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Isopor

Análise, peça a peça, de aditivos e plastificantes ingeridos por aves marinhas

11 de agosto de 2019 por Luiz Jacques

Plástico: armadilhas das aves marinhas

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0025326X1930387X

Elsevier

Marine Pollution Bulletin

Volume 145, August 2019, Pages 36-41

KosukeTanakaa1Jan A.van FranekerbTomohiroDeguchicHideshigeTakadaa

aLaboratory of Organic Geochemistry (LOG), Tokyo University of Agriculture and Technology, Fuchu, Tokyo 183-8509, Japan

bWageningen Marine Research, Ankerpark 27, 1781 AG Den Helder, the Netherlands

cDivision of Avian Conservation, Yamashina Institute for Ornithology, Konoyama 115, Abiko, Chiba 270-1145, Japan

Received 1 February 2019, Revised 11 May 2019, Accepted 12 May 2019, Available online 18 May 2019.

Destaques

• Análise de triagem sem alvo de 194 plásticos detectando vários químicos.

• Quatro estabilizantes de raios UV, dois retardadores de chama e um sub-produto de manufaturados foram quantificados.

• As aves marinhas são possivelmente expostas aos químicos através da ingestão de plásticos.

• Produtos químicos com valores de log Kow de 5,6 a 10 apresentaram alto potencial de exposição.

Resumo

O risco dos organismos marinhos ingerirem plásticos tem se tornado uma preocupação crescente devido a presença de químicos perigosos nos fragmentos plásticos (nt.: se estes químicos chegam aos mares pelos plásticos, será que não se sabe que muitos deles antes estiveram em contato com nossos alimentos?). Para identificar os compostos aos quais as aves marinhas têm potencialmente exposição substancial, 194 fragmentos plásticos e pelotas ingeridas por elas, dos tipos, fulmares do norte das Ilhas Faroe, albatrozes-de-laysan e albatrozes pata-preta da Ilha de Mukojima, foram analisados peça a peça. Detectou-se quatro tipos de estabilizantes de raios UV (nt.: são muitos, mas aqui só se acessa à generalidade, ficando difícil, pelo custo – 40 dólares acessar todo o artigo – termos os dados quais são estes estabilizantes), dois retardadores de chama bromados e oligômeros de estireno (nt.: oligo significa pouco, poli=muito. Ou seja, aqui são poucas moléculas do cancerígeno estireno, insuficiente para formar um polímero. Entender que cada molécula deste plástico é cancerígena, não importando se são poucas ou muitas. Produtos de estireno no dia a dia=isopor e EPS), foram detectados a frequências de 4,6%, 2,1% e 2,1%, respectivamente. As concentrações variaram de não detectado (n.d.) a 1700 μg/g medidas para os estabilizantes de raios UV, n.d. a 1100 μg/g para os retardadores de chamas e n.d. a 3200 μg/g para os oligômeros de estireno. Constatamos que estes químicos poderia ficar retidos nos resíduos plásticos durante a deriva e a própria fragmentação nos oceanos e daí capturados pelas aves marinhas. Este tipo de transporte, via plásticos, pode ser o meio direto que acaba introduzindo estes compostos perigosos nos organismos marinhos.

Resumo gráfico

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Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2019.

Arquivado em: Aditivos / Plastificantes, Globalização, Resíduos Marcados com as tags: EPS, Estireno, Isopor, Plásticos, Poliestireno, Retardadores de chama

Maine: mais um estado dos EUA a banir uso descartável de EPS/Isopor

16 de maio de 2019 por Luiz Jacques

https://www.apnews.com/64c0dcfbc06e479480c2381f1c20bfba

By MARINA VILLENEUVE,

May 1st, 2019

Copo De Isopor

Um copo feito com poliestireno (PS), comumente conhecido como Styropor/Isopor/EPS, jogado na lateral de uma estrada, em 01 de maio de 2019, na cidade de Augusta, no Maine. A Gov. Janet Mills baixou uma lei em 30 de abril, tornando este estado dos EUA, um dos primeiros a banir o uso descartável de recipientes feitos com poliestireno. (AP Photo/Robert F. Bukaty)

AUGUSTA, Maine (AP) — O estado de Maine baniu o uso descartável para recipientes de alimentos e bebidas feitos com poliestireno, comumente conhecido como isopor, styropor e EPS, tornando-se o primeiro estado a fazer isso.

A governadora democrática Janet Mills promulgou uma lei que terá efeito em 2021.

Grupos ambientalistas têm procurado estes banimentos em meio à crescente conscientização pública de que os produtos plásticos descartados, acumulam-se nos oceanos. Para o Natural Resources Council de Maine, este estado é o primeiro a promulgar este banimento.

Legislação similar foi aprovada pela assembléia do estado de Maryland, em abril, mas não está claro ainda se o governador republicano, Larry Hogan, irá promulgá-la como a governadora de Maine fez.

Os estados de Oregon, Vermont e Connecticut também estão considerando esta mesma ação de banir estas embalagens. Além disso, várias cidades e comunidades, de Berkey, CA, a Nova York, já aprovaram seus próprios banimento destas embalagens, sendo que algumas datam do final dos anos 80. Muitas empresas, como as Dunkin’ e McDonald’s também garantem fazer o mesmo ou mesmo já teriam eliminado os copos de poliestireno.

Em dezembro passado, os executivos da União Europeia concordaram em banir alguns plásticos descartáveis como as embalagens de poliestireno (nt.: para reconhecer qual a resina plástica, verificar se há a sigla PS e/ou o número 6 no fundo das embalagens) tanto para bebidas como para alimentos, num esforço de refrear a poluição marinha.

“Com as ameaças colocadas pela poluição marinha tornando-se mais explícitas, caras e mesmo fatais para a vida selvagem, precisamos fazer todo o possível para eliminar nosso emprego ou melhor gerenciamento de nossos produtos plásticos descartáveis — começando pela eliminação do uso desnecessário de formas plásticas como são as de isopor/EPS”, disse Sarah Lakeman, diretora da área de sustentabilidade do Natural Resources Council de Maine (nt.: importantíssimo lembrar que muito mais do que o problema de se espalhar pelos oceanos, este material de poliestireno é importantíssimo se saber que é cancerígeno !).

A governadora Mills chamou esta decisão de um “importante passo em direção à proteção de nosso ambiente.” Ela afirma que isso trouxe consistência para os negócios enquanto há tempo disponível para se adequarem.

A lei proibirá “estabelecimentos cobertos” – como restaurantes e mercearias – de usarem recipientes de poliestireno. Hospitais, carregadores de frutos do mar e programas de refeições sobre rodas financiados pelo Estado estarão isentos (nt.: a tradução não entendeu esta isenção – sic!!)

