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OS ABSURDOS DA FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS http://www.fluoridealert.org/absurdity.htm Publicado no Red Flags
Weekly. 28 de novembro de 2002 Paul Connet, PhD,
professor de Química. St.Lawrence University, NY/USA. A fluoretação das águas é um fenômeno tipicamente norte-americano. Inicia lá nos tempos em que o asbesto (nt.: amianto, entre nós) era a base de nossas tubulações, o chumbo era acrescentado à gasolina, os PCB’s (nt.: askarel, nome mais comum) enchiam nossos transformadores elétricos e o DDT era tido como “seguro e efetivo”. E de tal forma que os agentes sanitários nem tonteavam quando aplicavam em nossas crianças estivessem sentados em sala de aula ou nas mesas rústicas dos picnics escolares. E um por um destes químicos foram sendo, progressivamente, banidos. Só a fluoretação permanece incólume. Por mais de cinqüenta anos, os encarregados públicos governamentais, presunçosa e entusiasticamente, clamaram de que a fluoretação é “segura e efetiva”. Entretanto, são tão precários que não se sentem preparados para defender esta prática em quaisquer debates públicos abertos. Atualmente são tantos os argumentos contra a fluoretação que este confronto poderia virar uma catástrofe. Para simplificar as coisas, só isto já ajuda a separar ética de argumentos científicos. Para aqueles que estão conectados com os fatos éticos, a questão da fluoretação torna-se muito simples de resolver. Ela é completamente não-ética. Pessoas serem forçadas a tomar uma determinada medicação sem terem tido a mínima chance de dar seu “consentimento consciente”, já esclarece tudo. A má notícia é que argumentos éticos não têm muita influência em Washington, DC (nt.: capital norte-americana onde estão sediados o Governo e o Parlamento) a não ser se os políticos se conscientizem que são milhões as pessoas que olham para eles. Já a boa nova é de que os argumentos éticos estão apoiados em sólidos argumentos do senso comum e das pesquisas científicas demonstrando convincentemente de que a fluoretação não é “segura e efetiva” e nem tampouco necessária. Sumariei a seguir os argumentos em diversas categorias: · A fluoretação é antiética porque: 1. Viola o direito individual de só se ser medicado com consentimento consciente; 2. A municipalidade não pode controlar a dose para cada paciente; 3. A municipalidade não consegue acompanhar a resposta individual de cada munícipe; 4. Ignora o fato de que algumas pessoas são mais vulneráveis do que outros aos efeitos tóxicos do flúor. De que algumas pessoas poderão estar sofrendo enquanto outras podem se beneficiar; e 5. Viola o Código de Nuremberg com relação a experimentos feitos em humanos. Como declarado pelo recente ganhador do Prêmio Nobel da Medicina (2000), Dr. Arvid Carlsson: “Estou efetivamente convencido de que a fluoretação da água, num futuro não muito distante, será remetida às páginas da história da medicina ... A fluoretação da água vai contra os princípios básicos da farmacoterapia que sai do receituário esteriotipado da medicação do tipo – uma cápsula três vezes ao dia – muito mais para uma terapia individualizada onde se coaduna dosagem e seleção do fármaco. Já a adição de drogas à água potável significa exatamente o contrário desta visão terapêutica individualizada.” Já o Dr.Peter Mansfield, médico inglês e assessor do Conselho Superior do atual governo no processo de revisão do processo de fluoretação, afirma: “Nenhum médico em seu juízo perfeito, prescreverá a uma pessoa que jamais encontrou e que nem conhece seu histórico médico, uma substância que está destinada a criar condições de alterações orgânicas com a seguinte receita: ‘utilize na quantidade que quiser e será para o resto de sua vida tendo em vista de que algumas crianças sofrem cáries dentárias’. Isto é uma postura absurda.”
