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Nosso Futuro Roubado

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Xenoestrogênios

O perigo do cafezinho.

25 de outubro de 2011 por Luiz Jacques

A matéria escrita por Daniela Daher para o jornal O Dia em 2001.

Abaixo estão, uma notícia de jornal sobre a existência de xenoestrogênios, ou disruptores endócrinos, na forma de plastificantes presentes na composição das resinas plásticas, e de uma avaliação, feita pelos organizadores do site, sobre os termos do ofício da Anvisa que está abaixo. Este documento oficial mostra o descompasso entre os conhecimentos mais atualizados e as decisões dos órgãos de saúde pública. Infelizmente, na dúvida, o interesse mercadológico e industrial sempre estão a frente do princípio de precaução a favor dos consumidores.

 

 

Ofício de defesa do poliestireno pela notícia do diário carioca O DIA

Carta n° 380/01 de 07 de dezembro de 2001, dirigida à direção da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim, firmada pela Sra. FABIANA REIS, responsável pela Diretoria de Alimentos e Toxicologia; pela Gerência Geral de Alimentos e pela Gerência de Ações de Ciência e Tecnologia, da AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA/Anvisa, ligada ao MINISTÉRIO DA SAÚDE, dando os arrazoados do porquê os copinhos de cafezinho, feitos de poliestireno (PS n°6, onde estão os de “isopor”, marca comercial do estiropor) não apresentam nenhum problema quanto à migração estrogênica para os alimentos, face aos níveis permitidos pelo Brasil.

Analisando os termos da carta percebe-se que a técnica reconhece que esta molécula, estireno, “tem a capacidade de determinar respostas estrogênicas típicas”. Ou seja, é efetivamente um disruptor endócrino com todos os aspectos que já estão esmiuçados neste site.
Por que então mesmo com este reconhecimento ainda há esta convicção de que nas “concentrações permitidas” não haveria migração para os alimentos?
Este é o grande desafio dos tempos atuais. Abandonar definitivamente o paradigma de Paracelsus, alquimista e grande pensador da Idade Média européia, que estava no limiar do seu tempo, quando dizia que a dose é que transformava uma molécula em veneno ou medicamento. Conforme o texto de Paul Goettich, Disruptores Endócrinos (ver: nossofuturoroubado.com.br/old/disruptorestexto.htm) “este preceito é repetido ainda hoje pela maioria dos toxicologistas. Ignoram que doses tão baixas como uma parte por trilhão, num momento específico do desenvolvimento fetal, pode produzir incontáveis anomalias permanentes, físicas e mentais, que podem não ser reconhecidas após a puberdade.”
Os primeiros inventores baseavam-se no que era conhecido. Ou seja, o pensamento toxicológico medieval da dose letal 50 (DL50, ou LD50 – Letal Dose em inglês). Mas nos dias de hoje quando se sabe que estas substâncias têm a capacidade de entrar no núcleo das células e que atuam em níveis de nanograma e mesmo em femtograma, esta concepção está totalmente defasada e equivocada. Parece-nos que a permanência destes princípios, demonstra que há uma ingerência do interesse industrial que faz questão de reforçar a visão da dose ou uma falta de percepção de que se está lidando não mais com moléculas naturais conhecidas na Idade Média, mas sim substâncias artificiais sintetizadas.
Atualmente a percepção é avançar para além da classificação toxicológica e reconhecer a classificação fisiológica.
Este conceito compreende o que estes produtos artificiais causam, a alteração da fisiologia dos seres vivos.

Para compreender a existência desta carta acessar:
nossofuturoroubado.com.br/docs_especiais/cafe_e_xenoestrogenios.jpg

E para compreender o que é a dose fisiológica acessar: Realmente é a dose que faz o veneno?

 

 

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Bisfenol A-BPA, por Ana Soto

27 de setembro de 2011 por Luiz Jacques

Dra. Ana Soto, Tufts University, Boston/USA

 

 

 

Texto publicado pelo ramo do complexo midiático Thomson Reuters que trata de temas científicos, ScienceWatch, com a entrevista da Profa. argentina radicada nos EUA, Ana Soto. Relata os fatos históricos de sua descoberta dos xenoestrogênios que mudam a história.

Data da entrevista: Setembro de 2009
 

http://archive.sciencewatch.com/ana/st/bis/09sepBisSoto.pdf

 

 
Dra. Ana Soto encabeça seu próprio laboratório junto à Escola de Medicina da Universidade de Tufts, em Boston, EUA, onde é professora de Anatomia e Biologia Celular.