O estado já havia banido (banned) recipientes de comida de espuma tipo EPS/Isopor nas instalações estaduais e funciona desde 1993. Algumas comunidades do estado também já haviam proibido o poliestireno.

A lei enfrentou forte oposição da indústria de plásticos, dos fabricantes de embalagens para serviços de venda de alimentos bem como dos grupos de negócios e turismo do estado. Argumentavam que o poliestireno é econômico e melhor do que outros materiais para evitar que os alimentos se estraguem.

Estes grupos do setor argumentam que a nova lei não significará de que os consumidores deixarão de jogar lixo fora e nem garantiria de que as alternativas que vierem, serão melhores para o meio ambiente.

“ Esperamos sinceramente que a Gov. Mills e a Assembléia Legislativa do Maine reconsiderem essa legislação no ano que vem, depois de verem como isso impactará negativamente o meio ambiente, as empresas locais e os consumidores”, disse Omar Terrie, diretor da divisão de plásticos do American Chemistry Council.

A indústria de plásticos também diz que está tomando medidas voluntárias para tornar as embalagens plásticas reutilizáveis, recicláveis ou recuperáveis até 2030. Em janeiro, a indústria se comprometeu a gastar US $ 1,5 bilhão de dólares, em cinco anos, para acabar com o desperdício plástico através de uma nova organização, sem fins lucrativos, a Alliance for End Plastic Waste, de acordo com a lobista do American Chemistry Council, Margaret Gorman.

“Todas as embalagens deixam uma pegada ambiental, independentemente do tipo de material”, disse (told) Gorman aos legisladores do Maine, através de seu testemunho por escrito.

Ben Gilman, lobista da Câmara de Comércio do Estado do Maine, disse que o projeto aumentaria os custos para as pequenas empresas, em particular, ao mesmo tempo em que enviaria uma “mensagem assustadora” às empresas do estado que fabricam embalagens para alimentos de estabelecimento com sistema de ‘delivery’.

“Esses tipos de problemas são melhor equacionados seja a nível regional ou mesmo nacional, face o impacto de custos desequilibrados que trará aos negócios do Maine”, disse ele em um testemunho por escrito aos legisladores.

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, maio de 2019.

Arquivado em: Ecologia, Resíduos Marcados com as tags: EPS, Isopor, Poliestireno, PS

Estado norte americano bane isopor/EPS

11 de abril de 2019 por Luiz Jacques

https://www.globalcitizen.org/en/content/maryland-bans-polystyrene-plastic

Maryland está prestes a se tornar o primeiro estado dos EUA a eliminar as embalagens de alimentos feitas de estireno


Esta resina plástica, estireno, expandida com gases, é a maior fonte de poluição plástica.

A Assembleia do estado norte americano de Maryland, no último dia 04 de abril, votou
esmagadoramente pelo banimento das embalagens de alimentos feitas com poliestireno (nt.: as conhecidas embalagens de Isopor ou EPS, dos copinhos de café e de alimentos para ‘viagem’ ou ‘delivery’), tornando-se o primeiro estado dos EUA a proibir esta resina plástica – estireno – tão comum e ubíqua forma de poluição, conforme periódico diário local (according to the Baltimore Sun).

A legislação foi defendida pelo representante de Baltimore, Brooke Lierman, que já havia tentado passá-la em três momentos anteriores.

“Maryland pode ser um pequeno estado, mas temos a chance de, com esta lei, liderar o país na eliminação, em nosso estado, desta horrível forma de plástico descartável”, escreveu Lierman no Facebook post, levando a seu banimento. “Temos a responsabilidade de limpar, para as futuras gerações, esta bagunça que se tem feito — e esta lei é um passo importante!”

A nova lei que entra em vigo em julho de 2019, permite aos comerciantes um ano para utilizarem o material em estoque e encontrarem alternativas, baseando-se em esforços locais anteriores para eliminar o poliestireno no estado, colocando Maryland na dianteira do movimento para restringir a produção de plástico nos EUA. Embora o governador Larry Hogan ainda não tenha sinalizado se irá apoiar da lei, ela passará, tem votos suficientes para obstruir um possível veto, conforme menciona a mídia local (according to the Baltimore Sun).

“Estou muito orgulhosa por ter patrocinado este projeto e realmente entusiasmada com o fato de que Maryland está na vanguarda desta questão “, disse à Global Citizen, a senadora Cheryl C. Kagan, principal patrocinadora do projeto. “A espuma de poliestireno é leve e não respeita limites jurisdicionais, razão pela qual a proibição de município a município nunca seria a melhor solução em termos de nossos esforços para protegermos tanto a Chesapeake Bay como todas as nossas vias hídricas e as comunidades”.

“Quanto mais outros estados e jurisdições banirem o isopor (nt.: no nosso meio hoje se usa mais os produtos similares denominados EPS/Expanded polystyrene), mais pressão econômica haverá para se criar alternativas,” ela acrescentou.

A senadora Kagan agregou de que os grupos ambientalistas e os ativistas jovens foram fundamentais para se obter amplo apoio para o projeto de lei.

O poliestireno (nt.: parece para o tradutor que acabou se gerando uma confusão. Tanto o EPS como o Isopor são diferentes formas do mesmo poliestireno se apresentar, mas os dois são polímeros da resina plástica estireno que é o que nos importa como consumidores. Parece que ser isopor ou EPS, como se viu nos links acima, está mais ligado a uma questão de patente na forma de sua produção e produto final do que sobre a resina plástica de que são feitas, o poliestireno) é muitas vezes erroneamente referido como isopor (mistakenly referred to as styrofoam), pois difere por suas formas fundamentais. O material à base de petróleo (nt.: sendo os dois polímeros de estireno, devem, em princípio, vir de polos petroquímicos que usam como fonte de carbono o petróleo. Por isso polos petro – químicos) é comumente usado para recipientes para viagem, xícaras de café e amendoins para embalagem, enquanto o isopor é mais comumente usado em construções e artesanato (nt.: estas particularidades funcionais não mudam o perigo do estireno conforme os setores de saúde dos EUA, há, pelo menos, cinco anos vem advertindo. Então esta eliminação deveria ser muito mais por ser uma molécula perigosa e cancerígena do que por ser transformado em produtos comerciais que viram ‘lixo descartável’).

A cadeia de cafeterias Dunkin Donuts, por exemplo, vende mais de um bilhão de copos descartáveis de poliestireno a cada ano (1 billion polystyrene cups each year).

O poliestireno não pode ser reciclado (nt.: segundo consta ele é no Brasil), fragmentando-se em pequenos pedaços de microplástico, e tem sido considerado como um carcinogênico (has been deemed a carcinogen) e é um flagelo para a vida marinha. A organização portuária da cidade “Waterfront Partnership of Baltimore“, que vem, há tempos, advogando restrições à produção de plástico no estado, bem como melhores iniciativas de reciclagem, celebrou a nova lei.

