Corrupção Institucional das Corporações Farmacêuticas e o Mito da Seguridade dos Medicamentos.

Resumo da história.

  • “Corrupção Institucional” não se refere a nenhuma violação de regras ou leis existentes. Em vez disso, refere-se a um “certo tipo de influência, dentro de uma ingerência econômica, que gera certo efeito”;
  • Uma atividade é considerada corrupção institucional se ela enfraquece a efetividade de uma instituição e/ou fragiliza a confiança pública nesta mesma instituição. É algo que se avoluma tanto na indústria farmacêutica como em suas agências reguladoras;
  • As consequências desta corrupção abrangem milhares de reações adversas a cada ano e, pelo menos, 128 mil mortes como um resultado direto destas reações de medicamentos, somente dentro do espaços hospitalares;
  • Quando as mortes relacionadas a diagnósticos errados e erros por omissão e/ou falha na implementação das orientações estão incluídas, os números disparam, a cada ano, para um número de 440 mil mortes evitáveis nos hospitais;  e
  • Isso leva a que erros médicos evitáveis sejam a terceira causa principal de mortes nos EUA, logo após as doenças cardíacas e o câncer, sendo que as reações letais a medicamentos em hospitais, fica a quarta causa principal de morte.

 

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2013/11/30/pharmaceutical-industry-institutional-corruption.aspx?e_cid=20131130Z1B_DNL_art_1&utm_source=dnl&utm_medium=email&utm_content=art1&utm_campaign=20131130Z1B&et_cid=DM35553&et_rid=353016752

 

 

By Dr. Mercola

Venho dando destaque, em numerosos antigos anteriores, ao fato de que a indústria farmacêutica é responsável por quase 20% de todos os crimes corporativos (corporate crime).

Aqui eu quero chamar a atenção do leitor sobre um excelente artigo1, 2 sobre a corrupção institucional das indústrias farmacêuticas, publicado no periódico Journal of Law, Medicine and Ethics. Vale a pena sua leitura na íntegra, se quisermos estar apropriado deste tema.

Esta expressão, “corrupção institucional”, não se refere a nenhuma violação das regras e leis existentes. Em vez disso, refere-se a “um certo tipo de influência, com ênfase econômica, que gera um certo efeito”, como é explanado na palestra do vídeo acima. É destacado de que uma atividade é considerada corrupção institucional se ela:

  • Enfraquece a eficácia de uma instituição, e/ou
  • Abala a confiança pública nesta instituição.

A série de palestras foi patrocinada pela fundação Edmond J. Safra Foundation Center for Ethics junto à Universidade de Harvard que também publicou o artigo em tela sobre este tópico, escrito por Donald W. Light, Joel Lexchin e Jonathan J. Darrow. Dizem eles:3

“A corrupção institucional é um conceito normativo que tem uma importância crescente, corporificando as sistêmicas dependências e práticas informais que destorcem a missão institucional. 

Uma ampla gama de estudos e processos judiciais já documentam as estratégias pelas quais as companhias farmacêuticas escondem, ignoram ou deturpam as evidências sobre suas novas drogas; bem como destorcem a literatura médica e deturpam os produtos para prescrição médica. 

Focamos quanto as consequências sobre os pacientes: milhões de reações adversas. Depois de definida a corrupção institucional, nós nos centramos sobre as evidências que ficam por trás da epidemia de danos e da pequenez de benefícios…

Se “corrupção” é definida como um enfraquecimento de integridade e de princípios morais, então a corrupção institucional é um desvio institucional de um padrão básico de integridade”.

Falta de integridade é sem dúvida diferente de uma completa violação à lei que é um crime condenável. Anulação de um “princípio moral”, mesmo não sendo ilegal per se, é ainda uma questão preocupante—se não pelo dano real que ela produz. Isto é verdade na maioria das situações, mas é particularmente hediondo quando isso é um modus operandi daqueles que manejam com o maior poder, o que lida com a saúde de todos.

Os Três Níveis da Corrupção Institucional.

