Sistema criado em São Carlos/SP reduz o gasto de água na lavoura em 70%.

Uma nova tecnologia, desenvolvida por pesquisadores da Embrapa de São Carlos (SP), quer aumentar o controle na irrigação. O sistema, que aumenta em 40% a produtividade na lavoura e reduz em até 70% o consumo de água, é formado por um sensor de cerâmica, que indica o nível de umidade da terra, ligado a um sistema de gotejamento preciso, que mostra quanto o solo precisa de água.

 

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“Quando o sensor está seco, tem ar no interior dele que passa livremente pelo sensor. Quando o solo é irrigado, as passagens de ar são preenchidas com água e o ar não passa mais. É um sistema pneumático de medir a tensão da água ou a umidade do solo”, explicou o engenheiro agrônomo Adonai Calbo.

O sistema, que pode ser adaptado em qualquer região, é eficaz tanto no período de chuvas quanto em época de estiagens e os riscos de contaminação dos lençóis freáticos são menores. Não é necessária nenhuma fonte de energia para o seu funcionamento.

“Uma irrigação correta faz com que se aproveitem melhor os nutrientes e as plantas cresçam bem, além de não poluir o meio ambiente”, disse Calbo.

Projeto – O projeto foi desenvolvido em parceria com uma empresa de São Carlos, que venceu um prêmio do Governo Federal e foi escolhida entre as 20 mais inovadoras do país.

“No final de novembro vamos apresentar o projeto para uma naca de investidores para realmente virar um negócio e a empresa crescer”, contou o empresário Luiz Porto.

O sensor ainda não é comercializado, mas já desperta o interesse do empresário Sérgio Machado, que quer desenvolver um gotejador para ser usado em vasos de flores. Segundo ele, em uma cidade do tamanho de São Carlos, seria possível economizar 78 mil litros de água por mês.

“Quem não tem no mínimo dois vasos em casa? Em uma viagem curta ou longa, é só colocar a garrafa pet, transformando o lixo em um agente ambiental em prol da própria planta, e a facilidade de não ter que chamar uma vizinha para regar a planta, porque o gotejador faz esse efeito”, disse Machado.

Com e maior produção, a tecnologia está tornando as empresas brasileiras mais competitivas, segundo Paulo Cereda, gerente regional do Sebrae. “Mais do que criatividade, tem empresas inovadoras com ideias que viram soluções de mercado, que resolvem problemas e têm potencial para ajudar o nosso país a alavancar”, declarou.

(Fonte: G1)