Disruptores
endócrinos
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Paul Goettlich (texto original revisado pelo autor em 02.jul.2003)
·
O que são disruptores
endócrinos (DEs)?;
·
Sistema endócrino;
·
Geração dos disruptores
endócrinos (DEs);
·
Bioacumulação;
·
Sinergia;
·
Na escuridão;
·
Exposição humana;
·
Efeitos dos disruptores
endócrinos sobre a saúde (DEs);
·
As crianças estão sob
grande risco;
·
A medida dos disruptores
endócrinos (DEs), em partes trilhão;
·
Por que eu nunca ouvi
nada sobre os disruptores endócrinos (DEs) ?;
·
O quê as indústrias
químicas (pólos petroquímicos) têm a dizer ?;
·
Não estão as estruturas
públicas se responsabilizando por nossa saúde ?;
·
Princípio da precaução;
·
Evitando os disruptores
endócrinos (DEs);
·
Recomendações;
·
Lista de disruptores
endócrinos (DEs);
·
Bibliografia; e
·
Referências bibliográficas.
1.
O que são os disruptores endócrinos ?
Disruptores endócrinos são produtos
químicos sintetizados artificialmente e os fitohormônios (estrogênios
naturais produzidos por plantas ou metabólitos de fungos) que atuam
sobre o sistema endócrino dos animais e humano, ao mimetizarem, bloquearem
e/ou interferirem, de alguma maneira, com as instruções naturais dos
hormônios às células. É um agente exógeno* que interfere
com a síntese, a secreção, o transporte, a conexão, a ação ou a eliminação
dos hormônios naturais no organismo que são responsáveis pela manutenção
da homeostase**, da reprodução, do desenvolvimento e/ou do comportamento.
(R.J.Kavlock et al.). *O dicionário Webster’s define exógeno, como
algo que é introduzido de fora ou produzido externamente ao organismo
ou sistema, ou seja, que não é sintetizado especificamente dentro do
próprio organismo ou sistema. ** (nt.: o dicionário Aurélio define
homeostase como estado de equilíbrio do organismo vivo em relação
às suas várias funções e à composição química de seus fluidos e tecidos). A disfunção
pode ser tanto na forma de quantidades inapropriadas como na desconexão
da resposta ao estímulo, bloqueando os efeitos hormonais em partes sensíveis
do organismo a isto. Pode também ser pela estimulação ou inibição do
sistema endócrino que poderá produzir uma quantidade inadequada de hormônios.
Qualquer uma destas interferências no sistema endócrino pode afetar
o desenvolvimento físico em geral, do aparelho reprodutivo, do desenvolvimento
cerebral, do comportamento, da regulação da temperatura e de muitos
outros.
2.
O sistema endócrino.
O sistema endócrino é constituído de
glândulas, hormônios e receptores, encontrados em inúmeros locais no
organismo. Faz a conexão entre o sistema nervoso e a reprodução, a imunidade,
o metabolismo e o comportamento. Secreções internas são liberadas diretamente
no sistema circulatório tanto quanto outras que, não sendo liberadas
no fluxo sangüíneo, afetam o metabolismo e outros processos orgânicos.
Fazem parte órgãos como o hipotálamo, a pituitária, a tireóide, as paratireóides,
o timo, os ovários, os testículos, o pâncreas, os “paraganglia” ***,
as glândulas supra-renais (ou adrenais), a glândula pineal, os intestinos,
além de regiões especializadas do cérebro. As glândulas endócrinas são
órgãos sem ducto, que secretam substâncias específicas, “hormônios”,
liberadas diretamente no sistema circulatório e que influenciam o metabolismo
e outros processos orgânicos. Alguns dos processos do sistema endócrino
são: o hipotálamo produz hormônios de liberação que estimulam a atividade
da pituitária; a pituitária produz hormônios tróficos estimulando a
atividade da tireóide, das supra-renais (ou adrenais), das gônadas e
do pâncreas; a tireóide produz seus hormônios típicos que regulam o
metabolismo, o crescimento e desenvolvimento, o comportamento e a puberdade;
a glândula adrenal produz hormônios corticosteróides e catecolaminas
para regularem o metabolismo e o comportamento; o pâncreas produz insulina
e glucagon que regulam os níveis de açúcar no sangue; as gônadas produzem
os hormônios sexuais esteróides que regulam o desenvolvimento e crescimento,
a reprodução, a imunidade, começo da puberdade e comportamento (via
androgênios e estrogênios).
Resumindo, este é quase um sistema
global que se ocupa com a maioria das funções orgânicas. Sem ele, nós
não poderíamos estar vivos. Sem seu funcionamento dentro de determinados
limites de normalidade, nós viveríamos muito precariamente. Conseqüentemente,
é um sistema vital.
3.
Geração dos DEs. A geração dos disruptores endócrinos
pode ser intencional e/ou como sub-produtos não intencionais de processos
industriais tais como o branqueamento de papel e celulose, emissões
das fundições de aço e de motores de veículos bem como na queima de
produtos que contenham cloro como o PVC, seja em incineradores, caldeiras
de fundo de quintal ou vindo de incêndios de prédios. Os disruptores endócrinos mais insidiosos
são os produtos químicos sintetizados pelo homem. Estamos rotineiramente
expostos a eles na maioria das áreas de nosso dia-a-dia como casa, trabalho
e lazer. Disruptores endócrinos tanto conhecidos como sob suspeita,
vem em produtos que somos persuadidos a acreditar como se tivessem sido
testados em relação à segurança da saúde humana e ambiental. Fazem parte
desta lista: produtos de beleza e de higiene (cosméticos, filtros
solares, perfumes, sabonetes); fármacos (pílula anticoncepcional);
selantes para dentes; solventes; surfactantes (nt.:
também conhecidos como tensoativos); agrotóxicos (como o herbicida
“Roundup” da Monsanto [1] e muitos outros);
e os plásticos (PVC [2], poliestireno-estiropor-“isopor”,
e outros). Mais adiante terá uma lista mais extensa destas substâncias
químicas. Os disruptores endócrinos têm uma ampla série de tamanhos
moleculares, volumes e potências. A potência depende de sua ação sobre
o órgão ou a célula alvo, além da finalidade específica.
4.
Bioacumulação. As concentrações dos DEs vão aumentando
progressivamente através da bioacumulação na cadeia alimentar. Fitoplânctons
precisam coletar sua alimentação em uma grande quantidade de água em
razão de seus nutrientes estarem em baixas concentrações na massa hídrica.
Os DEs aderem aos nutrientes na forma de moléculas químicas sintetizadas
artificialmente. Neste estágio, suas concentrações são extremamente
difíceis de serem mensuradas. Estas moléculas acumulam-se no fitoplâncton,
atingindo níveis muito mais elevados do que no seu entorno. Pequenos
peixes e zooplânctons alimentam-se do fitoplâncton, promovendo aumento
em seus organismos das concentrações dos níveis de DEs. Estes por sua
vez serão ingeridos por outros animais maiores e assim sucessivamente. O processo de incremento da bioacumulação
é repetido até as concentrações de DEs fazerem com que os predadores
que estejam no topo da cadeia alimentar atinjam níveis suficientemente
elevados a ponto de causarem deformidades físicas, redução na fertilidade
e morte. A bioacumulação se dá nos tecidos adiposos dos animais até
o topo da cadeia alimentar quando então poderá ser milhões de vezes
mais alta do que a concentração presente na água onde em primeiro os
DEs estavam depositados. Para avaliar a bioacumulação, o Capitão
Charles Moore, da Fundação de Pesquisa Marinha Algalita****, escumou
a superfície da grande curvatura do Pacífico Norte, usando uma rede
de malha fina tramada sobre uma área de mais de 100 quilômetros. Encontrou
uma estranha inversão, havia seis vezes mais plástico em peso do que
o do zooplâncton que ali ocorre naturalmente. Já outros pesquisadores
detectaram que os fragmentos de plástico absorvem e concentram toxinas
como os PCBs (nt.: produto utilizado, entre outros,
em transformadores elétricos, com o nome comercial –ascarel-), e
o DDE (nt.: metabólito do agrotóxico DDT) em níveis
milhões de vezes acima de seus teores no ambiente da água do mar. Pássaros
e peixes ingerem os fragmentos plásticos ao confundi-los com o zooplâncton.
