Bate-papo com o Engenheiro Agrônomo Jacques Saldanha e Alexandre Magno da Rádio De Bem Com a Vida falando sobre pesquisas que apontam o problema de produtos da química sintética em nosso consumo diário que feminizam os homens.
química artificial
Homens com altos níveis destas substâncias têm 4 vezes MENOS espermatozóides…
Substâncias químicas do dia a dia podem diminuir a contagem de nossos espermatozóides, alterar o equilíbrio do DNA dos espermatozóides ou causar problemas em sua motilidade. Saber que os estreiros assentos de bicicletas e antidepressivos podem também gerar estes problemas.
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/03/08/7-surprising-sperm-killers-that-could-leave-men-shooting-blanks.aspx
08, março, 2011
O site de informações MSN lista sete outras situações que talvez não tenhamos tido conhecimento ainda:
1. Recibos de caixa de cartão de crédito e de caixa automática (impressão térmica):
Em torno de 40% das notas estão cobertas com o bisfenol-A (BPA), que tem sido ligado a queda no contagem e na qualidade dos espermatozóides.
2. Alimentos enlatados:
A maior fonte de contaminação alimentar com BPA vem daqueles embaldasod; praticamente todas as latas metálicas têm uma lâmina com resina que tem BPA (nt.: normalmente a lâmina é de epóxi ou policarbonato/PC).
3. Acessórios eróticos, de sex shop:
Acessórios eróticos feitos com camada externa de vinil ou PVC contêm ftalatos que estão relacionados a cânceres, alergias, defeitos de nascimento e infertilidade.
4. Nosso banho:
Os ftalatos também são detectados em sabonetes perfumados (nt.: o ftalato é um grande fixador de perfumes – desconfiar de tudo que é muito perfumado!), xampus e clareadores, além das cortinas do box feitos de PVC.
5. Contaminação indireta de produtos químicos:
Agrotóxicos significa tóxico no campo, mas eles podem afetar nossos espermatozóides.
6. Assentos de carro aquecidos:
Assentos de carro quando aquecidos e seu forro macio aumentam a temperatura testicular suficiente para diminuir a produção de espermatozóides.
7. Pexe contaminado:
Os PCBs são o tipo das substância químicas já banidas, mas o suficiente tem permanecido nos ambientes para se acumularem nos peixes, através da cadeia alimentar.
Fontes:
Comentários do Dr. Mercola:
Infertilidade é está muito mais comum do que se possa imaginar nos dias atuais. Há uma estimativa de que, a cada ano, um em cada seis casais norte-americanos lutam para terem filhos (nt.: http://www.abc.net.au/health/library/stories/2007/05/30/1919840.htm) e há evidências convincentes de que o atual estilo de vida é grande parte responsável.
Não só estamos expostos a centenas (se não milhares) de tóxicos a cada dia, mas também a alguns dos medicamentos mais comumente prescritos, dietas deficientes e deficiência de vitaminas podem da mesma forma estarem conectados com a redução da fertilidade, só para se nominar algumas destas situações.
O artigo da MSN acima primeiramente foca nos endocrine-disrupting chemicals/EDCs = químicos disruptores endócrinos, que afetam nossos hormônios e têm sido identificados como causadores de problemas reprodutivos tanto em homens como em mulheres. Sou revisar estas informações abaixo e então ampliar para outros vários fatores comumente ignorados que contribuem para a elevação das taxas de infertilidade.
Dois dos químicos mais comuns que estão ligados a problemas de reprodução.
Os disruptores endócrinos são profundamente dipersos nos dias de hoje. Encondem-se em produtos de cuidado pessoal, embalagens de alimentos, tubos e catéteres médicos, brinquedos infantis e muito mais. O bisfenol A – BPA – e os ftalatos são dois dos mais conhecidos invasores.
Bisfenol A (BPA)
O BPA é um ingrediente comum em muitas resinas plásticas (nt.: ver http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2008/04/15/synthetic-estrogens-wreak-havoc-on-your-reproductive-system.aspx) incluindo aquelas que são usadas para garrafões d’água e para brinquedos infantis, como também para proteção interna da maioria dos alimentos enlatados e bebidas de lata. Recentemente foi descoberto que muitos dos recibos de caixa automática de banco e de cartão de crédito (nt.: impressão térmica) contêm este químico, o BPA.
O BPA é tão invasivo que tem sido detectado em cordão umbilical de 90% de recém nascidos que foram avaliados ! (nt.: http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2009/12/31/232-Toxic-Chemicals-found-in-10-Babies.aspx).
Recentes estudos confirmaram que as suspeitas de que o BPA está afetando a fertilidade masculina, primeiramente pela redução da qualidade dos espermatozóides. Num destes estudos, que trouxe a primeira evidência epidemiológica do efeitos adversos sobre a qualidade dos espermatozóides, foi publicado no Journal Fertility and Sterility (nt.: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21035116). A pesquisa foi sobre 218 homens com e sem a exposição ao BPA em seus locais de trabalho, em quatro regiões da China.
Os pesquisadores detectaram que alto níveis de BPA na urina foram significamente associados com:
- Decréscimo da concentração de espermtozóides;
- Decréscimo na contagem total de espermatozóides;
- Decréscimo da vitalidade dos espermatozóides; e
- Decréscimo na motilidade dos espermatozóides.
Comparando com aqueles que não tinham níveis detectáveis, os homens com níveis detectáveis de BPA tinham mais do que:
- três vezes o risco de menores concentrações de espermatozóides e menor vitalidade dos mesmos;
- quatro vezes o risco de menores contagens de espermatozóides; e
- duaz vezes o risco de menor motilidade dos mesmos.
De acordo com os autores:
“Associações similares dose-resposta foram observadas entre homens com exposição ambiental de BPA nos níveis comparáveis com aqueles das populações nos E.U.A”.
Em mulhres, o BPA pode também reduzir as chances de fertilização com sucesso in vitro pela interferência com a qualidade dos oócitos ou ovócitos (células do ovulo imaturo). Dois estudos recentes atestam para isso. Um, publicado em dezembro de 2010 (nt.: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21122836), detectou uma associação inversa entre a concentração de BPA e a fertilização normal. Já o outro (nt.: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20002217), publicado durante o ano passado (2010) descobriu que o “BPA detectado na urina da maioria das mulheres submetidas à fertilização in vitro e inversamente associado com o número de ovócitos recuperados e o pico nos níveis de estradiol”.
