Armazene seus alimentos em
vidro, não em plásticos.
Dr.Joseph Mercola (website: www.mercola.com/
)
A exposição a um componente químico
sintético, largamente empregado no mundo como aditivo de embalagens plásticas
comuns de alimentos, de mamadeiras infantis e da película interna de plástica
em latas de conserva, interfere na divisão celular dos óvulos de ratas
fêmeas, de acordo com pesquisas científicas. Se a divisão celular é perturbada,
pode redundar em aneuploidia (nt: esta dificuldade de separação dos cromossomas
durante a meiose, pode ocasionar que o embrião venha a ter algumas células
com mais cromossomas do que outras que poderão ter menos), ou seja,
um número anormal de cromossomos no óvulo. Esta condição é uma das principais
causas de retardo mental e de defeitos de nascimento em humanos, incluindo-se
aí a Síndrome de Down (nt.: mongolismo). Mesmo que a contaminação desta substância
sintética, chamada de Bisfenol A (nt.:Bisphenol A/BPA,
em inglês), se dê em doses extremamente baixas ainda produz anomalias
genéticas conforme as pesquisas. O Bisfenol A exibe propriedades tipo-hormônio
e imita estrogênios (nt.: hormônio feminino) que
ocorrem naturalmente. Pesquisadores iniciaram seus estudos
sobre o BPA após camundongos normais dos laboratórios começarem a exibir
anormalidades genéticas que eram realmente incomuns. Os defeitos foram
relacionados às gaiolas e aos bebedouros feitos de plástico. Eram limpos
com detergentes fortes o que ocasionava a lixiviação do BPA destes plásticos. Concluíram o quanto estes camundongos
eram expostos ao BPA e quão pequena era a dose que poderia produzir efeito
deletérios. Numa dose extremamente pequena como 20 partes por bilhão(nt.:
ppb)/dia por cinco ou sete dias já era suficiente para produzir este
tipo de agressão. De acordo com os estudiosos ainda há
incertezas quanto aos humanos, no entanto observam que os camundongos
e os humanos têm uma semelhança muito profunda quanto ao programa de divisão
celular dos óvulos.
Estudos anteriores sugerem que exposição de fetos de animais, ainda
no útero, a níveis de BPA similares àqueles encontrados no ambiente, geram
disfunções em relação à contagem de espermatozóides bem como no desenvolvimento
testicular e da próstata. No entanto, outros estudos, alguns financiados
pelas indústrias petroquímicas, não foram detectados riscos associados
à exposição ao Bisfenol A. Alguns especialistas dizem que, tomados
em conjunto, os estudos sugerem a necessidade de esforços para a redução
de exposições humanas ao BPA e que são totalmente justificáveis. Current
Biology
April 2003; 13:546-553
Comentário
do Dr. Mercola: O Bisfenol A foi sintetizado, nos anos trinta, durante
as buscas de geração, em laboratório, de estrogênios (nt.:
ou estrógenos – hormônios femininos).
Esta molécula está agora profundamente imiscuída
dentro dos produtos da moderna sociedade de consumo. Elas não só são uma
das moléculas que formam a resina policarbonato (nt.:
esta resina é originária da reação química
do Bisfenol A e o fosgênio, um gás de guerra. É considerada uma
resina de engenharia e está rotulada com o número sete, dentro do triângulo
com imagem de reciclável, tendo como sigla: PC. É com ela que se
faz todas as mamadeiras infantis do Brasil e de outros locais
do planeta!). Fazem parte também na manufatura das resinas epoxy e
em outros plásticos, incluindo polisulfonatos, alquilfenois, poliéster-estireno
e outros poliésters. Esta
é uma das razões fundamentais porque se deve armazenar os alimentos e
a água, em embalagens de vidro, o mais que se puder. Os plásticos são
longe, provavelmente, os que mais contribuem com contaminações, através
da presença de substâncias sintéticas perigosas. Um das coisas mais fácies que se pode fazer para
eliminar a exposição a estas moléculas é JAMAIS utilizar copos e similares
feitos de estiropor (nt.: ou isopor). Especialmente
para bebidas quentes. Já é problemático beber-se café, mas colocá-lo em
copinhos de estiropor é uma tremenda estupidez. A pergunta é: por que
se expor a este tipo de substâncias tão perigosas (como o bisfenol A e
o poliestireno*) ? (nt.:
o estiropor é a mesma resina do poliestireno só que expandida com o uso
de um gás, como foi com o famigerado CFC que ainda continuará, por dezenas
de anos, destruindo a camada de ozônio, na estratosfera). Eu
não acredito que o café seja mais perigoso do que os químicos sintéticos
que se absorve ao se bebê-lo em um copinho de estiropor. Se por um acaso estiver utilizando
mamadeiras de bebê de plástico, deverá fazer um esforço almejando a troca
imediata deste produto por uma de vidro, em razão do que acima foi exposto. Por favor, lembre-se também que a Administração
Norte-Americana de Controle de Alimentos e Fármacos (U.S.Food and Drug
Administration/FDA) ainda não definiu um limite seguro quanto aos níveis
de Bisfenol A nos gêneros alimentícios. O governo, nesta área, não está
nada conectado em nossa saúde. Conheça estas evidências e tome uma decisão
! Fiz isto há muitos anos atrás. Evito
plástico em praticamente todas as situações nas quais estes químicos poderão
entrar em contato com minhas fontes de água e de alimentos.
Tradução livre feita por: Luiz Jacques Saldanha, setembro de 2003, revisada em maio de 2005.
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