E em razão destes materiais exercerem uma “atração magnética” sobre
o PCB/DDE, os animais ao consumi-los concentrarão massivas doses destes
disruptores endócrinos.[3] Estando os humanos no topo da cadeia
alimentar apresentam algumas das maiores concentrações dos DEs. Tanto
o feto humano como as crianças em crescimento estão no mesmo patamar
ou estas num mais elevado. Como os disruptores endócrinos atravessam
a barreira placentária, atingem o feto. Já o lactente se contaminaria
ao se alimentar com o leite materno. Recentes pesquisas indicam o aleitamento
materno como o método preferencial aos leites formulados.[4] E deve
ser mencionado que há redução de riscos na infância à leucemia aguda,
quando associada a este método natural de alimentação.[5] ****(nt.: para ter mais informações
a respeito deste tema, acessar, na pagina inicial, aos itens ÁGUA ou
PLÁSTICOS e conectar o site: ftp://ftp.sccwrp.org/pub/download/PDFs/1999ANNUALREPORT/10_ar11.pdf).
5.
Sinergia. A combinação de mais de uma substância
química pode gerar um efeito sinérgico, incrementando a toxicidade muitas
vezes acima do que cada uma separadamente. O herbicida da marca comercial “roundup” da indústria
Monsanto, é um excelente exemplo
6.
Na escuridão. A tecnologia disponível é totalmente
incapaz até mesmo de uma tosca avaliação dos efeitos sobre a saúde pela
exposição, no mundo real, a esta miríade de substâncias químicas. Da
mesma forma, estará impossibilitada de fazê-lo em qualquer tempo num
futuro previsível. A magnitude das variáveis envolvidas na exposição
humana a esta química, a cada dia, é infinita. O maior e mais atualizado computador
do mundo, o “ASCI White”, é um bom exemplo de quão limitada é a nossa
capacidade para entender os fragmentos desta multiplicidade de variáveis.
Para se ter uma idéia de sua dimensão, em meados de agosto de 2001,
o ASCI White foi mandado para a cidade de Livermore em carretas de 28
eixos. Podia executar 12,3 trilhões de cálculos por segundo e é impressionantemente
tão poderoso como 50 mil computadores pessoais, podendo armazenar 300
milhões de livros ou seis bibliotecas como a do Congresso norte-americano.
Tem 8.192 microprocessadores conectados entre si por 83 ilhas (nt.:
cada milha tem, mais ou menos, 1,6 km) de fios numa peça do tamanho
de duas quadras de basquete. [a] Mas o ponto que se liga a este exemplo
é que o ASCI White leva 15 dias (ou seja, 360 horas) para calcular os
movimentos de simples 600 átomos por um trilionésimo de um segundo.
[b] O número de variáveis envolvido na
exposição de uma criança a tóxicos está em ordem de magnitude [c] muito
maior do que o número de átomos que o ASCI White pode rastrear. A Terra
tem 6 bilhões de habitantes. Cada um poderá possuir muito acima de 153.478
genes únicos, em torno de 100 trilhões de células e DNA suficiente para
ir e voltar do Sol mais do que 600 vezes. [d] A cada ano, milhares de
novas substâncias químicas são sintetizadas e agregadas às 75 mil já
existentes, muitas das quais trabalham juntas sinergisticamente, multiplicando
de forma significativa a toxicidade.
7.
Exposição humana.
Enquanto poucas fontes de exposição humana aos disruptores endócrinos
são naturais, a esmagadora maioria é de milhares de produtos sintetizados
artificialmente. É falho colocar-se a responsabilidade em um só produto
químico já que a exposição vem de múltiplas formas e substâncias, cada
uma contribuindo para a acumulação total. Apesar da regulamentação atual
ser dirigida a cada químico individualmente, a combinação na vida real
é infinita e tem efeitos imprevisíveis.
Uma exposição significativa aos disruptores endócrinos advém
do plástico que está, progressivamente, substituindo produtos naturais
num processo cada vez mais intenso. Menos do que cinqüenta anos atrás,
produtos plásticos eram considerados inferiores e a população vivia
uma vida saudável e produtiva sem eles. O PVC (polivinil cloreto) provavelmente
contribuiu com a maior exposição aos disruptores endócrinos originários
de todos os plásticos. Sua toxicidade atravessa a produção, o uso e
o seu descarte.
A capacidade de fabricação mundial de PVC em 1998 foi de 14 milhões
de toneladas. [8] É produzido tanto para encanamento residencial e municipal,
como para brinquedos, filme transparente para embalar alimentos, vestimentas,
capas de chuva, sapatos, produtos de construção civil tipo janelas,
persianas, pisos, forros além de equipamentos médicos ospitalares como
bolsas de sangue e de soro, tubulações, cateteres e muitos outros produtos
de uso generalizado.
Além de conter ftalatos, durante a fabricação há a geração de
dioxinas, sendo uma presença inevitável. A indústria do PVC aceita,
indubitavelmente, esta constante geração de dioxina como um mal necessário.
Por décadas, os trabalhadores desta indústria [9] têm tido enorme exposição
tóxica em razão da presença do MVC (monômero vinil cloreto). Na posição
de consumidores agregam ainda a esta exposição a que a população em geral recebe
normalmente.
O contato direto com o PVC, seja na ingestão do alimento embalado
ou no manuseio dos produtos, é perigoso em razão da presença de vários
plastificantes e aditivos que são mpregados no produto final. O bisfenol
A é o plastificante (nt.: presente nos selantes odontológicos
e na lâmina plástica dos enlatados, conforme mostra o vídeo da BBC/Londres,
“Agressão ao homem”) mais comum utilizado no PVC. O bisfenol A lixivia
para o líquido e produtos gordurosos embalados com estes materiais.
Os produtos de PVC flexíveis podem ter mais do que a metade em peso
de plastificantes, mas a formulação química varia entre produtos e fabricantes.
Em torno de 95% dos ftalatos são utilizados em PVC. [10]
Geralmente o PVC não é reciclado. Grande porção do PVC que vira
lixo, tem sido conduzida para a incineração. Mais dioxinas são geradas.
Ironicamente este processo tem sido chamado de reciclagem pela indústria
do plástico, estando incluído nas estatísticas oficiais de reciclagem.
A incineração forma dioxinas. E novamente a indústria rontamenteaceita
o câncer, a disfunção endócrina e a poluição ambiental por terem externalizado
***** estes custos.
De acordo com um estudo conduzido por Barry Commoner do Queens
College de Nova York, as concentrações de dioxina no leite materno
do povo esquimó Inuit que vive entre a Groelândia e a Escandinávia,
são duas vezes maiores do que os níveis detectados
*****(nt.: sobre este
conceito e suas implicações no mundo moderno acessar ao site: www.thecorporation.tv e assistir o documentário,
feito no Canadá em 2003, “The Corporation”).
8.
Efeitos dos disruptores endócrinos sobre a saúde. Alguns dos possíveis riscos à saúde
incluem: defeitos de nascimento; alterações no desenvolvimento sexual
e funcional [17]; desordens neurológicas, diabetes mellitus [18]; desordens
imunológicas [19], [20]; puberdade precoce em meninas, [21], [22] cânceres:
de mama, [23], [24] cólon, vagina, cervical, testicular, além da endometriose,
[25] diferenciação sexual do cérebro e outros tecidos alvos do estrogênio;
[26] anormalidades estruturais do oviduto, útero, cervical e vagina;
fator contribuinte com a sub-fertilidade; [27] linfoma não-Hodgkin [28],
[29], [30]; redução da disposição física [31], defeitos genitais de
recém nascido: hipospadia e criptorquidismo [32], alteração da distância
anogenital em meninos [33], redução no número dos espermatozóides [34]
e aumento/redução da próstata [35]; desordens mental, comportamental
e do desenvolvimento [36], irritabilidade, desatenção, decréscimo na
capacidade mental, inabilidade para aprendizagem [37], dislexia, déficit
de atenção/desordem de hiperatividade [38], autismo, propensão à violência
[39], redução da coordenação motora e da coordenação fina e grossa olho-mão. A incidência
de todos os tipos de cânceres entre crianças com menos de um ano de
idade, em ambos os sexos e ajustada à idade, elevou-se em 36% quando
se comparam os anos 1976-1984 e 1986-1994. A incidência de cânceres
em célula germinativa (germ cell) para o mesmo grupo cresceu 124%. Os
aumentos foram menores para crianças mais velhas, mas ainda assim são
aumentos.