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A fluoretação é desnecessária porque
1. As crianças podem ter dentes perfeitamente sadios sem serem expostas ao flúor; 2. Seus promotores (Centers of Disease Control/CDC-USA-Centros de Controle de Doenças/EUA – 2001) admitem que os benéficos são pela aplicação tópica e não sistêmica. Assim, introduzir flúor nas pastas de dente, como está hoje disponível em todo o planeta, é uma ação muito mais racional de aplicar flúor a um órgão específico (dentes) enquanto minimiza a exposição ao restante do organismo; 3. A maioria dos povos na Europa ocidental rejeitou a fluoretação da água e alcançou igual, ou talvez maior, sucesso do que os norte-americanos no manejo dos problemas dentários; 4. Se quantidades de flúor fossem necessárias para se ter dentes fortes poder-se-ia esperar encontrá-lo no leite materno, no entanto seu nível é de 0,01 ppm, ou seja, 100 vezes menor do que o presente no mesmo volume de água fluoretada; 5. As crianças que são de comunidade sem fluoretação já recebem doses assim chamadas “ótimas”, originárias de outras fontes (Heller et al, 1997). E, de fato, muitas são até superexpostas ao flúor. · A fluoretação é ineficaz porque 1. Os maiores pesquisadores dentais afirmam que os benefícios da fluoretação são pela aplicação tópica e não sistêmica (Fejerskov, 1981; Carlos, 1983; CDC, 1999, 2001; Locker, 1999; Featherstone, 2000); 2. Os pesquisadores dentais mais destacados afirmam também que a fluoretação é ineficaz para prevenir cáries e fissuras dentais e que representam 85% dos problemas de dentes apresentados por crianças (JADA, 1984; Gray, 1987; White, 1993; Pinkham, 1999); 3. Uma série de pesquisas demonstrou que os problemas dentais caem rápido, se não vertiginosamente, em países industrializados sem fluoretação do que naqueles que são flouretados (Diesendorf, 1986; Colqhoun, 1994; World Health Organization, Online); 4. A mais longa pesquisa conduzida nos USA, demonstrou que havia somente uma diminuta diferença nos problemas dentais entre crianças que viveram toda sua vida em comunidades com fluoretação comparadas com aquelas em que não havia. A diferença não teve significância clínica nem mostrou ser estatisticamente significativa (Brunelle & Carlos, 1990); 5. A pior situação de problemas dentais nos USA ocorre nas periferias de suas grandes cidades, e a vasta maioria delas recebeu fluoretação durante décadas; 6. Quando a fluoretação foi suspensa na Finlândia, na antiga Alemanha Oriental, Cuba e Canadá, os problemas dentais não cresceram, mas diminuíram (Maupome et al, 2001; Kunzel e Fischer, 1997; Kunzel et al, 2000; Seppa et al, 2000).
1. O fornecimento atinge todas as residências, mas é a população mais pobre a que não tem meios para evitá-la, caso quisessem, porque não tem recursos para adquirir água de fontes minerais ou dispor de capital para instalar algum caro equipamento para removê-la; 2. Os pobres são mais suscetíveis de sofrer desnutrição, reconhecidamente uma realidade que torna as crianças mais vulneráveis aos efeitos tóxicos do flúor (Massler e Schour, 1952; Marier e Rose, 1977; ATSDR, 1993; Teotia e al, 1998); 3. Muito raramente, se é que isto ocorre, os governos se oferecem para apoiar aqueles que não dispõem de nenhum recurso financeiro para tratarem de fluoroses tão severas que exigiriam um dispendioso tratamento.
1. Somente uma pequena parte da água fluoretada alcança seus objetivos. A maior parcela termina sendo utilizada para limpeza de pratos e talheres, para a descarga dos vasos sanitários ou para irrigar gramados e jardins; 2. Seria totalmente proibitivo, em termos de custos, a utilização do produto graduado farmaceuticamente, o fluoreto de sódio (a substância que foi empregado para testes), como agente para fluoretação no fornecimento público de água encanada. A fluoretação da água é artificialmente barata. Isto porque, e a maioria da população desconhece, o agente empregado para a fluoretação é um resíduo, impuro e perigoso, originário da indústria de fertilizantes ao produzir o adubo fosfato; 3. Se foi considerado apropriado ingerirmos flúor (ainda que seu maior benefício seja de forma tópica e não sistêmica), uma forma mais segura e de custo efetivo seria providenciar água fluoretada, engarrafada e disponível, gratuitamente, nas prateleiras dos supermercados. Esta solução possibilitaria controlar tanto a qualidade como a dose. Além do mais, não poria “goela abaixo” daqueles que não querem consumi-la.