Os autores afirmam que, dentro da indústria farmacêutica, a corrupção institucional ocorre em três níveis diferentes:

  1. Esforço de lobbying e contribuições políticas. Por esta via, a indústria farmacêutica influenciou o Congresso dos EUA a aprovar legislações que solaparam severamente tanto a missão como a função da Food and Drug Administration/FDA (nt.: a agência reguladora norte americana que regulamenta tanto os alimentos como os medicamentos).
  2. Através da aplicação de pressões da indústria, “O Congresso tem fragilizado a capacidade de trabalho da FDA, pelos cortes de recursos desde 1906, e transformando as indústrias de pagadoras de taxas a ‘usuários livres’ desde 1992. Isso acabou gerando uma tendência negativa ao limitar a habilidade de geração de fundos pela FDA para que pudesse assim proteger o público das sérias reações adversas das drogas/medicamentos que têm oferecido poucas vantagens”, de acordo com os autores.
  3. Comercializando o papel social dos médicos, solapando sua posição profissional como “conselheiros independentes e confiáveis para seus pacientes”.

Como está declarado no artigo em foco, o sistema de saúde é embasado sobre o princípio moral de que o médico, em primeiro lugar, não irá provocar danos. O princípio de não gerar danos aos pacientes é explicitado no Juramento de Hipócrates,4 um dos mais antigos documentos de um juramento na história. Sob este édito moral, a responsabilidade de qualquer trabalhador da saúde é, em primeiro e acima de tudo, tratar a doença empregando o melhor conhecimento médico e científico disponíveis para avaliar cuidadosamente os riscos de dano.

“A corrupção institucional do sistema de saúde consiste no desvio destes princípios”, afirma o artigo em tela.

Infelizmente, o sistema em operação hoje se afasta muitíssimo deste alto princípio moral. Realmente, está tão longe que, atualmente, o sistema médico como um todo é um dos que lidera as causas de morte!

De acordo com a maioria das pesquisas mais recentes 5 quanto aos custos de erros médicos em termos de vidas humanas perdidas, 210 mil norte americanos morreram, a cada ano, por erros hospitalares evitáveis. Quando as mortes relativas a diagnósticos errados, erros de omissão e falhas para seguir os procedimentos estão incluídas, o número dispara para uma estimativa de 440 mil mortes hospitalares evitáveis em cada ano. Isso assinala de que os erros médicos como a terceira causa de mortes nos EUA, logo após às doenças cardíacas e cânceres.

Se limitarmos as reações adversas às drogas sozinhas, o artigo 6 nos informa que 2.7 milhões de norte americanos experimentam uma séria reação adversa aos medicamentos enquanto estão hospitalizados, a cada ano. Deles, a estimativa é de que 128 mil morrem como um resultado direto de reação adversa. Conforme estas estatísticas, as reações aos medicamentos que se dão no interior dos hospitais sozinhas são a quarta causa que lidera as mortes nos EUA.

Lastimavelmente, a maioria dos trabalhadores da saúde ao observarem, no entanto, os erros feitos por seus pares, raramente fazem alguma coisa para instigá-los. Isso também aparece na discussão no vídeo em destaque. Nele, há um questionamento sobre se alguém tendo a capacidade de corrigir o erro, mas não fazendo, se seria ou não responsável pelo resultado? Em essência, parte do problema da corrupção institucional não é simplesmente “pessoas más fazendo coisas ruins”, mas sim “pessoas boas procurando outro caminho”.

Têm as Companhias Farmacêuticas a Responsabilidade Moral de Não Provocarem Danos?

De acordo com o artigo:

“A maioria das pesquisas baseadas em produtos patenteados das companhias farmacêuticas também se comprometem explicitamente a melhorar a saúde e aliviar o sofrimento… Mas, de fato, estas companhias estão quase todo o tempo desenvolvendo medicamentos que são na maior parte, pouco mais do que os produtos existentes que têm, no entanto, o potencial de causar amplas reações adversas mesmo quando apropriadamente prescritos. O desvio destes princípios pelas instituições supostamente dedicadas à saúde, é corrupção institucional.

Nós apresentamos evidências de que a indústria tem um modelo de negócios ocultos para maximizar os lucros de dezenas de drogas com menores benefícios clinicamente adicionais. O juramento médico para uma saúde melhor é comprometido na medida em que a indústria gasta bilhões de dólares para criar o que Lessig (nt.: Lawrence Lessig, professor de Harvard) chama de uma “economia do presente” através de uma reciprocidade interdependente”.

