Coca-Cola e PepsiCo Aceitam Remover Retardador de Chamas de seus Produtos.

Sodas con Bromo

Resumo da história

  • Curvando-se à pressão pública, a Coca-Cola e a PepsiCo concordaram , ambas, em remover,  em um futuro próximo, o óleo vegetal bromado (BVO/bromated vegetable oil) de todas suas bebidas e refrigerantes; 
  • O BVO, primeiramente patenteado como um retardador de chamas, contém bromo que se tem visto se acumular no organismo humano e no leite materno; 
  • O bromo é uma substância química tóxica, um disruptor endócrino, que pode danificar a glândula tireoide, levando ao câncer, à infertilidade, à esquizofrenia e muitas outras sérias enfermidades;
  • O BVO está banido por toda a Europa e no Japão, mas nos EUA ainda está permitido sob um status “provisório”, por estar pendente de estudos de segurança—pelos últimos 44 anos!
  • A FDA/Food and Drugs Administration (nt.: agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA) diz não ser prioritário a pesquisa sobre o BVO até este momento, porque ele ‘não é um risco à ‘ e assim compartilha o mesmo status de provisório com a sacarina, o manitol e a acrilonitrila.

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2015/04/22/soda-flame-retardant-bvo.aspx

 

 

By Dr. Mercola

Cedendo à pressão pública, Coca-Cola e PepsiCo concordaram eliminar, em um futuro próximo, o óleo vegetal bromado (BVO por sua sigla em inglês) de todas suas bebidas. O BVO foi patenteado pela primeira vez como um retardador de chamas, mas também é adicionado a muitos refrigerantes nos Estados Unidos durante décadas.

O problema é que pesquisas recentes mostram que o bromo (bromine) acumula no corpo humano e no leite materno.

O BVO resultou, em alguns bebedores contumazes de refrigerantes, a necessidade de receber atenção médica por lesões na pele, perda de memória e problemas de nervos, relacionados com a exposição ao bromo. Esta é a razão porque na Europa e no Japão esta substância química foi proibida (banned this chemical ) em seus alimentos e bebidas.

A pressão pública para eliminar o BVO foi repentinamente alimentada por uma petição, em 2012, com mais de 20.000 seguidores, iniciada pela então menina de 15 anos de idade, Sarah Kavanagh que queria eliminar os químicos das bebidas desportivas como o Gatorade.1

Esta é uma grande constatação do que pode ser uma poderosa força a pressão dos consumidores. Se uma jovem de 15 anos de idade, pode impulsionar uma petição com este grau de consequências, considere o que pode ocorrer se cada pessoa votar com seu bolso todos os dias

Proibir o BVO – Permitindo outros Caminhos

A Coca-Cola prometeu eliminar o BVO de suas bebidas. Mas até esta data, ainda parece que estar presente em alguns de seus  produtos,2 especialmente na Fanta Laranja, Fanta Laranja Zero e ‘Fresca Original Citrus’.

A PepsiCo eliminou o BVO do Gatorade em 2013 e, depois do anúncio da Coca-Cola em 5 de maio 2014, disse que diminuiria os químicos do resto de seus produtos, ainda que não tenha dado um prazo para isso.3

A Coca-Cola informa que adiciona o BVO para melhorar a estabilidade das bebidas não alcoólicas, especialmente as que têm sabores cítricos. De acordo com o San Diego Reader, “sem o BVO, seu refrigerante de lima-limão favorito seria como o Golfo de Alasca, seguindo os passos da tragédia da contaminação de petróleo feita pela Exxon-Valdez.”4

Ambas empresas, Coca-Cola e Pepsi, negam que suas decisões de eliminar o BVO estejam relacionadas com a saúde. A Coca-Cola disse que planeja substituir o BVO pelo acetato isobutirato de sacarose (SAIB) e o éster de glicerol de colofonia (GEGR e GEWR).

A segurança destes é discutível, já que existem muito poucos estudos sobre eles. As colofonias receberam uma qualificação de segurança negativa por parte da Autoridade Europeia de Seguridade Alimentar (EFSA).5 Entretanto, na Alemanha e em outros países encontrou-se substitutos seguros e mais naturais ao BVO.

