Seja pelo excesso de calor ou pelas enchentes. Mais filosoficamente: não temos saída para o clima. Os eventos extremos parecem estar se tornando uma realidade no Brasil.
http://www.portaldomeioambiente.org.br/mudancas-climaticas/10042-estamos-todos-ilhados
O Brasil viveu em 2014 uma das piores crises de estiagem da história do país. Acompanhe abaixo a situação alarmante em que ainda se encontram as principais regiões brasileiras:
CALOR EXCESSIVO
Uma bolha quente se instalou no começo do ano, sobre o Sudeste, região mais urbanizada do país. Esse fenômeno gera padrões de bloqueio que afastam as chuvas, ao impedir a entrada dos rios voadores e das frentes frias do Sul.
CENTROS URBANOS E O AR POLUÍDO
As cidades também sofrem com a poluição. No Parque do Ibirapuera (SP), a concentração de ozônio* é maior do que em uma área de queimadas. Faz mal à saúde. Na Amazônia virgem, a concentração é dez vezes menor.
O CÉU DESABOU
Os pontos que estavam em volta dessa bolha quente sofreram com excesso de chuvas no começo do ano. A Bolívia decretou situação de emergência após as enchentes deixarem 58 mil famílias desabrigadas e mais de 50 mortos. No Paraguai, foram mais de 10 mil desabrigados.
O FUTURO É QUENTE
O relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas aponta que, em 2100, a temperatura média do Brasil será mais alta do que no fim do século 20. As chuvas vão aumentar e diminuir, dependendo da região.
- A temperatura média do Brasil pode aumentar até 6ºC
- A Amazônia e caatinga devem receber cerca de 40% menos chuva
- Já nas pampas, a chuva pode aumentar 30%
SECAMOS MUITO ALÉM DO LIMITE
Este mapa, de setembro de 2014, mostra o déficit de chuvas acumulado ao longo do ano. Várias áreas do país já apresentam seca excepcional, com destaque para o Sudeste e o Norte
* Valor máximo de ozônio concentrado em uma hora. Ibirapuera: 227 μg/m³, área de queimadas: 200 μg/m³ e mata virgem: 20 μg/m³. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 140 μg/m³ é o limite para não fazer mal à saúde.
Fontes: Planeta Sustentável, Revista Super Interessante, Agência Nacional de Águas, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Instituto Nacional de Pesquisas da Espaciais, Naturalis Biodiversity Center, O Futuro Climático da Amazônia (Antonio Donato Nobre, INPE), Patricia Bulbovas (USP).