncer de bexiga quando comparados com homens que fumam, mas não consomem água tratada com cloro.4 Outro estudo constatou que taxas de cânceres retais para ambos os sexos aumentava com a duração do consumo de água com cloro.5 Indivíduos em dietas com baixa fibra que também consumiam água clorada por mais de 40 anos mais do que dobravam seus riscos de câncer retal, comparando com o tempo de vida com os que consumiam água não clorada.
Como a vasta maioria da população dos EUA continua a receber e consumir água desinfectada ou clorada, podemos assumir de que os norteamericanos estão consumindo estes subprodutos todo o santo dia e o número de casos de cânceres relacionados pode ser substancial. E, não estamos expostos somente quando BEBEMOS água clorada, mas também, e mesmo de modo mais significativo, quando tomamos uma ducha ou nos banhamos em banheira, como da mesma forma quando respiramos os químicos quando estão na atmosfera.
O cloro que entra em nossos pulmões está na forma de clorofórmio, um carcinogênico, e clorita, um subproduto do dióxido de cloro. Estas formas de cloro atingem nossa corrente sanguínea instantaneamente antes de eles terem a chance de serem removidos pelos nossos órgãos de detoxificação. Os DBPs que entram em nossos organismos através da pele durante o banho também vão direto para nossa corrente sanguínea. E o calor da água maximiza a absorção por nossa pele. A não ser que tomemos regularmente um banho frio de um minuto, nossos corpos são como uma esponja para estes tóxicos que estão na atmosfera em cada segundo que estamos no banho.
Se o leitor é como eu e obtém sua água de uma fonte privada, então os DBPs não são problema já que eles são produzidos quando o cloro é adicionado e é altamente improvável adicionar cloro à maioria dos sistemas de fontes privadas d’água.
É Segura a Água de Fonte?
A não ser que se acesse a água de uma fonte que esteja localizada a uns 250 metros abaixo da superfície do solo, há chances da fonte estar contaminada com alguma senão muitas substâncias tóxicas que tenham sido despejadas na superfície do solo por muitas décadas. Algumas substâncias tóxicas comuns que vem sendo despejadas no solo em cada ano, em milhares de toneladas são:
- Herbicidas;
- Agrotóxicos;
- Hormônios que mimetizam estrogênios;
- Resíduos de fármacos; e
- Metais pesados.
Muitas fontes privadas nos EUA foram afetadas por este tipo de substâncias químicas ou por metais pesados pela lixiviação vinda dos solos do entorno. E isso sem falar nos microorganismos que vivem também na água das fontes. Não importa quão clara ou pura sua fonte natural pareça, não há nada a fazer com a contaminação bacteriológica potencial ou com a poluição tóxica na água. Muitos dos elementos ofensivos na água das fontes são realmente muito pequenos para serem observados a olhos nus.
Assim, se nossas casas empregam água de fonte, precisamos testá-la para vermos que tipos de contaminantes podemos estar levando para nossas casas para então filtrá-la corretamente. E se tivermos água forneceida pela municipalidade, devemos testar também como o Sen. Frank Lautenberg, democrata de New Jersey contou à rede de televisão ABC News. Constatou que haviam mais do que 140 substâncias químicas na água fornecida nos EUA que não estavam regulamentadas pela agência governamental federal especializada, a U.S. Environmental Protection Agency (EPA).6 Estavam ali gasolina, agrotóxicos, combustível de foguetes, medicamentos receitados e muito mais. Além do mais, acima dos20% dos sistemas de tratamento de água dos EUA vêm violando disposições chave da Lei sobre Água Potável Segura (nt.: denominação da lei em inglês – Safe Drinking Water Act) há mais de seis anos !
Podemos Ter o Cloro (e Outros Tóxicos) Fora de Nossa Água Potável.
A maioria da população dos EUA não terá condições de tempo para expor sua água de beber à luz do sol, então acrescente suco de limão para torná-la mais pura – mesmo assim isso não consegue eliminar o cloro e o flúor (nt.: ver e ouvir – http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/11/12/jeff-green-on-fluoride-part-1.aspx) que ela contenham.
Felizmente, existem outras opções que podemos dispor.
Se pudermos arcar somente com um filtro, nem se questiona. A maioria dos especialistas dirá que o filtro para o banho é o mais importante para a filtragem. É bem mais importante do que a filtragem da água da torneira. E isso é porque o dano que sofremos através de nossa pele e por nossos pulmões, supera em muito o dano que sofremos ao beber esta água (aqui, pelo menos, damos aos nossos organismos a chance de lutar para eliminar os tóxicos através de nossos órgãos de eliminação).