·
Paracelsus. Quando o físico do século XVI, Paracelsus,
escreveu: “somente a dose determina se algo será ou não veneno”, [a]
(significa que quanto maior a dose, mais forte o veneno) ele estava
no limiar da ciência. No entanto, este preceito é repetido ainda hoje
pela maioria dos toxicologistas. Ignoram que doses tão baixas como uma
parte por trilhão, num momento específico do desenvolvimento fetal,
pode produzir incontáveis anomalias permanentes, físicas e mentais,
que podem não ser reconhecidas após a puberdade. Menos da
metade dos 38 mil químicos de alta produção [b] foi testada quanto
à sua toxicidade. E muito poucos dos 87 mil químicos comercialmente
em uso, foram testados de alguma forma. Quase nenhum dos mais de 03
milhões de químicos registrados foi testado. E uma quantia irrisória
das combinações entre estes químicos, presentes no nosso dia-a-dia,
foi avaliada. [c] Estes químicos tóxicos podem causar
mutações do DNA de nosso corpo, perturbando a seqüência normal das combinações
de seus nucleotídeos. O organismo tem uma organização emergencial de
respostas, enzimas são geradas para arranjar a desordem feita pelos
tóxicos ambientais. Elas usualmente se orientam no sentido de reparar
o DNA alterado. Existem, no entanto, ocasiões em que o DNA não pode
mais ser reparado. Desta falha de recuperação, células anormais proliferam-se,
podendo desencadear o próprio câncer.
Todas as mães têm muitos anos de exposição.
Muitos dos químicos acumulam-se mais rápido do que se degradam, sendo
atraídos pelos tecidos gordurosos de nosso corpo. Quando as mães estão
grávidas, estes estoques tóxicos podem afetar o embrião por várias vias.
É comum dizer-se que a placenta protege o embrião de todas as agressões.
A placenta é uma barreira eficiente quanto a bactérias, no entanto não
bloqueia a maioria dos químicos sintéticos. Alguns cruzam a barreira
placentária com facilidade, enquanto outros se transformam em novas
substâncias ainda mais tóxicas, os metabólitos, e alguns chegam a danificar
o funcionamento da placenta. [a] A dioxina é um tóxico que atravessa
com facilidade a placenta. É uma molécula sem valor comercial, extremamente
tóxica, de larga duração e ubíqua. O PVC, também conhecido como vinil,
é a maior fonte, isolada, de dioxina. Outros produtos como o papel branqueado
com cloro, têm estas mesmas características tóxicas. A fabricação e
a incineração de muitos materiais que contém cloro como o polivinil
cloreto (PVC ou vinil) e papel branqueado com cloro, também são fontes
geradoras. No entanto a maior geração vem da incineração de resíduos
municipais e hospitalares por conterem entre os rejeitos, uma larga
porção de produtos feitos à base de cloro. [b] A indústria do PVC sabe,
há décadas, que a dioxina é um subproduto inevitável em sua fabricação.
[c] Conseqüentemente há uma ação com ntencionalidade quando as indústrias
colocam os lucros acima da população. Esta é somente uma das centenas
de moléculas contaminantes estocadas nos tecidos gordurosos das mães
e consumido pelo lactente, num nível que vai de 35 a 100 pg/kg (picograma******
por quilo) de peso por dia. A dose diária aceitável de dioxina pela
Organização Mundial da Saúde é de 1-4 pg/kg. A “dose de risco específico”
da EPA (nt.: Environmental Protection Agency dos USA/Agência
de Proteção Ambiental dos USA) é de 0,01 pg/kg, [d] ou seja 10 mil
vezes mais baixa do que uma criança lactente recebe. ***** (nt.: um picograma representa um trilionésimo de uma grama).
·
Pais.
A dioxina também está armazenada nos tecidos gordurosos dos pais.
A dioxina foi o que transformou o Agente Laranja no dramático pesadelo
à população do Vietnã e sua descendência. Esta herança continua ainda
hoje tanto nos veteranos norte-americanos como no povo vietnamita, décadas
(nt.: em torno de trinta anos!) após sua utilização.[a]
Este e muitos outros contaminantes podem causar problemas aos espermatozóides
destes homens que por sua vez passam a seu filho. A qualidade e a quantidade
do esperma podem ter se reduzido, levando então o espermatozóide um
DNA que pode estar danificado ou envolvido por tóxicos. O sêmen assim
poderá entrar na vagina carregando estes mesmos tóxicos que impregnavam
o corpo do pai. [b] A produção de espermatozóides do próprio pai pode
ter sido limitada enquanto ele ainda era um embrião. O decréscimo na
contagem de espermatozóides em muitos países industrializados gira em
torno de 1,5% ao ano. [c]
9.
As crianças estão sob grande risco. As crianças estão sob grande risco
porque brincam no chão, levam regularmente as mãos à boca, olhos e nariz
e em seus pratos de comida. Absorvem mais agrotóxicos de seus ambientes
do que os adultos além de serem menos hábeis na desintoxicação e sua
excreção. Estão expostos em suas casas, escolas,
creches, parques e áreas de brinquedos. Aproximadamente 90% dos lares
norte-americanos utilizam agrotóxicos na casa. Movimentaram, em 1995,
um mercado de mais ou menos 35 mi toneladas de venenos domésticos (nt.:
no Brasil são chamados de domissanitários. Mas os princípios ativos
destes venenos são os mesmos dos agrotóxicos!). A alimentação, incluindo
a água potável, é a segunda fonte em importância de exposição das crianças
aos agrotóxicos. [40] Em adição a estas fontes de disruptores endócrinos,
deve-se considerar a exposição aos plásticos, aos fármacos, aos escapamentos
dos motores dos veículos, xampus e etc., além do efeito sinérgico de
todas estas fontes combinadas. Todas as crianças, sem exceção, estão
expostas aos químicos sintéticos tóxicos antes mesmo de seu nascimento
e, após, continuam pelo resto de suas vidas. Muito do seu tempo é gasto
engatinhando, brincando e rolando pelos gramados ou pelos carpetes onde
os tóxicos se acumulam. Quando a criança morde brinquedos, quaisquer
tóxicos ali acumulados são ingeridos. Mesmo brincando com cachorros
que rolaram pelos gramados da vizinhança, tratados com agrotóxicos,
ou portando coleiras com venenos antipulgas, também transferem estes
contaminantes diretamente para o corpo da criança. Em função de seu
tamanho, elas são biologicamente mais vulneráveis do que os adultos.
Proporcionalmente, eles sofrem uma exposição muito mais intensa e estão
assim sob alto risco. [a] Muito dos que as crianças comem, bebem,
respiram e tocam, é tóxico. Algumas
destas exposições são evitáveis, outras são mais difíceis e o restante
é irremediável. Produtos normais, de consumo diário, não são de maneira
alguma inócuos e deveriam ser evitados. Uma pequena lista, indicativa
da contaminação das crianças, incluem-se: químicos para gramados, jardins
e hortas, produtos de cuidado da beleza, tintas, produtos de perfumaria,
colas, solventes, escapamentos de veículos à gasolina e a diesel, plásticos,
bronzeadores olares, vários fármacos, incluindo muitos métodos de controle
da natalidade, além de muitos outros.
