Comportamento Segunda, 26 de junho de 2006 Estudo
liga homossexualidade ao número de irmãos O último filho homem de uma família de muitos
meninos é mais propenso à homossexualidade, afirmam cientistas canadenses
em um estudo publicado nesta segunda-feira na edição on-line da publicação
US Proceedings of the National Academy of Sciences. O estudo, conduzido por Anthony Bogaert, da Universidade
Brock, perto de Toronto, revela que "a mais consistente correlação
biodemográfica de orientação sexual dos homens é o número de irmãos
mais velhos" e não as influências sociais. "Só irmãos mais velhos biológicos e não qualquer outra
característica entre os irmãos ou irmãs, inclusive de irmãos mais
velhos não-biológicos, influencia a orientação sexual dos homens,
indiferentemente da quantidade de tempo passada com estes irmãos ou
irmãs", alega Bogaert. Segundo esta teoria, o sistema imunológico da mãe interpreta
e registra os fetos masculinos - não os femininos - como estranhos
e cria "anticorpos maternais antimasculinos" que afetam
a parte do cérebro que determina a sexualidade. O efeito é cumulativo e por isso é mais provável que venha
a causar homossexualismo no último de uma série de filhos nascidos
da mesma mãe. Os fetos de meninas não são afetados porque as mães,
por serem mulheres, não criam anticorpos durante sua gestação. Os pesquisadores, que entrevistaram 944 homens canadenses
para a realização do estudo, não investigaram o mecanismo em ação,
mas os resultados sustentam uma teoria de "efeito de ordem fraternal"
sobre a homossexualidade em homens precedidos por outros, acrescenta
o estudo. Outras teorias sugerem que a idade da mãe ou o nível de
estresse durante a gravidez podem afetar a sexualidade masculina.
AFP |