HIPOSPÁDIA NOS EUA (TODAS AS CONEXÕES PRESENTES NESTE TEXTO ESTÃO NO SITE ABAIXO
EM INGLÊS) http://www.ourstolenfuture.org/NewScience/reproduction/hypospadias.htm Hipospádia
e um defeito de nascimento do pênis no qual a posição da saída da uretra
é deslocada de seu lugar normal na ponta da cabeça do pênis para algum
outro ao longo do membro. As formas mais extremadas de hipospádia encontram
a saída junto à base do pênis ou mesmo no próprio escroto. Casos mais
modestos desta anomalia de nascimento podem ser corrigidos através de
cirurgia reconstrutora, mas nos casos mais extremos, muitas vezes, não
é possível. As causas desta anomalia em humanos não estão completamente
estabelecidas. O que se observa é que deve resultar de um erro de desenvolvimento
que ocorre no útero que impede a completa masculinização do trato reprodutivo.
Experimentos
(Experiments)
com animais de laboratório revelam que a hipospádia pode ser produzida,
repetida e seguramente, pela exposição a várias substâncias químicas disruptoras
endócrinas, incluindo o DDE (nt.: metabólito do agrotóxico DDT) e vinclozilin, um fungicida comumente
utilizado (nt.: em frutas). Os
US Centers for Disease Control-CDCs
(nt.:Centros de Controle de Doenças os EUA) incmbiu-se de um estudo (study)
quanto os índices de hipospádia nos EUA em razão destes trabalhos com
animais. Ficaram muito preocupados com os disruptores endócrinos e decidiram
que se isto fosse um real problema então estaria evidente nas tendência
de saúde dos EUA. Eles examinaram os estudos com animais procurando por
um efeito confiável produzido pelos disruptores endócrinos que fosse rápida
e seguramente detectado e que pudesse ser expressado em humanos. Estavam
particularmente interessados em detectar um resultado final em termos
de saúde no qual, quaisquer alterações no índice extraordinário medido,
pudesse não ser um resultado de diferenças de diagnóstico ou detecção.
Este é um problema clássico em estudos longitudinal sobre saúde. Eles
selecionaram a hipospádia para estudar em razão dela satisfazer este critério. As
análises dos CDCs das alterações na freqüência de hipospádia nos EUA revelou
um padrão surpreendente: o índice tinha mais do que dobrado desde 1970.
De fato em 1993, a hipospádia foi detectada em um em cada 125 meninos
nascidos nos EUA (gráfico acima). Pesquisas
subseqüentes também revelaram crescimento de hipospádia em vários outros
países, particularmente Japão e Escandinávia. Dados analisados por Leonard
Paulozzi (Data
analyzed by Leonard Paulozzi) dos CDCs indicaram que o crescimento
de hipospádia em alguns países industrializados podem ter se nivelado
a partir da metade dos anos oitenta. Pesquisas
publicadas em 2002 sugerem, mas não provam uma ambígua conexão à exposição
ao DDE no útero. O estudo envolveu análise do sangue do cordão umbilical
conservado congelado desde que ele foi amostrado durante o período 1959-1965.
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Nota:
o índice mostrado no gráfico é por 10 mil nascimentos, isto é, de meninos
e meninas. Para estimar o índice por 10 mil meninos, multiplicar qualquer
índice particular no gráfico por 2.
Tradução
livre de Luiz Jacques Saldanha, junho de 2005.
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