ANVISA proibe inseticida doméstico

Jornal ZERO HORA, 24.08.2004, pág.33.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a comercialização, a produção e a distribuição de inseticidas de uso doméstico e em ambiente coletivos feitos a partir do princípio ativo CLORPIRIFÓS (nt.: destaque da transcrição) uma substância do grupo dos organofosforados (nt.: também conhecido como da família dos clorofosforados, ou seja, por ter o elemento químico cloro tem a contaminação não intencional da dioxina e também a toxicidade aguda e agressora ao sistema nervoso dos fosforados). A medida atinge mais de 60 inseticidas como o Baygon Mata-Baratas e o Tedox Anti-Cupim.
Segundo a Anvisa, estudos demonstram que o clorpirifós afeta o sistema neurológico. O contato com a substância pode provocar perda de movimentos, causar déficit na atividade cognitiva e prejudicar o desenvolvimento de crianças. A medida entra em vigor hoje e segue determinação de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.
O gerente de toxicologia da Anvisa, Luiz Meirelles, afirmou que a agência já estudava a proibição. Apenas porta-iscas com cloropirifós permanecem liberados. Produtos com a substância são proibidos nos Estados Unidos há dois anos.
– Há no mercado mais de 700 inseticidas, muitos dos quais mais seguros – disse Meirelles.

Transcrição de Luiz Jacques Saldanha, julho de 2005.