1. Em 1950, o Serviço de Saúde Pública dos USA endossou entusiasticamente a fluoretação antes mesmo de que uma simples experimentação tivesse sido completada; 2. Ainda que se tenha muito mais fontes de flúor hoje do que se dispunha em 1945, a assim chamada “ótima concentração” de 01 ppm permaneceu inalterada; 3. O Serviço de Saúde Pública dos USA nunca se sentiu obrigado a monitorar os níveis de flúor em nossos ossos mesmo que soubesse, por anos, que 50% do que ingerimos a cada dia acumule-se aí; 4. Os responsáveis públicos que promovem a fluoretação nunca se dispuseram a avaliar os níveis de fluorose dental que as comunidades passaram a ter depois deste processo ainda que eles saibam que este nível indica se a criança está tendo ou não uma overdose; 5. Nenhuma agência pública dos USA contestou a pesquisa feita por Luke de que o flúor se acumula na glândula pineal, mesmo após a publicação do abstract em 1994, de sua tese de Ph.D em 1997, o trabalho ter apresentado em conferência internacional da Society for Fluoride Research, em 1998, e sua última publicação em 2001 na Caries Research; 6. Nos relatórios da CDC (Centers of Disease Control dos USA) de 1999 e 2001, advogam a fluoretação, estando ambos desatualizados em, pelo menos, seis anos em termos de pesquisas que a questionam quanto à preocupação em relação à saúde.
Os proponentes da fluoretação das águas recusam-se a defender esta prática em debates abertos porque sabem que perderão. A vasta maioria dos responsáveis públicos pela saúde, em todos os USA e em outros países que promovem a fluoretação, baseia-se em informações de assessores sem fundamentação científica em vez de realizarem eles mesmos consultas nas publicações científicas mais atualizadas. Estas informações, de segunda mão, produzem inconsistência nos seus discursos quando são desfiados a defender suas posições. Suas opiniões estão mais baseadas na fé do que na razão. Aqueles que estão com os cordéis destas marionetes da saúde pública nas mãos, sabem destes fatos. Cinicamente contam com o tempo e esperam que estas marionetes continuem tolas recitando esta longa ladainha de “autoridades” que sustentam a fluoretação em vez de se engajarem nos fatos incontestáveis. Como Brian Martin tornou claro em seu livro “Scientific Knowledge in Controversy: The Social Dynamics of the Fluoridation Debate” (1991) {O Conhecimento Científico em Controvérsia: A dinâmica social do debate sobre a fluoretação}, a promoção da fluoretação está fundada no exercício do poder político e não em análises racionais. A questão a responder então é : “porque o Serviço Público de Saúde escolhe exercer seu poder desta forma ?”. As motivações, especialmente aquelas que são exercidas há muitas gerações de formadores de opinião, são sempre difíceis de determinar. Entretanto, intencionalmente ou não, a fluoretação serviu para nos desviar de uma série de fatos marcantes. Desconectou-nos de que: 1. A omissão de um dos países mais ricos do mundo em prover cuidados dentais decentes para sua população pobre; 2. A falência de 80% dos dentistas norte-americanos que atendem as crianças pelo sistema “Medicaid”; 3. O fracasso da comunidade de saúde pública em combater o imenso superconsumo por nossas crianças, dos alimentos açucarados, vai a tal ponto de fazermos vista grossa à indiscriminada invasão de máquinas com refrigerantes nos prédios de nossas escolas. Esta atitude parece estar mais associada à nossa crença como se o flúor interrompe todos problemas dentais. Porque então se estressar controlando esta farta ingestão de açúcares; 4. A omissão de se tratar adequadamente os efeitos ecológicos e de saúde pública gerados pela poluição do flúor originário da grande indústria. Apesar dos danos já causados, e que permanece causando, por esta poluição, poucos são os ambientalistas que consideram o flúor como efetivamente “poluente”; 5. A omissão da U.S.EPA (nt.: Environmental Protection Agency-Agência de Proteção Ambiental dos USA) em desenvolver um Nível Máximo de Contaminação para o flúor na água e que pudesse ser cientificamente aceito; 6. A verdade é que mais e mais compostos organofluorados estão sendo introduzidos no mercado na forma