Segundo análise do nosso Tópicos Especiais, a pesquisa do Bisfenol A -BPA- durante a última década , coloca o trabalho da Dra. Ana Soto em segundo no total de citações, baseada em 27 trabalhos citados num total de 930 vezes. No item Essential Science IndicatorsSM da rede midática Thomson Reuters, o recorde da Dra. Ana Soto inclue 74 trabalhos citados num total de 1.820 vezes entre 1° de janeiro de 1999 e 30 de abril de 2009. Ela é também a pesquisadora mais vezes citada (Highly Cited Researcher) tanto em Ecologia/Meio Ambiente como em Farmacologia

Na entrevista abaixo, o correspondente da ScienceWatch.com, Gary Taubes fala com a Dra. Ana Soto sobre a alta frequência de sua pesquisa relativa ao Bisfenol A.

Quando a senhora começou a ficar interessada neste tema dos disruptores endócrinos e nele o que lhe mobilizou?

Tudo começou em 1989 quando trabalhava, como até hoje, com o rofessor Carlos Sonnenschein. Nós concluimos, contrariamente ao que até então era percebido, que o estrogênio não induz diretamente a proliferação das células, mas sim, bloqueia um inibidor gerador do plasma. Isto foi algo verdadeiramente iconoclástico, mas realmente importante.  Embora eu esteja sempre sendo entrevistada sobre meu trabalho com disruptores endócrinos, esta pesquisa sobre o controle da proliferação celular é, conceitualmente falando, muito mais importante. Nós, como todos os outros, achávamos que para as células se proliferarem, precisavam ser estimuladas e que fosse feito pelo estrogênio.  Descobrimos, para nossa total surpresa, que as células poderiam se proliferar sem o estrogênio, em condições de cultura, embora as mesmas células somente se proliferevam em animais quando o estogênio estava presente. Era um paradoxo e, fazendo uma longa história mais curta, o que detectamos foi que os estrogênios na verdade não induzem as células a se proliferar;  mas sim bloqueiam a ação acima mencionada do inibidor do gerador de plasma.

Foi muito interessante, mas isto nos levou a um outro quebra-cabeças: por que todos estavam pensando no sentido do controle positivo da proliferação celular e nos descobrimos exatamente o contrário? Ou seja, que a proliferação era sob controle negativo. Começamos a pesquisar na literatura e detectamos uma grande escasses de dados sobre este tema. No final, publicamos um livro sobre as implicações desta descoberta: The Society of Cells.

Agora retornando aos disruptores endócrinos, em 1989, estávamos tentando determinar o que havia no soro sanguíneo que inibia a ação do estrogênio em animais. Desenvolvemos um ensaio que funcionava assim:  na ausência do soro, as células podiam se proliferar, mas se agregássemos uma fração dele, elas não conseguiam. No entanto, se adicionássemos estradiol de volta, estas células se proliferavam novamente. Usamos então este ensaio por anos até que subtamente ele parou de funcionar. As células podiam se proliferar mesmo na presença do inibidor. Não importava se agregássemos ou não o estrogênio. Havia indícios de contaminação com este hormônio. Despendemos quatro meses tentando descobrir de onde o desconhecido estrogênio vinha até que verificamos que algo estava lixiviando dos tubos de ensaio que nós usávamos para estocar os componentes do soro.

Como conseguiram identificar qual era o componente ativo?

Neste momento, chamamos os fabricantes dos tubos e relatamos-lhes a respeito de nossa estranha experiência. Disseram que não sabiam de onde poderia ter vindo o estrogênio, mas que concordavam em nos enviar quatro a cinco lotes destes tubos plásticos. Duas semanas mais tarde chamamo-os de volta e comunicamos-lhes qual lote tinha a presença do estrogênio. Identificaram então estes lotes como aqueles que tiveram sua formulação alterada na fabricação para torná-los mais resistentes ao impacto. Perguntamos-lhes o que haviam agregado a formulação dos tubos, mas eles nos comunicaram de que isso era segredo industrial.

Gastamos outro ano purificando o “segredo industrial”. Acabamos descobrindo que era o nonilfenol, um antioxidante que também é empregado na sínteses de detergentes. Carlos e eu publicamos nossas descobertas e procuramos então ver onde o nonilfenol também era utilizado. Detectamos que também era empregado como espermicida e em pomada aplicadas aos diafragmas … exatamente onde nós sabíamos que poderia ser um imenso problema.

Foi a primeira vez que se constatava isso? Ninguém mais havia percebido isso até aquele momento?