Ftalatos
Ftalatos são outro grupo de químicos que causa danos com a saúde da nossa reprodução. Expoisções a ftalatos podem levar à descida incompleta dos testículos em fetos, à redução da contagem de espermatozóides, à atrofia testicular e à anormalidade estrutural e à inflamação em recém nascidos (nt.: http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2010/08/10/phthalates-cause-inflammation-in-atrisk-babies.aspx).
Ftalatos são comumente encontraod em piso de vinil/PVC, detergentes, plásticos automotivos, sabonete, xampu, desodorantes, perfumes, spray de cabelo, esmalte de unhas, sacolas pásticas, embalagens de alimentos, manguerias de jardim, brinquedos infláveis, bolsa de sangue, tubulação invenosa hospitalar e, sim, também em acessóriso eróticos como indicado pela MSN.
Outros químicos comumente conectados com problemas de fertilidade.
Enquanto o BPA e os ftalatos vem tendo a maior atenção da mídia, há numerosos químicos que também estão nesta catergoria de danos. Outros para se conhecer e incluir:
- Ácido perfluoroctanóide (PFOA) — Encontrado em produtos e vertuário que tem a capacidade de resistir à água e a manchas de gordura com um lâmina do tipo Teflon e Gore-Tex, é um provável carcinogênico.
- Metoxiclor e Vinclozin— Um inseticida e um fungicida respectivamente, vêm sendo detectados com causadores de alterações em camundongos machos nascidos de até a quarta geração depois da exposição inicial.
- Nonilfenol etoxilatos (NPEs) — Conhecidos por serem potentes disruptores endócrinos, estes químicos afetam a expressão do gen por fazerem a conexão ou não de certos gens e interferirem com a forma como o sistema glandular opera. Mimetizam o hormônio feminizante estrogênio e têm sido relacionados como uma das razões atrás dos quais algumas espécies marinhas estão passando de machos a fêmeas.
- Hormônios de crescimento bovino comumente agregado à pecuária leiteira comercial e têm sido relacionados como um dos contribuidores da adolescência precoce.
- Produtos de soja não fermentados, que são impregnados com substâncias tipo hormônios.
- MSG (nt.: glutamato monossódio) — um aditivo alimentar que está sendo conectado à redução da fertilidade.
- Flúor — Este elemento químico presente na água tratada dos EUA, tem sido conectada a baixos níveis de fertilidade, à disfunção hormonal e a baixas contagens de espermatozóide.
Deficiência de vitamina D conectada à infertilidade.
Como se mencionou no início deste artigo, os tóxicos não são os únicos fatores que têm parte no aumento das taxas de infertilidade. Em anos recentes, pesquisadores têm também identificado a vitamina D como uma parte impotante na integridade da saúde reprodutiva masculina.
Todos devemos ter ouvido falar de que para as mulheres grávidas são aconselhadas a ingerirem vitamina D (nt.: http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2010/07/22/pregnant-women-advised-to-get-more-vitamin-d.aspx)para aumentar a fertilidade e assegurar saúde ao feto, mas esta vitamina é igualmente importante para se ser pai!
Uma pesquisa sobre fertilidade de 2008 (nt.: http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2008/11/04/lack-of-sunlight-leads-to-infertility.aspx) revelou que a deficiência de vitamina D é comum entre homens que são incapazes de engravidar suas parceiras – quase um terço dos 800 homens inférteis incluidos neste estudo tinham níveis mais baixos do que o normal de vitamina D.
(Ter em mente de que “normal” não é igual a “ótimo”. Assim, em termo de padrão ótimo, o nível de deficiência de vitamina D possivelmente era maior do que um terço.)
De acordo com a pesquisadora responsável (nt.: http://www.news.com.au/features/lack-of-sunlight-linked-to-male-infertility/story-e6frfl49-1111117793010?from=public_rss), Dra. Anne Clark, especialista em fertilidade:
“Deficiências de vitamina D e ácido fólico são conhecidos por serem associados com infertilidade em mulheres, mas os resultados da avaliação entre homens em nosso grupo de estudo surpreenderam-nos completamente. Os homens no grupo de estudos que aceitaram fazer mudanças em seu estilo de vida e tomram dietas complementares tiveram resultados surpreendes bons em termos de fertilidade”.
De fato, dos 100 homens que aceitaram fazr e manter mudanças em certos estilos de vida por três meses antes do tratamento de fertilidade, 11 deles alcançaram naturalmente a engravidar suas parceiras, sem o tratamento de fertilização in vitro.
As mudanças nos estilos de vida incluiam deixar de fumar, minimizar a ingestão de cafeina e álcool, redução do peso, em conjunto com a administração de vitaminas e antioxidantes.
“Os resultados mostraram claramente que mudanças no estilo de vida e com suplementação na dieta podem ser benéficos para a concepção de uma gravidez desenrolada saudavelmente,” disse a Dra. Clark.
Já um outro estudo publicado em novembro de 2009 (nt.: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2794269/) confirma estes resultados que os pesquisadores descobriram que os espermatozóides humanos têm de fato receptores de vitamina D.
Análises também indicaram que a vitamina D é produzida localmente no espermatozídes, sugerindo que ela pode estar envolvida na sinalização entre as células no sistema reprodutivo. De acordo com os autores, o estudo revela “uma significância inesperada deste hormônio [vitamin D] na aquisição da habilidade de fertilização”, e os resultados indicam de que a vitamina D está envolvida na variedade de vias de sinalização do espermatozóide.
Fertilidade – O que as vitaminas têm a ver com isso?
Bem, agora parece estar muito claro que se pode anexar a infertilidade a uma lista de doenças sobre a saúde em geral que se torna pior com apouca exposição ao sol. Mas vitaminas e minerais podem ser úteis nesta situação.
Por exemplo, sabias que a vitamina C aumenta a qualidade e a motilidade dos epermatozóide?
Vitamina C — em uma pesquisa, homens inférteis que ingeriram 1.000 mg de vitamina C duas vezes ao dia melhoraram a contagem de seus espermatozóides, sua motilidade e sua morfologia.
Os pesquisadores afirmaram que a vitamina C pode ser importante como um suplmento adicional para melhorar a qualidade dos espermatozóides e aumentar as chances de concepção natural. A vitamina C é abundante em laranjas, morangos e batata doce.
Vitamina E e Selênio — A vitamina E e o selênio podem também melhorar a motilidade dos espermatozóides. Uma pesquisa publicada no Archives of Andrology confirmou os efeitos protetor e benéfico da vitamina E e do selênio na qualidade dos espermatozóides e defendem seus uso em tratamento de infertilidade masculina.
