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Transgênicos: uma grande mentira. Por Raúl Mannise

22 de agosto de 2011 by Luiz Jacques

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O estudo mais importante para determinar as consequências na saúde e no ambiente de um alimento transgênico, foi efetuado pelo Dr. Arpand Pusztai. As ratas, em laboratório, alimentadas com batatas transgênicas, mostraram debilidade do sistema imunológico, desarranjos no desenvolvimento de órgãos internos, interferência no crescimento de ratas jóvens e alterações nas estrutura e função intestinais.

Publicado em agosto 22, 2011
http://www.ecodebate.com.br/2011/08/22/transgenicos-una-gran-mentira-por-raul-mannise/

Entre os estudiosos está Patrice Courvali. Levanta outro risco: resistência a antibióticos. O problema médico seria grave. Muitos antibióticos poderiam se tornar neutralizados pelas bactérias patógenas.

[Ecoportal.net] Outro dia me encontrava vendo um canal de documentários, é um dos poucos que vejo, porque me agrada este tipo de programa. Aparece então um homem inglês, bem apresentado e jovem que em teoria é dono de uma granja de produção ecológica na Inglaterra. A seguir passeia pela Argentina, onde são mostradas as maravilhas e as benesses do modelo da sojicultura, baseado nos Transgênicos. Quando se retorna à Inglaterra, ele compra diveros produtos geneticamente modificados e oferece às pessoas, destacando os benefícios dos mesmos. O documentário chama-se Jimmy’s GM Food Fight (nt.: A luta de Jimmy pelos alimentos geneticamente modificados, BBC, ver: http://www.youtube.com/watch?v=zDcV6eBYJ88).

O documentário levanta vários pontos:

1. Os Transgênicos permitem maiores volumes de produção portanto poderiam erradicar a fome.

2. Os Transgênicos possibilitam alimentar o gado sem necessidade de pastoreios, o que permite produzir mais carne, leite, ovos etc, a menor preço.

3. Os Transgênicos possibilitam maior durabilidade dos produtos, podendo-se agregar características benéficas para a saúde e são mais nutritivos.

4. Faz anos que se usa e não há problemas porque são seguros.

A primeira grande mentira, é a mais fácil de demostrar. A Argentina logo depois dos EE.UU. é maior produtor de soja OMG com milhares de hectares cultivados. Ano a ano há um incremento no cultivo de soja, sem dúvida que o preço da mesma não parou de subir, os rendimentos dos cultivos são uma grande mentira comercial.

A soja Roundup Ready também rende de cinco a 10 por cento menos do que as variedades não transgênicas cultivadas em solos similares, como concluiram estudos realizados nos Estados Unidos. Cientistas da Universidade de Arkansas demostraram que o desenvolvimento das raízes, a formação de nódulos e a fixação de nitrogênio são inferiores em algunas variedades de soja Roundup Ready, especialmente nas condições de seca ou em campos de baixa fertilidade. Isto se deve a que a bactéria simbiótica que fixa o nitrogenio na soja, a Bradyrhizobium japonicum, é muito sensível à seca e ao Roundup.

Também cabe destacar o encarecimento da produção ao pagar pelas sementes, quando tradicionalmente o agricultor guardava grãos das colheitas anteriores. Hoje se vê obrigado a comprar sementes novas para cada colheita, mais os agrotóxicos, todo o combustível para a semeadura, a irrigação, a colheita, o armazenamento e por fim a distrubuição inflando ainda mais o preço do grão. Assim, como irá alimentar o mundo se os pobres não pode comprá-la? O segundo ponto é o mesmo, produz-se mais carne, ovos etc. mas também a um maior custo, portanto não fazemos mais que obter um producto mais caro. O terceiro ponto é uma meia verdade, já que ao agregar estas características parece esquecer-se de outras como o sabor. Um tomate transgênico não tem nada a mais do que um tomate tradicional, não é? Además, de que me serve que o tomate dure mais tempo se neste tempo passeia, viajando milhares de quilômetros, passando por um monte de intermediários antes de chegar a nossas mesas e encarecendo o produto. Não seria melhor que se produzisse localmente, dando trabalho às pessoas da minha comunidade? O quarto ponto é o maior disparate de todos, porque basicamente não há estudos. Os Transgênicos não passam por maiores controles, não há pesquisas verdadeiras sobre o seu impacto na saúde nem humana nem animal. Realmente não sabemos nada a respeito. Um dos principais argumentos que dá esta industria é o fato de que não será mais necessário utilizar tantos agroquímicos como no caso da soja tradicional, onde se deve combater as ervas daninhas com um coquetel de varios agroquímicos diferentes. Esta é outra meia verdade. Se bem que as vendas dos agroquímicos baixaram em geral e diminuiu notavelmente sua aplicação, as vendas do herbicida Round Up subiram vertiginosamente e é claro sua aplicação. Existe um sólido consenso entre os especialistas do INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária) de que é uma péssima idéia e poderia ser muito prejudicial para os agroecossistemas a aplicação massiva de um só herbicida. Isto gera um fenômeno chamado pressão seletiva que pode ativar o crescimiento desmedido de inços resistentes ao glifosato. E estes inços já estão aparecendo em nossos campos. Isto inclusive pode levar a um incremento no nível médio de resíduos de inseticida e herbicida nos alimentos, podendo ter um efeito negativo aos insectos benéficos e à vida silvestre.

