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Emergência climática: Pantanal em chamas: bioma foi o que mais secou no Brasil desde 1985

Sem palavras! O infográfico abaixo nos mostra o crime que viemos fazendo desde a invasão dos sulistas, fazendo a ‘Conquista do Oeste’, como com ufanismo uma mídia do RS apresentava a ação dos ‘gaúchos’, catarinenses e paranaenses, todos com sobrenomes ítalo-germânicos. Esse é o resultado da visão neoliberal do ‘desenvolvimentismo’ a qualquer preço, desde que só alguns se locupletem do patrimônio nacional em detrimento do resto da população. E pior, esse resto continua votando em quem lhes rouba com fanatismo religioso e um moralismo cínico e retrógado. Mas este é o nosso país nos dias de hoje. Até quando? Talvez até secar a última gota amazônica ou pantaneira. Até lá o roubo é louvado em nome de Deus!

Emergência climática: Seca na Amazônia pode chegar antes do previsto e superar 2023

A comparação entre as duas fotos do Rio Negro sofrendo com a seca, e abaixo, dele quando ainda a Amazônia era a grande joia planetária, é simplesmente trágica! E essa tragédia foi anunciada ainda na década de oitenta pelo belísimo trabalho que o cineastra inglês Andrian Cowell nos deixou de herança. Esse notável joranlista, fez uma série para a tevê inglesa, ITV, que chamou de ‘Década da destruição”. São em torno de 10 a 11 vídeos que estão sob a guarda da Universidade Católica de Goiás. Entre os anos 80 e 90 ele veio todos os anos ao Brasil e cada vez nos trazia mais uma faceta do que poderia vir. E veio. E é o que vemos hoje, impotentes e por isso coniventes com esse crime contra a humanidade, além de ser contra o Brsil, praticado impunemente pelos ditadores militares, na maioria do hoje devastado Rio Grande do Sul. Num dos filmes, é entrevistado o ilustre brasileiro, recém falecido, Prof. Enéas Salati, quando nos mostra suas pesquisas na Amazônia. Trouxe-nos o conhecimento de que cada gota de chuva na Amazônia caia a cada 2 km, o que tornava a Amazônia o maior depósito dinâmico de água., puríssima, do mundo. A água na Amazônia, disse ele, está 75% acima do solo. Ou seja, o grande depósito d’água estava nas árvores, nas nuvens e nas chuvas. E assim soubemos que somente 25% da água amazônica estava nos rios de grandeza ‘amazônica’. Por isso a evidência dos ‘rios voadores’ pode ser um dos maiores presentes que a Hiléia nos legou durante milênios. E o que fazem os supremacistas brancos eurocêntricos? Secam os verdadeiros rios que sempre banharam o sul e o sudeste tornando essa área, de deserto em abundante de vida! Este é o Brasil dos ‘brasileiros’, alcunha dos português que vinham devastar o nosso continente em busca das riquezas que enriqueceu o continente Europeu. Pois esses adeptos da doutrina da colonialidade, fazem exatamente o mesmo com suas ‘commodities’. Tão criminosos como foram os milicos ditadores!

Emergência climática: No Pantanal, incêndios disparam mais de mil por cento e bacia do rio Paraguai tem seca recorde

A doença que assola os chamados ‘ruralistas’ de devastar, destruir, arrasar e o que for preciso para chegar ao ‘dinheiro’, torna-os completamente cegos. Já que matam não só toda a flora e a fauna endêmicas, por sua fauna bovina, como matam também toda a perspectiva de futuro. Estão matando na verdade a água, um dos elementos imprescindíveis inclusive para sobrevivência de seus ‘bezerros de ouro’ que famintos e sedentos jamais alcançarão ‘níveis de mercado’, seu objetivo último. A pergunta é: como podemos, como sociedade brasileira, colocá-los em camisas de força para que sua loucura não nos leve a todos a sermos os próximos sedentos e famintos? A tendência é, com suas piromania e arrogância supremacista, gerar a destruição definitiva dos ‘rios voadores’, os que mantêm o sul e o sudeste verdes, abundantes e generosos pela possibilidade de se fazer a produção de alimentos que nutre a maior parte da população do país que vive nas costas do Atlântico.