Homens que tenham deficiência de vitamina B12 também sofrer de baixa motilidade (quando os espermatozóides não nadam muito bem). Assim, presume-se que a ingestão dessa vitamina possa ser útil também.
Zinco — se a causa for a baixa testosterona, o zinco pode auxiliar. Em uma pesquisa 37 homens inférteis receberam 60mgs de zinco por dia por seis semanas. 22 deles com baixa testosterona elevaram drasticamente suas contagens de espermatozóides e seus níveis de testosterona. E 9 fora dos 22 engravidaram suas esposas durante a pesquisa. Boas fontes de zinco incluem nozes e sementes.
Antioxidantes—Em adição ao estudo da Dra. Clark’s, outros confirmaram os benefícios dos antioxidante para a saúde reprodutiva de machos. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Portsmouth, uma tijela de soupa de tomate, que é rica em licopeno (nt.: http://blogs.mercola.com/sites/vitalvotes/archive/2007/08/02/Can-Tomato-Soup-Boost-Mens-Fertility.aspx), por dia pode impulsionar em 12% a fertilidade de homens. Acredita-se que os antioxidantes podem remover os radicais livres que desempenham uma impacto negativo sobre os espermatozóides.
Como de costume, se quisermos tentar uma abordagem terapêutica de vitaminas, recomendamos acessá-los em sua maioria naturalmente, dos alimentos que se ingere. Uma dieta de alimentos integrais de acordo com seus tipo nutricional, além de evitar os alimentos processados, é o melhor caminho pra assegurar que teremos as quantidades suficientes de vitaminas e minerais essenciais.
No caso da vitamina D, a melhor fonte é a exposição ao sol. Entretanto durante os meses de inverno, dependendo do lugar onde se reside, pode haver necessidade de uma suplementação ou com um processo de bronzeamento seguro para se manter os níveis ótimos dela.
Também devemos estar a par de que certos medicamentos podem interferir com a absorção e o metabolismo da vitamina D, incluindo a colestiramina (“Questan”), You should also be aware that certain drugs can interfere with your vitamin D absorption and metabolism, including cholestyramine (Questran), Dilantin e fenobarbital. Acrescente-se que sendo a vitamina D lipossolúvel quaisquer medicamentos ou substâncias que interfiram com a absorão de gordura podem causar problemas, como uma dieta de baixa ingestão de gorduras.
Dieta, Peso e Infertilidade.
Como mencionamos antes, a resistância à insulina é um fator subjacente responsável pela maioria das doenças crônica e não deve ser encarado como surpreendente que isso desempenha um papel na fertilidade também, tanto para homens como para mulheres.
Uma pesquisa de 2008, publicada no Journal of Andrology (nt.: http://www.andrologyjournal.org/cgi/content/full/29/3/251), explana como a síndrome metabólica (caracterizada pela obesidade e a resistância à insulina) está conectada com a fertilidade reduzida como segue:
“Efeitos adversos da obesidade sobre a fertilidade masculina são postuladas de ocorrer através de vários mecanismos. Primeiro, a conversão periférica da testosterona em estrogênio em excesso no tecido adiposo periférico pode levar a um hipogonadismo secundário através da inibição do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal. Segundo, o estresse oxidativo no nível do micro-ambiente testicular pode resultar no descréscimo da espermatogêneses e no dano dos espermatozóides. E por fim, a acumulação de gordura na região suprapúbica e na região interna da coxa pode resultar em aumento da temperatura escrotal em homens severamente obesos”.
A doença celíaca (intelorância ao glúten) também pode estar conectada a problemas de fertilidade em ambos os sexos. Em homens, está associada a espermatozóides anormais, forma alterada e função reduzida. Homens que não tratem desta doença podem também ter baixos níveis de testosterona.
O fundo do poço?
Como quaisquer outros problemas de saúde, otimizar os nossos níveis de insulina é muito importante para a fertilidade tanto quando a identificação intolerância potencila ao glúten.
A estratégia de tratamento para ambos é reduzir ou eliminar grãos juntamente com açucares, especialmente a frutose.
Alguns medicamentos podem também causar infertilidade.
Drogas prescritas também podem dar uma chave de braço quando se está pretendendo a concepção. Enquanto os medicamentos estatinas têm mostrado que reduzem nossa capacidade de alcançar o orgasmo (nt.: http://www.rodale.com/statins-and-orgasm), espeicalmente em homens, outras drogas são conhecidas que causam infertilidade.
Oa antidepressivos (nt.: SSRIs/selective serotonin reuptake inhibitors = inibidores seletivos da recaptação da serotonina=fluoxetina e/ou Prozac) são particularmente notórios e estudos mostram a conexão entre eles com a redução da contagem e da motilidade de espermatozóides. Efeitos colaterais comuns de muitos antidepressivos também incluem impotência e ejaculação retardada.
Como proteger nossa saúde reprodutiva.
Como se pode observar, não são poucos os agressores de nossa saúde reprodutiva, desde dietas e deficiência de vitaminas até os medicamentos, ou seja, a um excesso de exposição tóxica. Se estamos pretendendo gerar uma criança tudo o que se viu atá aqui são fatos que temos que ter atenção.
E então aparece o fato de que os campos eletromagnéticos também podem causar danos à qualidade dos espermatozóides!
Otimizar nossos níveis de vitamina D, modificando nossa dieta no sentido de normalizar nossos níveis de insulina (i.e. evitar açúcar/frutose/grãos), além de rejetar medicamentos prejudiciais são uma dádiva. Mas como nos protegermos desta investida de substância tóxicas?
Pode parecer uma tarefa impossível, mas existem muitas estratégias práticas que podemos implementar para limitar a exposição aos disruptores endócrinos e outros tóxicos comuns. Aqui tem uma dúzia de medidas práticas que podemos fazer para protegermos a nós e nossas famílias de substâncias tóxicas comuns que podem causar estragosem nossa saúde reprodutiva:
- Sempre que possível, comprar e consumir produtos ecológicos e de criação livre, além de alimentos orgânicos par reduzir a exposição aos agrotóxicos e fertilizantes;
- Em lugar de se alimentar com produtos convencionais e mesmo peixes de criatórios que estão fortemente contaminados com disruptores endócrinos, com os contaminantes PCBs e mercúrio, buscar suplementos com peixes de ambientes altamente puros ou óleo de plâncton Krill, ou se nutrir com peixes capturados em alto mar e testados em laboratório quanto à sua pureza;
- Ingerir de preferência a maioria dos alimentos crús, frescos, afastar-se claramente de todo tipo de alimentos processados e pré-embalados. Assim pode-se evitar automaticamente frutose encoberta e os aditivos alimentares artificiais de todos os tipos, incluindo os adoçantes artificiais, colorante de alimentos e o glutamato mono-sódio;
- Armazenar alimentos e bebidas em vidro em vez de plástico e evitar o filme plático.