“Nossa bacia hidrográfica não para nas divisas das cidades e das comunidades”, disse Adam Lindquist, diretor da Healthy Harbor Initiative da Waterfront Partnership, à Global Citizen. “Ela se estende por várias jurisdições. Assim, se realmente quisermos deixar o poliestireno fora dos canais, precisaremos então uma proibição para todo o estado.”

O Waterfront Partnership gasta US $ 150 mil por ano em um dispositivo de coleta de lixo flutuante chamado Mr.Trash Wheel (nt.: foto da máquina abaixo). Ele mostra uns olhos esbugalhados, como se fosse um grande caranguejo. Fica na foz da hidrovia de Jones Falls e emprega para coletar o lixo, uma correia transportadora. Depois das tempestades, a máquina pode coletar de 60 a 70 contêineres de lixo para que os voluntários possam depois separar os materiais.

Desde 2014, este equipamento, o Mr.Trash Wheel, coletou mais de um milhão de fragmentos de poliestireno da água, conforme o senhor Lindquist.

“Uma coisa é pegar garrafas de plástico, porque se pode vê-las e coletá-las. Mas com o poliestireno não é assim que a coisa funciona”, disse ele à Global Citizen. “O produtos feitos com esta resina, o poliestireno, se dividem em miríades de bolinhas ou pedacinhos infinitamente mínimos. Pode-se passar um dia inteiro em apenas um pequeno espaço e nunca pegar todos os fragmentos de isopor”.

MrTW2.jpeg

Waterfront Partnership fo Baltimore

“Quando é pequeno o bastante, peixes, caranguejos e camarões começam a comê-los e acabam sobrecarregando mais ainda, de poluição, a cadeia alimentar”, acrescenta ele.

Em anos recentes, o impacto da poluição de plásticos na vida marinha estimulou uma movimentação global. Mais de 60 países tomaram medidas para restringirem o plástico, empresas massivamente estão investindo em alternativas e pessoas comuns estão promovendo mudanças em suas vidas, a cada dia (everyday people are driving change).

A nova proibição cobre usos de poliestireno como recipientes para comida e bebida, mas apresenta exceções significativas. Assim, enquanto as pessoas no estado não receberão recipientes de isopor para levar comidas ou xícaras de café, as empresas ainda poderão usar poliestireno para cobrirem produtos de carne e todos os itens não-alimentares, incluindo amendoins embalados. Além disso, os alimentos que são embalados fora do estado ainda podem usar poliestireno, uma exceção que faz acomodações para o fato de que nenhum outro estado proíbe ainda esta resina, existe o perigo destes fatos comprometerem a eficácia do projeto de lei.

Ainda assim, esta nova lei é um passo na direção certa, disse Lindquist, cuja organização está trabalhando na construção de apoiar o banimento das sacolas plásticas e uma boa reciclagem em todo o estado.

“Gastaríamos muito de colocar o Mr.Trash Wheel numa dieta e aposentá-lo desta atividade que faz atualmente,” diz ele.

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, abril de 2019.

Arquivado em: Ecologia Marcados com as tags: EPS, Isopor, Plástico descartável, Poliestireno, Saúde Pública

Abandona este Copinho de Isopor! Os Perigos do Poliestireno

14 de outubro de 2016 por Luiz Jacques

Abandona este Copinho de Isopor! Os Perigos do Poliestireno! O icônico copinho branco de cafezinho e as embalagens típicas de ‘quetinhas’, ‘marmitex’ e ‘viandas’ não são feitas REALMENTE  de Styrofoam, mas sim o poliestireno vem na forma de EPS (nt.: nos EUA são chamadas não de Isopor, antiga marca registrada da BASF, hoje da Knaup, mas sim de EPS. Já o Styrofoam tem uso diferente das embalagens como veremos abaixo). Vamos então começar desde o início!

http://naturallysavvy.com/live/put-down-that-styrofoam-cup-dangers-of-polystyrene

By Andrea Donsky

Mas o que foi dito antes não faz nenhum dos produtos menos perigosos. O importante é esclarecermos o quê e do quê estamos falando.

O real produto de espuma de estireno (real Styrofoam™) foi inventado em 1941, e feito pela Dow Chemical, e é “usado exclusivamente para isolamento de construção civil (nt.: não confundir com o isolamento feito com a espuma da resina plástica poliuretano), para docas flutuantes e para alguns moldes para arranjos florais… Com pouquíssimas exceções tem sempre a coloração azul claro.”

Então, os itens de plástico branco leitoso acabamos denominando erradamente quando nos referimos a eles como sendo Styrofoam (nt.: nos EUA. No Brasil sempre chamamos, corretamente, estes itens simplesmente de poliestireno) já que são muito similares, mesmo sendo diferentes. E aqui estão as diferenças:

• O produto com a marca registrada chamada Styrofoam é fabricada usando uma espuma de poliestireno com célula fechada.

• Os copinhos de café branco leitoso ou transparentes, descartáveis, caixas de ‘isopor‘ (nt.: chamada em inglês de ‘coolers‘), embalagens descartáveis de alimentos e flocos de ‘isopor‘ referem-se à espuma  expandida (não extrudida) de poliestireno, que algumas vezes é referida como sendo EPS (nt.: expanded poly-styrene – como estão sendo, no momento, chamados os produtos que antes eram denominado como ‘isopor’. Isso, após a compra da ‘BASF Isopor‘, no Brasil, pela transnacional também alemã, Knaup).

Agora que se esclareceu acima as diferenças, aqui estão as razões do porquê não se pode descartar em qualquer lugar, os produtos feitos com esta resina, o estireno. Eles ão prejudiciais aos seres humanos e à saúde ambiental (hazardous to human and environmental health).  http://deborahmitchellbooks.com/pets-and-planet/styrofoam-health-and-worms/

O que é um produto poliestireno?

Poliestireno (nt.: é um polí+mero=muitas partes, ou seja, muitos monô+meros=uma parte) é uma resina plástica leve de base do petróleo feito com o monômero estireno, uma substância sintética classificado como um possível carcinogênico humano (possible human carcinogen) pela Environmental Protection Agency/EPA (nt.: Agência de Proteção Ambiental dos EUA) e pela International Agency for Research on Cancer/IARC (nt.: Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da OMS/ONU); e benzeno (benzene), um conhecido carcinogênico humano de acordo com a EPA. Em torno de 95% do produto final é ar e comumente usado para fazer embalagens de bebidas descartáveis, caixa de ‘isopor’, bandejinha para embalar carne, peixe e frios em supermercados, materiais de embalagens e caixas para embalar alimentos de ‘fast-food‘ e de ‘deliveries‘. Pode-se ver o número 6 dentro do triângulo símbolo da reciclagem (recycling symbol) e abaixo deste símbolo as letras “PS” (nt.: significa polystyrene em inglês) sob todos os produtos feitos de poliestireno.