de plásticos, fármacos e agrotóxicos. Apesar do fato de que alguns destes compostos ofereçam mais ameaçadas tanto à nossa saúde como ao ambiente do que seus parentes, os clorados e os compostos de bromo, as organizações e agências governamentais que deveriam agir para limitar a disseminação global destes outros produtos halogenados, parecem estar completamente cegas para aos perigos trazidos por estes compostos organofluorados. Vale a ressalve de que eles são muitíssimo mais persistentes e lipossolúveis do que os outros comparsas, acumulando-se tanto na cadeia alimentar como em nossos tecidos adiposos. Assim se a fluoretação não é efetiva e nem segura, sua continuação serve como um véu para muitos interesses que sugam seus lucros em cima da desinformação do público a respeito do flúor. Infelizmente, as instituições públicas têm colocado muita de sua credibilidade na defesa da fluoretação. Mas está se tornando muito difícil para seus prepostos falarem honesta e abertamente sobre este assunto. Como foi com a amálgama de mercúrio, é muito complicado para instituições como a American Dental Association (nt.: Associação Norte-americana de Odontologia) reconhecer os riscos sobre a saúde já que isto poderá dar margens a ações de responsabilidade tão logo declarem algo a respeito. Mesmo que ainda seja muito difícil, não se pode esquecer o que é essencial, a proteção de milhões de pessoas a esta agressão desnecessária. O governo norte-americano deve começar a agir e sair deste anacrônico, e crescentemente absurdo, status quo em que se transformou este assunto. Mas existem precedentes. Estão prontos a fazer o mesmo com a terapia de reposição hormonal. Ma arrancar-se qualquer ação honesta do governo dos USA nesta área, será bem difícil. Efetivar mudanças é como fazer uma ranhura numa madeira. A ciência pode fazer isto. No entanto nós precisamos é do peso de uma massa crítica na população para podermos exigir isto para o nosso dia-a-dia. Aí poder-se-á requerer um esforço consistente no sentido de se educar a população norte-americana para então contar com seu auxílio para exercermos pressões sobre nossos representantes políticos. Finalmente o que necessitamos é uma moratória quanto à utilização do flúor na água (o que significaria somente se fechar a torneira da fluoretação, por alguns meses) até haver um grande encontro público para se ouvir os pontos chaves expressados pelo testemunho de cientistas de ambos os lados. Com a questão da educação estamos numa tal condição, a melhor do que qualquer outra anterior. A maioria dos estudos fundamentais estão completamente disponíveis na Internet (www.slweb.org/bibliografy.html) assim como há entrevistas gravadas em vídeo cassete com muitos dos cientistas e protagonistas cujos trabalhos são muitíssimo importantes para a atual re-avaliação desta questão (ver vídeos em www.fluoridealert.org). Com estas novas informações, mais e mais comunidades estão rejeitando novas propostas de fluoretação a nível local. A nível nacional, existem alguns passos prenhes de esperança, como a contestação da EPA Headquarters Union (nt.: União do Conselho Superior da EPA) posicionando-se contra a fluoretação e o Sierra Club peticionando uma nova re-avaliação desta matéria. Entretanto, ainda há necessidade de colossal ação de outros grupos nacionais envolvendo-se no sentido de tornar este um assunto que desesperadamente precisar ser de interesse nacional. Espero que os leitores deste site (RedFlagsWeekly.com de 28.11.2002) que discordem do que disse aqui, manifestem-se e refutem-me com seus argumentos. Se não puderem, espero então ultrapassem este barreira e cooperem para que se finalize umas políticas das mais tolas que jamais se impingiu ao cidadão norte-americano. Este é o tempo de parar esta loucura de fluoretar a água sem mais nenhuma demora. Não será nada fácil. A fluoretação representa um poderosíssimo poder de um “sistema de crença” acalentado por interesses além de ser resguardo por poderes e influências entrincheirada no âmago do governo.
Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, set.2003. Co-tradução de Eduardo Cezeimbra.
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