Contrariamente à crença popular e a história lamurienta das corporações, lamentando o alto custo da inovação, as indústrias farmacêuticas devotam a minúscula quantia de 1,3 porcento de seus rendimentos para a pesquisa e desenvolvimento (nt.: em inglês ‘research and development’ / R&D) de novos medicamentos. Além disso, os rendimentos das companhias farmacêuticas têm tido uma escalada,  nos últimos 15 anos, seis vezes mais rápida do que seus investimentos em ‘R&D’. Enquanto isso, uma média de 25% dos rendimentos são gastos na propaganda e na promoção dos “novos” medicamentos que não são melhores do seus predecessores. Muito para a pretensa alegação de que os custos de ‘R&D’ estariam se tornando cada vez mais “insustentáveis”.

O que é realmente insustentável é o desrespeito fragrante da indústria quanto à saúde e o bem estar dos seus pacientes… A maioria dos novos medicamentos oferecem menores vantagens clínicas do que as drogas já existentes, na melhor das hipóteses, e nenhuma vantagem, mas grandes riscos, na pior das hipóteses. Pelos últimos 35 anos, muito poucas drogas criadas representam qualquer avanço verdadeiro na terapia alopática com este tipo de drogas. De acordo com os três autores, múltiplas revisões conduzidas entre o meio dos anos 70 até o meio dos anos 90 foram detectados somente de 11 a 15,6 porcento de novas entidades moleculares (nt.: em inglês – new molecular entities/NMEs) criadas trouxeram algum tipo de “importante ganho terapêutico”. De acordo com este artigo:

“O periódico independente sobre drogas, ‘La revue Prescrire’, analisa o valor clínico de cada novo medicamento comercial ou nova indicação aprovada na França. No entanto na década entre 2002-2011… somente 8 porcento ofereceu alguma vantagem e perto do dobro de muitos—15,6 porcento—foram julgados serem mais prejudiciais do que benéficos. Um mero 1,6 porcento ofereceram vantagens substanciais”.[Ênfase minha]

Observaram que descobertas similares também estavam sendo feitas pelo painel de consultores canadenses junto à Comissão de Revisão de Preços de Medicamentos Patenteados e pelo boletim geral holandês sobre drogas. Bastante interessante é que nos EUA não houve nenhum trabalho de revisão. Notavelmente, estudos revelaram que um em cada cinco novos medicamentos acabou causando tais danos graves a ponto deles eventualmente terem recebido uma advertência severa ou foram retirados do mercado.

“Das drogas prioritárias que foram revisadas em pouco mais da metade do tempo normal, pelo menos uma em cada três delas causaram sérios danos”, afirma o mesmo artigo… [E]vidências sugerem que distorções comerciais do processo de revisão e o marketing agressivo contribuem para que ambos minassem os benefícios à saúde, sua razão de ser, e para a epidemia de danos aos pacientes”.

Conflitos de Interesses e a Corrupção Institucional dentro da agência FDA.

Pouco mais de duas décadas atrás, em 1992, o Congresso aprovou a lei da taxa ao usuário da prescrição de medicamentos (nt.: em inglês – Prescription Drug User Fee Act/PDUFA) e a partir deste momento a FDA (nt.: Food and Drug Administration – Agência Reguladora sobre Alimentos e Medicamentos) foi enquadrada no caminho em direção a fazer mais mal do que bem. A lei autoriza que a FDA recolhesse “taxas de usuário” das indústrias farmacêuticas no sentido de aumentar a rapidez pela qual poderia ser conduzida a revisão sobre o medicamento em tela. A aplicação do padrão de registro de um medicamento pode agora estar completo dentro de 12 meses comparados com os 30 meses que eram necessários antes da PDUFA. As situações consideradas prioritárias podem se completar dentro de seis meses. Desde que a FDA começou a recolher as taxas de usuários da indústria específica da qual está encaminhando uma regulamentação, a aprovação de medicamentos tornou-se algo cada vez mais perigoso. De acordo com o artigo:

“Encurtar o tempo de avaliação e revisão para o registro leva a aumentos significativos de sérios danos. Uma análise profunda detectou que cada redução de 10 meses no período de avaliação—que poderia tomar 30 meses—resultou em um aumento de 18,1 porcento em sérias reações adversas, de 10,9 porcento em hospitalizações e em 7,2 em mortes”. [Ênfase minha]

Pode a Integridade Institucional Ser Restaurada para Produzir Medicamentos Seguros?