·
Revisão de um típico
dia de uma criança O nenê dorme num berço feito de plástico,
coberto com lençóis de tecido sintético tratados com retardantes de
chama e lavados com detergentes fortes, contaminados com muitos produtos
químicos tóxicos. Os lençóis foram secos a alta temperatura gerando
dioxinas pelos resíduos do branqueamento feito com cloro. [a] A flexibilidade
da cobertura do colchão vem do uso de plastificantes e também foi tratada
com um agente bactericida/acaricida. O novo carpete sintético e a tinta
ainda fresca das paredes, liberam tóxicos. Fraldas descartáveis, confortavelmente
adaptadas ao corpo do nenê, contém componentes tóxicos tais como oliacrilatos
de sódio, colas à base de etilvinilacetato, resinas, agentes amaciantes
e anti-oxidantes. [b] As loções para suas preciosas nádegas estão impregnadas
de ftalatos, conhecidos mimetizadores hormonais. Suplemento fluoratado
é prescrito se a água de beber vem de fontes naturais. Por outro lado
a água poderá ser rica em nitratos e coliformes. [c] Seus alimentos foram cultivados numa
diversidade de agrotóxicos. Podem ser inseticidas, herbicidas ou fungicidas.
Serem envolvidos ou embalados em plásticos, a vácuo ou mesmo enlatados.
São aquecidos e consumidos em recipientes, pratos e talheres plásticos.
As sobras de alimentos cozidos são guardados em embalagens plásticas
e levados à refrigeração. [d] Os efeitos de poucos dos componentes químicos
dos plásticos são conhecidos, mas o efeito conjunto é completamente
desconhecido. A USFDA (nt.: United States Food and
Drugs minisration/Administração de Alimentos e Fármacos dos USA),
de maneira interessante, denomina as moléculas químicas que migram do
plástico para os alimentos, de “aditivos alimentares indiretos”. As
regulamentações definem que o uso do plástico em contato com alimentos
oferece somente uma proteção limitada. [e] Enquanto isto se um dos pais estiver
dirigindo no meio do tráfico urbano, a criança levada no veículo estará
acomodada numa cadeirinha apropriada feita com dezenas de tipos de plásticos,
circulará num carro que tem aquele típico cheiro de novo, e que é oriundo
de compostos exalados pelos plásticos. Roupas lavadas a seco, perfumes,
cremes de mãos, desodorantes, spray de cabelos, esmalte de unhas, batons
e a fumaça do cigarro também farão parte integrante da atmosfera do
veículo. Se estiver indo atrás de um caminhão a iesel,o material finamente
particulado, carregado de carcinogênicos e disruptores endócrinos, será
profundamente inspirado até o mais recôndito do pulmão da criança. Dirigem-se, em meio às emanações das
fábricas, para pegar o pai que trabalha produzindo PVC ou agrotóxicos.
Esperando, poderá estar fumando e ainda rescindindo a perfume da loção
pós-barba ou mesmo suas roupas estarem carreando resíduos de alguma
substância tóxica com que ele havia trabalhado. Se for dentista pode
ter, há pouco, feito uma obturação com produtos mercuriais. Se for mecânico
de automóveis, poderá ter aplicado pouco antes uma pintura ou algum
corretivo plástico. No caminho de casa, param para abastecer
e o cheiro flui através da janela aberta com os odores de aditivos desengordurantes
agregados ao combustível. Durante o verão, os níveis eozônio são altos
e a névoa seca envolve as comunidades. No inverno, os subprodutos da
queima de óleo, gás, carvão e/ou lenha permeiam a atmosfera, em função
dos hábitos de cada região. Poucos anos depois, quando a criança
vai à escola leva uma lancheira de plástico no ônibus. A fumaça do diesel
vai impregnando o interior do veículo que, mesmo sem o escapamento aparente,
poderá expor a criança a níveis perigosos de inalação. Uma criança que
anda de ônibus escolar pode ser exposta de 23 a 46 vezes o risco de
cânceres considerado “significativo” pela EPA e as leis ambientais federais.
[f] O ar das áreas rurais será impregnado de agrotóxicos, tipo herbicida,
fertilizantes, poeiras, escapamentos de diesel e alguns outros contaminantes
exportadas pelas áreas urbanas. Aviões a jato sobrevoam os paços aéreos,
algumas vezes descarregam o combustível de suas turbinas nas alturas
que se vaporiza antes de atingir nossas cabeças e o solo.
Na escola, a criança sentará numa classe
de plástico, sobre um piso coberto de material sintético, entre quatro
paredes e forro feitos com PVC e sob luminárias fluorescentes. A escola
tem ar condicionado sem suplemento de ar fresco, reciclando o ar estagnado
através dos dutos liberando poeira, umidade e fungos. O perfume do professor
mescla-se com o dos acelerantes dos marcadores de quadro. Agrotóxicos
são regularmente utilizados por toda a escola, sendo ou não necessários.
Muitas superfícies serão tratadas com produtos líquidos branqueadores
ou antibacteriais. Os corredores estão impregnados pelos odores que
exalam dos pisos de PVC. As áreas verdes estão pulverizadas com agrotóxicos,
tipo herbicidas, e rtilizantes sintéticos que podem conter variados
resíduos tóxicos. Para a merenda, a criança come e bebe
alimentos altamente processados, impregnados de agrotóxicos e irradiados
com energia atômica. Terão conservantes e colorantes sintéticos, além
de uma gama de substâncias inominadas que têm o único propósito de estender
sua permanência nas prateleiras. O alimento é, na maioria das vezes,
preparado em outro local, a quilômetros de distância, transportado em
recipientes plásticos e servido e comido em pratos e talheres plásticos
descartáveis feitos de poliestireno (nt.: sigla-PS,
número 6). Antes de comer a criança lava suas mãos utilizando sabonete
que é antibacterial/antifúngico, com água fluoretada.
·
Está quase tudo
legal. Todas estas coisas enumeradas no desenrolar
do dia de uma criança, se possível, podem ser evitadas. Muitas das substâncias
sintéticas, presentes nos agrotóxicos, são comuns em plásticos, cosméticos
e tintas. Sozinho, cada um destes químicos pode mimetizar os hormônios
em nossos organismos. A combinação deles pode gerar uma sinergia, multiplicando
sua toxicidade, criando significativamente um tóxico mais poderoso.
A maioria
das pessoas supõe que os produtos que utiliza foram totalmente testados
e seriam seguros. A nossa profunda
boa-fé na segurança destes produtos está deslocada, ermitindo que a
raposa cuide do galinheiro. Não há testes pré-venda ou aprovação exigida
porleis federais para centenas de itens com os quais as crianças entram
em contato diariamente. A questão do segredo industrial, apoiada em
lei, afasta os consumidores do conhecimento do que são a maioria dos
produtos mascados, chupados, comidos, respirados ou com que brincam
nossas crianças. As indústrias reivindicam de que o segredo industrial
protege “a informação comercialmente sensível”. [a] No entanto, a compreensão
sobre estes fatos é crucial. Pode ser um erro desconfiarmos de tudo
e de todos, mas uma dose saudável de desconfiança é indispensável. [b]
Pela auto-educação, poderemos nos transformar numa parte importante
do processo que altere a postura de nossos governantes. Normalmente,
se um produto que está no mercado é defeituoso ou tóxico, ao onsumidor
é atribuído o ônus da prova. A indústria é que deveria provar a segurança
de seu produto antes de colocá-lo no mercado. Nesta mesma linha de raciocínio,
elas precisam ser responsáveis pelos danos tanto ao ambiente como à
nossa saúde.
10.
A medida dos disruptores endócrinos
em partes por trilhão.
Para um estudante de medicina ler que o estradiol (nt.:
nome de um estrogênio, hormônio feminino) deve ser medido em partes
por trilhão (ppt) pode não ser nada novo. Agora, tente visualizar o
que 1 ppt pode representar. Imagine uma gota de água em seiscentos e
sessenta (660) vagões-tanque. É uma fileira de vagões de trem de, mais
ou menos, três quilômetros! [41] Não é possível ver-se três quilômetros
como se vê um centímetro ou um milímetro ou mesmo uma única célula.