6 razões para evitar o uso de poliestireno

A boa notícia é que lentamente cresce o número de cidades, em torno do mundo (nt.: infelizmente não é caso do Brasil já que os supermercados e mercadinhos estão atrolhados de bandejinhas e placas de ‘isopor/EPS‘ com alimentos gordurosos!!), que estão eliminando e banindo todo o poliestireno. Até agora, mais de 100 cidades játêm um tipo de banimento dos produtos de espuma de estireno. A última cidade da lista é São Francisco (San Francisco) cujo banimento inclui os flocos de poliestireno, refrigerador portátil, copinhos de café descartáveis, bandejinhas de carnes, frios e outros além de docas flutuantes, e que vai ser efetivo em 01 de janeiro de 2017. A cidade já tinha banido as embalagens descartáveis desde 2007.

Por que todo este alvoroço em torno destes produtos plásticos leves? Se nossa cidade ainda não baniu todo produto de ‘Styrofoam‘, precisamos tomar esta iniciativa num processo, depois de lermos esta lista abaixo.

1. Colocar tóxicos em nosso alimento
. Será que gostarias de ter alguns tóxicos em teu café, soupa ou mesmo cerveja? “Quantidade de estireno presente como também de outros vários aditivos em produtos de poliestireno migram para o alimento, que aumenta significativamente em líquidos quentes,” de acordo com Olga Naidenko, PhD, cientista sênior da ONG Environmental Working Group/EWG. Apesar de cada dose individual possa parecer muito baixa, imagina o efeito acumulativo! Quantos copinhos de café ou embalagens de massa rápida de microondas, ambas de poliestireno, temos consumido e descartado?

Alimentos e bebidas embalados em poliestireno estão provavelmente contaminados por lixiviar substâncias tóxicas (leach toxic substances) inclusive aqueles que são quentes (p.e., café, chá, sopa, pimenta, sobras reaquecidas), gordurosos (p.e., batatas fritas, cheeseburgers, pizza, molho de salada), e/ou que contém ácidos (p.e., tomates, cítricos) ou álcool (p.e., cerveja, vinho). As fotos acima dizem tudo. Eu pessoalmente vivi isso há algumas semanas atrás quando minha mãe me pediu um copo de chá em um encontro social. Pode-se ver pelas fotos como o copo começou a se desmanchar no líquido quente. Quando mostrei isso para amigos, ninguém acreditava no que via.

Ao lado de estar sendo considerado como um possível carcinogênico, o estireno também é considerado um neurotóxico e bioacumulativo em tecidos gordurosos. Os efeitos adversos à saúde associados à exposição ao estireno incluem fatiga, redução da habilidade de concentração, aumento na função anormal dos pulmões, disruptura endócrina (incluindo as tiroides), dores de cabeça e irritação dos olhos e nariz.  Pesquisar em boletim específico quanto ao impacto da exposição ao estireno em ralação aos trabalhadores.

2. Coloca a saúde dos trabalhadores em perigo. Dezenas de milhares de trabalhadores estão expostos ao estireno na fabricação de borracha sintética, plásticos e resinas. Exposição crônica está associada a sintomas no sistema nervoso central, incluindo dor de cabeça, fatiga, fraqueza, deficiência auditiva e depressão como efeitos sobre as funções dos rins. Um nova pesquisa (study) (2016) reportou número excedente de mortes associadas com câncer de pulmão, de ovários e doença pulmonar obstrutiva crônica/DPOC (nt.: em inglês-chronic obstructive pulmonary disease/COPD) entre os trabalhadores.

The Truth About Styrofoam


3. Duração (quase) para sempre.
 Deve durar em torno de 500 anos para que o poliestireno se decomponha no ambiente. Desde que a vasta maioria do poliestireno não é reciclado, nossos aterros sanitários estão abarrotados de quantidades significativas de poliestireno: em volume, de 25 a 30% (25 to 30 percent) dos materiais dos aterros são plásticos, incluindo o ‘Styrofoam‘.4. Contribui com a poluição do ar e as mudanças climáticas. Se o poliestireno é queimado ou incinerado, libera monóxido de carbono tóxico para a atmosfera. Se queimamos lixo ou temos uma lareira, nunca, jamais queimemos poliestireno.O processo de fabricação da espuma de poliestireno também libera hidrocarbonetos prejudiciais, que combinados com óxidos de nitrogênios na presença da luz do sol forma um perigoso poluente atmosférico no nível do solo chamado ozônio troposférico, que está associado com efeitos sobre a saúde como distúrbios na garganta, falta de ar, náuseas, asma (asthma) e bronquite.5. Originário de fonte não-sustentável. O poliestireno é feito do petróleo, um produto não-sustentável. Este produto tipo ‘Styrofoam‘ é um perigo ambiental desde sua fabricação até seu descarte!6. Prejudica a vida selvagem. O poliestireno muitas vezes faz seu trajeto no meio ambiente, especialmente pelos mananciais hídricos. Quando ele se desdobra, suas partes são frenquantemente consumidas tanto pelos animais terrestres como marinhos, causando obstrução de seus sistemas digestivos, asfixia e morte.O que podemos fazer

• Reciclar/redirecionamento! O poliestireno pode ser reciclável em algumas áreas. Podemos localizar oportunidades de reciclagem (recycling opportunities) perto. Assim que encontrá-las levar para reciclar. Reutilizam para redirecionamento para materiais de construção.Se trabalhamos onde há volumes significativos de poliestireno, podemos buscar um local onde aceite grandes volumes desta resina. Em todos os casos, remover tudo o que não for a resina para não contaminar o processo.• Reuso. Se recebemos embalagens que contenham flocos de poliestireno para embalamento, podemos reutilizá-los para seu próprio uso ou enviá-los para reuso.• Pegar e encaminhar. Se estivermos caminhando (If you are out walking) e vemos um copinho de poliestireno ou outro lixo descartado, peguemos e encaminhemos (a menos que tenhamos um meio para reciclar). Pelo menos reduzimos as chances deste plástico ser consumido pela vida selvagem, terminando nas vias hídricas ou entupir os esgotos e vias pluviais.• Digamos não ao poliestireno. Escolhamos não comprar nenhum dos tipos de produtos de poliestireno (p.e., copos, talheres, pratos, embalagens, caixas e outros) ou itens alimentícios ou não que estejam embalados nesta resina plástica. Quando comer fora, perguntar por alternativas ao poliestireno para embalagens de ‘quentinhas’, ‘fast food’, ‘marmitex’, ‘viandas’ e outros, e quando buscarmos os alimentos, levamos nossa própria embalagem de vidro, se possível. Da mesma forma, levar sua própria canequinha de aço, esmaltada ou de porcelana quando for a uma cafeteria ou quaisquer estabelecimentos que sirvam café ou outro produto em copos de poliestireno.