Theo Colborn (nt.: bióloga norte-americana que escreveu com outros o livro “O futuro roubado”, editado no Brasil em 1997, pela L&PM) ficou a par de nosso trabalho e convidou-nos para uma conferência que estava organizando em 1991, em Wingspread, no Wisconsin. Neste tempo, ela estava preocupada com os problemas nos Grandes Lagos com os animais que pareciam estar se feminizando. A ideia era que o DDT também fosse estrogênico, como os PCBs (policlorados bifenilos). Estas duas substâncias já haviam sido banidas. No entanto, se eles eram o agente causal destas mudanças, não havia nada a se fazer, a não ser esperar que os níveis destes químicos caíssem, desejando que  indivíduos suficientes de cada espécie de animais pudessem ter sobrevivido as consequências desta exposição e tivessem se reproduzido.

Se, em vez disso, o problema nos Grandes Lagos fosse devido ao tipo de substâncias químicas que nós estávamos agora estudando, medidas reguladoras adicionais poderiam ser tomadas para proteger o ambiente. Colborn reuniu um painel de vinte cientistas e eu era uma deles. Levamos o termo “disruptores endócrinos” e compartilhado no texto que foi denominado como a Declaração de Wingspread.

Escrevemos então o primeiro trabalho sobre os disruptores endócrinos juntamente com Theo Colborn e Fred vom Saal e publicado em 1993.  Decidimos testar outros químicos usado no ambiente. Assim Carlos e eu testamos uma bateria destes químicos e detectamos que muitos deles eram estrogênicos. Eram mais fracos do que o hormônio ovariano natural, mas isso nos instigou a questionar o que poderia estar acontecer se os animais fossem expostos a eles.

Que outras evidâncias haviam de que estes compostos poderiam ser problemáticos?

Tinha a história do dietilestilbestrol. É o DES, estrogênio sintético dado a mulheres grávidas os anos 50 com a finalidade de prevenir abortos. Algumas das mulheres expostas ao DES durante a vida fetal, desenvolviam depois câncer vaginal. Esta descoberta levou ao banimento de seu uso durante a gravidez, em 1971. Esta consequência não intencional demonstrou que o sistema fetal é extremamente sensível e um alvo destes químicos hormonalmente ativos. Temos que nos ligarmos o que mais pode acontecer ao feto quando exposto a estrogênios químicos liberados dos plásticos.

Em lugar do nonilfenol, estamos usando o bisfenol A (BPA), outro grupo que foi identificado como estrogênico e também presente em plásticos. O uso do BPA é mais amplo do que o nonilfenol. Expusemos aninais de laboratório àquela que, para nós, parecia estar em doses ambientalmente relevantes durante a gravidez. Seguimos então o desenvolvimento da prole. A primeira coisa que observamos, foi que tínhamos muito mais do que imaginávamos previamente. Isto é, percebemos coisas que esperávamos que ocorressem com estrogênios – ou seja, efeitos sobre a reprodução – e também obesidade e mesmo problemas de comportamento. Da mesma forma produziu-se masculinização do hipotálamo feminino, alterações tanto no controle da ovulação como no desenvolvimento da glândula mamária além do aumento na propensão da glândula mamária em desenvolver câncer. Esta parte do nosso trabalho foi feita em colaboração com a Profª Beverly Rubin. Enquanto isso, pesquisas da Dra. Antonia Calafat e seus colegas do CDC (nt.: Centros de Controle de Doenças dos EUA) contataram altos níveis de BPA na urina humana num trabalho de cruzamento de dados na população norte-americana. Estes estudos confirmaram de que os níveis de BPA usado em nossos experimentos eram ambientalmente relevantes.

Quando este trabalho de acompanhamento foi publicado? 

Todos feram publicados entre 2001 e hoje. Os trabalhos sobre o câncer foram publicados em 2007.

Foram feitos com animais de laboratório, não em humanos, não é?

Exato, camundongos e ratos.

Qual era o contexto de seu trabalho de 1999, altamente citado, sobre os testes com os disruptores endócrinos e publicado no Environmental Health Perspectives (Anderson HR, et al., “Comparison of short-term estrogenicity tests for identification of hormone-disrupting chemicals,” 107:89-108, Suppl. 1, February 1999)?

Eu mencionei anteriormente, a contaminação com os tubos plásticos. Bem, foi quando percebemos que o ensaio que utilizávamos para purificar o inibidor do gerador do soro na proliferação das células sensíveis ao estrogênio, poderia também ser utilizado para detectar estrogênio. Como diz o dito popular, se a vida te dá um limão, faz dele uma limonada. Então, ainda pensamos: “Ótimo, se nos descobrimos nonilfenol com este ensaio, poderemos empregar este mesmo método para detectarmos todos os tipos de estrogênio; vamos fazer dele então, um ensaio.”