Mas a diferença de poucas partes por trilhão de um hormônio poderá significar
um mundo de diferença durante uma vida.
A tese de pós-graduação de Frederick vom Saal, na Universidade
do Texas, exemplifica o poder dos hormônios. Demonstrou que há influências
permanentes entre os embriões de gêneros diferentes que ficam lado-a-lado
no útero, numa ninhada de camundongos. Na fase adulta apresentam alterações
em termos de agressão, sexualidade e reprodução. Se for uma fêmea que
está posicionada entre dois machos, terá uma imensa chance de ser agressiva,
baixa produção de feromônios de atração sexual, terá lento processo
para maturidade e cios menos freqüentes do que uma que tiver sido gerada
entre duas fêmeas. [42] Outros pesquisadores também detectaram que a
posição no útero determinará a média de gêneros sexuais que terão estes
camundongos em suas futuras ninhadas. [43]
O resultado destas descobertas é que não está sendo mais adequado
considerar o câncer como o ponto final mais importante ou único.
11.
Por que eu nunca ouvi nada sobre
os disruptores endócrinos (DEs) ? Várias são as razões. No entanto, a
falta de percepção vem dos nossos sistemas educacional, legislativo
e econômico. Cada um faz a sua parte para a manutenção deste status
quo. A informação científica é grandemente reduzida face à fragmentação
dentro dos campos de estudo, cada vez mais especializados. As corporações
que financiam as pesquisas acadêmicas e as campanhas políticas, sem
dúvida, reduzem a divulgação destes resultados. Os sistemas de saúde
prosperam mais na medicação do que na prevenção e lucram mais do que
curam. Através de suas próprias pesquisas,
as indústrias químicas têm conhecimento, há décadas, dos perigos das
moléculas que geram. Apesar das incessantes advertências feitas por
cientistas e organizações sociais, elas não só refugam testá-las adequadamente
antes de comercializá-las como também se organizam dentro de grupos
de ação, despendendo alguns milhões de dólares em campanhas públicas
para nos desinformar. O lucro é a única razão. Em 26 de março de 2001, o canal de
tevê PBS colocou no ar uma reportagem especial do jornalista Bill Moyers
expondo a conspiração da indústria de PVC por ocultar a milhares de
seus trabalhadores, a toxicidade do MVC (monovinil cloreto). Rotular
como conspiração está longe de ser um exagero. O programa, Trade
Secrets (nt.: Negócios secretos), foi consolidado
após anos de pesquisas em centenas de milhares de documentos obtidos
através de ações judiciais e da Lei de Liberdade de Informações. Muitos
dos documentos estão acessíveis livremente, no website do Environmental
Working Group (nt.: Grupo de Trabalho Ambiental).
Pessoas de dentro das indústrias, movidos pela culpa, estão revelando
muito mais dados que o livro irá divulgar. É uma fonte abundante de
registros da indústria, detalhando a longa jornada desta história de
ações ilícitas que comprometem a saúde e a confiança dos trabalhadores
das indústrias de PVC. [44]
12.
O quê as indústrias químicas (pólos
petroquímicos) têm a dizer ? Os fabricantes das indústrias químicas
declaram que os cientistas que falam em urgência em relação à precaução
quanto aos disruptores endócrinos, são sensacionalistas histéricos.
Ameaçam que serão milhares os trabalhadores que ficarão desnecessariamente
desempregados se a produção destes químicos tóxicos for estancada sem
absoluta prova de dano. Dizem também que os testes feitos foram somente
com animais de laboratório, não havendo provas de que os humanos seriam
afetados como são os outros animais. Mas pelos acidentes industriais,
testes inadequados ou prescrição de fármacos já se aprendeu bastante
para conectar fortemente o efeito dos disruptores endócrinos aos seres
humanos. Alguns exemplos de casos que ilustram
a conexão entre os disruptores endócrinos e os humanos: o DES (dietilestilbestrol)
foi medicado a mais de 4 milhões de mulheres que apresentavam problemas
durante a gestação; [45] a explosão da fábrica química em Seveso/Itália,
em 1976, expôs milhares de pessoas à dioxina; [46] milhares de pessoas
que viviam na baía de Minamata/Japão, ficaram envenenadas com o metil-mercúrio
pelo consumo de peixes contaminados com as descargas intencionais de
toneladas de produtos mercuriais lançados pela Chisso Corporation;
e os efeitos do Agente Laranja, o desfoliante ubíquo utilizado durante
a guerra no Vietnam, nos anos sessenta, e que ainda hoje é ativo no
sul deste país e em muitas outras nações. [47] Quando a indústria se sente ameaçada,
ridiculariza a toxicidade em baixas doses como sendo “ciência de baixo
nível” ou que tudo isto é “tempestade em copo d’água”. Toxicologistas
pavoneiam-se diante da mídia declarando que “a dose é que faz o veneno”,
ou que há um “nível inócuo para todos os produtos químicos”.
Mas quando alguém faz as perguntas equivocadas, erros são inevitáveis.
Testes podem e são conduzidos pela indústria para eliminar ou evitar
descobertas que possam prejudicar seus lucros. [48] As propriedades estrogênicas do Bisfenol
A são conhecidas desde 1936. Mas ainda hoje as crianças têm selantes
em seus dentes feitos com plásticos que contém esta
molécula. [49] A American Dental Association/(ADA) (nt.:
Associação Odontológica Norte-americana) ega quaisquer problemas
e continua cobrindo os dentes com este material. [50] As latas que envasam
bebidas e alimentos têm uma película plástica feita com esta molécula.
Algumas mamadeiras de nenês contêm Bisfenol A e outros plastificantes.
E tudo isto é feito com a aprovação da FDA (nt.: Food
and Drugs Adminsitration – Administração de Alimentos e Fármacos dos
USA). Em abril de 1999, a edição especial
do Consumer Reports advertiu aos pais que se desfizessem dos
mordedores e brinquedos infantis feitos de PVC (vinil) já que as crianças
os sugam ou mordem. Propôs a mesma atitude em relação a todas as mamadeiras,
transparentes e brilhantes, a menos que o fabricante informe que não
são feitas com a resina plástica policarbonato (nt.:
sigla PC e leva o nº 7 no triângulo. Esta resina surgiu da reação química
do Bisfenol A com a arma de guerra Fosgênio) já que liberam o Bisfenol
A. Advertiram que os pais substituíssem estas mamadeiras por aquelas
feitas de vidro ou de uma resina opaca e menos brilhante (muitas vezes
as mamadeiras plásticas são coloridas). Pouco tempo depois, em conjunto
com a American Council on Health and Science/ACSH (nt.:
Conselho Americano de Saúde e Ciência), um grupo ativista (nt.:
lobby) criado pela indústria, o médico de família C.Everett Koop,
assegura que não há problema. Sua veemente assertiva pública feita pela
mídia declara que as mamadeiras de policarbonato são seguras e que o
público não deve ouvir estas pessoas desta “ciência de baixo nível”
que nos levam a sustos infundados. Não só foram provas fundadas de que
a resina é tóxica, como se predisse, como a própria argumentação de
Koop, favorável às mamadeiras de policarbonato, está eivada de contradições.
[51]
13.
Não estão as estruturas públicas se responsabilizando
por nossa segurança? Menos do que a metade dos 38 mil químicos,
de Alto Volume de Produção******, foi
O governo baseia-se tanto nos testes conduzidos como pagos pelos
fabricantes. Legislações e regulamentações antiquadas controlam a produção
e o uso da maioria das substâncias químicas e produtos finais que estão
disponíveis atualmente no mercado. Em muitos casos as regulamentações
foram definidas pelas próprias indústrias. Cada tentativa de implementar
uma legislação de precaução e proteção é impedida pela indústria que
utiliza sua influência com seu grande acúmulo de dinheiro.