Existem caminhos para corrigir este terrível sistema falho. Infelizmente a indústria farmacêutica está neste momento tão emaranhada com a estrutura política que o governo dos EUA também pode ser visto como uma entidade híbrida na gerência corporativa, apresentando uma fachada de preocupação com a , mas não mostra nenhuma dúvida quanto a quem está realmente a serviço, ou seja, da indústria. Este artigo que apresentamos traz cinco estratégias que poderiam “reduzir os conflitos de interesse e melhorar a segurança e a efetividade dos medicamentos”,  devendo os políticos e os norte americanos como um todo, decidirem que agora tem que se dar um basta:

  • As companhias de pesquisa não deveria ter nenhum tipo de participação nos testes dos medicamentos que tivessem desenvolvido. Chamar-se-iam institutos independentes para então conduziriam os estudo sobre estes produtos.
  • A FDA precisa restabelecer a confiança pública tomando seu papel de liderança renovada focada na segurança dos medicamentos. Parte disso inclui simplesmente fazer cumprir as atuais normas que estão todas sendo frequentemente ignoradas.
  • As taxas de usuários devem ser eliminadas. A FDA precisa ser inteiramente financiada pelos contribuintes e pelos consumidores como as indústrias, no sentido de tornar completamente claro a quem ela serve e eliminar os conflitos de interesse existentes agora com as indústrias.
  • Os critérios de aprovação do registro para novos medicamentos devem incluir evidências de superioridade sobre os medicamentos existentes bem como serem relevantes para os pacientes.
  • Congresso precisa criar uma Comissão Nacional de Segurança sobre Medicamentos “com poderes, fundos e ordenamentos adequados para investigar e relatar independentemente sobre os fatos que envolvem a segurança dos medicamentos”, além de providenciar amplo e aberto acesso a todos os dados e informações. Esse poderá ser um longo caminho no sentido de restabelecer a confiança do público.

Prova de que a Medicina com “Base Científica” está se Desintegrando.

Se continuarmos permitindo que as farmacêuticas (nt.: em inglês são conhecidas como “Big Pharma”) vivam e operem na mais baixa moral básica, não precisaremos de nenhum poder sobrenatural para predizer qual o futuro que nos espera. A história está cheia de exemplos de quão longe estes esquemas vão para se apropriar de qualquer dinheirinho. A corrupção criminosa já atingiu níveis de pandemia dentro da indústria. Na verdade, está parecendo ser mais uma regra tácita do que a exceção.

Peter Gøtzsche, diretor do Nordic Cochrane Centre (que é considerado o padrão ouro em termos de revisor independente de pesquisas), vai bem mais longe ao comparar a indústria farmacêutica a uma liga do crime organizado em seu livro, Deadly Medicines and Organized Crime: How Big Pharma Has Corrupted Healthcare (nt.: Medicamentos mortais e o Crime Organizado: Como a Big Pharma corrompeu o Sistema de Saúde).

“Ao lado deste embuchar medicamentos conhecidos por serem mais perigosos do que o anunciado, as companhias farmacêuticas também são, em larga escala, responsáveis pela eliminação da mais profunda essência da ciência médica, a partir do ponto em que começaram a financiar grandes volumes das pesquisas. A fonte de financiamento tem mostrado exercer um tremendo impacto sobre os resultados de qualquer estudo”.

De acordo com os dados da agência de notícias Thomson Reuters,7 o número de retratação de estudos científicos aumentou mais do que 15 vezes desde 2001, e uma revisão 8 publicada exatamente há um ano, mostrou que perto de 75 porcento de toda a retratação dos estudos com medicamentos foi atribuída a uma “conduta imprópria científica”, que incluem:

  • Dados falsificados ou fabricados;
  • Veracidade questionável;
  • Autor com conduta antiética;  e
  • Plágio.

A corrupção da ciência é incrivelmente séria, já que os profissionais do sistema de saúde confiam nos estudos publicados para fazerem suas recomendações de tratamento e grande número de pacientes pode ser prejudicado quando falsas descobertas são publicadas. A média do lapso de tempo entre a publicação do estudo e a emissão de uma retratação é 39 meses. E isso se a conduta antiética for pega em sua totalidade. E o pior é que cerca de 32 porcento das retratações não são nunca publicadas,9 levando os leitores para uma escuridão completa sobre as falácias presentes em tais estudos.