“Estas substâncias químicas estão por todos os lugares nos dias de hoje, sendo difícil evitá-los, mesmo com um esforço conscencioso.”

Desenvolvemos um ensaio chamado E-SCREEN, que descrevemos no  Environmental Health Perspectives em 1991, juntamente com a descoberta do nonilfenol em plásticos. O trabalho de 1999 de Anderson é uma comparação de todos os testes que então existiam sobre estrogenicidade. O E-SCREEN foi o mais antigo de todos estes ensaios in vitro e o mais amplamente utilizado. Era o ensaio “referência”. A maioria dos estrogênios ambientais descobertos nos anos noventa, foram identificados usando-se o ensaio E-SCREEN.

Por que pensa ser este trabalho o que vem sendo o mais influente e citado tão frequentemente?

Eu acho que talvez as pessoas considerem este ensaio como um dos mais sensíveis e confiáveis dos que temos disponíveis. O primeiro trabalho publicado no Environmental Health Perspectives sobre nonilfenol e o E-SCREEN foi citado mais de 1.000 vezes, assim como o trabalho de 1993 com Theo Colborn sobre os disruptores endócrinos.

Quanto de massa crítica sobre os disruptores endócrinos evoluiu na última década? O que sabemos agora que não conhecíamos em 1999?

Muita coisa mudou neste tempo. Em 1999, não dispúnhamos de tantas informações sobre nenhum destes químicos. Há agora evidências suficientes que levaram países como o Canadá, por exemplo, a regulamentar sobre a exposição ao BPA. Agora os neonatais não estão expostos. A Dinamarca está fazendo a mesma coisa. Mencionei anteriormente o DES que foi administrado durante a gravidez para se evitar abortos quando se descobriu que as meninas nascidas destas mães, uma em cada mil desenvolvia câncer vaginal. Era até então um raríssimo caso de câncer e só acontecia em mulheres as mais idosas. Em 2006, foi reportado que mulheres expostas ao DES in utero aumentavam seu risco de câncer de mama. O que o nosso trabalho mostrou é que o período fetal é extremamente importante e que exposições in utero aos estrogênios podem trazer implicações de longo prazo para as proles — estando entre elas, o aumento significativo do risco de câncer de mama. Esta é uma das mensagens de nosso trabalho para se guardar com carinho.

A outra mensagem é que substâncias químicas que não são mutagênicas, podem causar câncer. Esta descoberta aponta para um fato muito atual e importante, ou seja, de que houve uma mudança na maneira de estudarmos o câncer. Enquanto a visão dominante é ainda de que o câncer é um problema baseado na célula supostamente causado por mutações nos genes que controlam a prolioferação celular, nós propusemos uma teoria alternativa. Considera o câncer um problema de organização dos tecidos comparável à organogênese. Desta perspectiva, é esperado que a morfogênese anormal, devido a exposição aos disruptores enndócrinos, possa aumentar o risco de desenvolver câncer.

Que mensagem gostaria de dar ao público em geral sobre sua pesquisa e sobre os disruptores endócrinos como um todo?

Eu não acredito que o público em geral possa realizar muito de forma individual simplesmente tentando diminuir sua própria exposição a esses produtos químicos. Cada um de nós pode tentar fazê-lo não utilizando plásticos, comendo alimentos orgânicos etc, mas no final do dia não saberá quanto se diminuiu a exposição (95% ou 5%). Estes produtos químicos estão onipresentes em nossa vida moderna, tornando-se assim muito difícil evitá-los, mesmo com esforço conscenioso. Em vez disso, acreditamos que uma abordagem efetiva da comunidade como sendo muito mais desejável.

Tomemos a água, por exemplo. Nós, querendo parecer ecológicos, compramos água em garrafas de vidro e não em plástico. Água em vidro tem menos estrogênio, mas não teremos zero já que depende sobre a forma de como a água foi filtrada.  Normalmente o recipiente do filtro é feito de plástico e alguns ainda são de policarbonato que contem BPA. Assim o fato de comprarmos água que não venha em plástico para que não tenha BPA, não significa que não terá estrogênio nela.