• Sejamos inconformados.
 Se trabalharmos ou formos voluntários em alguma organização onde os copinhos ou copos d’água forem de poliestireno e utilizados para serem usados pelos funcionários, introduzir a ideia de troca por canecas de cerâmica. Lembrar o poder de que esta troca representará economia de custos! Todos tendo um ou dois copos ou canecas em casa, poderão participar desta causa. É claro que os copos ou canecas precisam ser limpos, mas todos são adultos, ou não?

• Reaquecer sempre com segurança.
Nunca reaquecer alimento ou bebida em embalagem de poliestireno. Usar cerâmica, panelas de pedra, aço ou vidro.LER MAIS SOBRE: 12 Household Items That Contain Harmful Chemicals (and How to Avoid Them)

Image via Sam Johnson
Fontes
Bottom Line. Styrofoam really is bad for your health
Earth 911. Recycling mystery: expanded polystyrene
Earth Resource Foundation. Polystyrene foam report
Environmental Protection Agency. Benzene
Environmental Protection Agency. Advancing sustainable material management: 2013 fact sheet
Ruder AM et al. Mortality among styrene-exposed workers in the reinforced plastic boatbuilding industry. Occupational and Environmental Medicine 2016 Feb; 73(2): 97-102
San Francisco Chronicle. San Francisco bans Styrofoam and other cities should follow
Washington Post. You have never actually used a Styrofoam cup, plate, or takeout box

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, outubro de 2016.

Arquivado em: Globalização, Resíduos, Saúde, Toxicologia Marcados com as tags: Copinhos plásticos, Embalagens de alimentos, Estireno, Isopor, Poliestireno, Supermercado

Por que Nova York declarou guerra ao isopor?

6 de julho de 2015 por Luiz Jacques

Nova York se juntou às cidades que declararam guerra contra as embalagens, pratos e copos de isopor, material que é tão atraente para os negócios quanto tóxico ao meio ambiente. A partir desta quarta-feira (1), está proibido vender, oferecer ou possuir qualquer produto feito de isopor na metrópole americana. Empresas e comerciantes têm seis meses para se adaptar. Depois desse prazo, serão multadas.

 

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2015/07/02/116871-por-que-nova-york-declarou-guerra-ao-isopor.html

 

“Produtos feitos de isopor causam um grande prejuízo ao meio ambiente e não há mais lugar para eles em Nova York”, disse o prefeito da cidade, Bill de Blasio.

Mas por que o isopor está sob fogo cerrado? Aliás, de que exatamente é formado o material? Por que não é possível reciclá-lo? Confira alguns detalhes sobre um dos maiores inimigos dos ambientalistas.

O que é isopor? – Comercializado nos Estado Unidos com o nome de Styrofoam, o isopor foi inventado pelo cientista da empresa Dow Chemical Otis Ray McIntire em 1941.

Para fazê-lo, pequenas quantidades do polímero poliestireno são misturadas com produtos químicos para se expandiram 50 vezes do seu tamanho original.

Após o resfriamento, essa massa é então colocada em moldes – seja de um copo ou de uma embalagem – e passa por um novo processo para expandi-la ainda mais, até que o molde seja totalmente preenchido e as contas se fundirem.

O produto final é leve, barato – 95% de sua composição é ar. Suas propriedades isolantes e seu custo barato tornaram o isopor uma escolha atraente nos negócios (nota do site: no Brasil quem faz é uma empresa alemã que se chama Knauf, ex-Basf – palavras no facebook: “A Knauf chegou ao Brasil em 1998, com a compra da Basf ISOPOR. Por esse motivo, o nome “ISOPOR” passou a ser reconhecido nacionalmente como produtos de ‘EPS'”).

Por que ele é tão prejudicial ao meio ambiente? – Há uma estimativa de que apenas nos Estados Unidos 25 bilhões de copos de café de isopor são jogados no lixo em um ano – para efeito de comparação, 100 bilhões de sacolas plásticas são descartadas anualmente.

Em 2006, por exemplo, 135 toneladas de produtos de isopor foram despejadas em lixões em Hong Kong – menos de 5% de todo o lixo plástico descartado no país.

Mas mesmo o isopor representando uma parcela pequena do lixo, ambientalistas afirmam que o problema ganha outras dimensões quando ele chega no mar.

Segundo Douglas McCauley, professor de biologia marinha da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, há dois problemas causados pelo isopor para os animais marinhos, um químico e o outro, mecânico.

“O mecânico é bem fácil de se ver. Encontramos espuma de isopor no intestino de animais – e isso pode ser letal”, diz.

Já o aspecto químico tem a ver com a propriedade absorvente do material. “O isopor age como uma pequena esponja poluente, capturando todos os compostos que mais contaminam o oceano. E então um animal engole isso, pensando ser uma água-viva”.

E isso não é perigoso apenas para os animais marinhos para o oceano como um todo. Pode também ser prejudicial para os humanos.

“É preocupante que um peixe que ingeriu tudo isso acabe nas nossas mesas”, afirma (nota do site: nada se fala sobre o isopor ser um poliestireno expandido antes com o CFCs e agora com os HCFCs que e a mesma coisa quanto à camada de ozônio. Mas ele é feminizante dos machos por ser estrogênicos e também canceríeno).

Por que não é possível reciclá-lo? – A dificuldade em reciclar o material é uma das principais razões para Nova York banir o material. Kathryn Garcia, responsável pelo sistema sanitário da cidade, afirmou: “Ninguém conseguiu até agora provar que seja possível reciclá-lo em larga escala, e tampouco há mercado para isso.”

Devido ao processo químico usado em sua confecção, é quase impossível transformar, por exemplo, um prato de isopor em uma embalagem feita do mesmo material.

Há, no entanto, alguns métodos sendo testados, como reciclagem térmica. Mas sua viabilidade em termos de custo e logística de transporte ainda é um problema.

Quais as alternativas? – O McDonalds começou a deixar de usar embalagens de isopor nos anos 90 – e em 2013 abandonou totalmente o material, o substituindo por alternativas feitas com papel.

Já o Dunkin’Donuts agora faz seus copos com um composto mais fácil de ser reciclado, o polipropileno – um tipo de plástico bastante usado para embalagens para levar comida para casa. No entanto, o produto é mais caro que o isopor.

