• Pular para navegação primária
  • Skip to main content
  • Pular para sidebar primária

Nosso Futuro Roubado

  • Inicial
  • Quem Somos
  • Conexões
  • Contato

Estaria este químico perigoso te espreitando em tua carteira?

9 de agosto de 2011 by Luiz Jacques

Print Friendly, PDF & Email

Texto do Dr. Mercola que trata da presença da substância química BPA em notas térmicas de compra e de dinheiro, podendo contaminar os consumidores. Texto importante porque traz à lume outras fontes de contaminação com o BPA daquelas que são as mais conhecidas, as resinas plásticas conhecidas como policarbonato e como epóxi,  presentes tanto na elaboração das mamadeiras como nas lâminas internas dos enlatados para alimentos como em latas de bebidas.

 

http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/08/02/is-this-dangerous-chemical-lurking-in-your-wallet.aspx?e_cid=20110802_DNL_art_3

Agosto 02 2011

 

As fontes primárias da contaminação humana ao disruptor endócrino químico Bisfenol A (BPA) não estão bem caracterizadas. Sua presença é muito pouco conhecida em produtos feitos de celulose, como papel moeda, e suas implicações quanto à contaminação humana.

Em estudo recente, notas de dinheiro feitas com papel de 21 países foram analisados quanto ao BPA. Ele foi detectado em todos os materiais avaliados.

De acordo com este estudo:

“Também se examinou a transferência do BPA da nota de compras feita com papel térmico para as notas de dinheiro colocando estas em contato com aquelas por 24 horas numa carteira. Concentrações de BPA aumentaram dramaticamente depois deste tempo de contato, sugerindo que a nota térmica de papel seja uma das maiores fontes de BPA em notas de dinheiro.”

Este químico tem sido mais associado com as resinas plásticas do que com papel. A atual tendência de sua eliminação das embalagens plásticas de alimentos e das lâminas internas das latas de bebidas estariam dando a muitas pessoas um sentido de segurança. No entanto, novas pesquisas sugerem que a etiqueta BPA-free (livre de BPA) não significa que o produto de consumo esteja protegido.

Cientistas conduziram testes de laboratório em mais de 400 embalagens de alimentos e de bebidas e acima de 20 marcas de mamadeiras. Detectaram que praticamente todas elas ainda lixiviavam substâncias químicas que atuavam como o hormônio estrogênio, mesmo em muitas daquelas que seriam tidas como livres de BPA.

O ‘Discovery News’ relatou:

“Nova pesquisa, juntamente com outro trabalho, sugere que a atenção do público sobre o BPA está sendo desviada. Parece haver agora a possibilidade de existirem milhares de substâncias químicas que atuam como o BPA, em todos os tipos de plásticos. Chamados de disruptores endócrinos, estes produtos químicos informam falsamente às células do corpo que o hormônio estrogênio está por perto, podendo gerar potencialmente todos os tipos de efeitos preocupantes tanto para o desenvolvimento como para a reprodução”.

Fontes:

Environmental Science and Technology July 11, 2011

Green Med Info

Discovery News July 15, 2011

Environmental Health Perspectives July 2011; 119(7):989-96

 

Comentários do Dr. Mercola:

O BPA ou bisfenol A é um químico sintético que gera disfunção endócrina efetivamente associado com produtos plásticos, conhecido largamente por ser liberado para os alimentos e bebidas das embalagens que o contém. No entanto, NÃO são SOMENTE as garrafas de água e de alimentos as rotas de contaminação. Como a nova pesquisa está demonstrando, papel pode ser outra fonte de BPA que precisamos nos conscientizar.

Podemos estar absorvendo BPA quando manipulamos tanto nota de dinheiro como notas de compras.

Uma nova pesquisa publicada no Environmental Science and Technology mostra claramente que o BPA é uma preocupação que vai muito além das embalagens e das latas de alimentos de bebidas. Os pesquisadores examinaram papel moeda de 21 países quanto à presença de BPA e esta substância química artificial foi detectada em TODAS as amostras. Também mediram a transferência do BPA das notas térmicas de compras para as notas de dinheiro, colocando-as juntas na carteira de dinheiro por 24 horas. Este dramático aumento das concentrações de BPA nas notas de dinheiro sugere que as notas térmicas de compras estão altamente contaminadas.