Se quisermos baixar significativamente nossa exposição, isto deve ser por medidas da sociedade.  Estamos todos lidando aqui com um problema de saúde pública, e não individual. Os governos têm que se envolver. Podemos reduzir nossa exposição fazendo o que eu disse, mas podemos fazer muito melhor se finalmente nos conectarmos com nossos representantes, deputados ou senadores, dizendo: “eu quero que você vá regulamentar essas coisas. Quero diminuir esta contaminação. E esta ação irá beneficiar tanto a mim como a minha comunidade.” A tecnologia e os conhecimentos necessários para enfrentarmos os problemas relacionados a tudo isso vão muito além do que uma abordagem bem-intencionado, mas solitária. Este tipo de esforço só pode acontecer de forma confiável se o governo assumir sua responsabilidade natural de cuidar do bem-estar de seus cidadãos.

Ana M. Soto, M.D.
Professor
Department of Anatomy & Cellular Biology
School of Medicine
Tufts University
Boston, MA, USA.
 
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2011

 

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Sociedade de Endocrinologia aprova proibição de bisfenol-A(BPA) em mamadeiras e defende ampliação para brinquedos

27 de setembro de 2011 por Luiz Jacques

A decisão de proibir a produção e a venda de mamadeiras com bisfenol A na composição foi bem recebida pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que lidera uma campanha contra o uso da substância. Anunciada no dia 15/9, a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi tomada para proteger a saúde das crianças, apesar de não haver resultados conclusivos sobre o bisfenol.

 
http://www.ecodebate.com.br/2011/09/19/sociedade-de-endocrinologia-aprova-proibicao-de-bisfenol-abpa-em-mamadeiras-e-defende-ampliacao-para-brinquedos/
 
Publicado em setembro 19, 2011  

 

Para a subcoordenadora da campanha da Sociedade de Endocrinologia, Elaine Cota, o bisfenol deve ser banido de brinquedos e embalagens plásticas usadas para guardar alimentos. “Deveria ser proibido em todas as embalagens que acondicionam alimentos e nos brinquedos plásticos. As crianças não vão só usar a mamadeira, mas também o copinho plástico”, disse Elaine, que integra o grupo dos desreguladores endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, regional de São Paulo. “Quando a criança morde um brinquedo, a substância pode se desprender”, acrescentou.

O bisfenol A é utilizado na fabricação da maioria dos produtos plásticos, como potes, escovas de dente, copos, cadeiras e no revestimento interno de latas. Quando o plástico é aquecido ou congelado, moléculas do bisfenol A acabam por ser desprender e contaminar os alimentos e produtos embalados. Os especialistas estimam que uma pessoa ingere cerca de 10 microgramas de BPA por dia.

A exposição à substância, de acordo com os especialistas, altera o funcionamento das células e hormônios, podendo provocar deficiências físicas e até mesmo câncer. Estudos em animais apontam o bisfenol A como causador de doenças. “Os efeitos podem ser vistos muitos anos depois ou em outras gerações. Uma criança exposta pode ter infertilidade na vida adulta”, argumentou a médica, acrescentando que não existem estudos em seres humanos.

Elaine Cota recomenda que a população, principalmente as grávidas, evite o uso de embalagens plásticas para guardar bebidas e comidas. “Elas devem procurar não esquentar a comida em embalagens plásticas no micro-ondas”, aconselhou.

Apesar de não existir pesquisas conclusivas sobre os riscos do bisfenol, a Anvisa decidiu proibir o uso em mamadeiras como forma de cautela e proteção aos bebês com até 1 ano de idade, além de seguir medidas adotadas por outros países, como a Europa e o Canadá. A agência reguladora informa que “não há justificativa para adoção de outras restrições de uso para a substância” no momento. No entanto, a Anvisa aponta como substituto do bisfenol o polipropileno, já que a substância está presente no policarbonato. Ambos são tipos de material plástico.

A partir da publicação oficial da medida, os fabricantes terão três meses para retirar as mamadeiras com bisfenol do mercado. As produzidas nesse período deverão ser vendidas até 31 de dezembro de 2011.

Como evitar a exposição ao BPA

– Não esquentar no micro-ondas embalagens de plástico com bebidas ou alimentos, pois o bisfenol é liberado em maior quantidade quando o plástico é aquecido
– Evitar o consumo de alimentos e bebidas enlatadas. A substância é usada como resina para revestimento interno das latas
– Preferir embalagens de vidro, porcelana e aço inoxidável para armazenar alimentos e bebidas
– Descartar utensílios plásticos lascados ou arranhados
– Evitar a utilização de embalagens plásticas com os símbolos de reciclagem 3 (V) e 7 (PC) porque podem ter bisfenol A na composição

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Reportagem de Carolina Pimentel, da Agência Brasil

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Ciência emergente sobre os impactos dos disruptores endócrinos na inteligência e no comportamento.