Por exemplo, o químico de alimentos Walter Vetter da Universidade de Hohenheim da Alemanha sugere que os fabricantes de refrigerantes norte-americanos poderiam trocar facilmente o BVO pelos hidro coloides, que se utiliza em muitos refrigerantes europeus. Os hidro coloides são agentes naturais que alcançam resultados similares, com menos riscos à saúde.6

Não está claro porque os fabricantes de bebidas dos EUA não estão dispostos a trocar o BVO por algo como o hidro coloide, mas imagino que sua falta de vontade para fazer a troca muito provavelmente tem algo a ver com o custo.

A Coca-Cola e a PepsiCo Não São as Únicas que Adicionam BVO

O óleo vegetal bromado (brominated vegetable oil/BVO) é de origem vegetal, derivado do milho ou da soja (nt.: lembrar que além do bromo, estas duas culturas são hoje em dia TRANSGÊNICA, com todos os malefícios que consta neste site), unido com o elemento bromo. Adiciona-se às bebidas como um emulsificante, para evitar que os sabores se separem e subam até a superfície.

De acordo com a revista Scientific American,7 os numerosos átomos de bromo no BVO assentam o sabor dos cítricos para que se mesclem com a água açucarada. No caso dos retardadores de chama (flame retardants), rareia as reações químicas que provocam um incêndio (que, por certo, com sua eficácia discutível).

Os retardadores de chama bromados ultimamente vêm experimentado um intenso exame profundo porque as pesquisas têm demonstrado que estão se acumulando, em todo o mundo, tanto no organismo das pessoas como no leite materno.

Mesmo que a Coca-Cola e a Pepsi não sejam as únicas que agregam em suas bebidas este ingrediente potencialmente perigoso, o BVO é adiciona a, aproximadamente, uns 10% de todos os refrigerantes que se vendem nos Estados Unidos, assim como a muitas bebidas energéticas e desportivas além das bebidas de frutas. Incluem-se, mesmo que não se limitando às seguintes marcas:8,9

 

Diet Mountain Dew Mountain Dew Fanta de Laranja
Sunkist de Abacaxi Gatorade Thirst Quencher Orange Fresca Original Citrus
Powerade Fruit Punch y Strawberry Lemonade Fresca Original Citrus Crush Orange Soda
Safeway Grapefruit Diet Soda Diet Sundrop Squirt
Bebidas Energeticas Amp Bebidas Deportivas Great Value Wegmans Fruit Punch
Safeway Tom Collins Mix

Muito Mais do que os Refrigerantes, Existem Várias Outras Fontes de Bromo

O BVO não é a única fonte de exposição ao bromo que se deve estar preocupado. Poderíamos estar expostos a outras formas variadas de fontes e produtos, desde a farinha bromada até os medicamentos para a asma:

 

Agrotóxicos (especificamente o brometo de metila, que se utiliza principalmente no morango, que predomina na Califórnia) Farinha e Produtos Para Forno: o bromato de potássio se agrega a muitos deles como um “condicionador para a massa”10,11 Medicamentos como o broncodilatoador ‘Atrovent inalador’, ‘Atrovent suspensão em aerossol’, ‘Pro-Banthine’ (para úlceras) e agentes para anestesiar
Plásticos, como os que se utilizam para fazer os computadores e algumas garrafas plásticas de bebidas Retardadores de chama utilizados em tecidos, tapetes, estofamentos, colchões e produtos infantis Piscinas e Jacuzzis: muitos destes produtos utilizam tratamentos à base de bromo

O Bromo Pode Causar Dano Significativo à Tireoide

O bromo é um disruptor endócrino e parte da família dos haletos ou halogenados, um grupo de elementos que também inclui o flúor, o cloro e o iodo. As pesquisas sugerem que o BVO pode se acumular nos tecidos humanos e as pesquisas animais vincularam a grandes doses com problemas reprodutivos e de comportamento. Uma característica do bromo, que faz com que seja prejudicial à saúde, é que compete pelos mesmos receptores que seu corpo utiliza para captar o iodo. Se estamos exposto a uma grande quantidade de bromo, nosso corpo não fixará o iodo, que é necessário para cada tecido, incluindo a glândula da tireoide ( thyroid gland).