Os pesquisadores estimam que podemos estar absorvendo alguns nanogramas de BPA, a cada dia, somente porque manuseamos as notas de dinheiro! Apóiam-se em pesquisas anteriores que também revelaram que o papel impresso por processo térmico pode ser uma perigosa fonte de BPA:

  • Uma pesquisa no Analytical and Bioanalytical Chemistry detectou que de 13 papéis termicamente impressos (o tipo muitas vezes empregado para notas de compras) analisados, 11 continham BPA. Pegar o papel por somente 5 segundos era suficiente para transferir o BPA para a pele da pessoa e a quantidade de BPA transferida aumentava em torno de 10 vezes se os dedos estivessem úmidos ou gordurosos.
  • Uma pesquisa sustentada pelo EWG (study commissioned by Environmental Working Group) detectou BPA em 40% das notas de compras testadas em postos de gasolina, supermercados e outros espaços de comércio comuns. De acordo com o EWG (According to EWG) “a massa total de BPA nas notinhas era 250 a 1.000 vezes maior do que a quantidade de BPA normalmente detectada em comida enlatada ou em latas de alimento infantil.”

O que significa é que este químico tóxico está efetivamente em todos os locais onde estamos. Mesmo algo que pareça inócuo como uma notinha de compras de uma caixa registradora ou impressora ou mesmo uma simples nota de dinheiro, podem estar nos expondo a substâncias tóxicas.

Até o momento está pouco claro quanto nosso organismo carrega de BPA vindo destas fontes de papéis. Seria aconselhável procurarmos tanto limitar como evitar levar este tipo de notas de compras em nossa carteira ou bolsa, já que parece que este produto químico se transfere para outras superfícies em que toca. Também seria recomendável lavarmos as mãos após manusearmos estas notas e o dinheiro, da mesma forma como evitar seu manuseio especialmente se acabamos de colocar loção ou qualquer outra substância gordurosa em nossas mãos, pois isso pode aumentar nossa exposição.

Mesmo resinas plásticas BPA-free (livre de BPA) não são sempre seguras.

Tem havido muita mídia negativa sobre o BPA fazendo com que o público demande maior segurança, como alternativas BPA-free (livre de BPA), o que as corporações têm correspondido. Certos fabricantes, incluindo Philips Avent, Disney First Years, Gerber, Dr. Brown, Playtex e Evenflow pararam de produzir mamadeiras que contenham BPA. Já muitos dos grandes atacadistas como CVS, Kmart, Walmart, Toy R Us e Babies R Us removeram os produtos que continham BPA de seus pontos comerciais.

Infelizmente, não é porque um produto esteja etiquetado como “BPA-free” que já seja garantido de que não estaremos ingerindo este plastificante tóxico como um subproduto. Acontece de que os testes feitos sobre estes plásticos não estavam condizentes com o mundo real, ou seja ficarem expostos a toda a ação de uma máquina de lavar louças ou aquecê-los em fornos de microondas.

No “mundo real”, 95% de todos os produtos de plástico deram positivo quanto à atividade estrogênica (95 percent of all plastic products tested positive for estrogenic activity), significando que eles podem ainda gerar disfunção hormonal mesmo que estejam rotulados como BPA-free. Ainda mais desconcertante é a descoberta de que os produtos plásticos BPA-free, em alguns casos, podem lixiviar MAIS BPA do que os plásticos não rotulados como tal.

Assim, pode-se concluir de que não há plástico seguro quando eles são para embalar ou guardar nossos alimentos ou bebidas? Em uma só palavra, sim. É isto que significa esta constatação. Devemos ainda cuidar sobre a troca de garrafas de água plásticas por metálicas (metal water bottles in lieu of plastic ones) já que algumas contém lâminas interna da resina epóxi que também é feita com BPA.

Porque o BPA é uma substância que vale a pena ser evitada

Lembrar de que o BPA é um disruptor endócrino o que significa que mimetiza ou interfere com os hormônios de nosso corpo e “desregula” nosso sistema endócrino. As glândulas de nosso sistema endócrino e os hormônios que elas liberam são o instrumental na regulação de nosso ânimo, crescimento e desenvolvimento, da função dos tecidos, do metabolismo tanto quanto de nossa função sexual e em nossos processos reprodutivos.

Substâncias químicas como o BPA podem manifestar seus efeitos:

  • Mimetizando a atividade biológica de nossos hormônios pela conexão aos seus receptores celulares. Pode assim ativar a resposta normal da célula para a ocorrência natural do hormônio em tempo errado ou em quantidade excessiva (efeito agonistica – nt.: para melhor entendimento desta expressão técnica ver: http://www.infoescola.com/farmacologia/agonista-e-antagonista/).
  • Conectando ao receptor, mas não ativá-lo. Com a presença desta substância química no receptor há o impedimento da conexão natural do hormônio (efeito antagonista – nt.: para melhor entender este processo ver link acima).
  • Conectando-se às proteínas de transporte em nosso sangue, alterando assim as quantidades de hormônios naturais que estão presentes em nossa corrente sangüínea.
  • Interferindo com os processos metabólicos em nosso organismo, afetando as relações de síntese e decomposição de nossos hormônios naturais.