O Endocrine Disruptors Screening and Testing Advisory Comittee/EDSTAC
(nt.: Comitê Consultivo sobre Averiguação e Testes
dos Disruptores Endócrinos) que esteve reunido entre 1997 e 1998,
decidiu aconselhar a EPA sobre uma estratégia para averiguação e teste
tanto dos químicos novos como dos existentes quanto ao seu potencial
de causar rupturas nas funções endócrinas em seres humanos e na vida
selvagem. Algumas das recomendações do Comitê eram de que a EPA considerasse
a averiguação e os testes nos 87 mil químicos, enfatizando os impactos
ambientais e foco nas saúdes humana e ecológica. Infelizmente, o Congresso
subdimencionou os recursos dirigidos a este projeto e não houve esperanças
de progresso. Em 1998, uma ampla estimativa de seus custos girava em
torno de 50 milhões de dólares. No entanto, a EPA recebeu somente 3,2
milhões para o ano de 1999. A indústria não se ofereceu para cobrir
nenhum dos testes apesar dos químicos, sob maior suspeita, serem todos
de sua produção. [52]
Os agrotóxicos são um ótimo exemplo das regulamentações que foram
elaboradas – em completo desrespeito à saúde pública – tendo em mente
o único interesse do lucro pelas indústrias. Sem nenhuma análise a respeito
de nada, muitos agrotóxicos são “verdadeiros dinossauros” ou aprovados
para uso porque foram criados antes da existência das regulamentações.
Os testes dos agrotóxicos são feitos e/ou pagos pelas indústrias. Mesmo
assim, não são testados como produto comercial vendido nas lojas ou
aos agricultores. Somente testam o “princípio ativo” sem seus “ingredientes
inertes” que podem ser mais do que 99,9% do produto final. Os inertes
podem ser significativamente mais tóxicos do que os ativos. Esta mistura
de ativos e inertes pode desencadear um efeito sinérgico, multiplicando
a toxicidade muitas vezes mais do que cada uma de suas partes. [53]
Por definição, um inerte é qualquer substância que não seja o ingrediente
ativo. [54] Muitos inertes estão em listas de utilização restrita, mas
como parte de um agrotóxico “registrado”, eles são permitidos. Estar
registrado significa somente que eles estão registrados não garantindo
segurança ou que oram testados. Na realidade, é ilegal declarar que
um agrotóxico é seguro. [55] Todo isto poderia ser cômico, se não fosse
pela intencional destruição de nossa saúde e do futuro, além de nossos
ambientes. E tudo em nome do lucro. A maioria dos inertes é patenteada,
significando que os consumidores não têm o direito de acesso ao seu
conhecimento. [56] A administração do atual presidente, G.W.Bush (nt.:
gestão 200-2004), está trabalhando pesado para reduzir nossos direitos
à informação e, ao contrário, vem protegendo os lucros das indústrias.
****** Químicos, em High ProductionVolume (HPV) –
Alto Volume de Produção, são aqueles que foram manufaturados no
ou importados para os USA em quantidades igual ou maiores do que um
milhão de libras (nt.: uma libra= mais ou menos meio
quilo) por ano.
14.
Princípio da precaução. Sob o presente esquema de regulamentação
das avaliações de risco, a indústria está autorizada a produzir químicos
potencialmente perigosos até que exista uma prova de lesão absoluta
ao ser humano. Custos e benefícios dos químicos precisam ser contabilizados
no processo. Essencialmente, determinam-se quantas pessoas morrerão
ou serão mutiladas antes de um químico ser restrito ou banido. Demasiada
importância é dada aos modelos teóricos de risco que são significativamente
menos complexos do que o mundo real onde as pessoas estão sendo expostas
a uma infinidade de combinações químicas interagindo em processos desconhecidos
com desconhecidas conseqüências. O cálculo de risco é também bastante
inadequado em lidar com a exposição a doses tão ínfimas como são as
que os disruptores endócrinos podem ser mais ativos. De
acordo com o tão bem estabelecido método científico, os cientistas podem
levantar hipóteses, mas nunca absolutamente são obrigados a provar. Por esta razão, a demanda da indústria de uma
prova absoluta de que os disruptores endócrinos prejudicam os seres
humanos em doses extremamente baixas não é possível. Está certo que
os cientistas observem as regras do método científico para manterem
um padrão, mas nossos legisladores devem considerar as conseqüências
de não agirem em defesa da saúde pública. Inércia é similar à ação.
Em ambos existem decisões intencionais com algum tipo de resultados
previsíveis. Uma substância química deveria ser considerada culpada
até provar ser inocente, colocando o ônus da prova no fabricante muito
mais do que na população. Testes de segurança precisam ser completamente
independentes do fabricante, mas os custos devem ser arcados pela indústria. Muitos
cientistas acreditam que já há evidências suficientes de danos aos seres
humanos, animais e ao ambiente para classificação de substâncias químicas
onde o “Princípio de Precaução” possa ser empregado. Elementos chave
deste princípio incluem: ter-se precaução diante da incerteza científica;
explorar alternativas para ações possivelmente lesivas; e, colocar o
ônus da prova nos proponentes de uma atividade ao invés de nas vítimas
otenciais, bem como utilizar processos democráticos para executar e
impor nos termos do princípio, o direito público ao consentimento informado.
O princípio
da precaução define que “quando uma atividade aumenta os riscos tanto
ao ambiente como à saúde humana, medidas precatórias devem ser tomadas
mesmo se algumas relações de causa e efeito não estejam ainda cientificamente
estabelecidas”. [57] Em face disto, muito mais o fabricante do que o
público deveria arcar com o ônus da prova.
15.
Evitando os disruptores endócrinos
DEs. As mulheres sofrem, em maior extensão,
os danos originários dos contaminantes, demonstrando maior chance de
transmiti-los às futuras gerações. Entretanto, os homens não devem se
considerar imunes a esta realidade em razão do feto não ser nutrido
no interior de seus corpos. Mutações genéticas e baixa fertilidade em
homens podem ser também transmitidas por eles. E os químicos com os
quais um homem trabalha poderão ser carreados por ele para seu lar e
família, através de suas roupas. Fazer uma listagem preliminar, uma
cartilha ou mesmo um livro que cubra tudo que se necessita fazer para
rejeitar os disruptores endócrinos, é uma árdua tarefa. Compre menos,
consuma menos e desperdice menos. Desaprenda as lições que a indústria
nos ensinou e utilize, simplesmente, menos matérias primas. Aprenda
como se lê um rótulo, uma embalagem. E acima de tudo, seja cético quanto
à segurança pregada pelos fabricantes ou pelas pesquisas patrocinadas
por eles. Questione-se sempre antes de comprar:
“Será que preciso realmente deste produto?”. Se precisar verdadeiramente,
então pergunte: “O que posso usar que seja menos tóxico?”. Nove entre
dez vezes, leva-se algo que é muito menos venenoso bem mais barato.
Além disso, considerando que as instituições
públicas que deveriam nos proteger não são aquilo que declaram ser,
cada um precisa se auto-educar quanto aos perigos ambientais que estão
efetivamente dentro de nossas casas. Apesar do fato delas já saberem
sobre os disruptores endócrinos, as indústrias preferem nos manter,
todos, na ignorância dos danos causados por muitos de seus produtos
que utilizamos em todas as áreas de nossas casas, propriedades e locais
de trabalho. Vão desde os produtos de limpeza, tintas e colas, aos de
jardinagem e suplementos para animais de estimação além de produtos
para automóveis, suprimentos para artes, nos cosméticos e nos alimentos.
Os fetos são particularmente vulneráveis a estes produtos tóxicos. Aqueles
que ainda estão no ventre e serão as futuras gerações.
16.
Recomendações. Não se apavore com a lista abaixo.
Vá passo a passo. A meta é desarticular as amarras da desinformação
e da alienação.
·
Não fume ou beba
álcool.
Especialmente se estiver grávida ou pretenda ficar. Isto poderá
causar lesões permanentes à mãe, ao feto e às gerações seguintes. Mulheres
que fumam, nos mesmos índices de homens, têm duas vezes mais chances
de ter lesões no DNA de seus pulmões. Os homens, é claro, devem ter
o mesmo tipo de cuidados. O fumo contamina os espermatozóides do homem
tanto quanto compromete sua qualidade e quantidade. Os tóxicos podem
aderir a sua camada externa e ficar contido dentro dele.