O iodo (Iodine) é crucial para a função apropriada da tireoide. Sem o iodo, a glândula da tireoide seria completamente incapaz de produzir o hormônio tireoídeo. Estima-se que treze milhões de pessoas que vivem nos Estados Unidos têm hipotireoidismo, mas o número atual provavelmente é mais alto. Alguns especialistas afirmam que de 10 a 40% das pessoas que vivem nos Estados Unidos têm deterioradas sua função da tireoide.

Se és  um dos que tem a tireoide deficiente, ela em si pode não ser o problema. É possível que, em vez disso, haja uma carência de absorção de iodo provocada pelo consumo inadequado de alimentos ricos em iodo e/ou haja uma exposição excessiva ao bromo, que termina por bloquear a absorção deste elemento. Este problema aparece nas análises de sangre convencionais como um problema glandular, mas na realidade é um problema de nutrição e/ou de intoxicação.

Os Riscos do Bromo Têm um Alcance Maior à Tireoide

A acumulação de bromo em seu corpo pode dar lugar à deficiência de iodo e também à toxicidade12 por bromo que com o tempo pode manifestar uma variedade de problemas graves à saúde, incluindo os seguintes:

  • Maior risco de câncer: a deficiência de iodo pode aumentar o risco de câncer da glândula da tireoide, câncer de mama,13 de ovário e de próstata como resultado do “domínio do bromo”.14
  • Infertilidade: Um estudo detectou que as ratas que receberam um por cento de BVO em sua alimentação sofreram alterações na sua fertilidade e em dois por cento tornaram-se completamente inférteis.15
  • Problemas psicológicos/psiquiátricos: Por ser o bromo um depressor do sistema nervoso central, pode produzir paranoia aguda, psicose e outros tipos de enfermidades mentais. Numa entrevista de áudio, o médico Jorge Flechas informou que entre 1920 e 1960, ao menos 20 por cento de todos os acessos aos hospitais por “esquizofrenia paranoide aguda” eram resultado da exposição comum ao bromo.16
  • Erupções e lesões na pele (tuberosum bromoderma): Acne severa, foliculite, pápulas, pústulas e outras erupções na pele.17
  • Vários outros problemas: fatiga, anorexia, dor abdominal, sabor metálico e arritmias cardíacas (provocados pelo esgotamento do iodo).18

O periódico Scientific American19 cita dois casos de pesquisas que ilustram como a toxicidade do bromo poderia por em perigo a saúde. Em 1997, os médicos de urgências na Universidade de Davis, Califórnia, informaram sobre um paciente com uma intoxicação severa de bromo por beber diariamente de dois a quatro litros de refrigerante de laranja. Ele desenvolveu dores de cabeça, fatiga, ataxia (perda de coordenação muscular) e perda da memória.20

Depois, em 2003, um homem de Ohio de 63 anos desenvolveu úlceras em suas mãos inchadas após beber oito litros diários de ‘Red Ruby Squirt’, durante vários meses. O homem foi diagnosticado com bromoderma, uma rara hipersensibilidade de pele pela exposição ao bromo. O paciente deixou de beber o refrigerante bromado e meses mais tarde se recuperou.21

O Governo e a Indústria Afirmam que o BVO É “Bastante Seguro”

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) permite o uso de BVO de forma interina e/ou provisória – o que significa temporal, dependente de um novo estudo adicional – e estamos de volta a 1970.22 Isso efetivamente significa que os técnicos não sentiam que existia suficiente evidência para considerá-lo com a designação de ‘GRAS/Generally Regarded as Safe’ (Geralmente Considerado como Seguro) sem mais pesquisa científica.

Mas quatro décadas não é mais algo temporal.

Sim, 44 anos depois, estas pesquisas não ser realizaram e o BVO ainda está na lista de “temporário”. Por quê? Tudo se reduz a um exemplo a mais de como a FDA favorece as políticas que protegem a grande indústria às expensas da saúde pública.

