O degelo do permafrost, solo permanentemente congelado do Ártico, pode acelerar o aquecimento global mais do que o previsto, afirmou nesta quarta-feira (30) um grupo de cientistas, em artigo [Climate change: High risk of permafrost thaw] publicado pela revista “Nature”. Matéria da France Presse.
Aquecimento global
Derretimento do gelo ártico marítimo é o maior em 1450 anos.
Não é novidade que o gelo marítimo do Ártico está derretendo a um índice cada vez mais acelerado. No entanto, o que cientistas norte-americanos descobriram em um novo estudo é que esse nível de degelo é o maior em mais de um milênio.
Mudança climática já elevou a temperatura média em 1ºC nos últimos 50 anos.
A mudança climática começa a tomar corpo: o aumento de cerca de um ºC na temperatura média nos últimos 50 anos pode ser atribuído com uma certeza de 90% a 100% à atividade humana que acarreta o aquecimento global, segundo os especialistas em mudança climática da ONU. É o que revela o informe apresentado em Uganda, e que retrata a incidência do aumento de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
As evidências das mudanças climáticas e seus impactos potenciais, segundo o IPCC.
Segue um resumo, com base em informações do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), sobre as evidências científicas das mudanças climáticas e seus impactos às vésperas do próximo encontro climático das Nações Unidas, entre 28 de novembro e 9 de dezembro, em Durban, África do Sul. Matéria da France Presse.
Mudanças climáticas ameaçam o Himalaia.
Chuvas erráticas, geleiras que se derretem e uma biodiversidade ameaçada são os sintomas da mudança climática na cordilheira do Himalaia, enquanto os governos da região se esforçam para encontrar soluções o mais rápido possível. Um exemplo da necessidade de cooperar é a Cúpula do Clima pela Vida do Himalaia, que ocorreu neste último fim de semana no Butão com a participação também de dirigentes da Índia, Bangladesh e Nepal, para elaborar estratégias de adaptação à mudança climática.
O governo da poluição.
No mês de setembro houve o anúncio em Pernambuco da construção da maior termelétrica a óleo combustível do mundo, no município do Cabo de Santo Agostinho. Com uma potência instalada de 1.452 megawatts (MW) e um sistema de armazenamento para suprir a termelétrica, com capacidade para armazenar 200 mil toneladas de óleo combustível, foi prometido, assim, produzir energia suficiente para atender as necessidades da cidade do Recife, caso necessário.
‘Rio+20 deverá admitir fracasso histórico’, alerta o economista Jeffrey Sachs.
Enquanto governos e autoridades tentam convencer o mundo de que a reunião no Brasil em 2012 sobre o clima (Rio+20) terá um papel fundamental para encontrar uma solução para os problemas do planeta, o economista Jeffrey Sachs abandona a diplomacia e faz uma dura constatação: o encontro no Rio de Janeiro deve servir para admitir duas décadas de fracassos no campo ambiental e deve ser a oportunidade para o mundo reconhecer que não tem uma resposta para a crise.
Mulheres do Nepal vivem com terror do clima.
A nepalesa Suntali Shrestha, de 45 anos, esfrega as mãos com gesto nervoso ao lembrar as noites que passa insone, com medo de que soe o alarme de inundação enquanto dorme e fique debaixo d’água. “As sirenes estão sempre na minha cabeça, não me deixam em paz”, grita Suntali perante uma multidão reunida nesta pequena cidade do nordeste do Nepal para descrever as penúrias que passam por causa da mudança climática.
Relatório Departamento de Energia dos EUA aponta recorde nas emissões de gases em 2010.
O volume de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global, liberado na atmosfera deu um salto sem precedentes em 2010, segundo os últimos dados mundiais sobre emissões de dióxido de carbono, compilados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. Do Globo Natureza, com agências internacionais*.
Emissões de dióxido de carbono aumentam mais do que o previsto.
As tentativas internacionais de regulação climática fracassaram em diversos níveis. E como as emissões de dióxido de carbono aumentaram mais do que o previsto de 2009 a 2010, a meta de limitar o aquecimento global a um máximo de dois graus centígrados parece agora muito difícil de ser atingida. Mas o interesse político em mudar de rumo se dissipou.