·
Não use químicos
para jardinagem ou quaisquer agrotóxicos. Especialmente se estiver grávida
ou pretenda ficar. E nem se imagine chegar perto deles. Jardins
são mais sadios sem estes venenos.
·
Evite o emprego
de produtos químicos fortes, colas, tintas, esmalte de unhas e removedor,
produtos de limpeza de carpetes e pisos. Livre-se de todos estes produtos e
suas marcas comerciais e use produtos ambientalmente inócuos, parcimoniosamente.
Se necessitar de algum produto químico vista então indumentárias industriais,
luvas, protetor para os olhos e uma máscara com filtros apropriados
para cada químico. Novamente ... Definitivamente NÃO, se
estiver grávida ou planeje!
·
Não esquente alimentos
ou coma comida em recipientes plásticos mesmoque venham aí congelados.
Aqui se
incluem as panelas cobertas com “Teflon”. Substâncias químicas adicionadas aos plásticos podem ser ingeridos
com o alimento, podendo causar grandes problemas ao feto e à mãe.
·
Comprar produtos
orgânicos frescos, carne e leite livres do hormônio rBGH. O hormônio recombinante de crescimento
bovino, ou rBGH (nt.: ver documentário canadense “The
Corporation”), é um hormônio para incrementar a produção de leite
em vacas. Isto causa mastite (nt.: inflamação da glândula
mamária), requerendo, nas vacas, grandes quantidades de antibióticos
que poderão passar para os humanos, e por sua vez gerar novas enfermidades
incuráveis.
·
Alimente-se próximo
da origem dos produtos. Coma mais verduras e frutas orgânicas. Carne, laticínios e
peixes contêm mais químicos bioacumulativos.
Mesmo se tiverem sido cultivados e processados organicamente,
conterão dioxina.
·
Coma peixe das águas
profundas dos oceanos. Evite peixe espada, atum e tubarão em razão do mercúrio. Evite
todos os peixes produzidos em criadouros já que são alimentados com
restos de outros animais, recebem antibióticos como prevenção a doenças
causadas pela superpopulação, recebem hormônios para estimular o crescimento
e encorajar a letargia, além dos currais dos criadouros são cobertos
com tintas tóxicas para desencorajar animais marinhos crescerem nas
malhas. Especialmente tomar-se cuidado com pescados de baias poluídas.
·
Adquira produtos
de feiras de agricultores locais ou associe-se a um grupo de compra.
Compre produção local orgânica e da
estação. Vegetarianos têm muito menos disruptores endócrinos encontrados
no sangue do que do grupo que se alimenta com carnes. Isto porque os
incineradores que estando perto como se fossem no pátio de nossa casa
ou tão longe a alguns milhares de quilômetros, liberam dioxinas para
a atmosfera quando queimam materiais que contêm cloro como os plásticos
feitos de PVC ou os agrotóxicos. [58] A dioxina se precipita sobre os
pastos onde os animais estão pastando e vai se acumulando, lenta e inexoravelmente,
em seus tecidos gordurosos. Em razão de sua longa vida, a acumulação
de dioxina é mais crítica no leite que é levado à industrialização e
na carne dos animais de engorda do que na carne das galinhas e em outros
animais. Estando no topo da cadeia alimentar, os seres humanos umulam
então muito mais dioxina em seu sangue do que os animais que eles comem.
Indo um passo adiante, os lactentes estão num plano mais elevado desta
cadeia alimentar já que se amamentam do leite de suas mães. Embora isto
seja um problema de saúde, estudos
recentes demonstraram que é melhor o aleitamento materno do que quaisquer
outras alternativas.
·
Sempre que possível
consuma menos alimentos processados e pré-embalados. Coma mais alimentos frescos que lhe
fornecerá um maior conteúdo nutricional em sua dieta. E teremos certeza
do que há em cada um deles!
·
Evite alimentos
entalados a não ser quando absolutamente necessário. O valor nutricional é menor e algumas
latas têm um lâmina interna de materiais que são tóxicos.
·
Evite alimentos
que contenham produtos hidrogenados, especialmente gorduras hidrogenadas
e “oelestras” (um substituto sintético da gordura). Enquanto estes tipos de gorduras e
substitutos não são correntemente tidos como disruptores endócrinos,
são encontrados em comidas rápidas e alimentos processados e podem ser
prejudiciais à sua saúde. Gorduras hidrogenadas, mesmo sendo feitas
de gorduras poli-insaturadas, podem incrementar o seu LDL (o colesterol
ruim).
·
Não permaneça em
locais com odores químicos. Saia rapidamente! Não espere para perguntar se o cheiro
é inócuo. Provavelmente quem está na volta sabe muito menos.
·
Não vá à guerra
ou se engaje em quaisquer áreas da Forças Armadas (nt.: o autor está
se referindo a situação interna dos EUA). E não permita o mesmo
a seus filhos. O comando de todas as áreas das Forças Armadas não tem
respeito pelas pessoas humanas. Para ter uma leitura extremamente detalhada
e que cobre perfeitamente bem este tema, leia The US Army’s Use of
Depleted Uranium (nt.: O emprego de Urânio Atenuado
pela Forças Armadas) – US Army Major Doug Rokke. 21.abr.03
17.
Lista de disruptores endócrinos
(DE’s).
·
Organohalonênicos
(organoclorados) persistentes – Dioxinas e furanos, BBs, PCBs, hexaclorobenzeno, octacloroestireno,
pentaclorofenol;
·
Agrotóxicos – 2,4,5-T; 2,4-D (nt.:
componentes do agente laranja da guerra do Vietnam); aldicarb; d-trans
aletrina; amitrole; atrazina (nt.: ou triazina, herbicida.
Componente de produto comercial, vendido em supermercados, para desinfecção
de pisicinas); benomil; beta-HCH (nt.: denominamos
entre nós BHC ou pó de gafanhoto); carbaril; clordane; clozolinate;
lâmbda-cihalotrina; cis-nonaclor; trans-nonaclor; cipermetrina; DBCP; DDT; metabólitos do DDT (nt.:
o mais conhecido é o DDE); dicofol; dieldrin; endosulfan; esfenvalerate;
etil-partion; fenvalerate; h-epoxide; heptacloro; iprodione; kelthane;
kepone; ketoconazole; lindano; linuron; malation; mancozeb; maneb; metomil;
metoxiclor; metiram; metribuzin; mirex (nt.: nome químico
édodecacloro); nitrofen; oxiclordane; permetrina; procimidone; sumutrin;
pireitóides sintéticos (nt.: todos os venenos domésticos
para mosquitos, baratas e etc.); toxafeno; óxido de tributiltin;
trifuralina; vinclozolin; zineb; ziram.
·
Ftalatos – dietilhexil ftalato (DEHP); butil
benzil ftalato (BBP); di-n-butil ftalato (DBP); di-n-pentil ftlato (DPP);
di-exil-ftalato (DHP); di-propil ftalato (DprP); dicicloexil ftalato
(DCHP); dietil ftalato (DEP).
·
Outros –
do penta ao nonilfenol; bisfenol A; bisfenol F; dímeros e trímeros de
estireno; benzo(a)pireno; etano dimetano; sulfonato; tris-4-(clorofenil);
metano; metanol; benzonfenone; n-butil-benzeno; 4-nitrotolueno; 2,4-diclorofenol;
cianzazina; dietilexil “adipate”; DES (dietilestilbestrol).
·
Fármacos –
drogas estrogênicas – pílula de controle de natalidade; DES; cimetidine.
·
Mais Disrupores
endócrinos – metais pesados (arsênico [59], cádmio [60], chumbo [61], mercúrio [62]),
209 PCBs-policloreto bifenilo [63]/[64], 75 dioxinas [65]/[66] e 135
furanos [67], a exaustão de todos os motores veiculares, a fumaça de
cigarros, produtos de emprego cotidiano nas residências (metabólitos
de detergentes e surfactantes associados, incluindo nonilfenol e octilfenol).