Mas a melhor solução para este problema de pesada carga de substâncias químicas e tóxicos para o suprimento d’água em nossa casa é instalar um sistema geral de filtragem para toda a casa. Isso não vai proteger somente o nosso organismo, mas também será para todos os nossos equipamentos domésticos. Normalmente só há uma entrada d’água em nossas residências. Colocando um filtro neste ponto, é uma estratégia simples e fácil que podemos fazer para termos controle de nossa saúde pela seguraça da água e consequentemente da atmosfera de nossas casas, sendo então a mais limpa possível.
Lembremos, se recebemos a água do sistema municipal de fornecimento de água, a qualidade de nossa atmosfera interna, especialmente no inverno quando fechamos as janelas, será possivelmente terrível. Isso é em função de que o cloro e outros tóxicos evaporam de nossos vasos sanitários, banhos, duchas e das máquinas de lavar roupas e louças.
Minha orientação para sistemas de toda a residência, é a que segue: Encontre um sistema que usa pelo menos, 30 quilos de filtrante e possa produzir 24 ou mais litros por minuto. Quando se estiver usando dois diferentes chuveiros, a máquina de lavar louça e a pia da cozinha, ao mesmo tempo, iremos perceber porque estes detalhes mínimos são tão importantes. Esta recomendação cobre uma casa ou um apartamento com mais de 300 m2, ou em outras palavras, uma residência com mais de três banheiros. Para mais do que isso, provavelmente vamos precisar dois sitemas de filtreagem para toda a casa.
Precisamos também procurar por um filtro para toda a casa que tenha três diferentes estágios de remoção de contaminantes:
- Estagio um remove sedimentos;
- Estagio dois remove o cloro e os metais pesados; e
- Estagio três deve ter um filtro de carvão ativado para remover hormônios, resíduos de fármacos, químicos e agrotóxicos como herbicidas.
Precisamos procurar por carvão granulado para o filtro de carvão ativado, não um bloco sólido de carvão. O granulado permite um melhor fluxo da água e também as melhores qualidades da filtragem.
Precisamos também ver sobre a certificação NSF (nt.: fundada em 1944 na Universidade de Michigan/EUA, hoje é uma organização sem fins lucrtivos e apresenta-se como: NSF International/The Public Health and Safety Company™) que assegura se o filtro está de acordo com os padrões nacionais (nt.: norte-americanos). A NSF só certifica quando o produto comprova que remove o que proclama fazer. É oportuno ter-se segurança de que todas as partículas abaixo de o,8 microns estão sendo removidas da água filtrada. Uma medição ainda menor seria melhor, mas 0,8 é o padrão que recomendo porque ele cobre a maioria das bactérias, virus e os compostos orgânicos voláteis (nt.: COV ou em inglês VOCs; exemplo: formaldeido e outros).
Nossos organismos requerem um fornecimento diário e constante de água para abastecer todos os vários sistemas de filtragem que a natureza projetou para nos manter saudáveis e livres de tóxicos. Nosso sangue, rins e fígado todos exigem uma boa e limpa fonte d’água para desintoxicar nossos organismos das exposições tóxicas que entramos em contato diariamente.
Quando fornecemos ao nosso corpo água cheia com subprodutos da cloração, ou com compostos orgâncios voláteis ou mesmo contaminada por agrotóxicos ou hormônios, estamos pedindo aos nossos corpos que trabalhem duas vezes mais duro para desintoxicar-nos. Assim, primeiro eles precisam dexintoxicar a água que bebemos, depois disso a água pode ser usada para abastecer nossos órgãos para desintoxicação! Consequentemente, um dos mais eficientes meios para cooperar com nosso organismo tanto para eliminar como evitar tóxicos e alcançarmos uma ótima saúde, é provê-lo com a mais clara e pura água que pudermos encontrar.
Fontes e Referências:
- 1 Blue Planet Network, The Facts About the Global Drinking Water Crisis
- 2 Am J Trop Med Hyg. 2012 Apr;86(4):566-72.
- 3 Science Daily April 17, 2012
- 4 Epidemiology. 1998 Jan;9(1):21-8.
- 5 Epidemiology. 1998 Jan;9(1):29-35.
- 6 ABC News December 8, 2009
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, dezembro de 2012.