Mudanças Climáticas (Pág. 23 de 30)

‘Pausa’ no aquecimento global gera polêmica no painel do clima.

Reunido em Estocolmo, na Suécia, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgará na sexta-feira um relatório crucial, mas permeado de polêmicas, sobre o aquecimento global. Por um lado, há um relativo consenso sobre o impacto da atividade humana no aumento das temperaturas. Pelo rascunho do relatório que será publicado, ao qual a BBC teve acesso, o nível de certeza científica sobre isso aumentou.

O Novo Relatório Climático do IPCC (do site realclimate.org, tradução: Alexandre Lacerda).

Chegou a hora: saiu o novo relatório do IPCC! Após anos de trabalho por mais de 800 cientistas ao redor do mundo, e depois de dias de extensa discussão no plenário da reunião do IPCC em Estocolmo, o Summary for Policymakers foi formalmente recebido às 5 da manhã, hoje. Parabéns a todos os colegas que lá estiveram e trabalharam em turnos noite adentro. O texto completo do relatório estará disponível online no início da próxima semana. O Realclimate resume aqui as principais conclusões e mostra os gráficos mais interessantes.

Derretimento dos blocos de gelo afeta até fundo do mar da Antártida.

O derretimento das plataformas de gelo na Antártida permitiu a rápida proliferação das esponjas de vidro (Hexactinellida) no mar de Weddell, o que pode afetar o ecossistema no extremo Sul do planeta. Esse ser arcaico demora tanto tempo para crescer que muitos cientistas estimam que eles levavam cerca de 10 mil anos para atingir os dois metros da fase adulta. Mas a velha teoria está em xeque diante de novo estudo publicado na revista Current Biology.

Não deveríamos ter superado os 350, diz especialista sobre nível do CO2.

A concentração recorde de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, de 400 partes por milhão de moléculas, não se traduz em uma “ameaça imediata” para o ser humano, mas deveria ter sido evitada. “É um patamar ao qual não deveríamos ter chegado. De fato, não seria preciso ter superado os 350″, declarou à Agência EFE o geoquímico Ralph Keeling, do Centro Oceanográfico de San Diego, na Califórnia, e um dos responsáveis do relatório publicado na sexta-feira pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, em inglês) dos Estados Unidos.