Devastação ambiental se transforma em devastação etno-cultural. Lucro acima da cultura e da ética.
Povos tradicionais
Cosmovisão indígena
“Vivemos envolvidos por Deus. Vivemos no lado de Deus. Vivemos nas mãos de Deus. Deus tem em suas mãos toda a criação: terra”, escreve Justino Sarmento Rezende, do povo Ʉhtãpinopona-Tuyuka. http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/584953-cosmovisao-indigena-criacao-encarnacao-e-saida-desse-mundo “Deus é Mãe. Em muitas culturas indígenas a mãe é aquela que serve a cada um de seus filhos e filhas. O pouco que se tem […]
As pistas deixadas sobre como era viver na Amazônia
Pesquisa com geoglifos indica que Amazônia teve uso sustentável há milhares de anos. https://www.oeco.org.br/reportagens/as-pistas-deixadas-sobre-como-era-viver-na-amazonia/ Por Vandré Fonseca quarta-feira, 05 setembro 2018 08:48 Foto: Jenny Watling. Manaus, AM — A arqueologia tem revelado que a Amazônia era uma região com milhões de habitantes antes da chegada dos europeus, que tinham um […]
Belo Monte, aniquilar os povos tradicionais
Belo Monte, processo de aniquilar os povos tradicionais da Amazônia, além da destruição da floresta e da degradação social e ambiental de toda região, para salvar o interesse econômico de muito poucos.
Incompetência e ganância nas terras da Amazônia.
O caderno especial do Jornal O Estado de S. Paulo Favela Amazônia – um novo retrato da floresta (5/7), coordenado por Leonencio Nossa – é documento que precisa ser conhecido por todos. É, ao mesmo tempo, um retrato da devastação no bioma amazônico e um libelo sobre os formatos impiedosos da atuação humana naquela parte do nosso território – e suas consequências dramáticas internamente e para o inquietante drama do clima. Que se pode dizer quando se tem diante dos olhos os números – um terço da população das grandes e médias cidades vivendo em “territórios do tráfico”, condições mais desfavoráveis que a das favelas do Rio e de São Paulo, máfias controlando o programa Bolsa Família? Onde a biodiversidade – alto privilégio para o País – vai sendo perdida em alta velocidade?
Barqueiros e indígenas ocupam o rio Xingu – Nota à sociedade de Altamira e do Brasil.
Indignados por terem seus direitos fundamentais violados há mais de quatro anos pela Norte Energia S.A. (NESA), construtora da UHE Belo Monte, bem como pelo governo brasileiro, proprietários e pilotos de barcos e voadeiras que navegam pelo rio Xingu resolveram ocupar hoje, 02, um trecho deste rio, onde está sendo construída a usina, juntamente com povos indígenas das etnias Arara e Juruna, que também são impactados e tem seus direitos negados.
Obra do lago de Belo Monte espalha caos.
“Corre, João Vitor!”, grita Maria das Graças para o filho. Sem tempo para mais nada, pega o garoto pelo braço, abre o portão e sai. O trator avança nas paredes da casa vizinha. São menos de dois minutos até tudo ir abaixo. Em três dias, será a vez de a casa de Maria das Graças cair. Ela assiste de longe, sem largar as mãos do garoto. Duas semanas atrás, um caminhão carregado de entulho derrubou o poste de sua casa e lançou a viga de madeira sobre ela, abrindo um rasgo em sua cabeça. A mulher desmaiou e foi socorrida pelo filho. Levou nove pontos. Desde então, não consegue mais dormir direito.
Lei da Mineração em terras indígenas: uma nova tentativa de tutelar os indígenas.
As tentativas de aprovar a Lei da Mineração em terras indígenas “fere o espírito da Constituição. Esse é o primeiro aspecto que me salta aos olhos”, afirma Carlos Bittencourt em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail. Segundo ele, o PL 1610/96, que autoriza a exploração mineral em terras indígenas, não pode ser “desvinculado” da PEC 215, que sugere uma mudança no artigo 231 da Constituição Federal, atribuindo ao Congresso Nacional a aprovação da demarcação e ratificação das terras indígenas já homologadas. As duas medidas, pontua, sinalizam que “estamos diante dos antecedentes da batalha final contra os povos indígenas, muito próximos de um etnocídio completo”.
Amazônia, Ecologia para os últimos. Entrevista com Erwin Kräutler.
Em meio século amazônico atravessou tantas cumeadas. No entanto, para dom Erwin Kräutler são três as datas específicas de sua experiência de homem e pastor. O dia 16 de outubro de 1987, quando um autokiller procurou matá-lo e, ao invés, assassinou o sacerdote que o acompanhava, o italiano Salvatore Deiana. Aos 15 de fevereiro de 2005, dia do homicídio a amiga e colaboradora, Irmã Dorothy Stang. No dia do último “giro de boia”, aos 29 de junho de 2006, recorda até a hora exata: “Eram as 22 h. Depois de ter celebrado a Eucaristia em Altamira, eu me pusera a trabalhar no estúdio. De improviso chegou o comandante da polícia junto com dois agentes – conta a Avvenire o bispo do Xingu -. E ele me comunicou que, por ordem da Secretaria dos direitos humanos da Presidência, eu era posto ‘sob proteção’.”
A nova encíclica também fala das tribos indígenas isoladas da Amazônia.
Delas também fala a nova encíclica do Papa Francisco, a Laudato Si’, dedicada ao meio ambiente e ao destino da humanidade. Porque elas são uma parte fundamental do meio ambiente, embora não se saiba por quanto tempo, caso as coisas continuarem como até agora. Lamentavelmente, em torno delas seu habitat vai se estreitando como uma armadilha à medida que é contaminado irremediavelmente, deixando-as desamparadas. Estamos falando de comunidades inteiras de indígenas da Amazônia, dizimadas por doenças e um processo de desmatamento que as leis dos governos não são capazes de controlar. A consequência é que há tribos que estão prestes a desaparecer, do Peru ao Brasil, como denuncia, baseando-se em dados concretos, a revista Science.