- Ter a água tratada testada e se contaminantes forem detectados, instalar um filtro apropriado para todas as torneiras (mesmo aquelas que sejam para chuveiro e banho);
- Somente usar produtos de limpeza natural em nossas casas;
- Passar a usar marcas naturais de produtos de cuidado pessoal tais como xampu, pasta de dente, antiperspirante e cosméticos. A ONG Environmental Working Group/EWG tem um guia de segurança para auxiliar-nos a encontrar produtos de cuidado pessoal que são livres de ftalatos e outros químicos potencialmente perigosos.
- Evitar o uso de aromatizadores artificiais, produto para passar roupa, amaciantes e outras fragrâncias sintéticas;
- Trocar as panelas e utensílios de Teflon pro panelas de cerâmica, pedra ou vidro;
- Quando redecorar a casa, procurar por produtos ‘verdes’, livre de tóxicos em lugar de pinturas convencionais ou coberturas de vinil/PVC;
- Evitar o uso de agrotóxicos e herbicidas nos pátios, optando por variedades orgânicas.
- Trocar as cortinas de vinil/PVC por outras feitas de tecido ou instalar box de vidro.
Links relacionados:
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, setembro de 2011.
Greenpeace encontra resíduo tóxico em roupas de grife feitas na China
Resíduos de produtos químicos perigosos tanto para o ambiente quanto para a saúde foram encontrados em produtos de 14 grandes marcas de roupa, denunciou nesta terça-feira a organização ambientalista Greenpeace em seu relatório “Roupa suja 2”. A principal substância detectada é o NONILFENOL (ver em Busca do Google no site), descoberta em 1989 como xenoestrogênica.
23/08/2011
DA FRANCE PRESSE
Análises em amostras de roupa de marcas como Adidas, Uniqlo, Calvin Klein, H&M, Abercrombie & Fitch, Lacoste, Converse e Ralph Lauren evidenciaram a utilização de produtos químicos conhecidos como nonilfenóis-etoxilados em sua fabricação, alertou a organização.
O ativista do Greenpeace Li Yifang disse que o nonilfenol etoxilado, comumente usado em detergentes industriais e na produção de têxteis naturais e sintéticos, foi detectado em dois terços das amostras analisadas.
“O nonilfenol etoxilado tem propriedades tóxicas, persistentes, e causa transtornos hormonais”, disse Li à imprensa, em Pequim.
“Ele mimetiza os hormônios femininos, altera o desenvolvimento sexual e afeta os sistemas reprodutivos”, assegurou.
Aos componentes deste produto químico se deve a estendida “feminização” de peixes machos em partes da Europa, bem como transtornos hormonais em alguns mamíferos, segundo a WWF, outra organização protetora da biodiversidade.
O Greenpeace informou ter comprado 78 peças de roupa dessas marcas, a maioria fabricada em China, Vietnã, Malásia e Filipinas e em outros 18 países, e as submeteu a testes científicos.
“Até mesmo em baixos níveis representam uma ameaça para o meio ambiente e para a saúde humana”, disse Li.
“Não é só um problema para o desenvolvimento dos países onde é fabricada” a roupa. É que, na lavagem, essas peças desprendem níveis residuais de nonilfenol etoxilado, o que afeta os países onde de fato seu uso é proibido, alertou.
O uso desses produtos químicos é restrito na Europa.
ADIDAS
Por ocasião da divulgação do informe, ativistas do Greenpeace entraram em uma loja da Adidas em Hong Kong para pedir à marca que elimine o uso de produtos químicos perigosos em seus produtos e para que seus clientes potenciais pensem antes de comprar seus produtos.
A Adidas também esteve na mira do relatório anterior do Greenpeace, intitulado “Roupa suja”, divulgado no mês passado, no qual acusou o fabricante de contaminar grandes rios da China com dejetos químicos.
Doze ativistas do Greenpeace vestidos com uniforme de árbitros de futebol entraram, em meio a apitaços, em uma das lojas mais movimentadas da Adidas, na cidade do sul da China.
Ali, distribuíram panfletos da campanha aos clientes e exibiram cartões amarelos para os funcionários da loja, pedindo à marca que “jogue limpo”.
Oito amostras de água, coletadas nas duas fábricas situadas nos deltas dos rios Yangtzé e Pérola, contêm um “coquetel de substâncias químicas perigosas”, alertou a ONG no relatório do mês passado.
Nike e Puma, outras grandes marcas de roupa esportiva, asseguraram desde então que eliminarão o uso de agentes químicos tóxicos de seus produtos até 2020, mas a Adidas não o fez, segundo a porta-voz do Greenpeace, Vivien Yau.
A Adidas Hong Kong não respondeu aos telefonemas para fazer comentários.
Mas a empresa havia dito anteriormente que utiliza o grupo Youngor, um dos fabricantes acusados, apenas para cortar e costurar as peças, e não para fabricá-las, embora tenha pedido a Youngor que investigue as denúncias do Greenpeace.
A companhia acrescentou, ainda, que tem uma política de evitar substâncias perigosas.
No entanto, Yau disse que como segunda maior marca de roupas esportivas, a “Adidas tem a obrigação de desintoxicar sua cadeia de fornecimento mundial”.
“Até agora, a marca não fez nada, apesar das nossas demandas repetidas, o que realmente é inaceitável”, destacou.
Outra razão para se livrar das panelas anti-aderentes
Outra razão para se livrar das panelas anti-aderentes. Pela presença dos PFCs.
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/07/30/another-reason-to-ditch-your-nonstick-cookware.aspx?e_cid=20110730_DNL_art_2
Recente pesquisa examinando amostra de sangue coletadas de mulheres na Califórnia em diferentes períodos – nos anos sessenta, oitenta e em 2009. Foram feitas para a presença de 12 compostos perfluorados (PFCs). Para maiores nformações sobre estas moléculas acessar a página inicial do site, em Busca do Google, colocar a sigla PFCs, perfluorados e/ou fluorados.