Os Protótipos da Ciência Corrompida.

 

 

Um claro exemplo de como a ciência  da morte corrompida pode ser, é o caso do analgésico Vioxx. Existiam muitas indicações de que ele poderia ser perigoso, apesar das contestações dadas pela Merck, e eu adverti meus leitores para evitá-lo antes de sua aprovação pela FDA, em 1999. Em 2008, quatro anos depois do medicamento ter sido retirado do mercado, um editorial 10 publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) sugeriu de que a Merck poderia ter deliberadamente manipulado dezenas de documentos acadêmicos publicados na literatura médica, com o objetivo de promover o Vioxx sob falsas pretensões.

O medicamento para diabetes Avandia é outro potente exemplo. Entre 1999 e 2007, o Avandia foi estimado ter causado acima de 80 mil ataques de coração desnecessários,11 apesar dos números verdadeiros de pessoas que foram prejudicadas ou mortas por este medicamento serem ainda completamente desconhecidos. O Avandia é o protótipo do paradigma letal da ciência corrompida como apresentado pela transnacional GlaxoSmithKline (GSK), a fabricante do Avandia. Ela escondeu informações nocivas (hid damaging information) sobre o medicamento por mais de 10 anos, já que sabiam que tudo poderia representar efeitos negativos sobre suas vendas!

Há dois anos, a GSK concordou com um acordo de 3 bilhões de dólares ($3 billion settlement) quanto a suas práticas de vendas e de marketing de vários de seus produtos, incluindo o Avandia. Este foi o maior acordo nacional das industrias farmacêuticas na história dos EUA. Superou os 2,3 bilhões pagos pela Pfizer em 2009 ($2.3 billion paid by Pfizer in 2009) pela promoção ilegal de usos além da bula para quatro de suas drogas. Mais recentemente, a velhacaria da GSK tornou-se manchete internacional novamente quando as autoridades chineses prenderam quatro dos executivos sob a acusação de suborno onde rolou dinheiro e sexo.

O blog do periódico British Medical Journal recentemente publicou um artigo 12 de seu antigo editor e diretor da iniciativa de doenças crônica do United Health Group, Richard Smith. A peça é também o prefácio do livro mencionado anteriormente, Deadly Medicines and Organized Crime. E Smith escreve: 13

“A indústria farmacêutica tem sistematicamente corrompido a ciência ao jogar para cima os benefícios e para baixo os danos de suas drogas….  ela tem comprado médicos, pesquisadores, imprensa especializada, organizações de profissionais e de pacientes, departamentos das universidades, jornalistas, reguladores e políticos. Estes são métodos de uma camarilha.

… [D]outores e acadêmicos supõe-se que tenham uma alta missão em suas vidas, um chamamento. Leis que estão exigindo das companhias que declarem pagamentos a médicos têm mostrado que uma grande proporção deles estão ligados às indústrias farmacêuticas e que muitos estão sendo pagos com somas de seis dígitos para as aconselharem ou darem palestras em seus nomes. É difícil deixar de concluir de que estes “líderes de opinião” estão sendo comprados e serem as “armas ocultas” da indústria.

E, como é com uma camarilha, infeliz daquele que delata ou fornece evidências contra a indústria. Peter conta muitas histórias de delatores sendo acossados e o escritor John Le Carré descreve em novelas a crueldade das companhias farmacêuticas que acabam tornando-se bestsellers e sucesso como filme de Hollywood”.

Os Princípios Básicos de uma Ótima Saúde.

Em todos os momentos nosso médico sempre sugere um medicamento para um transtorno, assim questiono a todos para que façam um pesquisa antes de ingeri-lo. Ou seja, lembrar que isso leva a um senso comum, um estilo de vida saudável é a nossa melhor aposta para alcançarmos corpo e mente com saúde. E  enquanto a ciência médica convencional pode perder um combate para a frente e para trás em suas recomendações, existem certos princípios básicos de saúde ideal que permanecem inalterados. Seguir estas diretrizes de estilo de vida saudável pode ser um longo caminho para mantermos bem e prevenirmos as doenças crônicas de todos os tipos:

1. Escolhas de Alimentos Adequados: Para montar um amplo guia sobre o que usar como alimentos e o que evitar, consultar meu plano de nutrição (nutrition plan). Falando em geral, podemos procurar focar nossa dieta em alimentos não processados, integrais e idealmente orgânicos. Para uma melhor nutrição e benefícios sobre a saúde, comer alimentos crus (food raw) em uma boa porção.