·
Outras referências
2.
Mulvihil, K. Agricultural
pesticides linked to fetal death. Reuters Health. 13fev01.
3.
Anon. Scientists
link sterility with high dioxin levels. The Yomiuri Shimbun. 12nov99.
4.
Brown, D. Herbicides,
diabetes linked in new study. Washington Post. out00.
5.
Legler, JM et al. Brain
and other central nervous system cancer: recent rends in incidence and
mortality. Journal of the National Câncer Institute, v.91,
n.16, 1382-1390, 18ago99.
6.
Buckley, JD et al.
Pesticides exposures in children with non-Hodgkin lymphoma. Cancer,
v.89, i 11.06dez00.
7.
Anon. Child’s exposure
to pesticide hikes lymphoma risk. UniSci. 30nov00.
8.
IDRC study shows
high exposure to insecticides affects mental capacity. Learning Disabilities Assocition
of Canada. 06fev01.
9.
Anon. What is a
pesticide ?. U.S. EPA Office of Pesticide Programs. fev97.
18.
Bibliografia.
·
Silent Spring
(Primavera Silenciosa, Melhoramentos) – Rachel Carson, 1962- “O que
está acontecendo na natureza não é admitido ocorrer num mundo moderno
e impregnado de química”, escreveu ela, “onde são lançadas bombas não
só contra os insetos, mas também contra seus principais controladores,
os pássaros. Quando decorrem ressurgências das populações de insetos
como já vem acontecendo, os pássaros não estarão mais aí para mantê-los
em números populacionais compatíveis.” – Rachel Carson.
·
Chemical exposure
and disease: diagnostic and investigate techniques – Janette Sherman, MD. Informa técnicas
de investigação e de diagnóstico tanto para um leitor leigo como para
a comunidade médica ou legal. Material de fácil entendimento e rico
em casos estudados para todos os sistemas orgânicos. (1988)
·
Chemical deception:
the toxic threat to health and the environment. Marc Lappé, 1991(esgotado). Lappé mostra
episódios globais e particulares de toxicidade e discute os mitos que
vão perpetuá-los, tais como: é remoto o risco dos agentes geradores
de câncer; é segura a água da torneira; que as defesas do organismo
podem se confrontar com os contaminantes do alimento, do ar e da água;
que o feto está protegido das substâncias perigosas; que o ambiente
é resiliente; e assim por diante.
·
Dying from dioxin:
a citizen’s guide of reclaiming our health and rebuilding democracy.
Lois Gibb, 1995. Gibb, umas das fortes ativistas das vizinhanças contaminadas de Love Canal (nt.:
nas décadas de 40,50,60 e 70 foram as de despejos de toneladas de resíduos
contaminados com dioxina neste canal, nas cercanias da Niagara Falls,
entre USA/Canadá), explana o que é a dioxina e descreve como afeta
a saúde humana. Sumaria o relatório da EPA sobre dioxina, feito em setembro
de 1994, bem como importantes relatórios que surgiram a partir dele.
Ela revisa os movimentos políticos que envolveram a história da dioxina
e instrui, passo-a-passo, a forma de se construir organizações de base, criar-se coalizões e identificação de fontes
de contaminação nas comunidades além do como fechar incineradores. Contêm
apêndices com a química da dioxina, com os mapas de conversões, amostra
de normas, acordos e resoluções além da declaração dos princípios da
justiça ambiental.
·
Our Stolen Future
(nt.: “O Futuro
Roubado”, L&PM Editores, 1997). Theo Colborn, Dianne Dumanoski, John P.Myers, 1996. Este livro
faz com que corra um calafrio em minha espinha. O assunto, disruptores
endócrinos, é colocado de uma tal maneira que, não exigindo do leitor
conhecimento prévio sobre o tema, demonstra suas interconexões através
do mundo. Este é um livro que atiça o fogo em meu ativismo ambiental.
·
Toxic Deception.
Dan Fagin, Marianne Lavelle, Center for Public Integrety, 1996. Os autores
sugerem um método da indústria para prosperar: aproximadamente metade
de todos os funcionários de maior calibre que deixaram a Agência de
Proteção Ambiental dos USA (EPA), nos últimos 15 anos, trabalham agora
para as companhias industriais, direta ou indiretamente. Poderia então
explicar o porquê de as indústrias serem, efetivamente, responsáveis
para testar toxicologicamente seus próprios produtos químicos, para
então seus resultados serem reportados à EPA.
·
Living Downstream.
Sandra Steingraber, 1997. A bióloga e poeta escreve eloqüente e desapaixonadamente
a íntima conexão entre a saúde e a integridade de nossas terras, águas
e ar. “Tecendo habilmente um intenso drama pessoal inteiramente com
pesquisas científicas, Stengraber narra uma história contundente ...
Uma valiosa leitura.” – Washington Post.
·
Generations at
Risk:
Reprodutive Health and the Environmental. Ted Schettler,
Gina Solomon,MD, Maria Valenti, Annette Huddle, 1999. Evidências inquestionáveis
de que a exposição humana a algumas substâncias tóxicas pode ter efeitos
vitalícios sobre a pessoa atingida e mesmo entre as gerações, sobre
a reprodução humana e o desenvolvimento.
·
Life´s delicate
balance:
causes and prevention of breast câncer. Jannette Sherman,MD,
2000. Define e documenta causas conhecidas de câncer de mama, enfatizando
os meios de prevenção.
·
Hormonal Chaos:
the scientific and social origins of the environmental endocrine hypothesis.
Sheldon
Krimsky, 2000. Não é uma leitura passageira, mas profundamente envolvente.
Comprova a ligação entre os tóxicos ambientais e as doenças hormonais.
Oferece não só uma sólida teoria quanto às disfunções endócrinas através
dos contaminantes ambientais, mas documenta com sólidos dados científicos.
·
Pandora´s Poison.
Joe Thorton, 2000. Thorton, ex-cientista do Greenpeace, descreve a “ameaça
à saúde global” representada pelos organoclorados. Sugere que a adição
de cloro a substâncias orgânicas é intrinsecamente perigosa porque as
substâncias produzidas são mais tóxicas, lipossolúveis, persistentes,
reativas e/ou bioacumulativas. Esboça como o “ocaso do cloro“ pode ser
implementado.
·
Trust us we´re
experts. Sheldon Rampton e John Stauber, dez.2000. Exposição contundente sobre a
“indústria dos relações públicas e dos cientistas” que baseiam seus
recursos de trabalho em agendas contrárias à segurança do consumo. Há
dois tipos de “especialistas” em questão: os “doutores relações públicas”
que gravitam em torno das cenas principais, e os especialistas “independentes”
pavoneando-se frente ao público. São cientistas muito bem escolhidos,
cultivados e regados à base de dinheiro, generosamente, para promoverem
a visão de mundo das corporações envolvidas em ações controvertidas.
Escreveram outros livros que devem ser lidos: são Sludge is Good
for You! e Mad
Cow U.S.A.
·
Having faith:
an ecologist´s journey to motherhood. Sandra Steingraber, 02out01. Perseus
Books; ISBN: 0738204676. Apresenta informação vital sobre o desenvolvimento
do feto. Ilustra porque nós necessitamos prestar mais atenção como sociedade
na proteção de nossas crianças, o ser mais vulnerável entre nós. Este
livro expõe muitos conceitos em profundidade para todos, não somente
para as mulheres. Ouvi a leitura de partes de seu conteúdo na San Francisco
Law School quando o livro foi lançado. Descreve, sem pejo, do aleitamento
materno ao parto. Ao invés de ficares com medo ou indignado com o que
está acontecendo ... vai à luta ! Este livro é uma excelente referência
por si mesmo.
19. Referências bibliográficas.
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Co-traduzido e co-revisado por Luiz Jacques
Saldanha, engº agrº e Eduardo Racche da Motta, médico.
Primavera de 2003.
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