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Brizola inspira prefeito mais rico do país.

São oito horas da manhã. Em um acanhado escritório ao fundo da recepção de seu hotel, Otaviano Pivetta, prefeito eleito de Lucas de Rio Verde, pequeno município encravado no centro de Mato Grosso, a 350 quilômetros de Cuiabá, discute com cinco assessores a composição do futuro governo.

Código Florestal e a corrida pela terra, por André Antunes.

Para ambientalistas, flexibilização do Código foi primeira etapa de um processo de desmonte da legislação ambiental brasileira, que deve mobilizar ruralistas pelos próximos 20 anos. A novela da votação do Código Florestal, pelo menos por enquanto, chegou ao fim. Por mais simplista que pareça, a analogia não é gratuita: assim como os folhetins televisivos, o processo de elaboração do novo Código foi repleto de idas e vindas, polêmicas e momentos dramáticos, mobilizando setores consideráveis da população

Caderno informativo sobre a recuperação energética de resíduos sólidos urbanos, artigo de Marcos Godecke.

Apresentação feita pelo organizador do site sobre este material "técnico" que tenta trazer mais uma alternativa, extremamente tecnocrática, que demanda muito capital, é altamente poluente e que vem se agregar a mais uma ação do lobby (aqui no Brasil a Plastivida) das indústrias de plástico no planeta: a busca de "soluções tecnológicas" que "escondam" ou "eliminem" aquilo que o plástico tem mostrado ser, um grande problema para o ambiente global. Lembrem-se que a outra "solução inteligente" é o plástico "oxibiodegradável" (ver: Não podemos, como sociedade em geral, nos deixar ludibriar por estas magias. Temos que nos convencer, de maneira definitiva, de que o plástico é originário de moléculas artificiais e por isso absolutamente contrários à Vida. Chegou o tempo dos seres humanos terem a responsabilidade de reconhecer, por terem sido seus criadores como pequenos aprendizes de feiticeiro, que criaram este triste e indestrutível legado para o futuro. E que a solução tecnológica do terceiro mundo passa obrigatoriamente pela inclusão dos catadores como os grandes parceiros de recolocação destes materiais no ciclo produtivo. Em vez de altos investimentos em máquinas e tecnocracia, estas sociedade devem investir na qualificação cidadã, empresarial e humana desta faixa da nossa sociedade no sentido que seu trabalho tenha tanta qualidade profissional, coletiva e social como qualquer empresário ou industrial que é recebido com tapete vermelho pelas estruturas governamentais e administrativas. Só desta forma, a sociedade como um todo, irá impedir que estes materiais se transformem em fumaça ou micropartículas imperceptíveis a olho nu, e assim ao se refazer o ciclo fechado e permanente de consumo destes plásticos, estaremos limitando e dando um basta à permanente produção de mais e mais matérias primas originais nos polos petroquímicos que por sua vez gerarão mais e mais plásticos, mais e mais poluição, mais e mais contaminação.

Cinquenta anos de Silent Spring, artigo de Roberto Berlinck.

Em 1948 Rachel Carson, bióloga marinha, já sabia das consequências potencialmente devastadoras do acúmulo de defensivos agrícolas tóxicos (chamados de “biocidas” por Carson) em animais e plantas. Convencida da importância em tornar público o conhecimento sobre o perigo do acúmulo destas substâncias em plantas e animais, inclusive no homem, Carson procurou colegas para escrever um livro sobre o assunto. Mas não encontrou quem se dispusesse a fazê-lo. Buscou apoio financeiro, mas também teve dificuldade em conseguir. Decidiu, assim, assumir a responsabilidade em escrever e publicar o livro que seria considerado o marco inicial para o surgimento do movimento ambientalista: Silent Spring (“Primavera Silenciosa”), que neste ano completou 50 anos de publicação em 27 de setembro.

Presidente do BNDES recebe documento sobre irregularidades no financiamento de Belo Monte.

Uma carta aberta contendo uma extensa lista de irregularidades e problemas econômicos, jurídicos e socioambientais associados a Belo Monte, assinada por 38 organizações brasileiras e 31 internacionais, foi protocolada nesta terça, 4, na sede do banco no Rio de Janeiro. O documento insta o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a não efetuar o empréstimo de R$ 22,5 bilhões anunciado na última semana.

A corrida estrangeira pela terra brasileira. Entrevista especial com Maíra Martins.

A compra de terras por empresas estrangeiras está aumentando em “países cuja governança sobre a terra é frágil, as negociações são pouco transparentes e, em muitos casos, sem consulta prévia às populações envolvidas ou potencialmente atingidas pelos empreendimentos”, informa Maíra Martins, pesquisadora da ActionAid Brasil à IHU On-Line. Segundo ela, os dados do relatório “Situação da Terra”, realizado pela ONG, indicam que, diante da crise econômica internacional, “a garantia do direito à terra, acesso aos territórios e meios de vida das comunidades e populações pobres no meio rural é crucial para o combate à fome e para a redução das desigualdades no mundo”.

BNDES e Belo Monte. Problemas na construção não impediram que leve o maior financiamento da história.

Os problemas enfrentados na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), não impediram a aprovação, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de empréstimo de R$ 22,5 bilhões para o projeto, o maior da história do banco, concedido à Norte Energia, que toca a construção da usina. O valor financiado corresponde a 78% do total a ser investido na hidrelétrica (R$ 28,9 bilhões).

Belo Monte. Um depoimento. Entrevista especial com Ignez Wenzel.

Saída de Porto Alegre há 35 anos, a irmã Ignez Wenzel deixou as atividades que desenvolvia no Colégio São João para abraçar a causa dos colonos que migraram para o Pará em função da construção da Rodovia Transamazônica (BR-230). Hoje vive emAltamira-PA, e está engajada com o Movimento Xingu Vivo para Sempre na luta contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.