Astrid Portillo, dona do restaurante Mi Pequeno El Salvador, no bairro nova-iorquino de Queens, disse ao jornal New York Daily: “Eu vou ter de aumentar os preços no meu cardápio com essa nova lei.”

O prefeito de Blasio, no entanto, acredita que há meios para evitar aumentos como esse.

“Se mais cidades no país seguirem nosso exemplo e criarem vetos semelhantes, isso pode aumentar a demanda por esse produtos alternativos e baratear seus custo.”

(Fonte: G1)

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BPA—CUIDADO: Embalagens Plásticas BPA-Free Podem Ser Perigosas.

15 de janeiro de 2015 por Luiz Jacques

Resumo da história.

  • Químicos plásticos podem e realmente lixiviam das embalagens plásticas, contaminando assim alimentos e bebidas embalados; 
  • Entre os mais perigosos destes químicos conhecidos, até este momento, estão os bisfenol-A (BPA) e os ftalatos, ambos mimetizadores hormonais em nossos corpos; 
  • Toxicidade ovariana parece ser, particularmente, um forte traço do BPA. Pesquisadores da Universidade de Harvard detectaram que maiores níveis de BPA em mulheres, estão conectados à redução no número de óvulos férteis;  
  • Em resposta à demanda do consumidor por produtos livres de bisfenol -‘BPA-free’-, muitos fabricantes têm mudado o uso para diferentes químicos chamados bisfenol-S (BPS), que parecem ser efetivamente mais tóxicos do que o BPA;
  • O estireno, detectado em copos feitos de espuma mole tipo ‘Styrofoam’ (nt.: marca registrada da Dow ou espuma tipo EPS, expandida e dura), pode ser “previsto razoavelmente como carcinogênico humano”, de acordo com os cientistas do National Research Council (nt.: ver-nossofuturoroubado.com.br/estireno-e-espuma-de-estireno/).

 

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2014/12/10/bpa-free-plastic-containers.aspx

 

By Dr. Mercola

No passado, o plástico era pensado ser uma substância inerte. Agora nós sabemos que químicos presentes em plásticos podem ser e são liberados das embalagens, contaminando assim os alimentos e as bebidas que elas contêm.

Dentre destes químicos mais perigosos, conhecidos até agora, são os bisfenol-A (BPA) e os ftalatos (phthalates). Ambos mimetizam hormônios em nosso organismo. Mesmo pequeninas concentrações podem causar problemas e seremos provavelmente expostos a uma ampla variedade de fontes.

À parte dos produtos enlatados (nt.: é importante se ter em conta que todas as latas têm uma lâmina plástica interna que contém BPA), eles foram detectados em vasilhames reutilizáveis de alimentos, filmes plásticos e embrulho, garrafas d’água, produtos de cuidado pessoal—onde são identificados. Em resposta à demanda dos consumidores por produtos ‘BPA-free’, muitos fabricantes têm trocado este químico por outros diferentes chamados de bisfenol-S (BPS).

Para surpresa geral, o BPS parece ser tão tóxico, se não mais, do que o BPA… Um relatório do grupo Mother Jones 1 publicado no início deste ano de 2014, acusando as indústrias de plásticos que usam o mesmo estilo de campanha das indústrias do fumo no sentido de esconder descobertas que conectam seus produtos a problemas de saúde. Mais recentemente, o periódico, Scientific American 2 observou que:

“O BPS era um substituto preferido porque era pensado ser mais resistente à lixiviação. Se os consumidores fossem menos contaminadas com este químico, a ideia foi que ele causaria nenhum ou somente um dano mínimo. 

Assim, o BPS foi para o mercado. Perto de 81% dos norte americanos apresentam níveis detectáveis de BPS em suas urinas. E uma vez que entre no corpo pode afetar células da mesma maneira que o BPA”.

Riscos do bpa sobre a saúde

BPA, que mimetiza o hormônio estrogênio, vem sendo conectado a uma série de preocupações sobre a saúde, incluindo:

Danos estruturais ao nosso cérebro Mudanças no comportamento específico de gênero e comportamento sexual anormal
Hiperatividade, aumento da  agressividade e prejuízo de aprendizado Puberdade precoce, estimulação do desenvolvimento da glândula mamária, disfunção dos ciclos reprodutivos, disfunção ovariana e infertilidade 3
Aumento da formação de gordura e risco de obesidade Estimulação das células de câncer de próstata
Alteração da função imunológica Aumento do tamanho da próstata e decréscimo na produção de espermatozoides

químicos, Disruptores Endócrinos, que  podem afetar o desenvolvimento Sexual e Fertilidade

A toxidade ovariana parece ser uma característica particularmente forte do BPA. Pesquisadores da Universidade de Harvard detectaram que níveis maiores de BPA em mulheres estão conectados à redução no número dos óvulos férteis. De acordo com o New York Times:4

“A pesquisa que vai se acumulando abastece a preocupação crescente entre os cientistas de que a exposição infantil ao BPA bem que pode contribuir para a infertilidade feminina e que a exposição de adultos pode resultar em tempo menor de vida reprodutiva.  

‘Eu acho que a maioria dos cientistas que trabalham hoje concorda que o BPA é uma substância tóxica aos ovário’, disse o Dr. Flaws. Uma revisão sobre o tema BPA, publicado neste ano de 2014 no periódico Environmental Health Perspectives,5  observou que a toxicidade sobre os ovários está entre os efeitos mais consistentes e mais fortes encontrados ‘tanto em modelos animais como em mulheres.’” 

Enquanto isso, na Suécia, o aumento no número de meninos nascidos com deformidade peniana—uma condição conhecida como ‘hipospadia’—deixa os pesquisadores “perplexos”. Um notável aumento que aparece em crianças nascidas depois de 1990, quase dobrando quando comparado a décadas anteriores.6

Hipospadia é um defeito de nascimento no qual a abertura da uretra (nt.: conhecida como meato) está na parte inferior do pênis em vez de estar na sua ponta, afetando tanto a micção como a função sexual. Cientistas estão especulando se as substâncias que são disruptores endócrinos como o BPA e os ftalatos, podem estar em detaque.

Pesquisadores também têm apontado conexões entre os ftalatos e a infertilidade. Um relatório no Chemical and Engineering News7 discute recentes descobertas 8 sugerindo um mecanismo de ação por esta conexão. Os pesquisadores detectaram que a exposição aos ftalatos correlaciona-se com um biomarcador para o dano oxidativo ao DNA.

Enquanto isso era verdade tanto para homens como para mulheres, o efeito era maior em mulheres. As mulheres também tinham concentrações mais altas na urina de todos, excetuando um de seus metabólitos. Cosméticos são suspeitos de serem o principal culpado, explicando assim os diferentes níveis em homens e mulheres.