Emergência climática: Pantanal teve queda de mais de 60% na superfície de água em 2023, aponta MapBiomas

Um país que era harmônico antes da estupidez do ‘agronecrócio’. Hoje vive um ambiente totalmente desregrado e catastrófico em seus regimes de chuvas, de equilíbrio climático e de cheias ‘benéficas’. Vale a pena ver o que a ganância do supremacismo branco eurocêntrico que veio do sul pela mão da ditadura militar, fez com o regime das águas. Antes, considerado um país ‘abençoado por deus e pela natureza’ quanto a ser um dos mais equilibrados e ricos em água doce, agora vive a tragédia da loucura das águas no Rio Grande do Sul e a miséria das águas no berçário das chuvas e das benesses hídricas do Amazonas e do Pantanal. Cegos pela violência do capitalismo indigno e do dinheiro das ‘commodities’, os supremacistas optaram pela doutrina da colonialidade. Agora a grande icógnita é: como será o futuro de nosso país continente com esses desaranjos gerados pela voracidade dos ruralistas, pecuaristas e outros ‘istas’ que dominam a política, a mídia e o mercado financeiro brasileiro? E onde estamos nós, a população que à margem do banquete dos magnatas da destruição, neste embate ideológico, político e civilizatório?

Emergência climática: Cientistas provam que o arco do desmatamento é o mais afetado pelas secas

Essa matéria demonstra o que a ditadura militar, com sua sanha de ‘proteger’ o país, com seu discurso falacioso de ‘integrar para não entregar’, fez com uma das nossas maiores joias, a Amazônia. Foi a partir da inescrupulosa tentativa de transferir os ‘sem-terra’, expulsos pela modernização da agricultura, fundada na agroquímica, na monocultura da soja e na voracidade dos invasores, oriundos do sul do Brasil para uma ambiente totalmente desconhecido e sensível. O mesmo que os imigrantes europeus vieram fazendo desde o século XV com todas as florestas por onde passaram, devastando toda a floresta atlântica e de araucárias dos estados do sul, agora fazem o mesmo com a Hileia Amazônica. E agora, diferente da Europa e do sul brasileiro, o resultado está aí. E tudo não em séculos como anteriormente, mas em décadas. Décadas que se magnificaram em uma destruição de milênios de um ambiente harmônico e equilibrado. E o reflexo está se dando onde? Não só nas secas e nas enchentes sem medida por lá mesmo, mas exatamente no seio de onde chegaram os primeiros colonizadores germânicos, no Rio Grande do Sul. E para entender isso vale ler o texto do historiador Eduardo Relly, também publicado pelo nosso site, no dia de hoje; Agora tudo se fecha e isso está nos levando a um sufocamento real e verdadeiro.

Emergência climática: ‘Brancos viram o que aconteceu no RS e, agora, têm que se juntar a nós’

Como outros homens ilustres de nosso país como José Lutzenberger, Antônio e Calos Nobre, Prof. Enéas Sallati e tantos e tantos outros, cidadãos honorários, juntamos o honrado e venerável líder Raoni Metuktire. Tem há décadas sido um grande batalhador não só na defesa exclusiva dos Povos Orignários, mas de todos os seres humanos que habitam nosso Planeta. Mais um voz que clama por um coração mais inclusivo e abrangente de todos os nossos conterrâneos para sermos mais sábios e reconhecermos que a escolha que a Humanidade tem feito nos dois últimos séculos com a expansão vertiginosa do capitalismo com seus egocentrismo e individualismo, que se manifesta fortemente pelo supremacismo branco eurocêntrico, está de forma intensa levando a todos nós à auto extinção. Sim, ainda temos chances de alterarmos esse direcionamento, mas como humildade temos que abrir mais do que os olhos, os corações principalmente para os que estão vindo depois de nós. Mas com as atuais eleições na União Europeia ratificando um expressivo crescimento da extrema direita e do neo nazifascismo, esta esperança ainda pode ser verdadeira?

Mudanças Climáticas: Quase 90% do desmatamento ocorrido no Brasil em 2023 esteve concentrado em menos de 1% das propriedades rurais

As pessoas ligadas ao agronegócio, seja no congresso nacional, seja em governos estaduais ou noutros setores da sociedade, sempre dizem que a prática não é predatória e nem causa efeitos deletérios ao ambiente nacional. Essa matéria mostra exatamente ao contrário, de que é o latifúndio e a produção de commodities, seja a soja ou a pecuária, que têm essa voracidade e essa pretensão de que são ‘donos’ de capitanias hereditárias e que podem seguir, a bel prazer, seus instintos predadores. A Constituição Brasileira instituiu a valor social da terra. Será que esses Fantasmas Famintos acham que esse proceder tem alguma coisa de valor e social na sua relação com a terra? E mais, deveriam tê-las desapropriadas e encaminhadas para quem realmente produz alimentos que atingem em torno de 75% das mesas brasileiros e não commodities que só visam a exportação. Aí sim acabaríamos com a ‘fome do mundo’, jargão pregado nas décadas de 50 e 60 para justificar a ‘modernização da agricultura’ com seus agrotóxicos, suas monoculturas, seus adubos solúveis, suas máquinas pesadas e seus latifúndios, onde a soja entra como a geradora do malfadado agronegócio que nada mais é do que ‘agronecrócio’. Ou seja, a morte instaurada no campo.