Existem outras ameaças derivadas do uso comercial da Engenharia genética para fins agrícolas. Por exemplo, incorporou-se a muitos cultivos Transgênicos genes de uma bactéria chamada Bacilus thuringiensis (Bt) que existe naturalmente no solo e que sintetiza uma toxina que mata as lagartas de insetos. Esta toxina natural, hoje apropiada pelas corporações biotecnológicas, pode matar insetos úteis, gerar resistência em outros ou integrar-se ao solo por intermédio dos restos dos vegetais (isto geraria efeitos adversos nos organismos do solo e poderia mover-se através das cadeias alimentares).

O estudo mais importante, para determinar as consequências na saúde e no  ambiente de un alimento transgênico, foi efetuado pelo Dr. Arpand Pusztai, no Instituto Rowett da Escócia. Os testes de laboratorio em ratas alimentadas com batatas transgênicas, mostraram debilidade do sistema imunológico, disfunções nos desenvolvimento de órgãos internos, interferência no  crescimento de ratas jóvens e alterações nas estrutura e função intestinais. O Dr. Stanley Ewen, histopatologista consultor no Grampian University Hospitals Trust (Aberdeen–Escocia), citou informações que aprofunda nas consequências gastrointestinais de ratas alimentadas com batatas transgênicas e narrou efeitos no fígado das fêmeas, alimentadas com soja transgênica. Provas em ratos com batatas transgênicas portadoras da toxina Bt, revelaram problemas na parte inferior do intestino delgado (ileón). Um informe apresentado à USFDA, anterior ao ano 1999, descobria-se danos no estômago de ratas, alimentadas com tomates Transgênicos Flavr Savs. Em testes efetuados com a soja transgênica RR, detectou-se uma redução considerável de fitoestrógenos. E nos estudos com milho transgênico Chardon LL, observou-se diferenças significativas na gordura, em  fibras e proteínas, comparado com seu contraparte natural.

Patrice Courvalin, Diretor da Unidade de Agentes Antibacterianos do Instituto Pasteur, foca em outro dos riscos: resistência a antibióticos. O problema médico seria grave. Muitos antibióticos poderiam ficar neutralizados pelas bactérias patógenas. Adverte que as possibilidades e mecanismos de intercâmbio de material genético entre organismos é imensa. Bactérias patógenas poderiam assimilar, no aparato digestivo, o gene transgênico de resistência através de um alimento transgênico que o contenha. Também pelas bactérias do campo quando a planta transgênica se descompusesse. Courvalin cita genes de resistência, utilizados atualmente pelas multinacionaies. O gene blaTEM-1, está exertado num milho transgênico da empresa Novartis e é capaz de gerar a penicilinasa, que pode degradar as penicilinas (penicilina G, ampicilina, amoxicilina, etc…).

No ano de 2002, na Universidade de Newcastle realizaram-se as primeiras avaliações em humanos, demostrando que depois de uma só refeição o material transgênico havia sido adquirido pelas bactérias do intestino, em três das sete pessoas com colostomia que participaram do ensaio. Contrariamente ao que disse a ciência das corporações e privada, o material transgênico não pode ser eliminado no aparato digestivo humano. Tal persistência, também permitiria que os genes Transgênicos poderiam se transferir para o sangue e ao genoma de células de mamíferos, com o risco de câncer. Nas Filipinas, pessoas que vivem próximas de campos de milho transgênico, tiveram diversos problemas, coincidindo com a época de maior presença de pólen no ambiente. Terje Traavik, diretor do Norwegian Institute for Gene Ecology, detectou que as amostras de sangue continham os anticorpos que o organismo gera, na presença da toxina Bt, que é a mesma que contém o milho transgênico Bt 11. No Reino Unido, o York Nutritional Laboratory denunciou anos atrás, un aumento de 50% de alergias relacionadas à soja. Na Irlanda, a Irish Doctors’ Environmental Association, detectou un incremento de alergias em crianças, também relacionadas com a soja. Nos três casos expostos, não há comprovações exatas de que o milho e a soja Transgênicos, sejam a causa de contágio e das alergias; mas existem suspeitas e isso deveria levar a se tomar medidas preventivas e investigações profundas. Sobretudo porque investigações realizadas por Tayabali e Seligy detectaram que a toxina Bt11 e suas subespécies produziam toxicidade em células humanas expostas.