Em cada um deste períodos, o sulfonato perfluoroctano (perfluorooctane sulfonate/PFOS) estava presente na mais altas concentrações, seguido pelo ácido perfluoroctanóico (perfluorooctanoic acid/PFOA).
De acordo com este estudo, conforme reportado pela Green Med Info:
“Nós detectamos os mais altos níveis de PFOS … e o sulfonato perfluorhexano … em amostras dos anos sessenta, possivelmente refletindo o amplo uso dos precursos dos PFCs (nt.: perfluorcarbonos ou perfluor compostos) … Para o ácido perfluoroctanóico, PFOA, havia um aumento de aproximadamente dez vezes mais nas concentrações médias dos anos sessenta … até os anos anos oitenta e uma pequena queda nas amostras do ano de 2009 … Para a longa cadeia dos ácidos perfluorcarboxílicos (perfluorocarboxylic acids/PFCAs), havia uma contínua acumulação no soro sangüíneo dos anos sessenta até 2009.”
Fontes:
Environmental Science and Technology July 6, 2011
Comentários do Dr. Mercola:
Quando usamos panelas anti-aderente para fritar um ovo ou refogar alguns vegetais, provavelmente não iremos experimentar quaisquer sintomas imediatos que pudessem fazer que pensássemos que a atividade fosse danosa para nossa saúde … mas já está bem documentado de que quando estas panelas são aquecidas a camada anti-aderente começa a se romper liberando toxinas para a atmosfera que nos circunda.
E nova pesquisa revelou que estas toxinas estão se acumulando no sangue humano em taxas alarmantes e a preocupação é que elas gerem doenças crônica no decorrer do tempo.
Em torno de 70% dos utensílios de cozinhar nos EUA contém a camada anti-aderente com o PFOA , ácido perfluoroctanóico, e outros compostos perfluorados (PFCs). Também são empregados em embalagens de alimentos que resistam a gorduras e da mesma forma em roupas resistentes a manchas. Embora haja muitos nomes e marcas, o que precisamos ter presente é que se é anti-aderente tem algum tipo de revestimento de flúor que lhe atribui esta característica.
O largo uso destes tóxicos vem tendo um impacto, como o primeiro estudo para investigar as mudanças temporais dos PFCs nos últimos 50 anos detectou que havia aumentado em aproximadamente 10 vezes os níveis do PFOA no sangue (10-fold increase in blood levels of PFOA) dos anos sessenta até os oitenta, seguidos de uma pequena queda em 2009. Para os ácidos perfluorcarboxílicos de longas cadeias (PFCAs), “houve uma contínua acumução no soro sangüíneo dos anos sessenta até 2009”, observaram os pesquisadores.
PFCs, incluindo o PFOA, estão provavelmente presentes em nosso organismo exatamente neste momento.
Os PFCs estão, infelizmente, agora presentes em larga escala nos norte-americanos. O Quarto Relatório Nacional dos Centros de Controle de Doenças Relativo à Exposição Humana aos Químicos Ambientais, de 2009 (CDC’s Fourth National Report on Human Exposure to Environmental Chemicals, 2009), que é considerado a avaliação mais abrangente até esta data quanto à exposição da população dos EUA a químicos presentes em nosso ambiente, detectou não um, mas 12 tipos de PFCs nos organismos dos norte-americanos, incluindo o PFOA.
Este grupo de químicos está entre os 75 que não haviam sido medidos anteriormente na população dos EUA, mas agora se mostra com grande frequência. Entre eles estão os sulfonatos perfluoroctil (PFOS), uma substância química que mostrou preocupação por sua persistência ambiental, bioacumulação e toxicidade nos anos noventa. Após discussão com a U.S. Environmental Protection Agency (EPA), os fabricantes pararam de produr esta químico.
Entretanto, o PFOA e outros químicos similares continuam sendo empregados, apesar de estarem atualmente sob investigação da EPA. Como ela afirma (the EPA stated):
“A Agência começou a investigar o PFOA nos anos noventea e detectou que ele também é muito persistente no ambiente. Foi detectado em baixos níveis tanto no ambiente como no sangue da população dos EUA, além de causar efeitos adversos ao desenvolvimento e em outras situações em animais de laboratório.”
A EPA também desevolveu um Plano de Manejo do PFOA (PFOA Stewardship Program), determinou que oito companhias reduzam tanto as emissões do PFOA das fábricas, os precursores químicos que se decomponham em PFOA como os químicos que sejam altamente homólogos, bem como produtos que contenham níveis destes químicos em até 95%, no mais tardar até 2010. O Programa também exige que as companhias trabalhem no sentido da eliminação destes químicos tanto das emissões como dos produtos até 2015.
Infelizmente, este é só um programa voluntário e muito do dano já pode ter sido feito em função dos PFCs, como se tem dito, serem completamente resistentes à biodegradação ( completely resistant to biodegradation). Isto significa que mesmo se o PFOA seja banido, incontáveis produtos de consumo que o contenham, continuarão contaminando a Terra indefinidamente. De acordo com a Agência para Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças (CDC’s Agency for Toxic Substances & Disease Registry/ATSDR):
“Uma vez em nossos organismos, os perfluoralcalis tendem a permanecer imutáveis por um ongo período de tempo. Os perfluoalcalis mais comumente empregados (PFOA e PFOS) permanecem em nossos corpos por muitos anos. Leva aproximadamente 4 anos para que o nível no corpo chegue à metade, mesmo se não mais o ingerirmos.”
Então, pelo menos até que os PFCs estejam completamente fora dos produtos de consumo (e mesmo depois), é importante sabermos onde estaremos provavelmente mais expostos. Agregando aos utensílios de cozinha com anti-aderentes, os PFCs também podem ser encontrados em:
- Roupas anti-manchas;
- Forrações resintente a manchas (aspirar rpetes que contenham camada resistente a manchas liberarão estes químicos no ar que circula em nossas casas);
- Pipicas para microondas (Microwave popcorn) (o PFOA pode estar não só presente na camada do interior da embalagem, mas pode também migrar desta para a gordura durante o aquecimento);
- Água tratada contaminada (particularmente próxima de fábricas que produzem PFCs).
PFOA e outros químicos “Anti-Aderentes” podem estar danificando nossa saúde.
Enfim, exatamente o que é tão perigoso no PFOA e em outros PFCs? Como o CDC afirma (CDC stated):
“O PFOA pode permanecer nos corpo por longos períodos de tempo. Em animais de laboratório dado em grandes quantidades, o PFOA pode afetar o crescimento e o desenvolvimento, a repodução e injuriar o fígado. Mais pesquisas são necessárias para se acessar os efeitos da exposição ao PFOA sobre a saúde humana.”