25 de agosto de 2011 por Luiz Jacques

Constata-se que, durante os nove meses entre a concepção e o nascimento, o cérebro fetal é transformado através de instruções nos genes para uma massa complexa de células organizadas, altamente diferenciada, capazes de interagir com o mundo lá fora, preparando-se para aprender. Estes meses lançam a base do que será para toda a vida.

 

http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/behav.htm#Williams1977

 

Os primeiros nove meses estabelecem o fundamento para tudo o que acontece mais tarde na existência. Se algo se fizer erradamente, as consequências podem ser a diminuição da capacidade de uma pessoa de paticipar na sociedade ou de competir através da vida. 
 
Da mesma forma que praticamente todo o desenvolvimento, a transformação é conduzida por substância química natural que sinaliza as células à diferenciação, a formação das estruturas cerebrais, estabelece conexões de imensa complexidade e mesmo a morte (em um processo que é pensado para cuidadosamente surpimir ligações desnecessárias). O desenvolvimento normal do cérebro é fortemente influenciado por uma série de sistemas de sinalização hormonal. Os hormônios da tireóide (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/thyroid.htm) desempenham um importante papel. Os esteróides sexuais (testosterona, estrogênios etc.) contribuem para, entre outros coisas, a diferenciação sexual dos centros cerebrais e assim para o desenvolvimento da identidade sexual e comportamentos sexuais.

Dependente dos sinais do hormônio sexual, o desenvolvimento cerebral é então vulnerável à disruptura endócrina. Um rápido crescimento do corpo de pesquisas científicas está revelando mecanismos de ação, demonstrando impactos do desenvolvimento interrompido e explorando conexões entre inteligência, comportamento e contaminação experienciados no útero. O que está emergindo desta pesquisa é que cérebro e comportamento estão sendo possivelmente os mais sensíveis pontos finais, vulneráveis à disruptura endócrina. Muitos dos compostos sintetizados no uso comercial dos dias atuais, além do mais, podem arruinar o desenvolvimento neurológico.  

Um importante aspecto desta pesquisa é a percepção, discutido no livro “O futuro roubado” (L&PM, 1997), capítulo 13, de que pequenas perdas na inteligência podem gerar grande consequências (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/iqshift.htm) para a sociedade se elas estão sendo experienciadas por uma ampla faixa da população.   

Seguir as conexões abaixo sobre as discussões desta pesquisa emergente, incluindo dois excelentes sumários (um livro e uma publicação/relatório da web) como também muitos trabalhos científicos individuais.


Abril 2003. Exposição no útero a doses extremamente baixas de bisfenol A altera diferenciação sexual do cérebro e comportamento em ratos. (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/NewScience/oncompounds/bisphenola/2003/2003-0411kuboetal.htm).


Junho 2002. Camundongos expostos ao bisphenol A  (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/NewScience/oncompounds/bisphenola/bpauses.htm) a um 1/5 do nível correntemente considerado seguro para a US EPA mostra alteração do comportamento maternal para os filhotes. As mudanças envolvem menos atenção, mais tempo fora e menos cuidado. Estes resultados sugerem que os padrões atuais de BPA precisam ser reforçados pelo fator 5 mil. Isto poderia tornar difícil empregar o BPA em muitos dos atuais amplos empregos desta substância. (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/NewScience/oncompounds/bisphenola/2002/2002-0615palanzaetal.htm)


Setembro 2002. Cientistas holandeses reportam que meninos expostos na fase prenatal a altos níveis de PCBs e dioxinas estão mais propensos a mostrar comportamentos desmasculinizados. Meninas e meninos expostos a níveis modestamente elevados de dioxinas demonstraram mais comportamentos feminizados. Os cientistas sugerem que estas alterações em tela resultam da disruptura endócrina do desenvolvimento dos comportamentos sexuais específicos. (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/2002/2002-09vreugdenhiletal.htm)


 

 
  Schettler, T, J Stein, F Reich, e M Valenti. 2000. In Harms Way: Toxic threats to child development (De maneira prejudicial: tóxico ameaça desenvolvimento infantil). Um relato do Greater Boston Physicians for Social Responsibility.


Schettler et al. relatório sobre deficiênias do desenvolvimento, do aprendizado e do comportamento afetando as crianças da América nos dias de hoje. Aproximadamente 12 milhões de crianças (17%) nos Estados Unidos abaixo de 18 anos de uma ou mais deficiências de aprendizado, de desenvolvimento e de comportamento. Pesquisa científica aponta para a contaminação uterina como um contributo significativo para estes problemas (http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/2000-05inharmsway.htm).