Emergência climática: Mais chuva e seca = Terra está virando ‘bomba climática’

Percebe-se que nas informações que são mais clamores do que simples partilhas, que os cientistas climáticos têm lançado ao mundo, as situações extremas não são isoladas nem desconectadas. Não importa se são secas, cheias, tornados, furacões etc., os efeitos devastadores, por serem extremos são os gritos que a Terra tem nos trazido. Infelizmente, ‘distraída e infantilmente’, temos sido negligentes, inconsequentes e irresponsáveis quando nos negamos a acolher essa amorosa fala daqueles que olham e captam muito além dos seu tempo o que egoicamente temos desprezado. Chorar depois como temos visto as populações ao sofrerem os resultados objetivos dessa ‘burrice’ global, demonstra como somos despresíveis nas nossas relações com a alteridade, seja ela qual for. Paciência, estamos colhendo o que viemos plantando a partir de nossos cegos e individualistas umbigos doentios

Emergência climática: Dados mostram que Brasil perdeu 55% da região do agreste e está se tornando sertão

Passarão alguns meses ou anos e todos diremos: “Puxa! Por que não acolhemos e agradecemos a cientistas como os irmãos Nobre que vêm, há anos, nos mostrando a loucura desses tempos em que não ‘ouvimos’ nem honramos os alertas que a Natureza tem nos dado?”. Talvez possa ser tarde demais como todas as famílias arrasadas pelas cheias de maio de 24, no Rio Grande do Sul, estão plasmadas. Mas não foi o fizemos com os clamores, no verdadeiro sentido da expressão, que, furiosamente muitas vezes, José Lutenberger, o ‘velho Lutz’, ‘berrava’ nos nossos ouvidos? E nós, impassíveis, fazíamos ouvidos moucos. Pois bem… aí está o que amorosamente, com veemência, o Lutz nos instigava. Mas agora, não adianta ‘chorar sobre o lenho seco’, nem ‘o leite (sic!) derramado’. A tristeza e a solidão é a herança que nós, os supremacistas brancos e os invasores, legamos para os conterrâneos gaúchos deserdados de hoje. Quem serão os de amanhã?

Emergência climática: A agonia da seca na Amazônia

Matéria que mostra como a população de toda a Amazônia está vivendo em razão da seca que ocorreu na segunda metade do segundo semestre de 23. E o dramático contraste é com as enchentes no outro extremo do Brasil, no Rio Grande do Sul, e essa seca que ainda se manifesta na Amazônia. E a se recordar de que o Prof. Eneas Salati, USP/SP, falecido em 2022. foi quem desvelou a magnífica ciclagem das águas amazônicas. Nos anos 70 foi ele que mostra a existência dos vapores d’água e das nuvens formam os rios voadores que tornam férteis o centro oeste, o sudeste e o sul. do país, além da Bolívia e Paraguai. Revelou ao Brasil e ao mundo de que a Amazônia tinha 75% da sua água do solo para cima e 25% do solo para baixo. Ou seja, as árvores, suas copas e as nuvens, geradas pela evapotranspiração das folhas das árvores, detêm o maior percentual de todas as águas amazônicas. Pois com essa seca, esses 75% desapareceram e ainda pelo calor fez com que esses 25% ficassem extremamente minguados. E pelo movimento atmosférico que com os ventos que vem do mar na altura do equador, formam essa riqueza líquida que, pelas mudanças climáticas, vieram ‘desaguar’ de forma inimaginável no Rio Grande e no nosso vizinho Uruguai. E com isso causou pela concentração das precipitações uma tragédia no sul do Brasil. Constrastes que mostram esses extremos paradoxais com ausência d’água onde deveria ser abundante e devastadora na região onde deveria ser a origem da fartura e da abundência. Constrastes esses, sem dúvida, gerados pelas devastações que, desde a ditadura militar, vem sendo praticadas pelo agronegócio tanto da soja como da pecuária.