Até agora a pesquisa que tem sido feito tem levado a descobertas preocupantes. Uma pesquisa publicada no Human Reproduction da Universidade de Oxford detectou que o PFOS aumentou as chances de infertilidade em vários lugares, de 70 a 134%, enquanto o PFOA estava conectado às chances de infertilidade de 60 a 154%. Também há uma pesquisa com dados bem preocupantes relacionando o PFOA à função da tiróide (PFOA and thyroid function). Pessoas com as mais altas concentrações de 25% de PFOA (acima de 5.7 ng/ml) foram mais do que o dobro suscetíveis a terem doenças da tireóide do que aquelas com as concentrações 50% mais baixas de PFOA (abaixo de 4.0 ng/ml).
A tireóide é uma pequena glândula em fomra de borboleta alojada na área da garganta que contém a proteina tireoglobulina que se liga ao iodo para formar hormônios que por sua vez influencia essencialmente todos os órgãos, tecidos e células em nosso organismo. Os hormônios da tireóide são utilizados por cada célula de nosso corpo para regular o metabolismo e o peso do corpo através do controle da queima da gordura para gerar energia e calor. Os hormônios da tireóide também são exigidas para o crescimento e o desenvolvimento em crianças.
A doença da tireóide (Thyroid disease), se deixada sem tratamento, pode levar à doenças do coração, à infertilidade, à fraquesa dos músculos. osteoporose e, em casos extremos, ao coma e à morte. A exposição a estes químicos seja provavelmente uma das razões porque as desordens da tireóide tornaram-se tão disseminadas.
Para maiores informações sobre os efeitos tóxicos dos PFCsFor more on the toxic effects of PFCs, read the (Environmental Working Group’s report on these global contaminants). É baseado em revisão de 50 mil páginas de estudos de regulamentação e documentos governamentais, em documentos internos dos fabricantes dos PFCs além da análise de estudos independentes sobre estas moléculas. Entre as preocupações sobre a saúde observadas no relatório estão:
Câncer |
Hipotireoidismo |
Problemas reprodutivos |
Defeitos de nascimento |
Problemas dno sistema imunológico |
Danos em órgãos |
Como podemos evitar estes químicos perigosos resistentes à gordura?
Podemos diminuir nossa exposição evitando (ou nos desfazendo de) produtos que contenham os PFCs. Inclui:
Utensílios e panelas anti-aderentes (escolher tanto de cerâmica como de vidro) |
Pipoca de microondas |
Embalagens para alimentos gordurosos (incluindo papel e de papelão tipo pizza) |
Roupas anti-manchas |
Carpetes anti-manchas |
Carpetes e tecidos com protetores anti-manchas |
Retardadores de chamas e produtos que os contêm |
Links Relativos:
Cookware Chemical Linked to Thyroid Disease
Common Chemicals Linked to Infertility
Non-Stick Cookware Continues to Prove Its Toxicity
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2011.
Estaria este químico perigoso te espreitando em tua carteira?
Texto do Dr. Mercola que trata da presença da substância química BPA em notas térmicas de compra e de dinheiro, podendo contaminar os consumidores. Texto importante porque traz à lume outras fontes de contaminação com o BPA daquelas que são as mais conhecidas, as resinas plásticas conhecidas como policarbonato e como epóxi, presentes tanto na elaboração das mamadeiras como nas lâminas internas dos enlatados para alimentos como em latas de bebidas.
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/08/02/is-this-dangerous-chemical-lurking-in-your-wallet.aspx?e_cid=20110802_DNL_art_3
Agosto 02 2011
As fontes primárias da contaminação humana ao disruptor endócrino químico Bisfenol A (BPA) não estão bem caracterizadas. Sua presença é muito pouco conhecida em produtos feitos de celulose, como papel moeda, e suas implicações quanto à contaminação humana.
Em estudo recente, notas de dinheiro feitas com papel de 21 países foram analisados quanto ao BPA. Ele foi detectado em todos os materiais avaliados.
De acordo com este estudo:
“Também se examinou a transferência do BPA da nota de compras feita com papel térmico para as notas de dinheiro colocando estas em contato com aquelas por 24 horas numa carteira. Concentrações de BPA aumentaram dramaticamente depois deste tempo de contato, sugerindo que a nota térmica de papel seja uma das maiores fontes de BPA em notas de dinheiro.”
Este químico tem sido mais associado com as resinas plásticas do que com papel. A atual tendência de sua eliminação das embalagens plásticas de alimentos e das lâminas internas das latas de bebidas estariam dando a muitas pessoas um sentido de segurança. No entanto, novas pesquisas sugerem que a etiqueta BPA-free (livre de BPA) não significa que o produto de consumo esteja protegido.
Cientistas conduziram testes de laboratório em mais de 400 embalagens de alimentos e de bebidas e acima de 20 marcas de mamadeiras. Detectaram que praticamente todas elas ainda lixiviavam substâncias químicas que atuavam como o hormônio estrogênio, mesmo em muitas daquelas que seriam tidas como livres de BPA.
O ‘Discovery News’ relatou:
“Nova pesquisa, juntamente com outro trabalho, sugere que a atenção do público sobre o BPA está sendo desviada. Parece haver agora a possibilidade de existirem milhares de substâncias químicas que atuam como o BPA, em todos os tipos de plásticos. Chamados de disruptores endócrinos, estes produtos químicos informam falsamente às células do corpo que o hormônio estrogênio está por perto, podendo gerar potencialmente todos os tipos de efeitos preocupantes tanto para o desenvolvimento como para a reprodução”.
Fontes:
Environmental Science and Technology July 11, 2011
Environmental Health Perspectives July 2011; 119(7):989-96
Comentários do Dr. Mercola:
O BPA ou bisfenol A é um químico sintético que gera disfunção endócrina efetivamente associado com produtos plásticos, conhecido largamente por ser liberado para os alimentos e bebidas das embalagens que o contém. No entanto, NÃO são SOMENTE as garrafas de água e de alimentos as rotas de contaminação. Como a nova pesquisa está demonstrando, papel pode ser outra fonte de BPA que precisamos nos conscientizar.
Podemos estar absorvendo BPA quando manipulamos tanto nota de dinheiro como notas de compras.