BPS parece ser tão danoso quanto o BPA

Como mencionado, muitos fabricantes estão simplesmente trocando o BPA pelo BPS, que lhes permite dar um empurrão ao tão procurado rótulo “BPA-free” colocado sobre seus produtos. No entanto, ao que parece, o BPS demonstra ter muitas das mesmas preocupações como o BPA.

No ano de 2013, pesquisadores do Setor Médico da Universidade de Texas descobriram mesmo em concentrações diminutas—menos do que uma parte por trilhão—de BPS podem gerar disfunções no funcionamento celular. Desordens metabólicas como obesidade, diabetes e mesmo câncer, são ramificações potenciais de tais desfunções.

Basicamente, enquanto os fabricantes não estão mentindo ao estabelecerem que seus produtos são “BPA-free”, não estão, no entanto, falando toda a verdade. Muitos estão simplesmente negociando seus produtos com um químico disruptor endócrino por outro e os consumidores que têm consciência sobre saúde podem estar sendo ludibriados quanto este falso senso de segurança pela presença do rótulo de livre de BPA. De acordo com o artigo citado:9

“Um estudo publicado no periódico Environmental Health Perspectives 10 detectou que quase todos os 455 plásticos comercialmente disponíveis que foram testados, lixiviam substâncias químicas estrogênicas.

Este estudo leva a uma amarga batalha entre a Eastman Chemical Co. e o autor do estudo, George Bittner, professor de neurobiologia junto à Universidade do Texas em Austin e fundador da CertiChem (nt.: ver http://certichem.com/) e da PlastiPure (nt.: o link é: http://plastipure.com/our-products – mas os produtos são artificiais e não assimiláveis pela natureza, só são livres de disruptores endócrinos), duas companhias projetadas para testarem e descobrirem plásticos não estrogênicos.

Bittner afirmou na revisão aos pares de que o produto da Eastman ‘Tritan’, comercializado como sendo completamente livre de lixiviar estrogênicos, mostrou esta atividade.

A Eastman por sua vez contestou e acionou o pesquisador. Um juiz federal decidiu em favor da reclamante, dizendo que os métodos dos testes de Bittner eram inadequados porque ele fez ‘in vitro’—numa placa de petri em vez de ser ‘in vivo’, num animal vivo”.

Testes com Animais mostram que o BPS Afeta as Funções cerebrais e cardíacas

Tendo aprendido esta lição, os pesquisadores estão agora focando suas investigações em testes com animais vivos 11 e os resultados mostram que o BPS dificilmente será uma alternativa mais saudável ao BPA:

  • Estudando os efeitos dele sobre embriões de peixe zebra detectaram que aqueles expostos ao BPS em concentrações semelhantes às que foram encontradas na água de um rio próximo, experimentaram um crescimento explosivo neuronal, o que levou a um comportamento hiperativo e errático, assim que os peixes cresciam. Embriões de peixes expostos ao BPS tiveram um aumento de 170% no crescimento neuronal; enquanto aqueles expostos ao BPA tiveram um de 240%.
  • Outro estudo, usando ratos, detectou que exposição tanto ao BPA como ao BPS causavam arritmia cardíaca em fêmeas. Aqui, a dose usada foi similar às concentrações encontradas em seres humanos. Os pesquisadores descobriram que o BPS bloqueava um receptor do estrogênio presente somente em fêmeas, gerando disfunção nos canais do cálcio. Este é também uma causa comum de arritmia cardíaca em humanos.

A raiz do problema remonta a uma falta na regulamentação destes químicos—não há nenhum órgão competente testando quanto à sua toxicidade antes de um produto químico ser permitido ir para o mercado. Banir o BPS não vai resolver este problema, existem muitos tipos de bisfenóis e simplesmente mudar de um para outro não é senão um jogo musical da troca de cadeiras destes tóxicos. Neste momento, poderemos estar pagando mais por um produto “BPA-free” que não é mais seguro do que o antigo que continha BPA… Também estamos expostos a uma série de outros produtos químicos liberados de embalagens tanto de alimentos como de bebidas, 12 muitos dos quais não têm nenhuma etiquetas com alguma advertência.

Outra resina química que está elevada na lista de preocupação é o estireno, da qual são feitos os copos de ‘isopor’. Segundo cientistas do National Research Council, o estireno pode ser “previsto razoavelmente como sendo carcinógeno humano”. 13 Calor e armazenamento prolongado em contato com esta substância, aumenta a quantidade de lixiviação se não de todos esses químicos de seus respectivos recipientes de plástico. E isso pode ser uma preocupação especial quando se trata do ‘isopor’, como são os copos desta resina expandida como espuma e usados quase que exclusivamente para bebidas quentes (nt.: lembrar dos copinhos de cafezinho oferecidos pela transnacional Nestlé).

ftalatos: força Industrial sobre ‘bagunça’ de gênero

Então é claro que existem os ftalatos que são utilizados como plastificantes em tudo, desde o revestimento de vinil/PVC (nt.: observar que estes pisos são aqueles que imitam madeira ou que são tipo pisos como lajotas de hospitais e outros ambientes com grande fluxo de pessoas) aos detergentes e brinquedos. Este disruptor hormonal também pode ser encontrado em sabonetes, xampus (shampoos) e cosméticos de todos os tipos. Eles estão até mesmo sendo usadas como aditivos alimentares! 14  Pesquisas já ligaram ftalatos com a feminização dos machos (feminization of males) de todas as espécies. Estes produtos químicos têm perturbado o sistema endócrino dos animais selvagens, causando câncer testicular, deformações genitais, baixa contagem de espermatozoides e infertilidade em ursos polares, veados, baleias e lontras, só para citar alguns. Os cientistas acreditam que os ftalatos são responsáveis por um padrão semelhante em seres humanos. Como podemos ver, os efeitos da exposição aos ftalatos, listados abaixo, são muito semelhantes aos dos bisfenóis (BPA e BPS), o que não é surpreendente, considerando que todos eles afetam o sistema endócrino e os hormônios sexuais:

Distúrbios na lactação “Síndrome Disgenesia”: envolve criptorquidismo (testículos que não descem para saco escrotal), hipospadia e oligospermia (baixa contagem de espermatozoides)
Interferência com a diferenciação sexual no útero Dilatação da glândula da próstata
Prejuízo dos ciclos de ovulação e a doença do ovário policístico (polycystic ovary disease/PCOS) Numerosas disfunções hormonais
Puberdade precoce ou atrasada Câncer de mama, miomas uterinos e câncer testicular

a IndústrIa química está utilizando a mesma cartilha da indústria do fumo…

O vídeo do canal independente Democracy Now (nt.: link – http://www.democracynow.org/about) acima revela como a indústria química usa a mesma cartilha que tornou a indústria do fumo notória por isso. A única diferença é que eles não foram expostos ainda, ao passo a indústria do fumo admitiu os prejuízos à saúde pelo uso de seus produtos. Por exemplo, muitos dos estudos que não detectaram efeitos adversos à saúde foram financiados pela indústria química e como observado no vídeo, há uma rede oculta aqui; os estudos financiados pela indústria foram publicados em certos periódicos que, em muitos casos, têm ligações com a indústria do fumo. A indústria química também se revezou com esta quanto aos cientistas que anteriormente desacreditaram a ciência que conectava o fumar e a exposição ao fumo em segunda mão em ralação a doenças.