 
Laessig, SA, MM McCarthy e EK Silbergeld. 1999. Efeitos neurotóxicos dos disruptores endócrinos. Current Opinion in Neurology 12:745-751.


Laessig et al. revisram as vias pelas quais os compostos disruptores endócrinos podem externar efeitos neurológicos durante o desenvolvimento. Eles argumentaram que “em razão da relativa sensibilidade do desenvolvimento do sistema nervoso central a mudanças normais na secreção dos hormônios das gônodas, no metabolismo e transporte para o cérebro, é possível que a neurotoxicidade do desenvolvimento pode ser uma das consequências mais sensível da exposição aos disruptores endócrinos”.  

Um dos seus pontosfocais principais é a diferenciação sexual do cérebro. Apresentam dados originais dos experimentos expondo camundongos fetos ao clordecone, dietilestilbestrol e ao bisfenol A. Mostram que o clordecone (mas não o BPA) a baixas doses, produzem uma diferença significativa na parte sexualmente dimorfa do cérebro.


Christian, M and G Gillies. 1999. Desenvolvimento de neurônios dopaminérgicos hipotalâmico como alvos potenciais para os estrogênios ambientais. Journal of Endocrinology 160:R1-R6


O relato de Christian e Gillies sobre os experimentos com o 17ß-estradiol e composto estrogênico octilfenol que demonstraram a habilidade de ambos compostos para alterar o metabolismo das células neurais expostas em cultura de células em muito baixos níveis. As curvas de dose-resposta foram não-mnotônicas (non-monotonic). (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/1999christianandgillies.htm)


 

Porter, WP, JW Jaeger e IH Carlson. 1999. Efeitos endócrino, imunológico e comportamental de misturas de (nt.: agrotóxico) aldicarb (carbamato), atrazina (triazina) e nitrato (fertilizante) nas concentrações das águas subterrâneas. Toxicology and Industrial Health 15: 133-150.


Porter et al. experimentaram com combinações de dois agrotóxicos e um fertilizante , expondo camundogos machos adultos a misturas e concentrações dentro da faixa de exposições regularmente encontradas nas águas tratadas de consumo nas regiões agrícolas do meio oeste dos EUA. A exposição foi através da ingestão voluntária da água tratada. Os pesquisadores detectaram que os camundongos tornaram-se significativameten mais agressivos após a exposições. (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/synergy/synergy.htm#1999porteretal.htm).


 

MacLusky, NJ, TJ Brown, S Schantz, BW Seo e RE Peterson. 1998. Interações hormonais nos efeitos dos hidrocarbonetos halogenados aromáticos do cérebro em desenvolvimento. desenvolvimento. Toxicology and Industrial Health 14:185-208.


Como discutido no livro “O futuro roubado” (L&PM, 1997) (capítulo 7), o trabalho de  laboratório de R.E. Peterson mostra que doses extremamente baixas de dioxina experimentada in utero podem perturbar a função reprodutiva e o compoetamento an adultez (Mably et al. 1992a,b,c). Aqui, MacLusky et al. mostram que a exposição fetal a baixos níveis de dioxina (0.7 µg/kg or 0.7 ppb) “perturbam a diferenciação sexual do compoetamento reprodutivo, potencializando a expressão do comportamento sexual feminino e redução do comportamento masculino“.

Também estudaram a função cognitiva em ratos expostos in utero. Aqui seus experimentos revelaram um elevação no desempenho em rato em testes de labirinto comparando animais tratados com os do controle. Animais tratados cometerem significativamente menos erros (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/1998macluskyetal.htm).


 

Williams, C. 1997. Demarcação cerebral: As ameaças ambientais à inteligência humana. Cassell, London and Herndon VA. ISBN 0-304-33857-5. 261pp.


Williams apresenta dados e análises indicando que milhões de pessoas ao redor do mundo têm experimentado declínio na inteligência e aumentos no comportamento disfuncional em razão de dois fatores interagindo: a exposição (especialmente no útero precocemente em sua vida) a contaminantes e deficiência da dieta em micronutrientes como o iodo. Esta percepção é crucial para identificação de barreiras ao desenvolvimento econômico e prosperidade, espeicalmente no mundo em desenvolvimento. (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/williams1997.htm).