Uma nova pesquisa publicada no Environmental Science and Technology mostra claramente que o BPA é uma preocupação que vai muito além das embalagens e das latas de alimentos de bebidas. Os pesquisadores examinaram papel moeda de 21 países quanto à presença de BPA e esta substância química artificial foi detectada em TODAS as amostras. Também mediram a transferência do BPA das notas térmicas de compras para as notas de dinheiro, colocando-as juntas na carteira de dinheiro por 24 horas. Este dramático aumento das concentrações de BPA nas notas de dinheiro sugere que as notas térmicas de compras estão altamente contaminadas.
Os pesquisadores estimam que podemos estar absorvendo alguns nanogramas de BPA, a cada dia, somente porque manuseamos as notas de dinheiro! Apóiam-se em pesquisas anteriores que também revelaram que o papel impresso por processo térmico pode ser uma perigosa fonte de BPA:
- Uma pesquisa no Analytical and Bioanalytical Chemistry detectou que de 13 papéis termicamente impressos (o tipo muitas vezes empregado para notas de compras) analisados, 11 continham BPA. Pegar o papel por somente 5 segundos era suficiente para transferir o BPA para a pele da pessoa e a quantidade de BPA transferida aumentava em torno de 10 vezes se os dedos estivessem úmidos ou gordurosos.
- Uma pesquisa sustentada pelo EWG (study commissioned by Environmental Working Group) detectou BPA em 40% das notas de compras testadas em postos de gasolina, supermercados e outros espaços de comércio comuns. De acordo com o EWG (According to EWG) “a massa total de BPA nas notinhas era 250 a 1.000 vezes maior do que a quantidade de BPA normalmente detectada em comida enlatada ou em latas de alimento infantil.”
O que significa é que este químico tóxico está efetivamente em todos os locais onde estamos. Mesmo algo que pareça inócuo como uma notinha de compras de uma caixa registradora ou impressora ou mesmo uma simples nota de dinheiro, podem estar nos expondo a substâncias tóxicas.
Até o momento está pouco claro quanto nosso organismo carrega de BPA vindo destas fontes de papéis. Seria aconselhável procurarmos tanto limitar como evitar levar este tipo de notas de compras em nossa carteira ou bolsa, já que parece que este produto químico se transfere para outras superfícies em que toca. Também seria recomendável lavarmos as mãos após manusearmos estas notas e o dinheiro, da mesma forma como evitar seu manuseio especialmente se acabamos de colocar loção ou qualquer outra substância gordurosa em nossas mãos, pois isso pode aumentar nossa exposição.
Mesmo resinas plásticas BPA-free (livre de BPA) não são sempre seguras.
Tem havido muita mídia negativa sobre o BPA fazendo com que o público demande maior segurança, como alternativas BPA-free (livre de BPA), o que as corporações têm correspondido. Certos fabricantes, incluindo Philips Avent, Disney First Years, Gerber, Dr. Brown, Playtex e Evenflow pararam de produzir mamadeiras que contenham BPA. Já muitos dos grandes atacadistas como CVS, Kmart, Walmart, Toy R Us e Babies R Us removeram os produtos que continham BPA de seus pontos comerciais.
Infelizmente, não é porque um produto esteja etiquetado como “BPA-free” que já seja garantido de que não estaremos ingerindo este plastificante tóxico como um subproduto. Acontece de que os testes feitos sobre estes plásticos não estavam condizentes com o mundo real, ou seja ficarem expostos a toda a ação de uma máquina de lavar louças ou aquecê-los em fornos de microondas.
No “mundo real”, 95% de todos os produtos de plástico deram positivo quanto à atividade estrogênica (95 percent of all plastic products tested positive for estrogenic activity), significando que eles podem ainda gerar disfunção hormonal mesmo que estejam rotulados como BPA-free. Ainda mais desconcertante é a descoberta de que os produtos plásticos BPA-free, em alguns casos, podem lixiviar MAIS BPA do que os plásticos não rotulados como tal.
Assim, pode-se concluir de que não há plástico seguro quando eles são para embalar ou guardar nossos alimentos ou bebidas? Em uma só palavra, sim. É isto que significa esta constatação. Devemos ainda cuidar sobre a troca de garrafas de água plásticas por metálicas (metal water bottles in lieu of plastic ones) já que algumas contém lâminas interna da resina epóxi que também é feita com BPA.
Porque o BPA é uma substância que vale a pena ser evitada
Lembrar de que o BPA é um disruptor endócrino o que significa que mimetiza ou interfere com os hormônios de nosso corpo e “desregula” nosso sistema endócrino. As glândulas de nosso sistema endócrino e os hormônios que elas liberam são o instrumental na regulação de nosso ânimo, crescimento e desenvolvimento, da função dos tecidos, do metabolismo tanto quanto de nossa função sexual e em nossos processos reprodutivos.
Substâncias químicas como o BPA podem manifestar seus efeitos:
- Mimetizando a atividade biológica de nossos hormônios pela conexão aos seus receptores celulares. Pode assim ativar a resposta normal da célula para a ocorrência natural do hormônio em tempo errado ou em quantidade excessiva (efeito agonistica – nt.: para melhor entendimento desta expressão técnica ver: http://www.infoescola.com/farmacologia/agonista-e-antagonista/).
- Conectando ao receptor, mas não ativá-lo. Com a presença desta substância química no receptor há o impedimento da conexão natural do hormônio (efeito antagonista – nt.: para melhor entender este processo ver link acima).
- Conectando-se às proteínas de transporte em nosso sangue, alterando assim as quantidades de hormônios naturais que estão presentes em nossa corrente sangüínea.
- Interferindo com os processos metabólicos em nosso organismo, afetando as relações de síntese e decomposição de nossos hormônios naturais.
Algumas das maiores preocupações rondam a vida em seu nascedouro, a exposição uterina ao BPA. Ela pode levar a erros cromossômicos no desenvolvimento do feto, causando abortos espontâneos e danos genéticos. No entanto, evidências muito fortes estão demonstrando que estes químicos também influenciam adultos e crianças, lavando ao decréscimo da qualidade dos espermatozóides, à puberdade precoce, à estimulação do desenvolvimento da glândula mamária, à disfunção ovariana como dos ciclos reprodutivos, dentre numerosos outros problemas de saúde tais como câncer (cancer) e também doenças do coração.
A exposição a químicos ambientais como o BPA também tem levado a alterações bizarras em numerosas espécies de animais selvagens, como peixes intersexuais (intersex fish), batráquios desenvolvendo uma variedade de defeitos como múltiplos testículos ou ovários, além de ursos hermafroditas somente para citar alguns.
