Glifosato e absorventes

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Glifosato e absorventes. 100% do algodão, gazes, tampões, ‘OB' e outros produtos feitos com algodão, estão contaminados com o dos !

 

 

http://www.telam.com.ar/notas/201510/124194-glifosato-algodon.html

 

 

Argentinian Study: Tampons, Sanitary Pads and Sterile Gauze Contaminated with Probable Carcinogen Glyphosate

Cem por cento dos algodões e gazes estéreis contêm GLIFOSATO (herbicida considerado pela OMS/Organização Mundial da Saúde ou WHO/World Health Organization, como ‘potencialmente cancerígeno') ou a molécula de seu metabólito – derivado de sua metabolização – AMPA (nt.: o ácido aminometilfosfónico). Estas substâncias também foram encontradas – ainda que em menores percentagens – em cotonetes, lenços úmidos e tampões, conforme estudo realizado pelo Espaço Multidisciplinar de Interação Socioambiental/EMISA da Universidade de La Plata/Argentina.

 

“85% de todas as amostras deram positivas para glifosato e 62% para o ácido AMPA, que é o seu metabólito ambiental; mas no caso de algodões e gazes o porcentual foi de cem por cento”, detalhou à Télam, o doutor em Química Damian Marino, integrante da EMISA.

E continuou: “Quanto às concentrações, o que vimos é que em algodão sem processar o que domina é o AMPA (39 µg/kg e 13 µg/kg de glifosato), enquanto que nas gazes havia ausência de AMPA, mas sim estava o glifosato cuja concentração é de 17 µg/kg”.

A hipótese de Marino, e sua equipe, é que na medida que aumenta o processamento dos produtos, as substâncias que originalmente se encontram presentes no algodão, vão diminuindo.

Os investigadores, que apresentaram os resultados desta investigação no 3° Congresso Nacional de Populações Fumigadas que se realizou na semana passada em Buenos Aires (nt.: na metade de outubro de 2015), detalharam que “quanto aos cotonetes, têm marcas que não apresentam, já outras têm alguma das duas substâncias e algumas as duas, o mesmo sucede nos produtos de higiene feminina”.

“O resultado desta investigação é muito grave. Quando alguém utiliza algodão ou gazes para curar feridas ou para uso em higiene pessoal, o faz pensando que são produtos esterilizados. No entanto, resulta que estão contaminados com uma substância cancerígena”, afirmou, por sua vez, o pediatra Medardo Ávila Vázquez, aludindo à Rede de Médicos de Populações Fumigadas.

E continuou: “A maioria da produção de algodão no país é transgênica e resistente ao glifosato. Ele é fumigado quando o capucho (nt.: botão floral) está aberto , ficando então o glifosato concentrado, passando direto ao produto”.

Ávila Vázquez, presidente do Congresso, confessou que “o estudo nos surpreendeu a todos porque na realidade nosso objetivo era demonstrar a presença destas substâncias cancerígenas sobretudo em alimentos e a investigação da Universidade de La Plata abre uma nova porta que deveremos prosseguir”.

Por sua parte, Marino reconheceu que esta investigação tampouco havia sido o objetivo do grupo: “Estávamos investigando as derivas de glifosato quando das aplicações aéreas, isto é, até onde se expandiria a substância quando se fumiga e encontramos um estudo, um papel internacional, onde se dizia como havia de realizar o procedimento”.

E continuou: “Há uma premissa básica nesta investigação que é que quando alguém termina de fazer o processo laboratorial tem que contrastar-lo contra algo que seja limpo. O testo da orientação do papel internacional dizia que este elemento deveriam ser gazes estéreis, de uso médico. Ou seja, é dizer que são aquelas que se encontra em farmácias”.

“Então fomos e compramos gazes. Abrimos as embalagens, usamos o material e analisamos. Foi quando então tivemos a surpresa: encontramos glifosato. O primeiro que pensamos foi de que havíamos feito algo equivocado, assim que descartamos tudo e compramos novas gazes. Analisamos novamente e voltamos a encontrar glifosato”, relatou Marino.

Em março deste ano, a Agência Internacional para a Investigação sobre o (Iarc), vinculada à OMS, avaliou cinco agrotóxicos como cancerígenos, “possíveis” ou “prováveis”, e entre eles o glifosato.

O investigador descreveu que “buscamos bibliografia e não encontramos nenhuma publicação nacional ou internacional que fale de resíduos de glifosato, e seu metabólito, neste tipo de produtos”.

“Faz uma semana que obtemos estes resultados. Queremos que sejam um disparador para que todos possamos sistematizar a investigação e já estamos projetando novos trabalhados com outras disciplinas, porque nossa obrigação é cuidarmos da saúde de toda a população”, concluiu.

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, novembro de 2015.

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