Alguns tecnocratas, alegaram que o aerosol Bt utilizado em agricultura biológica, também produz dicha toxicidade. No entanto, omiten que só pode afetar a quem o aplica, e se não tomar as precauções adequadas. Mas se for bem descontaminada a colheita em que se aspergiu com Bt, se eliminarão as bactérias e seus esporos. No entanto, as colheitas transgênicas levam as toxinas Bt em cada uma de suas células, tornando sua ingestão inevitável. Ademais, podem se propagar com o pólen, contaminar outros cultivos e plantas silvestres, terminando filtradas em nossa dieta, sem nos darmos conta (claro exemplo, o caso do milho Starlink) (nt.: para entender mais sobre este caso pode-se ver, p.e.: http://br.groups.yahoo.com/group/politica-br/message/17692).

E isto para não se falar de outros temas como a perda de biodiversidade, a erosão dos solos produzida por este tipo de monocultura, o desmatamento ocasionado por este modelo econômico que demanda cada vez mais terras para cultivo, a morte indiscriminada de insetos como as abelhas e bactérias benéficas para o solo e a aberração maior de todas que é permitir que empresas estejam patenteando a vida. Como se pode permitir patentear uma semente que esta aí desde antes do aparecimento do ser humano? Está bem que se patenteie uma técnica ou um gene, se forem desenvolvidos pela indústria, mas uma semente? Creio que caimos num dilema ético, mas está claro que neste mundo manda o dinheiro.

Outra questão que a imprensa cala é, por exemplo, a recente crise na Alemanha com a agora famosa E. Coli. Provavelmente fosse causada por alimentos Transgênicos, já que precisamente esta bactéria é a encarregada de introduzir o gene “estranho” na semente. O que se faz é bombardear as sementes com as bactérias que contêm agregado, por assim dizer, o gene e que durante este bombardeio elas rompem a estrutura celular da semente transferindo assim o material genético desejado. Bem que poderia se tratar de sementes modificadas, as que gerassem a contaminação já que elas são manejadas sem nenhum tipo de precaução e não estão subordinadas aos mesmos controles, por exemplo, de um medicamento, por se tratar de simples alimento, segundo as leis atuais.

A solução está bastante clara, ao menos para mim, a produção não passa pela biotecnologia, mas sim por uma produção ordenada, local e utilizando de forma estratégica e responsável os recursos naturais, exigindo-se das populações um consumo responsável. Temos atualmente a informação para se conseguir cultivar até em climas extremos e sabemos como tornar solos estéreis em férteis sem necessidade alguma de tóxicos e outros tipos de produtos.

Basta ver exemplos de permacultura e comércio justo baseado na produção ecológica, além do desenvolvimento das comunidades que se está sendo levando a cabo, no momento, na África.

Por outro lado os Transgênicos estão atualmente gerando pobreza. Cada vez menos gente trabalha no campo e por culpa de toda esta tecnologia continuam crescendo os cinturões de pobreza nas grandes cidades, sobretudo na América Latina, África e Ásia. Obrigam a uma produção dependente de combustíveis fósseis em quantidades que não só encarecem como também representa um problema ambiental por emissões e uso de um recurso não renovável. E como se isso fosse pouco, obrigam-nos a consumi-los, queiramos ou não, já que quando etiquetados, as informações são hilárias, enquanto outros são embalados como o pão, iogurtes etc. Sem se mencionar aqui as carnes, o leite e ovos que são procedentes de animais alimentados com Transgênicos.

Como conclusão final, os Transgênicos são uma grande mentira para que poucos possam fazer muito dinheiro à custa da humanidade e do planeta, contra o que temos que nos rebelar e lutar. www.ecoportal.net

Artigo escrito por Raúl Mannise para ecocosas.com – agosto de 2011

 

Bibliografia:

http://www.nodo50.org/ecologistas/99/transgenicos/lista.htm Sin autor.

“Alimentos modificados genéticamente” www.cfvarela.org.documentos/alimentos_transgenicos.htm

Acosta Sariego, José Ramón. “Alimentos transgénicos” http://www.geocities.com/la_cou/ecologia/biotecno.html Autor: Grupo Ecologistas en Acción. “Sobre la manipulación genética de los alimentos “

http://milksci.unizar.es/transge.html Autor: Grupo de profesores del Area de Tecnología de los Alimentos de la Universidad de Zaragoza.

“Alimentos transgénicos” http://ww2.grn.es/avalls/index.htm Sin Autor.

“La ingeniería genética: Los riesgos” La Paradoja de los Transgénicos en Argentina. Por Lilian Joensen-Mae-Wan Ho

Soja Natural y Soja Transgénica. Por Dr. Luis Gorostiaga.

Artigo socializado pelo Ecoportal.ne

 

 

 

 

 

 

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