Portanto, a indústria química tem não só pego emprestado as estratégias da indústria do fumo para manter seus produtos no mercado, como também estão contando com os mesmos “especialistas” da indústria do tabaco para auxiliá-la em suas reivindicações de segurança. Agora é um fato histórico de que a indústria do fumo propositadamente enterrou evidências ligando o fumo aos problemas de saúde, como o câncer de pulmão. Já a indústria química está agora fazendo exatamente a mesma coisa; usando as mesmas táticas e os especialistas como a indústria do fumo fez quando ficava contra a parede.

Como um exemplo, uma substância química em particular tornou-se o foco da investigação de Mariah Blake do website Mother Jones: ‘Tritan’, feito pela Eastman Chemical. De acordo com Blake, um número de cientistas independentes vêm testando este produto e detectaram que ele tem atividade estrogênica—de fato, ele é MAIS estrogênico do que o policarbonato, um plástico que contém o BPA (nt.: o policarbonato vem da reação química entre a arma de guerra, ‘fosgênio’, como o estrogênico BPA). Documentos internos liberados durante o desenrolar de um processo judicial contra a Eastman Chemical revelou que a companhia suprimiu evidência mostrando que o ‘Tritan‘ é de fato estrogênico. Chocante, mas verdadeiro. Existem em torno de 80.000 substâncias químicas usadas em vários produtos vendidos nos EUA e somente uma mínima fração deles foram submetidos a testes de segurança.

E, em razão da falta de regulamentação, quando químicos como o BPA são retirados da produção, a indústria simplesmente substituem por outro não testado… Até parece um ciclo vicioso que nunca tem fim onde tão logo um químico é detectado como sendo perigoso, outro já toma seu lugar e é autorizado a causar danos por décadas até que alguém se dê conta dos males que ele causa… Mesmo por mais louco que isso possa parecer,  a indústria química é uma área em grande parte desregulamentada e tal como isso está colocado, torna-se um tremendo perigo à saúde humana. Minutos que vazaram de um encontro de 2009 da BPA Joint Trade Association são também muito reveladores.

Os membros desta associação incluem o American Chemical Council, o American Chemistry Council, a Coca-Cola, o Del Monte e muitos outros. Nesta reunião, eles exploraram uma variedade de estratégias de mensagens, incluindo o que eles chamaram de “táticas do medo”. Um exemplo de uma tática de medo seria a utilização de declarações como “Você não quer ter mais acesso a comida de bebê?” Os participantes concordaram que “o porta-voz deste santo graal” seria “uma jovem mãe grávida que estaria disposta a falar para todo o país sobre os benefícios do BPA”. Como observado por Mariah Blake, um dos aspectos mais perturbadores de esforços da indústria química para esconder os efeitos perigosos é que o alvo deles seria propositadamente aqueles que são os mais vulneráveis ao dano, como crianças pequenas e mulheres grávidas.

dicas para Reduzir nossa Exposição aos químicos dos plásticos que são disruptores Endócrinos

Para evitar quaisquer químicos tóxicos sendo liberados em nossos alimentos e bebidas, escolher vidro acima dos plásticos, especialmente quando isso vem para produtos que entrarão em contato com nossos alimentos e bebidas ou aqueles que são dirigidos a mulheres grávidas, bebês e crianças. Isso se aplica a alimentos enlatados por serem a maior fonte de contaminação com BPA. Então, sempre que puder escolha alimentos embalados em vidro em vez de enlatados ou optar, em vez disso, por alimentos integrais frescos. Também recomendo evitar brinquedos infantis que vão à boca para nossos filhos que sejam feitos de plástico. Considerando sua ubiquidade, pode estar próximo da impossibilidade evitarmos todas as fontes de exposição aos BPA, BPS, ftalatos e a tóxicos similares, mas nós podemos certamente reduzir nossa exposição dramaticamente ao fazermos escolhas mais conscientes e informadas. Para limitarmos nossa exposição, favor considerar as seguintes sugestões:

Somente usar tanto mamadeiras como loucas de vidro para os bebês;
Desfazer-se de toda a louça e copos plásticos, bem como trocá-los por materiais de vidro;
Empregar brinquedos de tecidos naturais em vez de plásticos;
Armazenar alimentos e bebidas em embalagens de vidro;
Se escolher usar microondas, coloque alimentos em recipientes de vidro, nunca plástico;
Usar vidro, cerâmica ou canecas de viagem feitas de aço inoxidável em vez de plástico ou de ‘isopor’;
Evitar usar filmes de plástico para embalar (e nunca usar no microondas algo envolvido neles);
Se optar pelo uso de utensílios de cozinha de plástico, pelo menos se desfazer dos velhos, riscados, evitando colocá-los em máquinas de lavar louças e não lavá-los com detergentes fortes já que estas coisas podem liberar mais químicos liberados em alimentos;
Evitar usar água engarrafada; filtrar a própria água com filtro de osmose reversa, em vez disso;
Antes de permitir que um selante dental seja aplicado em qualquer pessoa da família, perguntar ao dentista se ele não contém a resina com BPA.

Fontes e Referências

  • 1 Mother Jones March/April 2014
  • 2 Scientific American August 11, 2014
  • 3 New York Times August 28, 2014
  • 4 New York Times August 28, 2014
  • 5 Environ Health Perspect; DOI:10.1289/ehp.1307728
  • 6 International Business Times August 22, 2014
  • 7 Chemical and Engineering News August 22, 2014
  • 8 Environ. Sci. Technol. 2014, 48 (16); 9804–9811
  • 9 Scientific American August 11, 2014
  • 10 Environmental Health Perspectives Jul 1, 2011; 119(7): 989–996
  • 11 Scientific American August 11, 2014
  • 12 Mina August 28, 2014
  • 13 Mail Online July 29, 2014
  • 14 U.S. CONGRESS COMMITTEE ON ENERGY AND COMMERCE SUBCOMMITTEE ON ENERGY AND THE ENVIRONMENT Hearing Testimony by Gina M Solomon (PDF)

  Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, janeiro de 2015.

 

 

 

 

 

 

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