Evitar açúcar (sugar) e frutose em geral. Todos os tipos de açúcares têm efeitos tóxicos quando consumido em excesso e leva a inúmeras doenças que se processam em nosso corpo, não menos do que é a resistência à insulina, a maior causa da cronicidade da doença e o envelhecimento acelerado.

Eu acredito que as duas chaves mestras para o manejo com sucesso sobre a questão do peso são a restrição severamente os carboidratos (açúcares, frutose e grãos) em nossa dieta e o crescimento de consumo de gordura saudável. Isso otimizará os níveis de insulina e da leptina que são as chaves para a manutenção de um peso saudável e uma saúde ótima.

2. Exercício regulares: Mesmo se nós comermos a melhor dieta no mundo, nós ainda precisamos nos exercitar para alcançarmos os mais altos níveis de nossa saúde e exercitarmos efetivamente e incluirmos atividades de alta intensidade em nossos planos. Treinamento de alta intensidade com intervalos regulares estimula a produção de hormônio de crescimento humano (human growth hormone/HGH) que é essencial para uma ótima saúde, força e vigor. O hormônio de crescimento (nt.: conhecido como somatotrofina e somatotropina ou HGH) também estimula a perda de peso.

Assim, juntamente como os exercícios centrais de fortalecimento, treinamento de resistência e de alongamento, recomento fortemente que duas a três vezes por semana se faça os exercícios e pico (Peak Fitness exercises) que aumentam o ritmo cardíaco até seu limiar anaeróbio durante 20 a 30 segundos, seguido de um período de recuperação de 90 segundos.

3. Redução do estresse: Não poderemos ter uma ótima saúde se evitarmos direcionar o componente emocional de nossa saúde e longevidade, já que nosso estado emocional desempenha um papel em quase todas as doenças físicas –da doença cardíaca à depressão, da artrite ao câncer.

Meditação, orações, apoio social e exercícios são todas opções viáveis que podem nos auxiliar e mantermos nosso equilíbrio emocional e mental. Eu também acredito no emprego de ferramentas simples tais como a EFT (Emotional Freedom Technique) para lidar com problemas emocionais e profundos, muitas vezes escondidos.

4. Beber abundantemente água limpa (clean water) assim nossa urina será amarela clara.

5. Manter o intestino saudável: Em torno de 80% de nosso sistema imunológico reside em nosso intestino e a pesquisa está destacando de que os probióticos—bactérias benéficas—afetam nossa saúde de múltiplas maneiras; podendo inclusive influenciar em nossa habilidade de perder peso (lose weight). Uma dieta saudável é a forma ideal de manter o intestino saudável e consumir regularmente alimentos fermentados tradicionalmente (fermented foods) é a maneira mais fácil e efetiva de assegurar uma ótima flora intestinal.

6. Optimizar nossos níveis de vitamina D: A pesquisa tem mostrado que aumentando nossos níveis de vitamina D poderemos reduzir o risco de morte de TODAS as causas (reduce your risk of death from ALL causes). Como um guia prático de como usar a exposição natural ao sol para otimizar os benefícios da vitamina D, consultar meu artigo anterior sobre como determinar se uma quantidade útil de UVB está penetrando na atmosfera (how to determine if enough UVB is able to penetrate the atmosphere) que permita uma produção de vitamina D em nossa pele.

7. Evitar tanto quanto puder químicos sintéticos, tóxicos e poluentes: Isso inclui desfazer-se de todos os produtos de limpeza doméstico (toxic household cleaners), sabões e sabonetes, produtos de higiene pessoal, aromatizantes aéreos, inseticidas domésticos, agrotóxicos de jardim, só para citar alguns, substituindo-os por alternativas não venenosas (non-toxic alternatives).

8. Dormir abundantemente sono de alta qualidade (high quality sleep): Regularmente pegar apenas algumas horas de sono pode dificultar o metabolismo e a produção de hormônios de uma forma que é semelhante para os efeitos do envelhecimento e os estágios iniciais de diabetes. Perda crônica de sono pode acelerar o aparecimento ou aumentar a severidade das condições relacionadas com a idade, tais como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, obesidade e perda de memória.

Fontes e Referências