Infelizmente, sendo um dos químicos com maiores volumes de produção no mundo, o BPA foi detectado em 90% da toda a população testada nos EUA (90 percent of all people tested in the United States), sendo comumente encontrado no cordão umbilical de fetos no útero.
O que se pode fazer para evitá-lo
Muitas pessoas estão conscientes de que o BPA é encontrado em certos plásticos como:
- Brinquedos infantis, chupetas e copinhos para bebês;
- Pratos plásticos para microondas, forno e certos utensílios;
- Galões e garrafões de água;
- Garrafas plásticas de água.
… mas precisamos estar conscientes também das fontes menos conhecidas tais como:
- Selantes e resinas odontológicas;
- Alimento enlatado e latas de bebidas (a maioria das latas tem lâmina plástica interna);
- Notas térmicas de compras;
- Notas de dinheiro;
- Certos plásticos rotulados como BPA-free (podem conter químicos similares também disruptores endócrinos).
Evitar estes itens já é um importante passo para limitar a contaminação ao BPA, assim que estas fontes forem aumentando com o tempo. Devemos, sem dúvida, a qualquer tempo escolher alimentos embalados em vidro em vez de em lata ou plástico. Do mesmo modo, vamos nos desfazer de loucas e copos plásticos e repô-los com alternativas em vidro além de dar aos nossos bebês brinquedos de materiais naturais em vez de plástico.
Recomenda-se também dar apoio a todas as empresas que estejam se dirigindo no sentido de remover estas substâncias químicas de seus produtos. Sem dúvida que a retirada destes químicos dos bens de consumo é necessária tanto para proteger a saúde da população como a do ambiente como um todo.
Links relacionados:
Even ‘BPA-Free’ Plastics Leach Endrocrine-Disrupting Chemicals
Could this be Why Many Women are Infertile?
This Surprising Toxin Can Lead to Genetic Defects and Miscarriages…
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2011.
Certas mamadeiras de plástico podem fazer mal à saúde do bebê
Pesquisas recentes revelam que um tipo de plástico muito usado em mamadeiras pode provocar doenças. Fantástico separou dicas.
Atenção, mães e pais! Se vocês têm filhos que usam mamadeiras, fiquem de olho nesta reportagem: pesquisas recentes revelam que um tipo de plástico muito usado em mamadeiras pode provocar doenças. Quem explica é a repórter Flávia Cintra, que estréia neste domingo (16), no Fantástico (nota do site:PARA VER O MATERIAL, ACESSAR O LINK AO FINAL).
Quem é mãe sabe: diante de tantas opções, como escolhe a mamadeira do seu filho? “Pela cor, porque é menininho. Eu sempre compro azul”, diz uma jovem. “Eu procuro alguma semelhante com o bico do seio”, comenta outra. “Eu gosto de uma que abre em baixo, porque aí eu lavo, coloco para esterilizar”, diz mais uma.
Mamadeira de plástico ou de vidro? “Eu compro de plástico”, cita outra mãe. “Prefiro mamadeira de vidro”, comenta mais uma.
A mamadeira de plástico é motivo de preocupação em vários países. Pesquisas mostram que, em determinadas condições, o plástico pode liberar uma substância prejudicial às crianças. A substância é o bisfenol A, também conhecida como BPA.
No começo do ano, o departamento americano que controla remédios e comidas passou a orientar as famílias a tomarem cuidado com o plástico na preparação da alimentação infantil. Essa notícia pegou muitas mães de surpresa, gerando muitas dúvidas e preocupações. Por isso, o Fantástico reuniu três mães – a Andréia, a Rosana e a Mônica – com o doutor Anthony Wong.
Quanto mais nova for a mamadeira, maior a quantidade de bisfenol ela desprende? “Sim. Quanto mais nova a mamadeira. Se essa mamadeira for de plástico e conter bisfenol A, certamente quanto mais nova a mamadeira maior quantidade dessa substância”, explica Wong.
Assim como nas mamadeiras, as chupetas fabricadas com BPA ou bisfenol também podem fazer mal à saúde. “Existem sete classificações internacionais para o plástico. O 1 a 6 não têm BPA. O maior risco é grupo 7”, diz Wong.
Dicas para as mães
Preste atenção: o número 7, que indica presença de bisfenol , normalmente aparece dentro de um triângulo, na parte de baixo de produto. Anote outras dicas importantes: pratos e potes plásticos também podem conter bisfenol A. Por isso, aqueça os alimentos em recipientes de vidro ou cerâmica. Não ferva nem lave a mamadeira com água quente. Basta detergente e água fria.
As indústrias estão proibidas de fabricar mamadeiras com esse tipo de substância no Canadá, Costa Rica e Dinamarca. Na França, o Senado aprovou a proibição em caráter provisório. Nos Estados Unidos, o bisfenol A foi proibido nos estados do Illinois e em Minnesota. Outros estados americanos debatem o assunto.
“Existe sim relação entre o BPA e câncer”, afirma Sarah Vogel, doutora em química pela Universidade de Columbia. “Quanto mais jovem, maior o grau de exposição”, completa.
As pesquisas sobre os efeitos do bisfenol em seres humanos ainda não são conclusivas e dependem de novos estudos, mas os dois médicos ouvidos pelo Fantástico afirmaram que não há motivo para pânico.
“Eu acredito que não é um motivo de alarme para as pessoas, mas simplesmente uma forma de você ficar atento. Você esquenta num lugar passa para o outro e acabou”, afirma Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP).
“A prática de aquecer o leite em outro frasco, que não seja de plástico, passar para a mamadeira e dar imediatamente para a criança ameniza o problema?”, pergunta uma mãe.
“Sem dúvida. Você deixa esfriar um pouquinho e depois transferir para a mamadeira numa temperatura ambiente, o risco de eluição, a saída do BPA do plástico para o leite ou para o líquido lá dentro, é praticamente zero”, explica Wong.
Uma última dica dos médicos: amamentar no peito é sempre melhor do que qualquer tipo de mamadeira.
“Se possível, até 1 ano de idade. Exatamente porque o leite materno sai diretamente, realmente está isento não só de bisfenol, como de um monte de outros contaminantes. Além de fornecer à criança anticorpos que protegem contra doenças tão graves da infância”, conclui o médico.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que, no Brasil, o limite é de 0,6 miligrama de bisfenol para cada quilo de plástico. Em nota enviada ao Fantástico, a Anvisa diz que acompanha a discussão internacional sobre o bisfenol, e que considera seguro para o ser humano o limite vigente no país para essa substância.