Segundo a FDA, trocar o status do BVO seria dispendioso e “não é uma prioridade de saúde pública” neste momento. Outros aditivos alimentícios que se encontram da mesmo forma no limbo pela FDA são a sacarina, o manitol e o acrilonitrilo. Estamos imersos num mar de produtos químicos que essencialmente não foram testados – ou melhor, nós e nossos filhos somos os objetos desta pesquisa…23

Em 1977, a FDA estabeleceu o que considera ser um limite seguro para o BVO em bebidas – 15 partes por milhão. Mas alguns cientistas dizem que este limite se baseia em pouca informação, tem várias décadas e deve ser revisado.24,25 As provas de toxicidade mudaram significativamente nas últimas décadas. Agora é possível observar o desenvolvimento neurológico, hormonal e as mudanças reprodutivas através de múltiplas gerações de animais de laboratório, algo que não era possível algumas décadas atrás.

Por Que Deixar o Refrigerante Deveria Ser um Passo Crucial em seu Plano de Saúde?

Existem muitas razões para eliminar o refrigerante da alimentação, muito além do BVO. Os refrigerantes e outras bebidas adoçadas comerciais não têm essencialmente nenhum benefício nutricional, mas estão carregadas com outros aditivos químicos e com altas quantidades de açúcar (sugar) refinado, normalmente em forma de xarope de milho de alta frutose – ou ainda pior, com adoçantes artificiais ( artificial sweeteners).

A média de uma lata de 350 ml de refrigerante é conter 40 gramas de açúcar, da qual, ao menos, a metade é frutose. Assim só uma lata de refrigerante já supera sua dose diária recomendada de frutose (15 gramas/dia), caso sejamos resistentes à insulina o que representa uns 80% das pessoas nos Estados Unidos. O excesso de açúcar vem sendo, sem dúvidas, relacionado com diabetes ( diabetes), enfermidades cardiovasculares, enfermidades do fígado e com muitos outros problemas graves de saúde. Daí, quanto menos açúcar se consumir, melhor.

https://www.youtube.com/watch?v=QxnpAcc0128

Com o fim de se libertar do refrigerante, poder-se-ia abordar o componente emocional de seu desejo por alimentos, utilizando ferramentas como as  Técnicas de Liberação Emocional (Emotional Freedom Techniques/EFT). Inclusive se pode dar uns “golpezinhos” junto com Julie no vídeo acima. A maneira mais eficaz para eliminar o desejo por açúcar para seu próprio bem é ensinar a seu corpo a utilizar a gordura como combustível (use fat for fuel). Eliminar os carboidratos e agregar gorduras saudáveis é um componente chave nisto, que detalho em meu Plano Otimizado de Nutrição (Plan de Nutrición Optimizado). O jejum intermitente (Intermittent fasting) também pode ajudar seu corpo a realizar a transição de queimar açúcar a queimar gordura como sua fonte principal de combustível.

Quanto às bebidas, recorde que não tem nada como água pura quando se trata de atender as necessidades de fluidos de seu corpo. Se realmente sente necessidade de uma bebida carbonatada, prove água mineral com gás com uma pequena dose de limão ou suco de limão ou mesmo adoçado com stévia ou Luo Han, ambos são adoçantes naturais seguros. Se luta contra a pressão arterial alta, colesterol alto, diabetes ou excesso de peso, então tem problemas de sensibilidade de insulina e provavelmente se beneficiaria se evitar TODOS os adoçantes.

As bebidas açucaradas, sejam adoçadas com frutose ou por outra forma de açúcar ou mesmo adoçantes artificiais, encontram-se entre os maiores e piores culpados na luta contra a obesidade e os problemas de saúde que estão relacionados. Eliminar TODOS estes tipos de bebidas é uma maneira ideal de reduzir seu risco de problemas de saúde crônicos e aumento de peso, para não falar de sua exposição aos aditivos químicos potencialmente perigosos como o BVO.

Fontes e Referências
 Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, junho de 2015.