The Erice Statement🙁nt.: http://www.ourstolenfuture.org/Consensus/erice.htm) Um grupo multidisciplinar de especialista internacionais reuniram-se em novembro de 1995 em Erice, na Sicília, Itália, para avaliar a atual ciência sobre os efeitos neurais, endócrinos e compoprtamentais dos compostos disruptores endócrinos. autores (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/Consensus/ericeauth.htm)


Um estudo antropológico de 1998 (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/yaqui.htm) com crianças que vivem na área rural do México, por Elizabeth Guillette e suas colaboradoras sugere que crianças expostas a altos níveis de agrotóxicos da agricultural, têm dificuldades no desempenho de simples tarefas motoras.


  Mais de uma década atrás, Joseph e Sandra Jacobson começaram uma pesquisa observando se o consumo de mães de peixes do Lagos Michigan, que continham níveis significativos de PCBs e outros contaminantes sintetizados artificialmente, teve algum efeito sobe seus filhos. Como discutimos no cápitulo 10 de nosso livro Our Stolen Future (O futuro roubado, LP&M, 1997), eles detectaram perdas mesuráveis na coordenação motora, memória de curto prazo e habilidades verbais à medida que foram acompanhando o desenvolvimento das crianças nascidas de mulheres que haviam se alimentado com duas ou três porções de peixe por mês nos 6 anos antes da gravidez.  Um novo estudo (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/jacob.htm) eles publicaram no New England Journal of Medicine em setembro de 1996 que contém suas séries históricas de estudos aprofundados quanto aos impactos da contaminação sobre o desenvolvimento inteletual pelos documentados significativos déficits do QI e da deficiência na leitura aos 11 anos relacionados à exposição uterina aos PCBs.



 
  Koopman-Esseboom, C, N Weisglas, MAJ de Ridder, CG Van der Paauw, LGM Th Tuinstra, PJJ Sauer. 1996. Efeitos da exposição aos Policlorados Bifenilos/Dioxina e o tipo de alimentação sobre o desenvolvimento mental e psicomotor infantil Pediatrics 97: 700-706.


Koopman-Esseboom e colaboradores demonstram que níveis de fundo típicos de PCBs em mulheres estão apresentando um pequeno, mas mensurável, efeito negativo sobre o desenvolvimento das crianças. Em sua investigação, os pesquisadores compararam a pontuação da criança nos testes de desenvolvimento psicomotor com os níveis de PCBs no sangue de sua mãe durante o último mês de gravidez e detectaram que as crianças nascidas de mulheres com altos níveis mais elevados de PCB ficaram para trás nos testes feitos aos três meses de idade (nt.: http://www.ourstolenfuture.org/newscience/behavior/esseb.htm).



 
  Lonky, E, J Reihman, T Darvill, J Mather e H Daly. 1996. Desempenho na escala de avaliação comportamental em humanos influenciados pelo consumo materno de peixes ambientalmente contaminados do Lago Ontário. Journal of Great Lakes Research 22(2)198-212.


Lonky et al. estudaram um grupo de crianças nascidos de 243 mães que haviam ingerido variadas quantidades de peixe do Lago Ontário em suas vidas antes de engravidarem. “Apesar do consumo em níveis relativamente baixos de peixe, os recém nascidos do grupo de altamente expostos pontuaram significativamente mais pobremente do que aqueles nos grupos baixamente expostos e dgrupos controle na medição do comportamento neonatal”.



 
  vom Saal, F, S Nagel, P Palanza, M Boechler, S Parmigiani e W Welshons. 1995. Agrotóxicos estrogênicos: Conexão Relativa ao Estradiol nas Células MCF-7 e os Efeitos da Exposição Durante a Vida Fetal sobre o Subsequente Comportamento Territorial de Camundongo Macho. Toxicology Letters 77:343-350.


Fetos camundongos foram expostos in utero a pequenas doses of DES, o,p’-DDT e metoxiclor e então examinados durante a adultez quanto à razão da demarcação territorial em novo espaço. Cada químico tem teve um forte efeito dose dependência sobre este aspecto comportamental, com aumentos acima de controles evidentes em todos os níveis testados. De acordo com vom Saal et al;. “Está bem estabelecido que, durante a vida fetal, os hormônios têm efeitos marcantes sobre posteriores comportamentos sociais … Portanto, a perturbação dos sistemas que diferenciam sob controle endócrino pode resultar não só na interrupção da função do órgão, mas também de interações sociais de um indivíduo. Estes efeitos sobre os comportamentos sociais podem ser dramáticos. Se os animais dentro de uma população todas as alterações mostram comportamentos sócio-sexuais, perturbação maracantes podem ocorrer na estrutura social”.

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