Algumas das maiores preocupações rondam a vida em seu nascedouro, a exposição uterina ao BPA. Ela pode levar a erros cromossômicos no desenvolvimento do feto, causando abortos espontâneos e danos genéticos. No entanto, evidências muito fortes estão demonstrando que estes químicos também influenciam adultos e crianças, lavando ao decréscimo da qualidade dos espermatozóides, à puberdade precoce, à estimulação do desenvolvimento da glândula mamária, à disfunção ovariana como dos ciclos reprodutivos, dentre numerosos outros problemas de saúde tais como câncer (cancer) e também doenças do coração.

A exposição a químicos ambientais como o BPA também tem levado a alterações bizarras em numerosas espécies de animais selvagens, como peixes intersexuais (intersex fish), batráquios desenvolvendo uma variedade de defeitos como múltiplos testículos ou ovários, além de ursos hermafroditas somente para citar alguns.

Infelizmente, sendo um dos químicos com maiores volumes de produção no mundo, o BPA foi detectado em 90% da toda a população testada nos EUA (90 percent of all people tested in the United States), sendo comumente encontrado no cordão umbilical de fetos no útero.

O que se pode fazer para evitá-lo

Muitas pessoas estão conscientes de que o BPA é encontrado em certos plásticos como:

  • Brinquedos infantis, chupetas e copinhos para bebês;
  • Pratos plásticos para microondas, forno e certos utensílios;
  • Galões e garrafões de água;
  • Garrafas plásticas de água.

… mas precisamos estar conscientes também das fontes menos conhecidas tais como:

  • Selantes e resinas odontológicas;
  • Alimento enlatado e latas de bebidas (a maioria das latas tem lâmina plástica interna);
  • Notas térmicas de compras;
  • Notas de dinheiro;
  • Certos plásticos rotulados como BPA-free (podem conter químicos similares também disruptores endócrinos).

Evitar estes itens já é um importante passo para limitar a contaminação ao BPA, assim que estas fontes forem aumentando com o tempo. Devemos, sem dúvida, a qualquer tempo escolher alimentos embalados em vidro em vez de em lata ou plástico. Do mesmo modo, vamos nos desfazer de loucas e copos plásticos e repô-los com alternativas em vidro além de dar aos nossos bebês brinquedos de materiais naturais em vez de plástico.

Recomenda-se também dar apoio a todas as empresas que estejam se dirigindo no sentido de remover estas substâncias químicas de seus produtos. Sem dúvida que a retirada destes químicos dos bens de consumo é necessária tanto para proteger a saúde da população como a do ambiente como um todo.

Links relacionados:

  Even ‘BPA-Free’ Plastics Leach Endrocrine-Disrupting Chemicals

  Could this be Why Many Women are Infertile?

  This Surprising Toxin Can Lead to Genetic Defects and Miscarriages…

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, agosto de 2011.

Print Friendly, PDF & Email
FacebookTweetPin

Arquivado em: Destaques, Química Artificial, Saúde, Tecnologias Marcados com as tags: Aditivos, Globalização, plastificantes, Saúde Pública

Gosta do nosso conteúdo?
Receba atualizações do site.
Também detestamos SPAM. Nunca compartilharemos ou venderemos seu email. É nosso acordo.

Sidebar primária

Busca do Site

Cadastro

Receba atualizações do site.

Categorias

  • Agricultura
  • Agrotóxico
  • Água
  • Aquecimento Global
  • Biodiversidade
  • Biotecnologia
  • Corporações
  • Destaques
  • Disruptores Endócrinos
  • Ecologia
  • Energia
  • Engenharia Genética
  • Estrogênios Artificiais
  • Globalização
  • Meio Ambiente
  • Mudanças Climáticas
  • Notícias
  • Plástico
  • Podcasting
  • Princípio da Precaução
  • Química Artificial
  • Relações Humanas
  • Resíduos
  • Revolução Industrial
  • Saúde
  • Sem categoria
  • Soluções / Alternativas
  • Sustentabilidade
  • Tecnologias
  • Toxicologia
  • Tradições
  • Vídeos

Tags

Aditivos Agricultura Agronegócio Agrotóxico Amazônia Aquecimento global Belo Monte Biodiversidade Capitalismo Consumismo Crime corporativo Câncer Código Florestal Desperdício Destruição ambiental Destruição da floresta Devastação étnica Direitos humanos Economia Energia Funai Globalização Herbicida Hidrelétricas Injustiça Justiça Lixo Mineradoras Monsanto Mudanças climáticas Oceanos Pecuária Petróleo Poder econômico Povos Originários Preservação ambiental Reciclagem Rio+20 Saúde infantil Saúde Pública Sustentabilidade Terras ancestrais Transgênicos Transnacionais Ética

Copyright © 2022 · Genesis Sample Sass em Genesis Framework · WordPress · Login

Posting....